quinta-feira, 6 de agosto de 2009

ESTUDOS BIBLICOS

Princípios de Interpretação Bíblica

Uma grande responsabilidade do cristão é interpretar corretamente a Palavra de Deus. Esta é a base da obra de ensino e pregação. De nada adianta sermos excelentes comunicadores, sabermos utilizar muito bem as modernas técnicas didáticas, se entendermos mal os ensinos bíblicos, e os passarmos adiante de forma inadequada. O objetivo dessa apostila é transmitir noções básicas de interpretação das Escrituras.

Minha posição quanto a essa questão é que não precisamos nos preocupar com estes pormenores acadêmicos. A título de simplificação utilizarei a expressão "Interpretação Bíblica ou IB" como significando todo o trabalho de interpretação, do início da análise gramatical até a aplicação final do texto para a nossa realidade atual.

Na verdade, todos nós praticamos a interpretação bíblica em nossas vidas diárias. Todos lemos a Bíblia e deciframos subjetivamente o que ela significa para nós. Segundo as doutrinas do sacerdócio universal e da obra didática do Espírito Santo, cremos que qualquer cristão pode entender o conteúdo básico das Escrituras. Rejeitamos o dogma católico de que o entendimento da Palavra de Deus só pode ser adequadamente obtido através da ingerência de um magistério da Igreja ou das proposições do Papa. Apesar disso, existem alguns princípios gerais que precisam ser conhecidos e utilizados na interpretação, principalmente pelos professores e pregadores.

Trazendo para hoje uma palavra de ontem

Um dos grandes desafios da interpretação é cultural. A Bíblia foi escrita para pessoas de outro tempo. Isso pode parecer estranho, mas vou já explicar. Quando, por exemplo, o apóstolo Paulo sentou-se para escrever a sua carta aos Efésios, ele não estava pensando nos cristãos brasileiros. Sua atenção estava voltada para pessoas do século I, que viviam dentro da cultura greco-romana-judaica. O mesmo podemos dizer do autor do Apocalipse. Quando João escreveu sua obra, utilizou uma linguagem simbólica que era comum principalmente aos cristãos judeus de seu tempo. Em sua época, eram comuns os escritos apocalípticos, que buscavam transmitir mensagens de reforço na fé em linguagem cheia de imagens e significados ocultos.
Porém, isso não significa que não é para todos os cristãos o que está escrito. Devemos separar mandamentos de orientações. A desobediência de um quanto do outro, levam a conseqüências desastrosas.

Hoje, quando lemos a Epístola aos Efésios ou o Apocalipse, ficamos às vezes desnorteados com algumas expressões e, pior ainda, podemos compreendê-las mal. Daí podemos inferir que a primeira tarefa do intérprete bíblico é entender o que as Escrituras significaram para os seus primeiros destinatários. A partir desse ponto, é que podemos estabelecer qual a aplicação da mesma para hoje.

Serão válidos para hoje o ósculo santo, o véu no rosto para a oração (1Coríntios 11:13, 16:20)? Para respondermos isso precisamos primeiro saber: "o que significava o ósculo e o véu na sociedade daquele tempo?" Somente a partir daí é que poderemos transpor essa barreira cultural, e fazer das Escrituras algo vivo para o homem do século vinte. Para isso existem vários instrumentos disponíveis já em língua portuguesa: dicionários e manuais, introduções e comentários, livros dedicados a reconstruir os tempos bíblicos e Atlas que permitem-nos visualizar o arranjo político-geográfico dos tempos do Velho e Novo Testamentos. Além disso, todo esse conhecimento introdutório pode ser conseguido em um só volume. Se o professor ou pregador não tem como adquirir uma biblioteca completa, poderá economizar bastante comprando uma Bíblia de Estudo.

Nove princípios muito úteis

Oração
Todo o trabalho de interpretação deve começar com a oração. É necessário que nos cubramos com a proteção de Deus e convidemos o Espírito Santo a ser o nosso Mestre. O Espírito Santo tem uma tarefa de ensinar-nos acerca de Cristo (Jo 16:13-14).

Do mesmo modo, é ele quem nos mostra as profundas revelações de Deus: "Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito, porque o Espírito a todas as cousas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus... Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim, o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente" (1Co 2:10, 12). Em outro lugar a Escritura afirma que nosso conhecimento advém do fato de possuir uma unção do Espírito: "E vós possuís unção que vem do Santo, e todos tendes conhecimento" (1Jo 2:20).
O verdadeiro entendimento da Palavra advém, em primeiro lugar, desse contato íntimo e freqüente entre o intérprete e o Deus que inspirou as Escrituras.


Descrição ou Prescrição?
É preciso distinguir entre texto descritivo e texto prescritivo. Descritivo é o texto que descreve algo, narra um acontecimento. O fato de algo ser contado na Bíblia não significa que o mesmo é regra para hoje. Os relatos históricos, por exemplo, transmitem-nos preciosas lições espirituais. No entanto, não devemos tirar deles doutrinas absolutas para nós hoje. Só podemos tirar doutrina de história se houver concordância dos textos bíblicos doutrinários, principalmente nas epístolas do Novo Testamento. Prescritivo é o texto que traz regras, ensinamentos e mandamentos para nós hoje. Vemos nas Escrituras passagens destinadas claramente à instrução e doutrinamento.

Ir do simples ao complexo
Pergunte sempre qual o significado mais simples, mais claro, mais singelo. A Bíblia é um livro que pode ser entendido por todo cristão, do erudito até o semi-analfabeto. As verdades, e vontades de Deus mais preciosas e básicas são nítidas a qualquer leitor da bíblia. Como por exemplo:
“Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.” (LUCAS 10:27)
Essas palavras são claras de se entender por qualquer leigo da bíblia.

Isso não significa que todo o conteúdo bíblico seja fácil de entender. Em algumas partes do mesmo, precisaremos de auxílio adicional, e aqui entra a contribuição das boas introduções, manuais e comentários. E não apenas isso. Algumas passagens, ficarão simplesmente sem interpretação, por completa falta de informação. Mesmo o maior estudioso não sabe tudo sobre a Bíblia. Por isso mesmo devemos fugir de interpretações que exijam verdadeiras ginásticas mentais. Como por exemplo, o livro de Apocalipse, que possui muitas profecias futuras e de difícil interpretação. No máximo, podemos dar algumas suposições de certas profecias e revelações de João. Muitas revelações de Apocalipse são de fácil interpretações, outras não. Só devemos ir ao complexo se houver indício de revelação progressiva.

Cuidado com os textos "misteriosos"
Não dê atenção a textos obscuros. Pode parecer estranho, mas esse é um princípio que eu considero dos mais importantes. Alguns indivíduos tem o prazer em escarafunchar curiosidades inócuas tais como quem era o jovem nu do final do Evangelho de Marcos (Mc 14:51-52), os detalhes do batismo pelos mortos citados por Paulo em 1Co 15:29, acerca da pregação de Cristo aos espíritos em prisão, citada em 1Pe 3:18-20. Assim, perde-se tempo analisando detalhes irrelevantes. Essas questões podem parecer um "prato cheio" para os eruditos e técnicos textuais do Novo Testamento, mas, na maioria das vezes, dizem pouco ao cristão comum.

Partamos do princípio que todas as principais doutrinas e ensinamentos para a nossa vida prática estão expostos de modo claro na Bíblia. Os textos complicados, porquanto bíblicos, e por isso, valiosos, não são fundamentais para a nossa fé.

Ninguém vai deixar de ser salvo, por exemplo, se desconhecer o significado do número da besta, 666, de Ap 13. O trabalho do intérprete é aprender os ensinos claros e passá-los adiante.
Não devemos buscar decifrar mistérios, especializarmo-nos em uma espécie de esoterismo cristão. Tal insistência produz obsessão por posicionamentos que não são nitidos, que não são saudáveis para a Igreja de Cristo.

“E tende por salvação a longanimidade do nosso Senhor, como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada;
Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os Incautos e inconstantes torcem, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição.”
(2 PEDRO 3:15,16)

Considere a revelação progressiva
A terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga e, por fim, o grão cheio na espiga — Mc 4:28

Algumas verdades foram reveladas em semente no Velho Testamento, e só no Novo Testamento encontramos sua plena expressão, como por exemplo o ministério de Cristo, a Igreja, a nova dimensão da guarda do sábado, a situação pós-morte, etc.

Deve-se considerar a revelação progressiva no processo de interpretação. Alguém pode ler Ecl 9:5 e concluir uma doutrina errônea, afirmando que "os mortos não sabem cousa nenhuma". Os adventistas, por exemplo, fazem isso, ensinando que depois da morte a pessoa fica inconsciente, no túmulo, aguardando o dia da ressurreição. Essa é uma interpretação que desconsidera claramente a revelação progressiva. O texto de Eclesiastes não pode ser interpretado sem considerarmos as passagens do Novo Testamento que falam sobre o estado intermediário, quando estaremos com Cristo no céu aguardando a ressurreição. Nesse caso, houve uma progressão da revelação.
Compare Escritura com Escritura
O melhor comentário sobre a Bíblia é a própria Bíblia. Compare os princípios encontrados com o restante das Escrituras. Se houver reafirmação da verdade, principalmente no Novo Testamento, devemos ensiná-la com convicção. Essa regra é chamada pelos intérpretes de "analogia das Escrituras", e, bem utilizada, evita uma série de erros grosseiros de interpretação.

O intérprete realiza o seu trabalho convicto de que a Escritura não se contradiz. Algumas verdades são difíceis de conciliar, mas isso não significa que sejam excludentes.

Um exemplo disso é a questão da responsabilidade humana e da soberania divina. Alguns afirmam que Deus é quem decreta e dirige todas as coisas. Ele domina sobre tudo, e todas as coisas ocorrem segundo o plano predeterminado pelo Senhor (Sl 139:16; Pv 21:1; Is 46:9-11; Mt 10:29; At 2:23, 4:24, 28, 13:48; Romanos 8:28-30, 9:8-24; Ef 1:5, 11; I Ts 5:9; 1Pe 5:11; Ap 1:6). Outros afirmam que, na verdade, o homem é responsável diante de Deus por seus atos. A existência do mal no mundo, e as conseqüências ruins provenientes do pecado são responsabilidade dos anjos e dos homens e não de Deus (Ez 18:29). Os homens são responsáveis diante de Deus pela sua rejeição ao Evangelho de Cristo, e quem não crer no Filho de Deus trará sobre si a justa condenação (Jo 5:24, 40, 6:29, 47-51).

Os cristãos bíblicos aceitam ambos os ensinos como expressão da mais pura verdade de Deus. Aqui encontramos uma antinomia. Antinomia, conforme o Dicionário Aurélio, é o "conflito entre duas afirmações demonstradas ou refutadas aparentemente com igual rigor". O problema, nas antinomias, não está na Bíblia, e sim na finitude de nossa compreensão. O fato de não entendermos alguma coisa não significa que ela esteja errada. O professor ou pregador deve ensinar tanto a soberania divina quanto a responsabilidade humana. Algumas respostas a tais questões só nos serão fornecidas na eternidade.

Cuidado com as "novas revelações"
Quando falamos de interpretação, o Espírito Santo não concede nova revelação, e sim iluminação. Não há nova verdade a ser acrescentada sobre o texto bíblico. Há nova iluminação, ou seja, são-nos mostrados novos aspectos da verdade que são relevantes para a nossa situação atual. A verdade é apenas uma. As aplicações dessa verdade é que são diversas. Somos incumbidos de entender a verdade e, sob a unção do Espírito de Cristo aplicá-la. Não fomos chamados para descobrir novas coisas, mas para ensinar as velhas e maravilhosas verdades de forma nova, pois elas são sempre necessárias em nossa geração.

Observe o Contexto
Conforme W. D. Chamberlain, "para interpretar contextualmente, há de se levar em conta o conteúdo geral de todo o documento, se ele é um discurso unificado. A multidão de imaginações do pensamento sobre uma passagem, mui freqüentemente afeta ele o sentido dos termos a interpretar-se". Em algumas ocasiões, como por exemplo, numa interpretação de uma epístola, o seu "teor geral dita o sentido real da passagem".

Quando desconsideramos o contexto, estamos sujeitos a errar a nossa interpretação. Um exemplo clássico é Ap 3:20: "Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo". Tenho ouvido muitos pregadores que usam a passagem como uma espécie de apelo evangelístico. O convite do Senhor, no entanto, neste caso, não é dirigido aos pecadores para que eles se arrependam e creiam no evangelho. O convite de Cristo aqui dirige-se aos crentes orgulhosos. O versículo em questão faz parte da carta de Jesus à Igreja de Laodicéia (Ap 3:14).

Um modo eficaz de olharmos os textos contextualmente é os observarmos em blocos, conforme o exemplo abaixo:

Evangelho de João.

21 Capítulos, divididos em duas partes:
- Caps. 1-13: O Livro dos Sinais.
- Caps. 14-21: O Livro da Glória.

Objetivo do livro: Gerar fé nos leitores, de que Jesus Cristo é o Filho de Deus (João 20:31).

Seção é uma divisão maior do livro. No caso do Ev. de João, podemos afirmar que existem duas grandes seções: Sinais e Glória.
Capítulo é uma unidade menor dentro de uma seção. É interessante dividirmos os parágrafos dentro dos capítulos para entendermos melhor o texto.


Perícope ou texto analisado é a unidade menor dentro de um capítulo. Pode abranger um ou mais parágrafos. O texto estudado pode abranger apenas parte de um parágrafo, ou mesmo um só versículo.
É importante estabelecer a relação deste texto com o capítulo, com a seção e com o restante do livro. Essa análise ampla permite uma interpretação harmoniosa e equilibrada.

A interpretação deve levar em conta toda essa estrutura textual. Chamamos de contexto imediato tudo aquilo que está próximo ao texto estudado (parágrafo e capítulo).

Chamamos de contexto remoto tudo aquilo que está distante, mas ao mesmo tempo abrange o texto estudado (seção— divisões maiores da obra, e o livro como um todo).

Devemos sempre perguntar ao texto: qual o contexto próximo? O parágrafo está tratando de que tema? E o capítulo? E a seção? Aqui estabeleceremos uma relação entre os elementos textuais, e estaremos mais aptos a discernir o significado da passagem. Todo texto deve ser interpretado dentro do seu contexto. Como diz um ditado da IB, "texto tirado de contexto é pretexto". Muitos usam textos deslocados para provar as suas doutrinas preferidas. Não caiamos nesse ardil!

Interpretação alegórica ou literal?
Ao interpretarmos um texto, fujamos da interpretação alegórica. O texto normalmente significa aquilo que está escrito mesmo. Em ocasiões iremos nos defrontar com figuras de linguagem. Cristo diz, por exemplo, que ele é "a porta" (João 10:7). Nesse caso, o bom senso nos diz que cabe aqui uma interpretação simbólica. Em outras situações, porém, devemos cuidar para não alegorizar aquilo que é literal.

