Os Kui da Tailândia e Birmânia
MacLeish afirma que os homens da tribo kui, que vivem ao longo
da fronteira entre Tailândia e Birmânia, chegaram a construir casas
de adoração consagradas ao Deus verdadeiro, esperando o dia
em que um mensageiro de Deus entraria numa delas com o livro perdido
nas mãos, a fim de ensinar o povo! Nenhum ídolo jamais foi colocado
em tais casas de adoração, mas o povo kui “ reunia-se e, de
modo vacilante e pouco claro, adorava o grande Deus lá do alto” .
Os Lisu da China
Enquanto isso, do outro lado da fronteira, na Província de
Yunnan, no sudoeste da China, centenas de milhares de habitantes
das colinas, os lisu, esperavam pacientemente por um irmão branco
com um livro do Deus verdadeiro, escrito na língua lisu! Isto é de esespecial
interesse quando se fica sabendo que a língua lisu não possuía
sequer um alfabeto, e muito menos material impresso! Mas, não
importa! Os lisu achavam-se convencidos de que um dia ele chegaria
e dar-lhes-ia um livro de Deus escrito em sua própria língua.
Quando recebessem esse livro, diziam os lisu, teriam um rei
próprio que reinaria sobre eles. (Estiveram sujeitos ao domínio chinês
opressivo durante muitas gerações.) Isso ainda não é tudo...
Os Naga da índia
Além das montanhas que protegem a fronteira a noroeste da
Birmânia, tribos da raça Naga da índia, totalizando cerca de um
milhão de pessoas, já possuíam um claro conceito de uma “ divindade
de caráter altamente pessoal, mais associada com o céu do que com
a terra” e que “ ficava acima de todas as outras” . No dialeto chakesang,
esse Deus tinha o nome de Chepo-Thuru - o Deus que tudo
sustenta. No dialeto konyak, o seu nome era Gwang,
Pelo menos uma das 24 tribos naga - os rengma - afirmava que
o Ser Supremo deu suas palavras aos antepassados, escrevendo-as
em peles de animais. Mas os pais não cuidaram bem das peles. Os
cães as comeram!24
Havia também profetas entre os nagas, os quais surgiam periodicamente
no meio deles. Um escritor, Phyveyi Dozo, de origem chakesang
naga, descreve um profeta, uma mulher de nome Khamhinatulu,
que deve ter vivido por volta do ano de 1600.
Os detalhes de
sua profecia revelam notável conformidade com os princípios bíblicos
e também com eventos que começaram a ocorrer entre os naga, no Início do século XX. Porém, estamos antecipando a nossa história...
Dozo afirma, outrossim, que a cultura naga, apresentava extraordinariamente
costumes bíblicos, tais como o levantamento de
pedras memoriais em certos lugares específicos, ofertas das “ primícias’', ofertas de sangue, ofertas de animais sagrados, ingestão de
pâo sem fermento, furos nas orelhas, manutenção de um “ fogo sagrado”
continuamente aceso, consideração especial pelo número
sete, festas das colheitas e o soar de trombetas depois da ceifa!
I les também nunca representaram Chepo-Thuru através de um ídolo!
A história do Antigo Testamento mostra que os judeus, embora
tivessem nas mãos a lei escrita de Deus, acharam dificuldade em
obedecê-la. Através de grande parte da história do Antigo Testamento,
a maioria dos filhos de Abraão praticou a idolatria! Alguns
chegaram ao extremo de queimar seus próprios filhos em honra a um
ídolo de nome Moloque!
Os nagas também tinham seus problemas. A
escravidão era coisa comum entre eles; no entanto, ela foi também
praticada por cristãos até meados do século XIX e continua legal em
diversos países muçulmanos, ainda em nossos dias. A caça de cabeças
dos naga provocou uma perda de vidas desnecessária. O hábito de fumar ópio (introduzido pelos ingleses, a fim de tirar a força
militar dos naga) solapou a iniciativa do povo. Mesmo assim, esse
povo iletrado, perseguido por tentações do espiritismo e da idolatria
hindu e budista, conseguiu surpreendentemente manter uma acentuada
percepção de Deus através de vários séculos. O que aconteceria
aos naga se não tivessem perdido os escritos sagrados de
Deus?