Moralidade
A verdade de Deus deve produzir justiça e gerar santidade. Ela não é apenas algo para armazenarmos mentalmente. Temos de “andar na verdade” (3Jo 3,4), e não simplesmente conhecê-la. Nosso procedimento comprova a nossa fé.
Por outro lado, é perigoso colocar o comportamento como fundamento da verdade. As boas obras impressionam de tal forma que muitos pressupõem que se alguém prega e faz bem ao próximo então seu ensino deve definitivamente ser verdadeiro. Na verdade, as boas obras devem ser estimuladas e praticadas, mas elas não confirmam qualquer doutrina. O espiritismo, por um lado, exalta a caridade e, por isso, conquista o respeito da opinião pública. Por outro lado, no entanto, fomenta a consulta e incorporação dos chamados “espíritos de luz”, levando muitos ao pecado e à influência satânica. Suas boas obras, porém, não podem justificar seus erros.
O apóstolo Paulo muitas vezes defrontou-se com homens que por um lado apresentavam aparência de justiça mas, por outro, sustentavam ensinos contrários ao evangelho. Certas ocasiões, os discípulos de Paulo ficavam perplexos, mas tinham de concordar com ele quando a situação exigia que alguns homens que aparentemente viviam uma vida justa precisavam ser condenados. Em uma dessas ocasiões a resposta do apóstolo aos seus discípulos foi: “E não é de admirar, pois o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transformem em ministros da justiça. O fim deles será conforme as suas obras” (2Co 11.14,15).
Todos os que servem a Deus devem ser justos, mas nem todos aqueles que possuem aparência de justiça servem a Deus. O amor não é equivalente à verdade, embora os dois tenham de andar juntos.