Ouvi certa vez uma pregação sobre o casamento de Isaque relatado em Genesis 24. O pregador disse que o servo de Abraão era um "tipo" do Espírito Santo, e que Rebeca é um símbolo da Igreja. Se formos utilizar tais artifícios em nossa interpretação, poderemos transformar o texto bíblico naquilo que quisermos. Devemos levar a Bíblia a sério. Os casos onde não estiver clara uma figura de linguagem, ou onde o estilo de literatura não for claramente figurativo, tais como nos Salmos e no Apocalipse, devemos sempre interpretar literalmente. O bom senso e a liderança do Espírito Santo nos garantirão bom resultado nessa empreitada.
Métodos de Interpretação Bíblica
A Bíblia é a Palavra de Deus. Mas, algumas das interpretações derivadas dela não são. Existem muitas seitas, cultos e grupos cristãos que usam a Bíblia declarando que as suas interpretações são as corretas. Muito freqüentemente, no entanto, as interpretações não apenas diferem dramaticamente umas das outras, como são claramente contraditórias. Isto não significa que a Bíblia seja um documento contraditório. Antes, o problema está naqueles que a interpretam e/ou nos métodos que eles usam.
Como nós somos pecadores, somo incapazes de interpretar perfeitamente a palavra de Deus todo o tempo. O corpo, a mente, a vontade e as emoções são afetadas pelo pecado e tornam a interpretação 100% exata uma impossibilidade. Isto não significa que entender corretamente a palavra de Deus seja impossível. Mas que devemos nos aproximar à Sua palavra com cuidado, humildade e razão. Adicionalmente, nós precisamos o que de melhor nós poderíamos necessitar: a direção do Espírito Santo na interpretação da Palavra de Deus. Além do mais, a Bíblia é inspirada por Deus e dirigida ao Seu povo. O Espírito Santo nos ajuda a compreender o que a Palavra de Deus significa e como aplicá-la em nossas vidas.
No nível humano, para minimizar os erros que possam advir das nossas interpretações, nós precisamos conhecer métodos básicos de interpretação da Bíblia. Eu irei listar alguns destes princípios na forma de questões e então aplicá-los a uma passagem da Escritura.
Eu sigo os seguintes princípios como linhas-mestras para examinar uma passagem. Elas não são exaustivas e nem absolutas.
1. Quem escreveu/falou a passagem e para quem era endereçada?
2. O que a passagem diz?
3. Existe alguma palavra ou frase nesta passagem que precise ser examinada?
4. Qual é o contexto imediato?
5. Qual é o contexto mais amplo exposto no capítulo e no livro?
6. Quais são os versículos relacionados ao assunto da passagem e como eles afetam a compreensão desta?
7. Qual é o fundo histórico e cultural?
8. Qual a conclusão que eu posso tirar desta passagem?
9. As minhas conclusões concordam ou discordam de áreas relacionadas nas Escrituras ou com outras pessoas que já estudaram esta passagem?
10. O que eu posso aprender e aplicar à minha vida?
A fim de ajudar a entender como estas questões podem afetar a sua interpretação de uma passagem, eu escolhi uma que, quando examinada atentamente, pode fazer você chegar a conclusões muito diferentes.
Eu deixarei que você determine a exatidão da minha interpretação.
A passagem que eu vou usar é Mateus 24:40, "Dois homens estarão no campo; um será levado e o outro será deixado" (NIV).
1. Quem escreveu/falou a passagem e para quem era endereçada?
Jesus pronunciou as palavras e elas foram registradas por Mateus. Jesus falou aos Seus discípulos em resposta a uma pergunta, que iremos ver mais tarde.
2. O que a passagem diz?
A passagem diz simplesmente que um dos dois homens que estão fora, no campo, será levado. Ela não diz onde, porque, quando, ou como. Ela só diz que um será levado. Ela não define que o campo pertença a alguém ou a algum lugar em particular.
3. Existe alguma palavra ou frase nesta passagem que precise ser examinada?
Nenhuma palavra, nesta passagem em particular, realmente necessita que nós a examinemos cuidadosamente, mas para seguirmos este exercício, eu usarei a palavra "levar". Usando uma Concordância de Strong e um Dicionário de Palavras do Novo Testamento, eu posso verificar qual é a palavra grega e aprender a respeito dela. A palavra no Grego é "paralambano". Ela significa: "1) tomar, tomar para si mesmo, trazer para junto de si, 2) receber alguma coisa por transmissão."
Um ponto que vale a pena mencionar acerca do estudo das palavras é que o seu significado pode mudar de acordo com o seu contexto. Assim, examinando como a palavra é usada em múltiplos contextos, o seu significado pode reverter novas dimensões. Por exemplo, a palavra "amor", no grego é "agapao." Ela geralmente refere-se ao "amor divino." Isto pode parecer óbvio, já que esta é a palavra usada em Jo 3:16 com este significado. No entanto, a mesma palavra é usada em Lucas 11:43, onde Jesus diz: "Ai de vocês, fariseus, porque amam os lugares de honra nas sinagogas e as saudações em público!" (NIV). A palavra usada aqui é "agapao." Parece que o significado da palavra pode tornar-se alguma coisa na linha de "totalmente comprometido com."
No entanto, nós devemos tomar o cuidado de não usar o significado de uma palavra em um contexto em outro contexto. Por exemplo: 1) Este novo cadete é verde. 2) A árvore é verde. O primeiro verde significa "novo ou inexperiente." O segundo significa a cor verde. Poderíamos impor o significado de um contexto em outro? Sim, mas não seria uma boa idéia.
4. Qual é o contexto imediato?
É o lugar onde a passagem está inserida. O contexto imediato da nossa passagem é o seguinte, Mateus 24:37-42: "Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do Homem. 38 Pois nos dias anteriores ao dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; 39 e eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do Homem. 40 Dois homens estarão no campo: um será levado e o outro será deixado. 41Duas mulheres estarão moendo num moinho: uma será levada e a outra deixada. 42 Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor" (NIV).
Imediatamente podemos perceber que a pessoa levada no verso 40 é comparada a pessoa levada no verso 39. Isto é, que as pessoas que foram "levadas" são do mesmo tipo.
Uma pequena questão precisa ser feita agora. Quem foi levado no verso 39? Foi Noé e sua família ou foram as pessoas que estavam comendo e bebendo? A resposta a esta pergunta pode nos ajudar a entender melhor a passagem original. O próximo passo na interpretação da passagem nos ajudará a entendê-la ainda mais.
5. Qual é o contexto mais amplo exposto no capítulo e no livro?
Uma passagem deve ser sempre examinada dentro do seu contexto. Não apenas no contexto dos versos imediatamente antes e depois dela, mas também no contexto do capítulo e até do livro na qual ela está escrita.
O discurso de Jesus do qual esta passagem foi tirada, começa com uma pergunta. Jesus tinha acabado de sair do templo e no verso 2 disse aos Seus discípulos que "..não ficará aqui pedra sobre pedra; serão todas derrubadas." Então no versículo 3, os discípulos perguntam a Jesus: "Dize-nos quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da sua vinda e do fim dos tempos?" (NIV). Então, Jesus começa a profetizar acerca das coisas que viriam no fim dos tempos. Ele falou de falsos Cristos, tribulação, do sol se escurecendo, do Seu retorno e dos dois homens no campo onde um será levado e outro será deixado.
O contexto é escatológico. Isto significa que ele está tratando das últimas coisas, ou do tempo próximo ao retorno de Jesus. Muitas pessoas acham que este versículo de Mateus 24:40 refere-se ao arrebatamento mencionado em 1 Tessalonicenses 4:16-17. Pode ser. Mas é interessante notar que o contexto do versículo sugere que o mau é que será levado, e não o bom.
Neste momento você pode estar pensando que este método de interpretação da passagem não é bom. Depois de tudo, o verso "um será levado e o outro deixado" é realmente acerca do arrebatamento. Certo? Bem, pode ser. Como você pode ver, nós todos chegamos à Bíblia com idéias pré-concebidas. Algumas vezes elas estão certas, outras, erradas. Nós sempre deveríamos estar prontos a ter a nossa compreensão da Bíblia desafiada pelo que é dito. Se nós não estivermos dispostos, então somos presunçosos. E Deus está distante do soberbo (Salmos 138:6).
6. Quais são os versículos relacionados ao assunto da passagem e como eles afetam a compreensão desta?
Acontece que existe uma passagem relacionada, na verdade, paralela, encontrada em Lc 17:26-27. "Assim como foi nos dias de Noé, também será nos dias do Filho do Homem. 27O povo estava comendo, bebendo, casando-se e sendo dado em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Então veio o dilúvio e destruiu a todos." (NIV).
Rapidamente, nós descobrimos que estes versos relacionados sem dúvida afetam a nossa maneira de entender a passagem inicial. Está claro nesta passagem de Lucas que aqueles que foram levados pelo dilúvio eram aqueles que estavam comendo, bebendo e se dando em casamento . Em outras palavras, não foram as pessoas boas que foram levadas, foram as más.
Como você pode ver, isto tem um profundo impacto na maneira como compreendemos nossa passagem em Mt 24:40. O contexto não sugere que aquele que está no campo que será levado não é o mau? Como este contexto afeta as minhas idéias pré-concebidas acerca deste verso? Vamos ler o versículo novamente, mas agora dentro do seu contexto imediato: Mateus 24:37-42, "Como foi nos dias de Noé, assim também será na vinda do Filho do Homem. 38 Pois nos dias anteriores ao dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca; 39 e eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do Homem. 40 Dois homens estarão no campo: um será levado e o outro será deixado. 41Duas mulheres estarão moendo num moinho: uma será levada e a outra deixada. 42 Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o seu Senhor" (NIV).
O que é que você acha agora? Quem foi levado, o bom ou o mau? Então, este verso faz referência ao arrebatamento ou não?
Só perguntando.
De interesse correlato é uma passagem em Mt 13:24-30 onde Jesus conta a parábola do semeador que semeou a boa semente no seu campo e alguém, depois, semeou joio. Os servos perguntaram se eles deveriam ir imediatamente e arrancar o joio. Mas, no verso 30, Jesus diz "Deixem que cresçam juntos até a colheita. Então direi aos encarregados da colheita: juntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; depois juntem o trigo e guardem-no no meu celeiro." (NIV)
O ponto digno de nota aqui é que o primeiro a ser ajuntado é o joio, e não o trigo. Isto fica ainda mais interessante quando Jesus explica a parábola em Mt 13:36-43 e estabelece que eles serão atirados à fornalha.
Adicionalmente, quando nos voltamos para Lucas 17, que é a passagem paralela de Mt 24, nós descobrimos que os discípulos fizeram a Jesus outra pergunta por causa da resposta de Jesus que dizia "dois estarão no campo e um será levado." No verso 37 eles perguntam, "Onde, Senhor?" perguntaram eles. Ele [Jesus] respondeu, "Onde houver um cadáver; ali se ajuntarão os abutres."
Eles serão levados a um lugar de morte.
7. Qual é o fundo histórico e cultural?
Esta é uma questão mais difícil de responder. Ela requer um pouco mais de pesquisa. Um comentário é digno de ser examinado aqui, já que ele usualmente provê um pano de fundo histórico e cultural para ajudar a desvendar o texto.
Neste contexto, Israel estava debaixo da lei romana. Eles estavam proibidos de exercer a punição capital (pena de morte) e de custear uma guerra. Roma estava dominando a pequena nação. O judaísmo era tolerado apesar da liderança romana. Além de tudo, Israel era um pequeno país oriental com um povo que era fanático pela sua religião. Então, Roma permitiu que Israel fosse governado por políticos judeus marionetes.
O templo era o lugar de adoração da comunidade israelense. Ali os sacrifícios de sangue eram oferecidos pelo sumo sacerdote para a expiação dos pecados da nação. Levaram 46 anos para construí-lo (Jo 2:20). Jesus disse que o templo seria destruído; o que gerou a pergunta que O levou a fazer o discurso que contém a passagem examinada.
8. Qual a conclusão que eu posso tirar desta passagem?
Desde que o contexto da passagem sugere que o mau é que será levado, eu estou concluindo que aquele que será levado no campo não será o bom, mas sim o mau. Eu também sou tentado a concluir que o maus serão levados ao lugar de julgamento.
9. As minhas conclusões concordam ou discordam de áreas relacionadas nas Escrituras ou com outras pessoas que já estudaram a esta passagem?
Eu já apresentei outras passagens que me permitem chegar a conclusão que cheguei. No entanto, isto não está de acordo com todos os comentários que eu tenho lido acerca deste verso. Neste ponto eu necessito apresentar minha conclusão a outros para ver o que eles pensam. Só porque eu estudei a Palavra e cheguei a uma conclusão não significa que ela esteja correta. Mas não significa que esteja errada, no entanto.
Consultar outras pessoas, examinar a palavra de novo e buscar a Deus humildemente e a sua iluminação. Eu só posso ter a esperança de chegar à melhor conclusão possível acerca da passagem.
10. O que eu posso aprender e aplicar à minha vida?
A Interpretação da Escritura tem um propósito: Entender a Palavra de Deus mais exatamente. Com um melhor entendimento da Sua palavra, nós poderemos aplicá-la à área a que ela se destina. No nosso caso, a passagem revela uma área do futuro e uma época de julgamento. A aplicação, então, é que Deus executará o julgamento sobre os injustos no fim dos tempos.




































Bíblia
AS ESCRITURAS SAGRADAS

"O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar" (Mat. 24:35).
"Seca-se a erva, e caem as flores, porém a palavra de nosso Deus subsiste eternamente" (Isa. 40:8).
O quanto sabemos, o primeiro intérprete da Palavra de Deus foi o diabo, dando à palavra divina um sentido que ela não tinha, falseando astutamente a verdade. Mais tarde, o mesmo inimigo, falseia o sentido da Palavra escrita, truncando-a, isto é, citando a parte que lhe convinha e omitindo a outra.
Os imitadores, conscientes e inconscientes, têm perpetuado este procedimento enganando à humanidade com falsas interpretações das Escrituras. E a ninguém deve parecer estranho que insistamos em que a primeira e fundamental regra da correta interpretação bíblica deve ser: A Escritura explicada pela Escritura, ou seja: a Bíblia, sua própria intérprete.

Ignorando ou violando este princípio simples e racional, temos encontrado, como dissemos, aparente apoio nas Escrituras para muitos erros. Fixando-se em palavras e versículos arrancados de seu conjunto e não permitindo à Escritura explicar-se a si mesma.
A má vontade, a incredulidade, a preguiça em seu estudo; o apego a idéias falsas e mundanas, e a ignorância de toda regra de interpretação, provará o que se queira com a Bíblia; porém jamais provará a Bíblia o que os homens tão mal dispostos querem.
Jesus é o tema central da Bíblia, conforme Ele mesmo declara em Lucas 24.44 e João 5.39. Leia também Atos 3.18; 10.43 e Apocalipse 22.16.
A NECESSIDADE DAS ESCRITURAS
A revelação de Deus ao homem através dos tempos tem sido por meio das obras que Ele criou (Romanos 1.20, Sl 19.1-6). Além das obras, a maior fonte de revelação de Deus está em sua Palavra, a Bíblia Sagrada. Costuma-se dizer que essa revelação é dupla, sendo a Bíblia a palavra escrita e Cristo a palavra viva. Essa dupla revelação tornou-se necessária devido a queda do homem. Ao estudarmos a Bíblia devemos considerar as seguintes afirmações:
A Palavra de Deus é o único manual do crente - Os manuais existem para orientar as pessoas sobre os procedimentos corretos em determinadas ocasiões. Dessa forma, a Bíblia nos ensina a servir ao Senhor, a empregar bem as orientações deixadas por Deus para uma vida feliz e para a correta realização de Sua obra. É também a Bíblia que nos mostra o caminho da salvação, da santificação e da vida eterna. A eficiência no uso da palavra vem do exercício constante, da prática (1 Pe 2.9, 3.15; Ef 2.10; 2 Tm 2.15; Is 34.16; 55.11; Salmos 119.130).
"Que é a verdade?" perguntou Pilatos, e o tom de sua voz inferiu que em vão se buscaria essa qualidade.
Se não houvesse um meio de chegar ao conhecimento de Deus, do homem e do mundo, Pilatos então teria razão.
Mas não há razão de andar às apalpadelas nas dúvidas e no ceticismo, porque existe um livro — as Sagradas Escrituras — que "podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus" (2 Tim. 3:15).
O termo "Bíblia" é de origem grega e quer dizer "Livros", deriva de biblion, “rolo” ou “livro” . A Bíblia divide-se em duas partes principais: o Antigo e o Novo Testamento, tendo ao todo 66 livros, 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo. Esses livros foram escritos no período de 16 séculos e tiveram cerca de 40 escritores. Foram pessoas de diversas épocas, diversas línguas, profissões diferentes, mas revelando uma mesma mensagem: aquela que o Supremo Autor desejou passar. Aqui está o grande milagre da Bíblia.
Essa revelação é desejável.
O Deus que criou o universo só pode ser um Deus sábio, e um Deus sábio certamente terá um propósito para suas criaturas. Negligenciar esse propósito é loucura e contrariá-lo constitui pecado. "Mas, como se verifica com certeza o propósito divino? A história prova que os homens chegam a conclusões muito diversas e muitas pessoas não chegam a conclusão nenhuma! A experiência demonstra que esse problema não se resolve somente pelos estudos. Alguns não dispõem de tempo suficiente, e outros, ainda que tenham o desejo, não possuem a habilidade; mesmo que alcançassem êxito, suas conclusões seriam alcançadas lentamente e com grande desconfiança. Os sábios são capazes de levantar escadas de pensamentos no esforço de alcançarem as verdades celestiais, mas a escada mais elevada ainda estaria muito aquém da necessidade. "O mundo pela sabedoria (filosofia) não conheceu a Deus." As verdades que informam o homem como passar da terra para o céu devem ser enviadas do céu à terra. Em outras palavras, o homem precisa de uma revelação.
A revelação em forma escrita.
É razoável que sua mensagem tomasse forma de livro. Os livros representam o melhor meio de preservar a verdade em sua integridade e transmiti-la de geração a geração. A memória e a tradição não merecem confiança. Portanto, Deus agiu com a máxima sabedoria e também dum modo normal dando ao homem a sua revelação em forma de livro. De nenhuma outra maneira, pelo que podemos ver, podia ter ele entregue aos homens um ideal infalível que estivesse acessível a todos os homens e que continuasse intacto através dos séculos e do qual todos os povos pudessem obter a mesma norma de fé e prática.
É razoável concluir que Deus inspirasse os seus servos a arquivarem essas verdades, verdades que não poderiam ser descortinadas pela razão humana. E, finalmente, é razoável crer que Deus tivesse preservado, por sua providência, os manuscritos das escrituras bíblicas e que tivesse influenciado a sua igreja a incluir no cânon sagrado somente os livros que fossem divinamente inspirados.

