sábado, 22 de abril de 2017

Os Chineses e os Coreanos (Povos primitivos conheciam o Deus verdadeiro)


Os Chineses e os Coreanos Os chineses o chamam de Shang Ti - o Senhor do Céu. Alguns eruditos fazem especulações a respeito de Shang Ti poder talvez relacionar-se lingüisticamente ao termo hebraico Shaddai, como em El Shaddai, o Todo-poderoso, Na Coréia ele é conhecido como Hananim - O Grande. A crença em Shang Ti/Hananim é anterior ao confucionismo taoísmo e budismo, não se sabe por quantos séculos. De fato, segundo a Encyclopedia of Religion and Ethics (“ Enciclopédia de Religião e Ética” (vol 6, p. 272), a primeira referência a qualquer tipo de crença religiosa na história chinesa especifica apenas Shang Ti como o único objeto dessa fé.

A antigüidade da referência em questão: cerca de 2.600 anos antes de Cristo! Isso significa mais de dois mil anos antes que o confucionismo ou qualquer outra religião estabelecida surgisse na China! Os adoradores em toda a China e Coréia parecem ter compreendido, desde o início, que Shang Ti/Hananim jamais deveria ser representado por ídolos. O povo chinês, por sua parte, parece ter homenageado Shan Ti livremente até o começo da Dinastia (1066-770 a.C.). Nessa época, os líderes religiosos chineses, desejosos de enfatizar a majestade e santidade de Shang Ti, gradualmente perderam de vista seu amor e misericórdia para com os homens. Eles logo limitaram de tal modo a fé que apenas o imperador foi considerado "suficientemente bom” para adorar Shang Ti - e isso somente uma vez por ano! O povo comum, a partir desse período, ficou proibido de render culto diretamente ao Criador. Foi-lhe dito que o Pai Imperador tomaria conta de tudo.

A política imperial chinesa não deixou apenas as massas sem Shang Ti, mas também Shang Ti virtualmente sem adeptos entre os chineses devido ao que se seguiu.

Impedir que o povo obedecesse a Shang Ti, como era de seu costume, criou um vácuo espiritual na China. Esse vácuo não poderia perdurar muito tempo sem que alguma coisa se apressasse a preenchê-lo. Apenas três séculos depois do fim da Dinastia Chu, três religiões inteiramente novas materializaram-se do nada e precipitaram-se para preencher esse vazio.

 A primeira, o confucionismo, começou ensinando as massas a limitarem a devoção religiosa à adoração dos ancestrais dando prioridade ao desenvolvimento de uma sociedade melhor aqui na terra! Não se importem com Shang Ti, aconselhou Confúcio. Ele está distante; é inacessível ao povo comum. Deixem-no para o imperador, que é o único que pode interceder por vocês! Em outras palavras, o confucionismo simplesmente tentou construir uma estrutura humanista em torno do status quo\ A adoração dos ancestrais foi uma espécie de calmante usado para tranqüilizar o instinto religioso do homem e não para satisfazê-lo. Favorecido pela classe dominante por razões óbvias, o confucionismo começou a ganhar terreno.

 Os ensinos de Confúcio não podiam, no entanto, satisfazer o instinto religioso da grande maioria dos chineses. O resultado foi o aparecimento do taoísmo como uma suposta alternativa popular ao confucionismo. A solução do taoísmo para a fome que devorava o coração dos chineses era uma mistura de magia, filosofia e misticismo. Os taoístas ridicularizavam a busca de Confúcio de uma sociedade humana ideal. A ordem do universo, declararam os taoístas, favorece firmemente o status quo e resistiria obstinadamente a todas as tentativas de modificá-lo! 

O taoísmo também começou a ganhar terreno, mas a fome continuou. Então surgiu, da índia, por sobre o Himalaia, uma nova religi­ão chamada budismo! Parece incrível que o budismo pudesse ser bem recebido na China, pois enfatiza o celibato. Nada poderia ser mais abominável para os chineses com sua idealização exagerada do casamento e procriação! Todavia, o budismo obteve rapidamente amplo apoio popular e finalmente prevaleceu sobre o confucionismo e taoísmo como a religião predominante da China.
Qual a razão do sucesso do budismo?

Primeiro, os mestres budistas evitavam o confronto com os i.ostumes indígenas contrários. Eles mudavam ou adaptavam consiuntemente suas doutrinas para torná-las aceitáveis aos chineses. O hudismo simplesmente dissolveu-se na sociedade chinesa como a manteiga quente no pão fresco. Para a maioria teimosa, que rejeitava o celibato, os sacerdotes budistas inventaram solicitamente outras maneiras pelas quais os chineses casados conseguiam obter pontos #m sua busca do Nirvana. A razão principal para a aceitação do budismo por parte de milhares de chineses foi muito direta - o budismo mostrou-se disposto a fornecer os deuses que os chineses podiam adorar!

Apesar do afastamento combinado dessas três religiões concorrentes, a lembrança de Shang Ti perdurou. Mesmo dois mil e quinhentos anos após a emergência do confucionismo, taoísmo e budismo, os chineses e coreanos ainda falavam ocasionalmente de Shang Ti/Hananim com curiosidade e uma certa reverência. As crianças chinesas também diziam, às vezes: “ Papai, fale-nos de Shang Ti” . Os filhos dos coreanos talvez exclamassem: “ Papai, conte a história de Hananim” . Os pais chineses e coreanos balançavam invariavelmente a cabeça, dizendo: “ Sabemos tão pouco. Ele está muito longe".