A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS
É possível que haja uma religião divina sem uma literatura inspirada.Se o simples testemunho histórico prova que Jesus operou milagres, pronunciou profecias e proclamou a sua divindade, se pode ser demonstrado que ele foi crucificado para redimir os pecadores, e que foi ressuscitado dentre os mortos e que fez com que o destino dos homens dependesse de aceitá-lo como o seu Salvador então, sejam inspirados ou não os registros, aí daquele que descuidar de tão grande salvação.
Todavia, não tomaremos mais tempo com isso, pois não existe nenhuma dúvida quanto à inspiração da Bíblia. "Toda a Escritura é divinamente inspirada" (1iteralmente: "é dada pelo sopro de Deus"), declara Paulo. (2 Tim. 3:16.) "Porque a profecia não foi antigamente produzida por vontade de homem algum", escreve Pedro, "mas os homens santos de Deus falaram, inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21).
Divina e não apenas humana.
O modernista identifica a inspiração das Escrituras Sagradas com o mesmo esclarecimento espiritual e sabedoria de que foram dotados tais homens como: Platão, Sócrates, Browning, Shakespeare e outros gênios do mundo literário, filosófico e religioso. A inspiração, dessa forma, seria considerada apenas uma coisa puramente natural. Essa teoria rouba à palavra inspiração todo o seu significado e não combina, em absoluto, com o caráter sobrenatural e único da Bíblia.
Única e não comum.
Alguns confundem a inspiração com o esclarecimento. Refere-se à influência do Espírito Santo, comum a todos os cristãos, influência que os ajuda a compreender as coisas de Deus. (1 Cor. 2:4; Mat. 16:17.) Eles mantêm a opinião de que esse esclarecimento espiritual seja a explicação adequada sobre a origem da Bíblia. Existe uma faculdade nos homens, assim ensinam eles, pela qual se pode conhecer a Deus — uma espécie de olho da sua alma. Quando os homens piedosos da antiguidade meditavam em Deus, o Espírito Divino vivificava essa faculdade, dando-lhes esclarecimentos dos mistérios divinos.
Tal esclarecimento é prometido aos crentes e tem sido experimentado por eles. Mas este esclarecimento não é o mesmo que inspiração. Sabemos, segundo está escrito em 1Ped. 1:10-12, que às vezes os profetas recebiam verdades por inspiração e lhes era negado esclarecimento necessário à sua compreensão dessas mesmas verdades. O Espírito Santo inspirou-lhes as palavras mas não achou por bem conceder-lhes a compreensão do seu significado. Descreve-se Caifás como sendo o veículo duma mensagem inspirada (se bem que o foi inconscientemente), apesar de não estar ele pensando em Deus. Nesse momento ele foi inspirado mas não esclarecido. (João 11:49-52.)
Notemos duas diferenças especificas entre o esclarecimento e a inspiração:
1) Quanto à duração, o esclarecimento é, ou pode ser, permanente. "Porém a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito" (Prov. 4:18). A unção que o crente recebeu do Espírito Santo permanece nele, diz o apóstolo João (1 João 2:20-27). Por outro lado, a inspiração também era intermitente; o profeta não podia profetizar à vontade, porém estava sujeito à vontade do Espírito. "Porque a profecia não foi antigamente produzida por vontade de homem algum", declara Pedro, "mas os homens santos de Deus falaram, inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21). Que a inspiração profética viesse repentinamente está implícita na expressão comum: "A palavra do Senhor veio" a este ou àquele profeta. Uma distinção clara se faz entre os verdadeiros profetas, que profetizam unicamente quando lhes vem a palavra do Senhor, e os profetas falsos que proferem uma mensagem de sua própria invenção. (Jer. 14:14; 23:11, 16; Ezeq. 13:2, 3.)
2) O esclarecimento admite a graduação, enquanto a inspiração não admite graduação alguma. Varia de pessoa para pessoa o grau de esclarecimento, mas no caso da inspiração, no sentido bíblico, a pessoa ou recebeu ou não recebeu a inspiração.
Completa e não somente parcial.
Segundo a teoria da inspiração parcial, os escritores seriam preservados do erro em questões necessárias à salvação dos homens, mas não em outras matérias como sejam: história, ciência, cronologia e outras semelhantes. Portanto, segundo essa opinião, seria mais correto dizer que "A Bíblia contém a Palavra, em lugar de dizer que é a Palavra de Deus".
Essa teoria nos submergiria num pântano de incertezas, pois quem pode, sem equívoco, julgar o que é e o que não é essencial à salvação? Onde está a autoridade infalível que decida qual parte é a Palavra de Deus e qual não o é? E se a história da Bíblia é falha, então a doutrina também o é, porque a doutrina bíblica se baseia na história bíblica. Finalmente, as Escrituras mesmas reivindicam para si a inspiração plenária. Cristo e seus apóstolos aplicaram o termo "Palavra de Deus" a todo o Antigo Testamento.

A VERIFICAÇÃO DAS ESCRITURAS

1. Elas reivindicam inspiração.
O Antigo Testamento declara-se escrito sob uma inspiração especial de Deus. A expressão "e Deus disse", ou equivalente, é usada mais de 2.600 vezes. A história, a lei, os salmos e as profecias são declarados escritos por homens sob inspiração especial de Deus. (Vide Êxo. 24:4; 34:28; Jos, 3:9; 2 Reis 17:13; Isa.34:16; 59:21; Zac. 7:12; Sal. 78:1; Prov. 6:23.) Cristo mesmo sancionou o Antigo Testamento, citou-o e viveu em harmonia com os seus ensinos. Ele aprovou a sua veracidade e autoridade (Mat. 5:18; João 10:35; Luc. 18:31-33; 24:25, 44; Mat.23:1, 2; 26:54). E o mesmo fizeram os apóstolos. (Luc. 3:4; Rom. 3:2; 2 Tim. 3:16; Heb. 1:1; 2 Pedro 1:21; 3:2; Atos 1:16; 3:18; l Cor. 2:9-16.)
Arroga-se o Novo Testamento uma inspiração semelhante? Quanto à inspiração dos Evangelhos é garantida pela promessa de Cristo de que o Espírito traria à mente dos apóstolos todas as coisas que ele lhes havia ensinado, e que o mesmo Espírito os guiaria em toda verdade (João 2:22 / 12:16 / 14:26). Em todo o Novo Testamento ele se declara uma revelação mais completa e clara de Deus do que aquela dada no Antigo Testamento, e com absoluta autoridade declara a ab-rogação das leis antigas. Portanto, se o Antigo Testamento é inspirado, a mesma inspiração deve ter o Novo. Parece que Pedro procura colocar as epístolas de Paulo no mesmo nível dos livros do Antigo Testamento, (2 Ped. 3:15,16), e Paulo e os demais apóstolos afirmam falar com a autoridade divina, (1 Cor. 2:13; 14:31; 1Tess. 2:13; 4:2; 2 Ped. 3:2; l João 1:5; Apoc. 1:1.)
2. Dão a impressão de serem inspiradas.
1) Sua exatidão. Nota-se a ausência total dos absurdos que se encontram em outros livros "sagrados". não lemos, por exemplo, que a terra saísse dum ovo, tendo transcorrido certo número de anos para a sua incubação, descansando ele sobre uma tartaruga; a terra rodeada por sete mares de água salgada, suco de cana, bebidas alcoólicas, manteiga pura, leite coalhado, etc. Escreve o Dr. D. S. Clarke: "Há uma diferença insondável entre a Bíblia e qualquer outro livro. Essa diferença deve-se à sua origem."
2) Sua unidade. Contendo sessenta e seis livros, escritos por uns quarenta diferentes autores, num período de mais ou menos mil e seiscentos anos, abrangendo uma variedade de tópicos, ela, no entanto, demonstra uma unidade de tema e propósito que só se explica como tendo ela uma mente diretriz. Nenhum dos escritores dos livros da Bíblia contradiz o outro em nenhuma verdade, história, profecia ou doutrina, tais como: pecado, condenação, salvação, Deus, Jesus, etc. Embora eles tenham vivido em momentos, situações, cultura, educação e tempos diferentes e variados.
3) Quantos livros suportam serem lidos mesmo duas vezes? Mas a Bíblia pode ser lida centenas de vezes sem se poder sondar suas profundezas ou sem que se perca o interesse do leitor.
4) A sua assombrosa circulação, estando já traduzida em milhares de idiomas e dialetos, e lida em todos os países do mundo.
5) O tempo não a afeta. é um dos livros mais antigos do mundo e ao mesmo tempo o mais moderno. A alma humana nunca a pode dispensar. O pão é um dos alimentos mais antigos, e ao mesmo tempo o mais moderno. Enquanto os homens tiverem fome, desejarão o pão para o corpo; e enquanto anelarem por Deus e as coisas eternas, desejarão a Bíblia.
6) Sua admirável preservação em face de perseguição e a oposição da ciência. "Os martelos se gastam mas a bigorna permanece."
3. Sente-se que são inspiradas.
A Igreja Romana assevera que a origem divina das Escrituras depende, em última análise, do testemunho da igreja, a qual se considera o guia infalível em todas as questões de fé e prática. "Como se a verdade eterna e inviolável de Deus dependesse do juízo do homem!" declarou João Calvino, o grande Reformador.
Ainda, declarou ele: Assevera-se que a igreja decide qual a reverência que se deve às Escrituras, e quais os livros que devem ser incluídos no cânone sagrado. Esta interrogação: "Como saberemos que vieram de Deus as Escrituras, a não ser que haja uma decisão da igreja?" é tão tola quanto a seguinte pergunta:"como discerniremos a luz das trevas, o branco do negro, o amargo do doce?"O testemunho do Espírito Santo é superior a todos os argumentos.
Deus, na sua Palavra, é a única testemunha fidedigna concernente a si mesmo: da mesma maneira a sua Palavra não achará crença verdadeira nos corações dos homens enquanto não for selada pelo testemunho do seu Espírito. O mesmo Espírito que falou pelos profetas deve entrar em nossos corações para convencer-nos de que esses profetas fielmente entregaram a mensagem que Deus lhes confiara. (Isa. 59:21.)
Sendo assim, por que aduzimos evidências externas da exatidão das Escrituras e de seu merecimento geral? Fazemos isto primeiramente, não para poder crer que são certas, mas sim porque sentimos que são certas; em segundo lugar, é natural motivo de alegria poder apontar evidências externas das coisas que cremos no coração; finalmente, estas provas servem de veiculo, por assim dizer, pelos quais podemos expressar em palavras a nossa convicção íntima, e dessa maneira "estando sempre preparados para responder a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vos" (1 Ped. 3:15).

OS LIVROS APÓCRIFOS

Além dos livros canônicos, existem os chamados "livros deuterocanônicos", ou seja, os livros do "segundo cânon", que foi o cânon aprovado pela Igreja Romana no Concílio de Trento (1545-1563), até hoje seguido pelos católicos. Nas Bíblias de edição católico-romana o total de livros é de 73, tendo a mais 7 livros apócrifos, além de quatro acréscimos ou apêndices a livros canônicos, num total de 11 escritos apócrifos. Existem 14 escritos apócrifos, sendo 10 livros e 4 acréscimos.

a) Os sete livros apócrifos constantes na edição católico romana são: Tobias (depois de Esdras); Judite (depois de Tobias); Sabedoria de Salomão (depois de Cantares); Eclesiasiáticos (depois de Sabedoria); Baruque (depois de Jeremias); I e II Macabeus.
b) Os quatro acréscimos a livros canônicos são: Ester (10.4 - 16.24); Cântico dos Três Santos Filhos (Daniel 3.24-90); História de Suzana (Daniel 13); Bel e o Dragão (Daniel 14).
c) Os demais apócrifos, ainda aceitos pela Igreja Ortodoxa Grega são: III e IV Esdras e A Oração de Manassés. São assim chamados porque na Bíblia católico-romana os livros de Esdras e Neemias são chamados de I e II Esdras.
A aprovação dos apócrifos pela Igreja Católica, em 18 de abril de 1546, foi uma tentativa de combater a Reforma Protestante, recente na época. Os protestantes combatiam violentamente as novas doutrinas romanistas do Purgatório, Oração pelos Mortos, Salvação mediante Obras, dentre outras. Os romanistas viam nos apócrifos base para tais doutrinas, e apelaram para eles.
Uma das grandes razões, talvez a principal delas, pelas quais nós rejeitamos os Apócrifos, é devido a grande quantidade de heresias que tais livros apresentam. Fora isso, existem também lendas absurdas e fictícias e graves erros históricos e geográficos, o que fazem os Apócrifos serem desqualificados como palavra inspirada de Deus.

LENDAS, ERROS E HERESIAS

1. Histórias fictícias, lendárias e absurdas
Tobias 6.1-4 - "Partiu, pois, Tobias, e o cão o seguiu, e parou na primeira pousada junto ao rio Tigre. E saiu a lavar os pés, e eis que saiu da água um peixe monstruoso para o devorar. À sua vista, Tobias, espavorido, clamou em alta voz, dizendo: Senhor, ele lançou-se a mim. E o anjo disse disse-lhe: Pega-lhe pelas guerras, e puxa-o para ti. Tendo assim feito, puxou-o para terra, e o começou a palpitar a seus pés

2. Erros Históricos e Geográficos
Os Apócrifos destroem a doutrina da inerrância da bíblia porque esses livros incluem erros históricos e de outra natureza. Assim, se os Apócrifos são considerados parte das Escrituras, isso identifica erros na Palavra de Deus. Esses livros contêm erros históricos, geográficos e cronológicos, além de doutrinas obviamente heréticas; eles até aconselham atos imorais (Judite 9.10,13). Os erros dos Apócrifos são freqüentemente apontados em obras de autoridade reconhecida. Por exemplo:
O erudito bíblico DL René Paehe comenta: "Exceto no caso de determinada informação histórica interessante (especialmente em 1. Macabeus) e alguns belos pensamentos morais (por exemplo Sabedoria de Salomão), Tobias... contém certos erros históricos e geográficos, tais como a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (1 .15) em vez de Sargão II, e que Nínive foi tomado por Nabucodonosor e por Assuero (14.15) em vez de Nabopolassar e por Ciáxares... Judite não pode ser histórico porque contém erros evidentes... [Em 2 Macabeus] há também numerosas desordens e discrepâncias em assuntos cronológicos, históricos e numéricos, os quais refletem ignorância ou confusão..

3. Ensinam Artes Mágicas ou de Feitiçaria como método de exorcismo
a) Tobias 6.5-9 - "Então disse o anjo: Tira as entranhas a esse peixe, e guarda, porque estas coisas te serão úteis. Feito isto, assou Tobias parte de sua carne, e levaram-na consigo para o caminho; salgaram o resto, para que lhes bastassem até chegassem a Ragés, cidade dos Medos. Então Tobias perguntou ao anjo e disse-lhe: Irmão Azarias, suplico-lhe que me digas de que remédio servirão estas partes do peixe, que tu me mandaste guardar: E o anjo, respondendo, disse-lhe: Se tu puseres um pedacinho do seu coração sobre brasas acesas, o seu fumo afugenta toda a casta de demônios, tanto do homem como da mulher, de sorte que não tornam mais a chegar a eles. E o fel é bom para untar os olhos que têm algumas névoas, e sararão"
b) Este ensino que o coração de um peixe tem o poder para expulsar toda espécie de demônios contradiz tudo o que a Bíblia diz sobre como enfrentar o demônio.
c) Deus jamais iria mandar um anjo seu, ensinar a um servo seu, como usar os métodos da macumba e da bruxaria para expulsar demônios.
d) Satanás não pode ser expelido pelos métodos enganosos da feitiçaria e bruxaria, e de fato ele não tem interesse nenhum em expelir demônios (Mateus 12.26).
e) Um dos sinais apostólicos era a expulsão de demônios, e a única coisas que tiveram de usar foi o nome de Jesus (Mc 16.17; At 16.18)

4. Ensinam que Esmolas e Boas Obras - Limpam os Pecados e Salvam a Alma
a) Tobias 12.8, 9 - "É boa a oração acompanhada do jejum, dar esmola vale mais do que juntar tesouros de ouro; porque a esmola livra da morte (eterna), e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vida eterna".
Eclesiástico 3.33 - "A água apaga o fogo ardente, e a esmola resiste aos pecados"
b) Este é o primeiro ensino de Satanás, o mais terrível, e se encontrar basicamente em todas a seitas heréticas.
c) A Salvação por obras, destrói todo o valor da obra vicária de Cristo em favor do pecador. Se caridade e boas obras limpam nossos pecados, nós não precisamos do sangue de Cristo. Porém, a Bíblia não deixa dúvidas quanto o valor exclusivo do sangue como um único meio de remissão e perdão de pecados:
- Hb 9:11, 12, 22 - "Mas Cristo... por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção ...sem derramamento de sangue não há remissão."
- I Pe 1:18, 19 - "sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo,"
d) Contradiz Bíblia toda. Ela declara que somente pela graça de Deus e o sangue de Cristo o homem pode alcançar justificação e completa redenção:
- Romanos 3.20, 24, 24 e 29 - "Ninguém será justificado diante dele pelas obras da lei.. sendo justificados gratuitamente por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus. A quem Deus propôs no seu sangue.... Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei".

5. Ensinam o Perdão dos pecados através das orações
a) Eclesiástico 3.4 - "O que ama a Deus implorará o perdão dos seus pecados, e se absterá de tornar a cair neles, e será ouvido na sua oração de todos os dias".
b) O perdão dos pecados não está baseado na oração que se faz pedindo o perdão, não é fé na oração, e sim fé naquele que perdoa o pecado, a oração por si só, é uma boa obra que a ninguém pode salvar. Somente a oração de confissão e arrependimento baseadas na fé no sacrifício vicário de Cristo traz o perdão (Pv. 28.13; I Jo 1.9; I Jo 2.1,2)

6. Ensinam a Oração Pelos Mortos
a) 2 Macabeus 12:43-46 - "e tendo feito uma coleta, mandou 12 mil dracmas de prata a Jerusalém, para serem oferecidas em sacrifícios pelos pecados dos mortos, sentindo bem e religiosamente a ressurreição, (porque, se ele não esperasse que os que tinham sido mortos, haviam um dia de ressuscitar, teria por uma coisa supérflua e vã orar pelos defuntos); e porque ele considerava que aos que tinham falecido na piedade estava reservada uma grandíssima misericórdia. É, pois, um santo e salutar pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados".
b) É neste texto falso, de um livro não canônico, que contradiz toda a Bíblia, que a Igreja Católica Romana baseia sua falta e herege doutrina do purgatório.
c) Este é novamente um ensino Satânico para desviar o homem da redenção exclusiva pelo sangue de Cristo, e não por orações que livram as almas do fogo de um lugar inventado pela mente doentia e apostata dos teólogos católicos romanos.
d) Após a morte o destino de todos os homens é selado, uns para perdição eterna e outros para a Salvação eterna - não existe meio de mudar o destinos de alguém após a sua morte. Veja Mt. 7:13,13; Lc 16.26

7. Ensinam a Existência de um Lugar Chamado PURGATÓRIO
a) Este é o ensino herético e satânico inventado pela Igreja Católica Romana, de que o homem, mesmo morrendo perdido, pode ter uma Segunda chance de Salvação.
b) Sabedoria 3.1-4 - "As almas dos justos estão na mão de Deus, e não os tocará o tormento da morte. Pareceu aos olhos dos insensatos que morriam; e a sua saída deste mundo foi considerada como uma aflição, e a sua separação de nós como um extermínio; mas eles estão em paz (no céu). E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de imortalidade".
c) A Igreja Católica baseia a doutrina do purgatório na ultima parte deste texto, onde diz: " E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheia de imortalidade".
- Eles ensinam que o tormento em que o justo está, é o purgatório que o purifica para entrar na imortalidade.
- Isto é uma deturpação do próprio texto do livro apócrifo. De modo, que a igreja Católica é capaz de qualquer desonestidade textual, para manter suas heresias.
- Até porque, ganha muito dinheiro com as indulgências e missas rezadas pelos mortos.
d) Leia atentamente as seguinte textos das Escrituras, que mostram a impossibilidade do purgatório : I Jo 1.7; Hb 9.22; Lc 23.40-43; I6: 19-31; I Co 15:55-58; I Ts 4:12-17; Ap 14:13; Ec 12:7; Fp 1:23; Sl 49:7-8; II Tm 2:11-13; At 10:43)


8. Nos Livros Apócrifos Os Anjos Mentem
a) Tobias 5.15-19 - "E o anjo disse-lhe: Eu o conduzirei e to reconduzirei. Tobias respondeu: Peço-te que me digas de que família e de tribo és tu? O anjo Rafael disse-lhe: Procuras saber a família do mercenário, ou o mesmo mercenário que vá com teu filho? Mas para que te não ponhas em cuidados,, eu sou Azarias, filho do grande Ananias. E Tobias respondeu-lhe: Tu és de uma ilustre família. Mas peço-te que te não ofendas por eu desejar conhecer a tua geração.
b) Um anjo de Deus não poderia mentir sobre a sua identidade, sem violar a própria lei santa de Deus. Todos os anjos de Deus, foram verdadeiros quando lhes foi perguntado a sua identidade. Veja Lc 1.19
9. Mulher que Jejuava Todos os Dias de Sua Vida
a) Judite 8:5,6 - "e no andar superior de sua casa tinha feito para si um quarto retirado, no qual se conservava recolhida com as suas criadas, e, trazendo um cilício sobre os seus rins, jejuava todos os dias de sua vida, exceto nos sábados, e nas neomênias, e nas festas da casa de Israel"
b) Este texto legendário tem sido usado por romana relacionado com a canonização dos "santos" de idolatria. Em nenhuma parte da Bíblia jejuar todos os dias da vida é sinal de santidade. Cristo jejuou 40 dias e 40 noites e depois não jejuou mais.
c) O livro de Judite é claramente um produção humana, uma lenda inspirada pelo Diabo, para escravizar os homens aos ensinos da igreja Católica Romana.

10. Ensinam Atitudes Anticristãs, como: Vingança, Crueldade e Egoísmo
a) VINGANÇA - Judite 9:2
b) CRUELDADE e EGOÍSMO - Eclesiástico 12:6
c) Contraria o que a Bíblia diz sobre:
- Vingança (Romanos 12.19, 17)
- Crueldade e Egoísmo ( Pv. 25:21,22; Romanos 12:20; Jo 6:5; Mt 6:44-48)
A igreja Católica tenta defender a IMACULADA CONCEIÇÃO baseando em uma deturpação dos apócrifos (Sabedoria 8:9,20) - Contradizendo: Lc. 1.30-35; Sl 51:5; Romanos 3:23)
Diante de tudo isso perguntamos: Merecem confiança os livros Apócrifos ? A resposta obvia é, NÃO.


VERSÕES E TRADUÇÕES



“... como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes TORCEM, e igualmente AS OUTRAS ESCRITURAS, para sua própria perdição.”
(2 Pedro 3:15-16)
Introdução

Nada é mais importante na vida do crente e da igreja do que a Bíblia. Ademais, uma vez que não temos os escritos originais dos profetas e dos apóstolos, e já que muito poucos de nós somos fluentes em hebraico e grego, então dependemos de traduções.
As informações que se seguirão, a respeito das versões da Bíblia, devem ser bem entendidas por cada crente. Se um homem não confiar absolutamente em todas as palavras da sua Bíblia, ele não tem nenhuma autoridade infalível para sua vida.
Seja cuidadoso, e seja sábio. “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Ts 5:21). Temos que seguir o padrão dos bereanos:

“Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim. A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre.”
(Atos 17:11 ACF)

- Inspiração se refere a "o processo pelo qual o Espírito Santo influenciou os escritores das Escrituras para registrarem acuradamente Suas Palavras, o produto sendo a inspirada Palavra do próprio Deus".
- Autógrafos se referem aos escritos originais, tanto do Velho Testamento (VT) como do Novo Testamento (NT).
- Infalibilidade se refere à inabilidade dos autógrafos conterem erros ou errarem.
- Inerrância se refere ao fato de que os autógrafos não têm nenhum erro.

- Preservação se refere à Preservação Providencial, perfeita até mesmo ao nível de cada uma e de todas as palavras na realidade, cada letra dos autógrafos, nos manuscritos (MSS) hebraicos e gregos que sobreviveram e ainda hoje existem.
- Textus Receptus (Texto Recebido, TR) se refere ao NT em grego na edição fundada sobre a tradição coletada por Erasmus a partir da 1ª edição, em 1516, depois por Stephens, depois por Beza, e assim chamada após a edição dos Elzevir, de 1633. A edição de Beza de 1598 é o texto básico de onde a Almeida da Reforma foi traduzida.. A Sociedade Bíblica Trinitariana, estabelecida em Londres em 1831, tem produzido esta edição em grego.
- Textus Criticus (Texto Crítico, T.C.) se refere à edição do NT em grego baseada na teoria textual de B.F. Westcott (1825-1901) e F.J.A. Hort (1828-1892).
- Textus Maioritas (Texto Majoritário, TM) se refere à edição do NT Grego baseada nas leituras que são majoritárias entre os manuscritos (MSS) sobreviventes e ainda hoje existentes. Por causa da tão próxima concordância entre o TR e o TM, o Textus Receptus era também chamado de "Texto Majoritário" até 1982.
- Crítica Textual se refere à ciência de restaurar o texto original de um antigo escrito, a partir dos manuscritos (MSS) sobreviventes, ainda hoje existentes.
O adequado entendimento destes termos bíblicos é essencial para se discernir os parâmetros das questões Bibliológicas.

“A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre.” (Sl 119:160 ACF)
Definição da inspiração e preservação das Escrituras

A Bíblia É a Palavra de Deus; sua plena e definitiva revelação aos homens. Escrita por homens inspirados por Deus, é inerrante e infalível nos originais em quaisquer de seus 66 livros componentes, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. (Lucas 16:29, Hebreus 1:1-2, II Timóteo 3:16, II Pedro 1:21, Salmo 119:160).
A Palavra de Deus foi escrita originalmente em três línguas, a saber: O Velho Testamento principalmente em hebraico, e a partir do exílio babilônico, em Aramaico, e o Novo Testamento em Grego (Koiné).
A Bíblia foi, conforme promessa de Deus, por Ele próprio preservada, desde os originais (os chamados “autógrafos”, os escritos de próprio punho pelos escritores bíblicos), nada se perdendo ou se acrescendo. Sua preservação foi constante no decorrer do tempo, estando sempre em uso por Seus filhos, crentes fiéis perseguidos através dos tempos. Como tal, o Antigo Testamento está plenamente preservado no Texto Massorético (padronizado pelos massoretas, os escribas judaicos) e o Novo Testamento no Texto Recebido (Textus Receptus), os quais formam a base de todas as traduções da Palavra de Deus feitas durante a Reforma (King James, João Ferreira de Almeida (ACF), Reina Valera, Diodati, Lutero, etc...), traduções estas que por quase 300 anos foram adotadas por 100% das igrejas fiéis e por 100% dos crentes fiéis. A Palavra de Deus tem permanecido disponível durante todo o tempo a todos os crentes, seja nos originais, seja através de fiéis cópias suas ou através de uma de suas traduções fiéis (Isaías 40:8, Salmo 19:7-9, Deuteronômio 12:32, Salmo 102:11-12, Salmo 111:7-8, Salmo 33:11-12, Isaías 59:21, Marcos 13:31, Apocalipse 14:6).

“Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.” (Mt 5:18 ACF)

O processo de preservação da Bíblia

Dr. Charles Turner, diretor do Instituto dos Tradutores dos Batistas Bíblicos, em Bowie, no Texas descreve o simples processo que Deus tem usado na preservação das Escrituras:
“2 Pe 3:15-16, ` ... como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada; Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes TORCEM, e igualmente AS OUTRAS ESCRITURAS, para sua própria perdição.' Nestes versos, Pedro claramente diz que as palavras de Paulo eram igualadas às das 'outras Escrituras'. Ele cria que as palavras de Paulo eram a inspirada Palavra de Deus, e escreveu isto em um tempo quando havia aqueles que 'torcem' as Escrituras. ... note o tempo presente em 'os indoutos e inconstantes TORCEM, e igualmente as outras Escrituras, para sua própria perdição'. Isto claramente mostra que as igrejas primitivas já estavam vigilantes contra aqueles que perverteriam suas Escrituras. Estas igrejas estavam atentas a este problema e tomavam grandes cuidados para evitar que suas Escrituras fossem torcidas por falsos mestres. ...
"Que estas Escrituras foram passadas de uma igreja para outra é claramente indicado em Cl 4:16, que diz, 'E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodicéia lede-a vós também.' Este verso mostra que havia um compartilhamento de cópias da Palavra de Deus de igreja para igreja. Uma vez que um líder tão proeminente quanto Pedro considerava as palavras de Paulo como Escrituras e disse que estava ciente de que havia aqueles que haviam de torcê-las, não é provável que as igrejas tomariam grandes cuidados para vigilantemente protegerem estas Escrituras? Obviamente, este é o caso, porque as igrejas primitivas, guiadas pelo Espírito Santo, acertadamente concluíram que as palavras de Paulo eram as inspiradas palavras de Deus. Eles tomaram todas as precauções para salvaguardarem estas Escrituras através do método de compará-las com cópias feitas por outras igrejas. Muito embora falsos mestres tenham deliberadamente mudado o texto em um esforço para apoiarem seus falsos ensinos, corrigir um texto e trazê-lo de volta à leitura original foi sempre uma questão simples. As igrejas só tinham que checar com várias outras igrejas e determinar o que diziam as cópias destas. Fazendo isto, as igrejas descobriam qual escrita concordava com a maioria das cópias das outras igrejas. A escrita que concordasse com as cópias possuídas pelas outras igrejas era aceita como válida. Desta maneira, o texto foi preservado na sua forma original.
“Naturalmente, quando o primeiro Novo Testamento em grego foi impresso, as leituras que divergiam da maioria dos outros textos foram recusadas e as que estavam na maioria dos textos foi aceita. Por este método simples mas completamente acurado preciso e livre de erros, o Espírito Santo vigilantemente protegeu a Palavra de Deus. O Espírito Santo usou as igrejas, aquelas que eram fiéis guardiãs das Santas Escrituras que reverenciavam, para impedir que a Palavra de Deus fosse poluída por homens maus." (Turner, pp. 6,7).
Como na maioria dos assuntos, há exceções à regra da leitura majoritária determinar qual é o texto original, mas em geral este é claramente o método que Deus usou na preservação da Sua Palavra. A importância do esboço acima irá se tornar clara ao leitor à medida que prosseguimos com nosso tema.

“Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” (II Pe 1:20-21 ACF)

Declarações de fé sobre a Doutrina da Preservação Providencial das Escrituras

Confissão de Fé de Westminster (1643-48)

"O Velho Testamento em hebraico... e o Novo Testamento em grego... sendo diretamente inspirados por Deus e, pelo Seu singular cuidado e providência, conservados puros através dos séculos, são por esta razão autênticos; assim, como em todas as controvérsias de religião, a igreja tem que recorrer a eles como a autoridade e instâncias finais. Mas, uma vez que estas línguas originais não são conhecidas por todo o povo de Deus, povo este que tem direito e interesse nas Escrituras e é ordenado, no temor do Senhor, lê-las e pesquisá-las, segue-se que elas devem ser traduzidas para a língua comum de cada nação aonde chegarem, para que, a Palavra de Deus habitando abundantemente em todos, eles possam adorá-lo de modo aceitável; e, através da paciência e conforto das Escrituras, possam ter esperança"

Confissão de New Hampshire (1833)

"Cremos que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens divinamente inspirados, e É um tesouro perfeito de instrução celestial; que tem Deus como seu autor, salvação como sua finalidade, e verdade sem qualquer mistura de erro como seu assunto e conteúdo... portanto é, e permanecerá sendo até o fim do mundo, o verdadeiro centro de união cristã e o supremo padrão pelo qual toda a conduta, crença e opiniões humanas devem ser tratadas."

“As palavras do SENHOR são palavras puras, como prata refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes. Tu as guardarás, SENHOR; desta geração as livrarás para sempre.”
(Salmos 12:6-7)
Formas de tradução da Bíblia
Tradução por equivalência formal e tradução por equivalência dinâmica:

Tradução por equivalência formal

Define-se o processo de tradução por equivalência formal, como sendo o processo pelo qual se traduz palavra a palavra, o mais fiel possível o texto em questão; mas temos que atender que este processo não é um processo mecânico; pois vários fatores influenciam também neste processo, tais como:
Uma palavra sempre tem, em quase todas as línguas, vários significados, muitos deles semelhantes, mas a definição precisa de cada uma difere ligeiramente entre si; então o seu real significado se entende pelo contexto imediato, optando pela melhor palavra para cada caso também podemos ter palavras que se escrevem exatamente da mesma maneira, mas o seu significado é COMPLETAMENTE DIFERENTE (em português designamos tais palavras como homógrafas) por exemplo, o que significa conservo? Depende do contexto, tanto pode significar servo juntamente com outrem, mas também conservação, e muitas mais palavras são homógrafas, por aqui se vê que existe um trabalho muito meticuloso a ser empreendido pelos tradutores, em relação às palavras.
Pode existir uma palavra que na língua para a qual se vai traduzir, não existe uma correspondência direta, então, terá que se arranjar maneira para se introduzir a informação total.
A gramática de língua para língua difere bastante, e por vezes encontramos problemas graves de serem resolvidos não quer isto dizer que não se resolva, e por isso terá que se arranjar maneira de se introduzir a informação que está contida. Um exemplo clássico disso é constituído pelas palavras em itálico, onde as versões corretas da Palavra de Deus usam sempre palavras em itálico, palavras essas que não constam dos textos em grego e hebraico, mas para o correto entendimento da passagem, tiveram que ser introduzidas. Podemos confiantemente dizer que fazem parte da Palavra de Deus, pois são necessárias para uma correta leitura, e entendimento da passagem. Não quer dizer que avaliemos uma versão só porque tem palavras em itálico, mas se a sua versão não tem palavras em itálico, o melhor é pensar em comprar uma Bíblia, traduzida competentemente por equivalência formal, tal como a Almeida Corrigida Fiel, da SBTB – Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Isto é uma pequena amostra do quão trabalhoso é uma tradução das Sagradas Escrituras por equivalência formal. Todas as versões da Reforma foram feitas usando o processo de tradução por equivalência formal as versões antigas, como a Peshitta, a Antiga Latina foram feitas por equivalência formal, pois a idéia de equivalência dinâmica, e a teoria só do pensamento principal, é uma novidade do século passado (séc XX).
Mas, nestes últimos tempos, tem-se fabricado PERversões, usando um método denominado tradução por equivalência dinâmica. Mas, então, o que é este método, e em que consiste?

Tradução por equivalência dinâmica

Esse método é a maior desonestidade que um tradutor pode cometer. Isso foi inventado por um apóstata chamado Eugene Nida. A Equivalência Dinâmica é uma mentira que se comete com o leitor, pois as palavras de uma língua não são vertidas para outra, ficando o tradutor numa posição de manipular o texto ao seu bel-prazer.
Está intimamente ligado com outra novidade dos teólogos contemporâneos, a designada inspiração só do pensamento principal, a qual assegura que Deus só inspirou o pensamento principal, e que jamais inspirou VERBALMENTE (toda e cada palavra).
Assim, baseando-se nesta teoria, argumentam muito convincentemente (para eles), que se Deus só inspirou o pensamento principal, só interessa traduzir o pensamento principal, então, de uma forma breve, podemos definir o método de tradução por equivalência dinâmica, como sendo o processo pelo qual se traduz o tal pensamento principal de uma passagem, numa linguagem corriqueira a linguagem corriqueira, é uma coisa indefinida, com conceitos pouco definidos, e por isso com uma elasticidade conceitual desejada, para não ser possível elaborar doutrinas com fundamento a partir dela; é uma linguagem em constante mutação, que se for adotada para uma tradução, necessita quase que, diria, de cinco em cinco anos, uma revisão. Aqui surgem logo algumas perguntas só com base na premissa da teoria do pensamento principal, pois existem muitas perguntas a serem feitas, pelas próprias Escrituras:
Com que base se faz a seleção do pensamento principal? Quem pode perscrutar os pensamentos de Deus?

"Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos."
(Isaias 55:8-9)

E se um trecho da Bíblia não tiver aparentemente o tal conceito de pensamento principal, que fazer? (que tal se tirássemos as genealogias intermináveis? Qual o pensamento principal? Se usam a premissa do pensamento principal, devem poder mostrar que todas as passagens têm o tal pensamento principal.)
A maioria da Bíblia são relatos históricos. Como tirar o pensamento principal, de um relato histórico?
Os profetas quando falavam da parte de Deus, sempre diziam “Assim diz o Senhor”, e Deus falava através deles; nunca disseram “Assim é o pensamento principal do Senhor”, agora se uma tradução, não traduz todas as palavras que Deus inspirou, mas sim só o tal pensamento principal, acha que é a Palavra de Deus? Acha que pode pegar nela e confiadamente exclamar “Aqui tenho a Palavra de Deus”?
Deus nos diz pela pena do apóstolo Paulo que:

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça” (1 Tm 3:16 ACF)

A história do texto do Novo Testamento em grego

As diferenças mais significantes entre as versões modernas e a Versão do Rei Tiago e, no Brasil, as diferenças entre as versões baseadas no Texto Crítico, de um lado, e as Almeida 1753, Revista Corrigida e Corrigida Fiel, do outro lado, derivam do fato de que as novas versões são baseadas em um diferente texto em grego. O histórico que se segue, das mudanças que têm sido feitas no texto em grego, encontra-se na publicação "The Divine Original", da Trinitarian Bible Society:
"Por muitos séculos antes da Reforma, estudiosos do grego eram virtualmente inexistentes na Europa Ocidental. Em 1453 Constantinopla, que era a antiga capital da parte oriental do Império e o centro da Igreja Ortodoxa Oriental, caiu ante os invasores muçulmanos. Um resultado de longo alcance desta calamidade foi que eruditos 'cristãos' que conheciam o grego e tinham em sua possessão cópias das Escrituras na língua dos originais, fugiram para a Europa Ocidental, onde suas influências deram um novo ímpeto ao estudo da língua grega. Tem sido dito que 'A Grécia se ergueu da sepultura com o Novo Testamento em suas mãos.'
"Entre a geração de eruditos em grego, que se sucedeu, estava Erasmus, de Rotterdam, que preparou uma edição do Novo Testamento em grego a partir de cinco manuscritos que eram altamente reputados". Editor: Mesmo que Erasmus tenha usado apenas uns poucos manuscritos como base para sua obra, ele conhecia um considerável número de textos em grego e de versões antigas, inclusive o códice Vaticanus. "A edição foi impressa em 1516 e foi seguida por quatro edições posteriores. Em 1502, na Universidade de Alcala (Complutum) na Espanha, o Cardeal Ximenes tinha reunido manuscritos e homens sob a direção de Stunica, que publicou o Poliglota Complutensiano em 1522 ... Robert Stephens, apoiando-se largamente sobre Erasmus e Stunica, e com pelo menos quinze manuscritos ao seu dispor, produziu edições do texto (em grego) em 1546, 1549, 1550, e 1551. Em 1552 ele retirou-se para Genebra e juntou-se à causa protestante. Theodore Beza produziu nove edições do texto em grego entre 1565 e 1604. Estas seguiram as de Stephens de forma admiravelmente aproximada, embora Beza tivesse alguns antigos manuscritos não disponíveis a Stephens. As edições que os Elzevir imprimiram em Leyden tinham muito em comum com as de Stephens e Beza. A edição dos Elzevir se anunciou a si mesma como o "Textus Receptus" (TR), e desde então a edição de Stephens no ano 1550 (a 3a.) tem sido conhecida como o "Texto Recebido" na Inglaterra, enquanto a edição dos Elzevir no ano 1633 tem tido este título no Continente."

Outros nomes para o Texto Recebido

O TR é chamado "Texto Tradicional", referindo-se ao fato de que foi o texto comumente usado pelos crentes do Novo Testamento através dos séculos, e também para contrastá-lo com o Texto Crítico da era moderna. O TR é chamado "Texto Bizantino" porque é o texto representado nos manuscritos de todo o antigo mundo que falava o grego. 'Bizantino' aponta para a cidade de Bizâncio, que tinha sido tomada em possessão por Constantino, o Grande, em 330 DC. O nome desta capital foi mudado para Constantinopla.
As versões protestantes na Inglaterra e no Continente, nos séculos XVI e XVII, basearam-se nestas edições do texto em grego. Enquanto estas versões em grego que foram primeiramente impressas eram elas próprias baseadas em comparativamente poucos manuscritos, têm no entanto provado serem representativas do texto que prevalecia, muitos séculos antes, em todo o mundo grego.
As versões inglesas de Tyndale, Coverdale, Matthews (ou Rogers), a Grande Bíblia, a Bíblia de Genebra, a Bíblia dos Bispos, e a Versão Autorizada, todas elas basearam-se neste grupo de documentos em grego, nos quais foi preservado o texto que foi em regra recebido e aceito por todas as igrejas gregas desde os dias apostólicos. As Almeidas 1753, Revista Corrigida e Corrigida Fiel tiveram por base o mesmo texto.

O Texto Recebido vai até aos confins da Terra

Em todo o mundo, praticamente todos os trabalhos de tradução e impressão da Bíblia feitos por não católicos, desde os anos 1500 até os últimos anos 1800, basearam-se no Texto Recebido.
Durante estes séculos, centenas de traduções foram produzidas a partir deste texto, incluindo as Bíblias: sueca de Uppsala (1514), alemã de Lutero (1534), sueca (1541), dinamarquesa de Cristiano III (1550), espanhola de Reyna (1569), islandesa (1584), eslovena (1584), irlandesa (1685), francesa em Genebra (1588), galesa (1588), húngara (1590), holandesa de Statenvertaling (1637), italiana de Diodati (1641), finlandesa (1642), síria (1645), armeniana (1666), romena (1688), lataviana (1689), lituana (1735), estoniana (1739), georgiana (1743), PORTUGUESA DE JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA (1751) realmente publicada em 1753, gaélica (1801), servo-croata (1804), albanesa (1827), eslovaca (1832), norueguesa (1834), russa (1865), yiddish (1821), turca (1827) e búlgara (1864).

Piedosos missionários da Europa Continental, Inglaterra e América Canadá e, principalmente, Estados Unidos levaram o Texto Recebido até aos confins da terra, ao traduzi-los para os idiomas dos povos. Começando com John Eliot, que produziu a Bíblia na linguagem dos índios Pequot em 1663, missionários se ocuparam em traduzir as Escrituras para as línguas dos índios norte-americanos, incluindo as versões Mohawk (1787), Esquimó (1810), Delaware (1818), Seneca (1829), Cherokee (1829), Ojibway (1833), Dakota (1839), Ottawa (1841), Shawnee (1842), Pottawotomi (1844), Abenaqui (1844), Nez Perce (1845), Choctaw (1848), Yupik (1848), Micmac (1853), Plains Cree (1861)e Muskogee (1886).

Missionários da Igreja Protestante Holandesa traduziram o Texto Recebido para a linguagem malaia em 1734. Nos anos 1800s, as traduções foram surgindo num ritmo muito acelerado. Martin Henry traduziu o Texto Recebido para os idiomas persa e árabe; Adoniram Judson para o burmês (1835); William Carey e seus cooperadores para os idiomas bengali (1809), oriya (1815), marathi (1821), kashmiri (1821), nepalês (1821), sânscrito (1822), gujarati (1823), panjabi (1826), bihari (1826), kannada (1831), assamese (1833), hindi (1835), urdu (1843), telugu (1854) e 35 outras línguas da Índia.

Durante este período de 1800, outros missionários, baseados no Texto Recebido, produziram Bíblias e porções da Bíblia nos idiomas bullom de Serra Leoa (1816), saraiki do Paquistão (1819), faroe das Ilhas Faroe (1823), sranan do Suriname (1829), javanês da Indonésia (1829), aymara da Bolívia (1829), malaio da Indonésia (1835), manchu da China (1835), malaguês de Madagascar (1835), mandinca de Gâmbia (1837), havaiano do Havaí (1838), mongol (1840), karaite das Montanhas da Criméia (1842), azerbaijani da antiga União Soviética (1842), subu do Camarão (1843), mon de Burma (1843), maltês (1847), udmurt da União Soviética (1847), garifuna da Belízia-Nicarágua (1847), ossete da União Soviética. (1848), bube da Guiné Equatorial (1849), arawak da Guiana (1850), maori das ilhas Cook (1851), tontemboan da Indonésia (1852), somoan (1855), sesotho da África (1855), setswana da África do Sul (1857), basco da Espanha (1857), hausa da Nigéria (1857), nama da África (1866), maori da Nova Zelândia (1858), dayak da Indonésia (1858), isixhosa da África do Sul (1859), karan de Burma (1860), núbio do Egito (1860), igbo da Nigéria (1860), efik e yoruba da Nigéria (1862), tibetano (1862), ga de Gana (1866), tongan da África (1862), twi de Gana (1863), isizulu da África (1865), niueano de Tonga (1866), dehu da Nova Caledônia (1868), benga da África (1871), ewe da África (1877), batak da Indonésia (1878) e thai (1883). (As informações prévias sobre as versões da Bíblia foram grandemente derivadas de “Scriptures of the World”, United Bible Societies, 1988, e de “The Bible in America”, 1936).

É bom se enfatizar o fato de que esta lista de versões acima é somente uma lista parcial. Embora não possamos dar os particulares exatos da base textual de todas estas traduções, sabe-se que a vasta maioria delas foi composta de Escrituras baseadas no Texto Recebido. Algumas foram traduzidas diretamente do grego do Texto Recebido; outras, da Versão Autorizada Inglesa, algumas outras, de traduções do Texto Recebido feitas na Europa, tais como a versão espanhola e a versão alemã.

Por favor, note também que, neste século XX, em muitos casos as antigas versões originais nas linguagens acima mencionadas têm caído em desuso e têm sido substituídas por versões modernas.
De 1804 até 1907, contando somente a British and Foreign Bible Society, foram impressas 203.931.768 Bíblias, Testamentos e porções das Escrituras. Com poucas exceções, elas foram derivadas do Texto Recebido, ou de uma das versões européias baseadas no Texto Recebido. De 1816 a 1903 a American Bible Society distribuiu 72.670.783 volumes e porções das Escrituras, enquanto o Canstein Bible Institute editou mais de 7.000.000 de cópias. Ao final do século XIX, a Bíblia (ou porções dela) tinha sido propagada em quase 900 idiomas.

A estes números devem ser adicionadas as Escrituras impressas por outras Sociedades Bíblicas (da Escócia, Alemanha, Canadá, etc.); por organizações e sociedades missionárias (tais como Religious Tract Society, Society for Promoting Christian Knowledge, American Sunday-School Union e American Tract Society); por grandes firmas publicadoras tanto denominacionais como outras, na Grã Bretanha, América e Europa; pelas imprensas de missões em outros países; por indivíduos e grupos independentes. A Trinitarian Bible Society, por exemplo, desde 1831 tem publicado em vários idiomas traduções baseadas no Texto Recebido.
A American Sunday-School Union relatou que “a circulação total de Escrituras durante o século XIX chegou a centenas de milhões de cópias. O total excedeu 520 milhões de cópias da Palavra de Deus largamente espalhadas.
Todas estas Escrituras foram basicamente o mesmo texto e o mesmo tipo de versão. A maioria das diferenças tiveram a ver com as dificuldades de tradução, não com o texto adotado para lhes servir de base.

Até o início do século XX, as duas maiores Sociedades Bíblicas (a Britânica e a Americana), quando publicavam em inglês, usavam exclusivamente escrituras na versão do Rei Tiago; quando publicavam em grego, usavam exclusivamente o Texto Recebido.

Para colocar as coisas sucintamente: rejeitar o Texto Recebido, como os editores criticantes do texto e os tradutores modernos têm feito, é rejeitar o Texto que tem sido reconhecido através dos séculos como a Palavra de Deus pelos santos do Novo Testamento, e que foi exaltada por Deus como sendo A Bíblia, durante a maior era de reavivamento e atividade missionária desde o primeiro século.

A versão do Rei Tiago

Na Conferência da Corte de Hampton, em 1604, o líder puritano Reynolds fez a sugestão (que foi primeiramente oposta mas depois adotada pela Conferência, com entusiástica aprovação do Rei Tiago I) de que deveria haver uma nova tradução das Santas Escrituras para o idioma inglês, para substituir as diferentes versões então comumente em uso. Cinqüenta e quatro homens (incluindo puritanos, membros do alto clero da igreja anglicana, e os maiores eruditos da época, em grego e em hebraico) formaram seis grupos para se devotarem à tarefa.
Citemos dois desses homens:
Sir Lancelot Andrews: Líder dos tradutores do Velho Testamento. Falava fluentemente 15 idiomas orientais...
John Bois: Relator dos trabalhos da comissão de forma mais completa. Lia o Velho Testamento no Hebraico com apenas 5 anos de idade escrevendo nesta língua já aos 6 com elegância e estilo. Era especialista em todas as formas de grego.

Usando suas fontes isto é, manuscritos da Bíblia em grego e os melhores comentários dos eruditos europeus, e referindo-se em consultas a Bíblias em espanhol, italiano, francês, e em alemão todas elas baseadas no Texto Recebido, expressaram o sentido do grego com toda a precisão em um inigualável inglês idiomático, vigoroso, e claro. Esta Bíblia ganhou a batalha contra os preconceitos e críticas que saudaram sua primeira aparição, e tornou-se a Bíblia do mundo de fala inglesa.

A VRTiago (versão do Rei Tiago) foi publicada em 1611, após quase quatro anos de intensa revisão. Temos também que entender que a Bíblia do Rei Tiago não é o produto meramente daquele letrado grupo de homens do início dos anos 1600, mas é o fruto de aproximadamente 100 anos de tradução e revisão trabalhadas por piedosos homens na forja das perseguições, começando com os labores de William Tyndale. Este processo é único na história da tradução da Bíblia.
Alexander McClure, por volta de 1860, ao dar uma biografia dos tradutores do Rei Tiago, faz esta observação:
"... todas as faculdades da Grã Bretanha e América, mesmo neste arrogante dia de bravatas, não puderam reunir o mesmo número de teólogos igualmente qualificados pelo aprendizado e pela piedade para o grande empreendimento de tradução da Bíblia... este abençoado livro a VRTiago (versão do Rei Tiago)) é tão completo e exato que o leitor inculto, sendo de inteligência normal, pode gozar a deliciosa segurança de que, se ele estudá-lo com fé e em oração, e se entregar a si mesmo aos seus ensinos, não será confundido ou mal guiado com respeito a nenhum assunto essencial à sua salvação e seu bem espiritual. Este livro irá tão seguramente guiá-lo a todas as coisas necessárias à fé e à prática, quanto o fariam as Escrituras originais, se ele as pudesse ler, ou elas pudessem lhes falar como outrora falaram aos hebreus em Jerusalém ou aos gregos em Corinto." (McClure, Translators Revived, pp. 64-65).




O inglês da Bíblia do Rei Tiago

É também crucial que se entenda que o inglês da Bíblia do Rei Tiago não é meramente aquele do século XVII.
"O bispo Lightfoot afirmou que esta versão foi o repositório da mais elevada verdade e mais pura fonte do nosso inglês nativo. 'Na verdade', ele escreveu, 'podemos tomar coragem no fato de que a linguagem da nossa Bíblia inglesa não é a dos dias em que seus tradutores viveram, mas, em sua grande simplicidade, destaca-se em contraste com o estilo ornado e freqüentemente afetado da literatura da época' " ("The Divine Original").

Da linguagem usada na VRTiago, George Marsh, em uma palestra de 1870, observa:
"Ela foi um agregamento das melhores formas de expressão aplicáveis à comunicação de verdade religiosa que então existiu ou tinha existido, em qualquer e em todos os sucessivos estágios através dos quais a Inglaterra tinha passado em toda a sua história... Quanto à formação de frases, mesmo agora em 1870, a Bíblia do Rei Tiago só está pouquíssimo mais afastada da vida real e dos livros do que há duzentos anos atrás. A direção tomada pela fala inglesa depois da Versão Autorizada, não tem sido em uma linha reta se afastando do dialeto das Escrituras. Ao contrário, tem sido uma curva de circunvolução ao redor dele" (Edwin Bissell, “The Historic Origin of the Bible”, 1873, p. 353).

Quando a Imprensa da Universidade de Harvard publicou "The Literary Guide to the Bible" em 1987, ela selecionou a VRTiago para análise literária de cada um dos livros da Bíblia.
"...nossas razões para fazer isto têm que ser óbvias: ela é a versão que mais leitores do inglês associam com as qualidades literárias da Bíblia, e é ainda, sustentavelmente, a versão que melhor preserva os efeitos literários das línguas originais." .

Temos que ter isto em mente quando ouvimos reclamações sobre o "velho e antiquado inglês do Rei Tiago": A Bíblia do Rei Tiago é escrita em inglês belo e preciso, perfeitamente amoldado às Escrituras em hebraico e grego, e não é difícil aprender os poucos termos antiquados necessários para lê-la com entendimento. Poderíamos dizer o equivalente das Almeidas 1753, Revista Corrigida e Corrigida Fiel. Se alguém não estiver disposto a estudar diligentemente a Bíblia, ele não a entenderá, não importa qual a tradução que use. E se sua Bíblia é tão fácil de ler quanto o jornal da manhã, caro amigo, você não tem a Palavra de Deus, porque as Escrituras em hebraico e grego não são sempre lidas tão simplesmente e tão contemporaneamente como o jornal da manhã! Enquanto algumas porções do Novo Testamento em grego, porções do Evangelho de João, por exemplo, são tão simples que uma criança poderia entendê-las, outras porções são muito complexas.

Dr. Donald Waite diz:
" Eu conheço centenas de pessoas cuja inteligência e níveis educacionais não são tão elevados quanto os de algumas daquelas ... pessoas intelectuais que dizem que não podem entender a Bíblia do Rei Tiago e as Almeidas Revista Corrigida e Corrigida Fiel, no entanto estas pessoas comuns, de fato a entendem. Como podemos compreender isto? Relembremos 1Co 2:14 que diz 'Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.' Este verso ainda é verdadeiro, não importa qual tradução seja usada" (“Defending the King James Bible”, pp. 50,51).

Dr. Waite continua:
"Alguns dizem que gostam de uma versão em particular porque a acham mais fácil de ler e entender. Bem, legibilidade é uma coisa, mas será que ela se conforma com o que está no grego e hebraico dos originais? Você pode ter um montão de legibilidade, mas se ela não casar com o que Deus disse, ela não adianta de nada. Na Bíblia do Rei Tiago e nas Almeidas R.Corr. e C.Fiel, as palavras casam com o que Deus disse. Você pode dizer que ela é difícil de ler, mas: estude-a intensamente. Ela é difícil no hebraico e no grego e, talvez, mesmo no inglês da VRTiago e no português das Almeidas R.Corr. e C.Fiel. Mas mudar a Bíblia por toda parte, somente para fazê-la 'fácil', ou interpretá-la ao invés de traduzi-la, é errado. Você comprou montes de interpretação, mas não queremos isto em uma tradução. Queremos que o que for trazido para o inglês seja exatamente aquilo que Deus disse em hebraico e grego".
OBS: no nosso caso, no Brasil, queremos que seja feito o mesmo. O que se diz neste estudo sobre a Versão do Rei Tiago, aplica-se à Almeida Corrigida FIEL, da SBTB.

JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA

Conhecido pela autoria de uma das mais lidas traduções da Bíblia em português, ele teve uma vida movimentada e morreu sem terminar a tarefa que abraçou ainda muito jovem.
O que se conhece hoje da vida de Almeida está registrado na "Dedicatória" de um de seus livros e nas atas dos presbitérios de Igrejas Reformadas (Presbiterianas) do Sudeste da Ásia, para as quais trabalhou como pastor, missionário e tradutor, durante a segunda metade do século XVII.
Nascido em 1628, Almeida era natural de Torre de Tavares, Conselho de Mangualde, Portugal. Filho de pais católicos, bem cedo se mudou para a Holanda, passando a residir com um tio. Ali aprendeu o latim e iniciou-se nos estudos das normas da igreja.
Aos 14 anos, em 1642, aceitou a fé evangélica, na Igreja Reformada Holandesa, impressionado pela leitura de um folheto em espanhol, "Diferencias de la Cristandad", que tratava das diferenças entre as diversas correntes da crença cristã.
Já em 1644, aos 16 anos, Almeida inicia uma tradução do espanhol para o português, dos Evangelhos e dos Atos dos Apóstolos, os quais, copiados a mão, foram rapidamente espalhados pelas diversas comunidades dominadas pelos portugueses. Para este grandioso trabalho, Almeida também usava como fontes as versões latina, de Beza, francesa e italiana, todas elas traduzidas diretamente do grego e do hebraico.
No ano de 1645, a tradução de todo Novo Testamento foi concluída (mas, somente seria editada em 1681, em Amsterdã).
A partir de 1663 (dos 35 anos de idade em diante, portanto), Almeida trabalhou na congregação de fala portuguesa da Batávia, onde ficou até o final da vida. Nesta nova fase, teve uma intensa atividade como pastor.
Ao mesmo tempo, retomou o trabalho de tradução da Bíblia, iniciado na juventude. Foi somente então que passou a dominar a língua holandesa e a estudar grego e hebraico. Em 1676, Almeida comunicou ao presbitério que o Novo Testamento estava pronto. Aí começou a batalha do tradutor para ver o texto publicado. Ele sabia que o presbitério não recomendaria a impressão do trabalho sem que fosse aprovado por revisores indicados pelo próprio presbitério. E também que, sem essa recomendação, não conseguiria outras permissões indispensáveis para que o fato se concretizasse: a do Governo da Batávia e a da Companhia das Índias Orientais, na Holanda.
Em 1681, a primeira edição do Novo Testamento de Almeida finalmente saiu da gráfica. Um ano depois, ela chegou à Batávia, mas apresentava erros de tradução e revisão. O fato foi comunicado às autoridades da Holanda e todos os exemplares que ainda não haviam saído de lá foram destruídos, por ordem da Companhia das Índias Orientais.
Enquanto progredia a revisão do Novo Testamento, Almeida começou a trabalhar com o Antigo Testamento. Em 1683, ele completou a tradução do Pentateuco (os cinco primeiros livros do Antigo Testamento). Iniciou-se, então, a revisão desse texto, e a situação que havia acontecido na época da revisão do Novo Testamento, com muita demora e discussão, acabou se repetindo. Já com a saúde prejudicada pelo menos desde 1670, segundo os registros, Almeida teve sua carga de trabalho na congregação diminuída e pôde dedicar mais tempo à tradução.
O trabalho de revisão e correção do Novo Testamento foi iniciado e demorou dez longos anos para ser terminado. Mesmo assim, não conseguiu acabar a obra à qual havia dedicado a vida inteira. Em 1691, no mês de outubro, Almeida morreu. Nessa ocasião, ele havia chegado até Ezequiel 48.21.
Somente após a morte de Almeida, em 1693, é que essa segunda versão foi impressa, na própria Batávia, e distribuída.
A tradução do Antigo Testamento foi completada em 1694 por Jacobus op den Akker, pastor holandês. Depois de passar por muitas mudanças, ela foi impressa na Batávia, em dois volumes: o primeiro em 1748 e o segundo, em 1753.
João Ferreira de Almeida foi um instrumento precioso nas poderosas mãos de Deus, para dar aos povos de fala portuguesa a tradução mais difundida e aceita entre esses povos, antes colônias de Portugal.
Quando a Igreja Católica Romana ainda lutava contra a divulgação das Escrituras Sagradas, a tradução de Almeida surgiu como uma luz a brilhar na escuridão, em meio àqueles territórios, que, já libertos de Portugal, ainda se mantiveram por mais duzentos anos sob a influência da cultura e da língua portuguesa.

Um texto (em grego) diferente é exaltado numa hora de apostasia

À medida que o século XIX foi avançando, vozes criticantes do Texto Recebido e da VRTiago cresceram em intensidade. Na Europa e Grã Bretanha, os pensamentos do racionalismo alemão, do evolucionismo darwinista, e de outras filosofias heréticas, começaram a se alastrar através da maioria das principais denominações. A doutrina da perfeita inspiração da Bíblia estava sendo questionada e contestada em muitos locais. Muitos professores e líderes das igrejas pensavam que a Bíblia era cheia de erros, mitos e inexatidões; que, ao invés de nos dar o registro da revelação infalível de Deus ao homem, ela meramente continha a imperfeita história da evolução do pensamento religioso do homem. Estas influências receberam o reforço de poderosos simpatizantes do Catolicismo Romano existentes na Igreja Anglicana e que formavam o chamado “Movimento de Oxford” ou “Tractarian Movement”. Por todos os lados, era evidente o declínio e deterioração do formidável mover de reavivamento espiritual que tinha varrido o mundo desde a Reforma Protestante. Foi dentro deste doente clima espiritual que a filosofia do moderno criticismo textual se desenvolveu.
Enquanto as Bíblias da Reforma tinham nascido em um clima de reavivamento espiritual e de fé, as modernas Bíblias nasceram em um clima de apostasia e incredulidade.


Os principais editores do NT em grego baseados no Texto Crítico

Os principais editores do NT em grego que, nos anos 1800, produziram os novos textos (em grego) que diferiam do Texto Recebido, foram: Griesbach, Hug, Lachmann, Tregelles, Tischendorf, e Westcott & Hort. Estes foram os pais do moderno criticismo textual.

a) J.J. GRIESBACH (1745-1812) foi um professor da disciplina “Novo Testamento”, com uma paixão pelo criticismo textual. É importante notar que Griesbach, “que desde seus dias de estudante de graduação foi influenciado pela maré enchente do racionalismo que varria seu país, era um inimigo do cristianismo ortodoxo”. Ele abandonou o Texto Recebido e teceu um novo texto contendo muitas das novidades posteriormente popularizadas por Westcott e Hort. Griesbach mantinha o assombroso ponto de vista de que “Entre as várias variantes para uma passagem do Novo Testamento em grego, tem que merecidamente ser considerada como suspeita aquela que, mais do que as outras variantes, manifestadamente favorece os dogmas da ortodoxia”. Em outras palavras, de acordo com este princípio, “se houver uma passagem no Texto Recebido que evidente e fortemente implica ou ensina a divindade de Cristo em natureza e essência, ou ensina alguma outra doutrina fundamental da Fé, e em alguns outros velhos manuscritos houver uma variante que diminua aquela ênfase, ou que, por omissão, de todo a joga no lixo, então esta última variante deve tomar precedência sobre aquela primeira”. Isto, meus amigos, é pensar caoticamente, de cabeça para baixo! A edição do texto (em grego) de Griesbach removeu o final de Marcos 16 (vv. 9-20), baseado em relatos de que o manuscrito Vaticanus, que ele considerava o mais antigo e melhor, não continha estes versos. Griesbach não tinha visto o Vaticanus, mas tinha recebido relatos sobre o fato de que Marcos 16:9-20 era omitido neste códice.

b) J.L. HUG (1765-1846) "em 1808 introduziu a teoria de que, no século II, o texto do Novo Testamento tinha se tornado profundamente degenerado e corrupto, e que todos os textos hoje sobreviventes são meramente revisões editoriais deste texto corrompido”.

c) KARL LACHMANN (1793-1851), que tem sido descrito como um racionalista alemão (Turner, p.7), publicou edições do Novo Testamento em Berlim, na Alemanha, em 1842 e 1850. Ele foi um professor de "Filologia Clássica e Alemã", em Berlim. Ele “começou a aplicar ao texto do Novo Testamento em grego as mesmas regras que tinha usado para editar textos dos clássicos gregos, os quais têm sido radicalmente alterados ao longo dos anos. ... Lachmann tinha estabelecido uma série de diversas pressuposições e regras que usou para chegar aos que cria serem os textos originais dos clássicos gregos. ... Ele agora começou a usar estas mesmas pressuposições e regras para corrigir o Novo Testamento que ele também pressupunha ter sido irrecuperavelmente corrompido. Mas ele cometeu um erro por demais evidente. O cuidado reverente e amoroso prestado pelas igrejas fiéis ao copiar e preservar as Escrituras não foi igualado por um processo similar no copiar dos clássicos gregos” (Turner, pp. 7-8). Lachmann descartou a escrita do Texto Recebido em favor daquilo que ele considerava o mais antigo e melhor texto, representado pelo Vaticanus e uns poucos outros manuscritos similarmente corrompidos. Burgon observa que “o texto de Lachmann raramente se apóia em mais que quatro códices em grego, muito freqüentemente em três, não infreqüentemente em dois, algumas vezes em somente um”. (“Revision Revised”, p. 21). Na sua arrogância de erudito, Lachmann estava querendo erradicar séculos de piedoso discernimento (purificado na fornalha da perseguição), em favor de modernas novidades.

d) SAMUEL TREGELLES (1813-1875) aceitou os pontos de vista de Lachmann. Tregelles disse “Tem que ser concedido a Lachmann o reconhecimento disto, que ele tomou a frente no caminho de jogar fora os assim chamados Textus Receptus, e corajosamente colocar o Novo Testamento completa e inteiramente, sobre uma base de real autoridade”. (Edward Miller, “A Guide to the Textual Criticism of the New Testament”, 1886, p. 22). O que Lachmann supunha ser “real autoridade” era o manuscrito Vaticanus (que, por séculos, tinha repousado em desuso no castelo do Papa) e alguns outros poucos manuscritos similarmente não merecedores de respeito.

e) CONSTANTIN TISCHENDORF (1815-1874) foi um editor alemão de textos bíblicos que viajou extensivamente em procura de antigos documentos. Ele foi instrumental em trazer à luz os dois manuscritos lamentavelmente mais influentes no moderno trabalho da tradução da Bíblia – Códice Sinaiticus e Códice Vaticanus.

f) BROOK FOSS WESTCOTT (1825-1903) e FENTON JOHN ANTHONY HORT (1828-1892) dois padres anglicanos e professores da Cambridge University. Totalmente atolados na filosofia proveniente de Alexandria (Egito). Note que essa cidade, que era o berço do Gnosticismo, foi o local das mais perversas heresias da igreja cristã, sendo de lá os hereges Orígenes e Árius. Tal filosofia defende "não haver nenhuma Bíblia perfeita". Eles nutriam uma revolta e recalque repulsivo e doentio à Bíblia King James e o seu texto base, o "Textus Receptus" (no qual que também se baseou João Ferreira de Almeida) que estava varrendo o globo terrestre e levada aos confins do mundo pela obediência dos missionários ingleses e norte-americanos. Enquanto isso, nutridos pelo recalque doentio mencionado, Westcott e Hort procuravam textos obscuros e bizarros para tentar destronar o Textus Receptus que soberano, produzia milhões de crentes há séculos!
Elaboraram, na Inglaterra, um texto grego impresso em 1881, que ficou conhecido como Texto Crítico, por serem eles dois, críticos textuais. Eles compilaram basicamente dois manuscritos para a sua elaboração: Códice Sinaiticus e Códice Vaticanus.
Eles consideraram tais manuscritos como superiores aos manuscritos do TR, primordialmente pela sua antiguidade. O TR, eles já haviam rejeitado, pois, Hort aos 23 anos, chamou o TR de o “vil Textus Receptus”.
Os revisores de 1881 Westcott e Hort fizeram 36.000 mudanças em inglês sobre a VRTiago, como também quase 6000 no texto em grego. Os revisores que produziram a impopular Tradução Brasileira (1917), a ARAtlz (1959), e as demais Bíblias-TC, fizeram aproximadamente o mesmo número de mudanças em português. Os manuscritos do Sinai e do Vaticano são responsáveis pela maioria das mudanças significantes.
Eles são os verdadeiros mentores intelectuais das seguintes Bíblias vendidas aos milhões nos dias atuais: Atualizada (ARA), Bíblia na Linguagem de Hoje (BLH), Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH), Nova Versão Internacional (NVI), King James em Português (KJA - Abba Press) etc.

Notas textuais nos rodapés das Bíblias alexandrinas (baseadas no TC ou WH) solapam a fé

As notas de rodapé tão lançadoras de dúvidas querem nos empurrar a crer que, "uma vez que existem desacordos entre alguns manuscritos e em tantos e tão importantes pontos, ninguém pode estar absolutamente seguro de qual seja a real Palavra de Deus."
Para todos os fins práticos, estas notas de rodapé dizem "Faça SUA escolha, decida por VOCÊ mesmo qual manuscrito ou versão VOCÊ deseja crer, pois o fato é que ninguém pode estar 100% seguro daquilo que Deus realmente inspirou Seus profetas e apóstolos a escreverem."
"É assim que Deus disse?" (Genesis 3:1) foi, e ainda é, a principal arma de Satanás contra a verdade (ou você já chegou a ponto de não crer que o Diabo existe e está ativo, inclusive solapando a Palavra?). A Serpente enganou Eva no Jardim do Éden plantando na sua mente UMA dúvida concernente à Palavra de Deus (ou você já não acredita em tudo isto literalmente?). Satanás está fazendo a mesmíssima mortífera coisa, agora centenas de vezes, através das versões moderninhas da Bíblia. Tais notas de rodapé só servem para lançar dúvidas sobre a Palavra que Deus tem usado através de todos os séculos (em português: a Almeida e suas legítimas herdeiras ARC e ACF). As traiçoeiras e mortiferamente insinuantes notas de rodapé das Bíblias sobre as quais estamos alertando são a moderna maneira de Satanás plantar a dúvida "É assim que Deus disse?"

Colchetes nas Bíblias, o que significam?

Josias Macedo Baraúna Jr., Diretor do Instituto Teológico-Filosófico Latino-Americano, bem adicionou, em justo tom satírico: "Colocar um texto entre colchetes na Bíblia significa: 'Eu não acredito que isto faça parte do texto original, embora pertença ao que foi usado durante 18-19 séculos. Trata-se de um acréscimo, segundo minha mente ultra-privilegiada e meus conceitos acadêmicos de divindade e de sociologia, já que um texto bíblico é produto do desenvolvimento de um povo e de uma sociedade, que a gente chama de para facilitar os nossos irmãozinhos fracos que ainda crêem nisso. E é por causa deles que deixamos em colchetes, pois não queremos escandalizar, mas o nosso desejo era retirar da Bíblia esses acréscimos, pois no texto que os Drs. Wescott e Hort elaboraram, não existe, e quem vai contrariar ‘estas sumidades, nossos deuses da crítica textual?' ".

Membros das Sociedades Bíblicas Unidas / Sociedade Bíblica do Brasil

As Sociedades Bíblicas Unidas são uma espécie de "associação" que em 1948 entraram no Brasil e fundaram a Sociedade Bíblica do Brasil. Essa organização ecumênica, entretanto, reúne o que há de pior em termos teológicos e ortodoxos. São eles os produtores das águas poluídas que muitos crentes estão a beber hoje! Vejamos quem fazia parte do "time" de apóstatas e hereges que meteram suas mãos sujas de pecado no texto grego da Bíblia e fazem parte do time montado pela dobradinha UBS/SBB (Sociedades Bíblicas Unidas / Sociedade Bíblica do Brasil):

Bruce Metzger (1914 - )
Esse apóstata nega a veracidade e a autoria de vários livros da Bíblia entre eles o Gênesis. Ele acusa o Velho Testamento de MITO, diz que o dilúvio foi uma inundação local! Ele foi o editor da modernística Bíblia Revised Standard Version do apóstata Concílio Nacional de Igrejas (Concílio altamente liberal, ecumênico e herético). Ele foi ainda o editor da Bíblia RSV anotada e diretor da imprestável "Reader's Digest Condensed Bible", obras que estão repletas de comentários heréticos sobre as escrituras. Essa última "Condensed Bible", pasmem, mutilou 40% do texto da Bíblia no idioma inglês!

Carlo Maria Martini (1927 - )
Ele é um Cardeal (aposentado devido ao mal de Parkinson) da Igreja Católica (ex-líder da Arquidiocese de Milão!) Isso mesmo! Um alto membro da hierarquia católico Romana. Desde 1967 ele tinha sido membro do comitê editorial das Sociedades Bíblicas Unidas. A sua ex-diocese (Milão) na Europa é uma das maiores do mundo com dois mil padres e mais de cinco milhões de membros. Desde 1994 até 2002, ele tinha sido o candidato mais cotado para ser o novo papa! Agora, o irmão em Cristo que possa estar lendo essas linhas, já sabe porque a Sociedade Bíblica do Brasil é um boneco fantoche da igreja católica e porque a Bíblia Atualizada (usada indiscriminadamente por evangélicos) é a menina dos olhos da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) e recomendada por eles aos católicos! Já parou para pensar porque a igreja católica não queima mais as Bíblias dos crentes como fazia há algumas décadas?

Eugene Nida (1914 - )
Esse é o pai e guru da blasfema Equivalência Dinâmica, o maior crime e traição teológica que um tradutor pode cometer! Ele foi também o coordenador de pesquisa de traduções da UBS de 1970 a 1980. O Dr. Eugene Nida foi louvado por um periódico católico como "grandemente considerado como um pioneiro em métodos de tradução e em sucessos nos esforços ecumênicos...". Esse herege nega a expiação vicária de Cristo (pagamento do pecado em lugar do pecador), afirma que o registro de visitas angelicais não é para ser tomado literalmente, e que a Bíblia não é infalível nem verbalmente inspirada.
O "trabalho" sugerido pelo Dr. Nida ao Dr. Roberto G. Bratcher (vide abaixo), transformou-se na ecumênica Today’s English Version (ou Good News Bible), publicada pela American Bible Society (tem até padre na diretoria...) um desastre bíblico totalmente herético que foi publicado em 1966 nos USA. Robert Hodgson, o líder Católico que dirige o Centro de Pesquisas das Escrituras da American Bible Society, dá crédito ao Dr. Nida pelo fato do Vaticano aceitar as Sociedades Bíblicas... Nida sempre tinha sonhado com Bíblias que seriam aceitas por ambos: Católicos e Protestantes. Para fazer isso, ele usou Robert Bratcher, que tendo a mesma convicção ecumênica, aceitou de bom grado o desafio.
Em Julho de 1973, eles fizeram o mesmo disparate em português, que ganhou, é claro, o Imprimatur do papa, chamado no Brasil de Bíblia na Linguagem de Hoje, perversão que engana centena de milhares de evangélicos brasileiros, em parte por culpa de pastores omissos ou que simplesmente se rendem aos ditadores denominacionais.

Eberhard Nestle (1851 - 1913)
Erudito alemão de criticismo textual. Editou um texto comparando tudo o que tinha de pior disponível: o de Westcott-Hort, o de Tischendorf, e um terceiro conhecido como o de Weymouth e Weiss, gerando o que se conhece com o Texto de Nestlé, editado pela primeira vez em 1898. A Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira (BFBS - British and Foreign Bible Society), que já tinha se livrado dos crentes zelosos desde 1831, estava agora contaminada com os hereges remanescentes (unitarianos, ecumênicos e liberais). O caminho estava aberto para substituir o Textus Receptus pelo texto de Westcott e Hort, que foi adotado.

Kurt Aland (1915 - 1994)
É autor e co-editor do texto grego Nestle-Aland, baseado no texto deplorável Westcott-Hort e usado na maioria dos seminários. Ele defendia que o cânon estava em aberto e devia ser discutido num diálogo ecumênico. Ele, de igual modo aos críticos apóstatas, rejeitava a inspiração verbal da Bíblia.

Robert Bratcher (1920 - )
Esse homem traduziu a Today's English Version (ou Good News for Modern Man), uma das piores, senão a pior tradução da Bíblia no idioma inglês: é medíocre, corrupta e infiel e falsa. Ela inspirou a comissão da Bíblia na Linguagem de Hoje da Sociedade Bíblica do Brasil. Ele nasceu no Brasil em 1920, na cidade de Campos, RJ. Após concluir seus estudos nos Estados Unidos, retornou como missionário da Convenção Batista. Era professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (filho do velho missionário Bratcher segundo o Dr. Aníbal Pereira Reis em "A Bíblia Traída" p. 130). Veja o que foi dito sobre ele:
"-O Bratcher sempre teve dificuldade em crer na divindade de Cristo e na eternidade da salvação do crente. Exibia sua opinião que o crente pode perder a salvação. Um verdadeiro herege, segundo a opinião dos ortodoxos." (A Bíblia Traída, Dr. Aníbal Pereira Reis, pág. 130).

Atualizações (baseadas ou não no TR) da Almeida, no BRASIL

Em 1847 a Trinitarian Bible Society publicou uma revisão (ortográfica) que ficou conhecida como "Almeida Revista e Reformada" e, anos depois, feitas mais correções, como "Almeida Correcta". Continuou tendo o coração de todos os crentes.
Em 1879 a Sociedade de Literatura Religiosa e Moral do Rio de Janeiro publicou "A Primeira Edição Brasileira do Novo Testamento de Almeida".
Em 1917, as influências de Westcott-Hort, do criticismo textual e do revisionismo já havendo alcançado o Brasil, foi publicada a "Tradução Brasileira", baseada no Texto Crítico. Equivalente à "English Revised Version" de 1881, ela não foi bem aceita pela maioria dos crentes.
Em 1943, as Sociedades Bíblicas Unidas patrocinaram um esforço que culminou com a publicação, anos depois, da "Almeida Corrigida". Ainda baseada no Texto Recebido e digna de herdar o nome Almeida, ela pode ser encarada como a uma correção da linguagem e grafia (principalmente dos nomes próprios) da "Almeida 1753" e da "Almeida Revista e Reformada". Continuou sendo a versão reinante no coração dos crentes.
Em 1959 a Sociedade Bíblica do Brasil publicou a "Almeida Revista e Atualizada", baseada no Texto Crítico (por isso, não deveria ter usado o nome Almeida). Ela equivale à "Revised Standard Version", de 1952. Pela primeira vez, uma Bíblia Texto Critico começou a ser aceita entre os ‘protestantes’ brasileiros.
Em 1966, a Sociedade Bíblica do Brasil adaptou a "Almeida Corrigida" às novas regras de ortografia e ela passou a ser conhecida como a "ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA", ainda tradução muito fiel (e formal-literal) do Texto Recebido.
Em 1967 e 1986, a Imprensa Bíblica Brasileira publicou o que ficou conhecida como "Almeida Revisada de Acordo com os Melhores Textos", baseada no Texto Crítico (por isso, também não deveria ter usado o nome Almeida), e com extensivo uso de variantes e de destrutivos colchetes e notas de rodapé.
Em 1990 a Editora Vida publicou a "Almeida Edição Contemporânea". Apesar da alegação de que partiu da Almeida Revista e Corrigida e, basicamente, apenas a "limpou de arcaísmos", na realidade ela por demasiadas vezes seguiu o Texto Crítico.
Em 1994, depois de um trabalho tanto longo (o Novo Testamento já havia sido lançado em 1974) quanto de extremos cuidados, a Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil lançou a "Almeida Corrigida e Revisada, Fiel ao Texto Original", também conhecida simplesmente como "ALMEIDA CORRIGIDA, FIEL", 100% baseada no Texto Recebido, traduzida com suprema competência pelo mais rigoroso método de equivalência formal-literal, e, ao mesmo tempo, escrita em português natural, fluente e sem arcaísmos.
Quanto às Bíblias "protestantes" não só baseadas no Texto Crítico como também no lastimável princípio de tradução por equivalência dinâmica (não formal-literal): em 1981 a Editora Mundo Cristão lançou a paráfrase "A Bíblia Viva"; em 1988 a Sociedade Bíblica do Brasil lançou a "Bíblia na Linguagem de Hoje" (seu Novo Testamento foi muito bem aceito e apoiado pelos católicos romanos); e, em 1994, a Sociedade Bíblica Internacional publicou a "Nova Versão Internacional" (NVI).
Crentes alertados e fiéis não usam as Bíblias Jerusalém (católico-ecumênica), Vozes (católica) e Novo Mundo (distorção pelos Testemunhas de Jeová), todas elas também baseadas no Texto Crítico.

A superioridade do TR

O TEXTUS RECEPTUS (T.R.), (em latim "texto recebido") texto grego base do Novo Testamento da Bíblia King James, não tinha nenhum contestador desde 1611 até 1881, quando esses dois heréticos liberais chamados Brooke Foss Westcott e Fenton John Anthony Hort entraram em cena com esforço concentrado. Eles eram teólogos da igreja Anglicana e passando por "conservadores" editaram o texto Westcott-Hort (WH ou TC), que difere em 9.970 palavras (7%) do T.R. que tem sido usado pela cristandade fiel de 19 séculos! Para se ter uma idéia da incomparável superioridade do T.R, dos 5.255 manuscritos gregos do Novo Testamento, que foram preservados e disponíveis para nós hoje, 5.210 (99%) concordam com o T.R. e apenas 45 (MENOS DE 1%) com o WH ou TC!
As bases do texto falso, foram desenterradas das profundezas do obscurantismo, esquecimento e desprezo, justamente por não terem credibilidade, sendo o WH publicado apenas em 1881. Além do mais, o texto WH se baseou dentre outros, no Codex "B" (Vaticanus) e Sinaiticus que diferem entre si em 3.000 vezes só nos Evangelhos!
Crentes do século 17 confirmaram que criam que receberam as providencialmente preservadas Escrituras, e o confirmaram por dar ao texto grego comum o nome "textum nunc ab omnibus receptum" (o "texto agora recebido por todos").
O TR (Textus Receptus, do NT) e o Massorético (do AT), que são usados também na Bíblia publicada atualmente pela Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (Corrigida e Fiel), é muito superior ao texto Westcott e Hort (WH), que dentre outras omissões, é ecumênico e por isso mesmo, enfraquece várias doutrinas da fé cristã.

O problema das versões modernas

O problema da corrupção

O que se segue é do livro “Modern Bibles – The Dark Secret”, de Jack Moorman, publicado em 1992 pela Associação Evangelística Fundamentalista. Moorman foi missionário na África do Sul durante muitos anos; hoje ele trabalha na Inglaterra e tem escrito muitos livros em defesa dos Textos Recebidos e da VRTiago. Seu livro “Forever Settled” é usado como livro texto em algumas faculdades bíblicas.
“Faria alguma diferença se você soubesse que o Novo Testamento da sua Bíblia moderna não tem a Primeira nem a Segunda Epístola de Pedro? Todavia, se o número total de palavras que faltam fosse somado, isto seria o quanto as traduções modernas ficariam mais curtas do que a VRTiago e do que as Almeidas 1753, Revista Corrigida e CFiel. É motivo de preocupação se os nomes de Cristo estão faltando 175 vezes? Ou se a palavra inferno não é encontrada no Velho Testamento? Ou se passagens doutrinárias chaves têm sido diminuídas? E o maior choque de todo, é possível que a mais básica e clamorosa de todas as heresias iniciais com respeito à pessoa de Cristo isto é, o arianismo que Lhe negava a real divindade ressurgiu através das versões modernas baseadas no Texto Crítico? Muitos têm se passado para as novas Bíblias sem compreender que mais, muito mais está envolvido do que a questão do inglês e português moderno. Todo o tecido tem sido afetado! O texto subjacente está substancialmente diferente. A filosofia e metodologia dos tradutores está em contraste acentuado quando comparadas com aquelas da Versão Autorizada e das Almeidas 1753, Revista Corrigida e Corrigida Fiel” (Moorman, pp. 1,2).

O problema da autoridade

Outro dos principais problemas com as versões modernas isto é, baseadas no Texto Crítico é o enfraquecimento da autoridade das Escrituras. Dr. Charles Turner, diretor do Instituto dos Tradutores dos Batistas Bíblicos, em Bowie, no Texas, nota este problema:
“Alguém tem sabiamente dito, ‘Um homem que só possui um relógio sabe que horas são, mas o homem que tem dois relógios nunca está bastante seguro.’ De uma maneira análoga, este é o problema com as muitas versões diferentes do Novo Testamento. Uma vez que existem muitas traduções da Escritura, todas alegando serem a Palavra de Deus, as pessoas não estão seguras de ‘que horas são’. Isto quer dizer, as pessoas não estão seguras de qual tradução é verdadeiramente a Palavra de Deus.
“No passado, havia uma tradução na língua inglesa que era a Bíblia. Esta era a Versão do Rei Tiago e, em português, havia uma Bíblia, a Almeida 1753, depois da adequação à ortografia e gramática atuais, tornando-se a Almeida Revista Corrigida e a Almeida Corrigida Fiel de hoje, basicamente idênticas. ...Quando nós queríamos saber o que Deus tinha dito nós íamos para a nossa VRTiago e para as nossas Almeidas ainda baseadas puramente no Texto Recebido e líamos lá as palavras de Deus. Mas agora existem muitas ‘Bíblias,’ todas clamando ser a Palavra de Deus. ...
“A autoridade da Palavra de Deus na língua inglesa bem como na portuguesa está sendo corroída por estas muitas traduções. Quando existem muitas traduções, todas alegando ser a Palavra de Deus, quem decide se esta tradução ou aquela tradução é a Palavra de Deus? A resposta é: ‘Você decide. Para cada verso, você escolhe qual é a tradução que você vai crer que traz as palavras de Deus.’ ... A Palavra de Deus não é mais a autoridade sobre você. Uma vez que agora, para cada verso, é você quem pega e escolhe as traduções, você tem se tornado a autoridade sobre a Palavra de Deus! Quando há duas autoridades, então não há nenhuma autoridade, de modo algum. O homem está fazendo o que lhe parece certo a seus próprios olhos (Juízes 21:25). Onde há mais do que uma autoridade, não há nenhuma autoridade, de modo algum. ... Uma casa com mais de uma autoridade está dividida contra si mesma. Mais que uma autoridade no governo é anarquia. Mais que uma autoridade numa igreja é divisão e caos”.

Continuamos com as considerações de Moorman a respeito do problema das versões baseadas no Texto Crítico:
“De 1611 até recentemente havia somente uma Bíblia no mundo de fala inglesa.Também, desde a publicação da Almeida, em 1676 e 1753, até recentemente, só havia uma Bíblia dos 'protestantes' de fala portuguesa. A Versão Autorizada ou seja, a Versão do Rei Tiago se tornou o padrão naquele império das colônias da Inglaterra sobre o qual o sol nunca se punha, e naquela linguagem que é o veículo primário do discurso internacional. Ela penetrou nos continentes do mundo e trouxe multidões para a fé salvadora em Cristo. Ela se tornou o ímpeto dos grandes movimentos missionários. Através dela homens e mulheres ouviram o chamado para evangelização do mundo. Ela foi a fonte dos maiores reavivamentos desde os dias dos apóstolos. Pregadores ao ar livre, fundadores de igrejas, professores de escola dominical e distribuidores de folhetos levaram a Bíblia do Rei Tiago até cidades populosas e além das veredas do campo. Ela foi e é a mais alta marca de maré na história da divulgação do Evangelho.”
"Tristemente, no entanto, nós todos temos uma tendência de por de lado o bom e substituí-lo por algo de menor qualidade. E assim, durante o último século começou-se a ouvir uma reclamação pedindo por uma revisão da Bíblia. Na sua maior parte - pelo menos no princípio - o desejo não veio de fervorosos crentes na Bíblia, mas ao contrário, daqueles que estavam se inclinando para o liberalismo teológico. Estes foram aqueles homens que freqüentemente se sentiam confortáveis com o racionalismo alemão, com Darwin, e com o movimento de volta a Roma isto é, ao Catolicismo Romano.”
"A primeira revisão de grande porte (VER) = English Revised Version foi publicada em 1881. Após a agitação inicial só houve um pequeno apoio público. A mesma resposta saudou a edição americana (ASV) = American Standard Version em 1901. O mesmo ocorreu com a Tradução Brasileira, de 1917. Outras se seguiram: Weymouth, Williams, Moffat, Beck, Goodspeed, Twentieth Century, mas ainda com pequeno impacto. Então, em 1952 surgiu a Revised Standard Version (RSV), produzida nos Estados Unidos com o apoio do liberal Conselho Nacional de Igrejas. No Brasil, a ARAtlz foi lançada em 1959 e a ARMelh em 1967. O ritmo agora se acelerou, e a aceitação pública começou a subir. Outras traduções se seguiram: as New English, Amplified, Berkeley, Phillips, Wuest, Living, New American, Good News, Jerusalem, New International, New King James. Cada uma veio com a promessa de que estava baseada nos manuscritos mais antigos e na mais recente erudição, e de que a Palavra de Deus seria agora mais facilmente entendida.”
"Tomando este último ponto, é interessante vermos os nomes dados ao grande número de versões do século XX - O Autêntico Novo Testamento, o Novo Testamento em Inglês Claro, o Novo Testamento em Inglês Básico, o Novo Testamento Simplificado em Inglês Claro para o Leitor de Hoje, Cartas Inspiradas do Novo Testamento no mais Claro Inglês! Desde então, um bom número das revisões têm sido elas própriasrevisadas: a Nova Versão Padrão Revisada, a Nova Versão de Berkley, a Nova Bíblia de Jerusalém. Há pelo menos setenta modernas Bíblias em inglês publicadas neste século.” (Moorman, Ibid.).
Vastas omissões nas versões modernas

São vastas as diferenças entre o texto em que se baseia a VRTiago como também as Almeidas 1753, Revista Corrigida e Corrigida Fiel e os textos em que se baseiam as versões modernas. Somente no Novo Testamento há mais que 8000 diferenças de palavras entre o Texto Recebido e o texto de Westcott-Hort (e suas revisões tais como a do texto de Nestlé e a do texto da UBS). É verdade que muitas destas mudanças não são tão significantes quanto as demais, mas TODAS são diferenças REAIS. Contando somente nos 4 Evangelhos: mais que 2800 das palavras do Texto Recebido são omitidas no texto de Westcott-Hort em que se baseiam as versões modernas; este é um vasto número de palavras; é aproximadamente o número de palavras em 1 e 2 Pedro combinados. O Senhor Jesus Cristo disse “... Nem só de pão viverá o homem, mas de TODA a PALAVRA que sai da boca de Deus.” (Mt 4:4). As palavras da Bíblia são palavras cruciais! Cada uma delas!

Versos e frases completamente omitidos das novas versões:

Há 17 versos completamente omitidos na New International Version (Nova Versão Internacional), Mt 17:21; 18:11; 23:14; Mc 7:16; 9:44; 9:46; 11:26; 15:28; 17:36; 23:17; João 5:4; At 8:37; 15:34; 24:7; 28:29; Rm 16:24; e 1 João. 5:7. Ademais, a NIV separa Mc 16:9-20 do resto do capítulo com uma nota que diz “Os dois mais antigos e confiáveis manuscritos não têm Mc 16:9-20”, assim destruindo, nas mentes dos leitores, a autoridade desta vital passagem, e efetivamente removendo mais outros 10 versos. João 7:53-8:11 é também separado do restante do texto pela nota de rodapé: “Os mais antigos e mais confiáveis manuscritos não têm João 7:53-8:11.” Deste modo, outros 24 versos são efetivamente removidos da Bíblia. A NIV questiona quatro outros versos com notas de rodapé: Mt 12:47; 21:44; Lc 22:43; 22:44. Isto faz um total de 55 versos que são completamente removidos ou gravemente questionados. Adicionalmente, há 147 outros versos com significantes porções omitidas.
Você deve checar a AECont, ARAtlz, ARMelh, NVI, BViva, BLHoje, e outras Bíblias-TC, e chocar-se ao ver que fazem praticamente o mesmo, seja por omissão direta, ou por notas de rodapé destruidoras da fé, ou por pares de colchetes também destruidores da fé, que significam: “tudo indica que isto foi adicionado bem depois, por falsificadores”.

Corrupções doutrinárias nas versões modernas

Os promotores das versões modernas baseadas no Texto Crítico clamam que as diferenças entre suas versões e a VRTiago ou, em português, as diferenças entre as Bíblias-TC (Texto Crítico) e as Almeidas Revista Corrigida ou Corrigida Fiel são relativamente insignificantes e não têm conexão com doutrina. Isto não é verdade. As diferenças são grandes, e muitas das mudanças nas versões-Texto Crítico realmente afetam doutrinas. Até mesmo muitos dos promotores das versões modernas admitem que as diferenças são vastas e graves.

Uma vez que concordamos que há sérias diferenças doutrinárias entre as versões, também reconhecemos o feliz fato de que há uma concordância doutrinária básica entre as duas famílias textuais. Isto nos mostra duas coisas:
Primeiro, podemos regozijar que Deus tem prevalecido sobre o ímpio plano dos homens e demônios, e tem perpetuado as doutrinas essenciais mesmo nos textos mais corrompidos.

Segundo, isto não significa que as diferenças entre os textos são insignificantes e inofensivas. Não significa que doutrina não é afetada. Também não significa que não é importante descobrir qual é e usar o mais puro texto .

Você pode mostrar a alguém o evangelho da graça de Cristo mesmo com uma versão católica romana. Você pode provar que Cristo é Deus o Altíssimo, o eterno ‘Eu Sou’, mesmo com a pervertida Tradução Novo Mundo usada pelos Testemunhas de Jeová. Você pode ensinar a doutrina da propiciação mesmo a partir de uma perversão tal como a Today's English Bible, que extirpa a palavra “sangue” da maioria das principais passagens. Isto mostra a maravilhosa mão de Deus em obstruir os esforços do Diabo. Mas isto não significa que as mudanças feitas nestas e em outras novas traduções não são significantes. As doutrinas mencionadas são seriamente enfraquecidas nas novas versões.
A seguir, nas letras “e”, “f” e “g”, apresentamos algumas doutrinas cruciais que são afetadas pelos modernos textos e traduções:

As versões modernas enfraquecem a doutrina da divindade de Cristo

Mc 9:24:
"E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, SENHOR! ajuda a minha incredulidade." Almeida Corrigida Fiel (e VRTiago).
A palavra 'SENHOR', isto é o testemunho do homem, de que Cristo é Deus, é OMITIDA.
Por exemplo, a ARAtlz diz "E imediatamente o pai do menino exclamou com lágrimas : Eu creio!, ajuda-me na minha falta de fé."
Mc 15:39:
"E o centurião, que estava defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente este homem era O Filho de Deus." A (e VRTiago).
A palavra 'O', isto é o testemunho do centurião, de que Cristo é Deus, é OMITIDA do texto ou trocada por 'UM', ou questionada em nota de rodapé. Aqui, o erro das versões modernas é de tradução, é de insuficiente conhecimento do grego, é de esquecer a doutrina.
Veja, por exemplo, a ARAtlz: "O centurião que estava em frente dele, vendo que assim expirara, disse: Verdadeiramente este homem era Filho de Deus."
Lc 2:33:
"E JOSÉ, E SUA MÃE, se maravilharam das coisas que dele se diziam." Almeida Corrigida Fiel (e VRTiago). A divindade de Cristo é atacada pela mudança de “José e Sua mãe” para “O PAI E A MÃE DO MENINO”. Ver nota de rodapé de Lc 2:33, nas bíblias modernas. Por exemplo, a AECont diz "O pai e a mãe do menino admiraram-se das coisas que dele se diziam".
Lc 2:43:
"E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube JOSÉ, NEM SUA MÃE." Almeida Corrigida Fiel (e VRTiago). As versões-TC mudam "José, nem sua mãe" para “SEUS PAIS”. Ver nota de rodapé de Lc 2:33, nas bíblias modernas.
Veja, por exemplo, a AECont:"Ao regressarem, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o souberem seus pais".
Lc 23:42:
"E disse a Jesus: SENHOR, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino." Almeida Corrigida Fiel (e VRTiago).
As versões-TC têm o ladrão penitente dirigindo-se a Cristo meramente como “JESUS”, ao invés de “Senhor”, como no TR.
Veja, por exemplo, a ARAtlz: "E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino."
João 1:14
(...glória do uniGÊNITO do Pai...); 1:18 (...O Filho uniGÊNITO, que está no seio do Pai...); 3:16 (...deu o seu Filho uniGÊNITO...); 3:18 (...não crê no nome do uniGÊNITO Filho de Deus.). (e VRTiago).
A NIV e a maioria das outras versões-TC omitem “gênito” isto é, mudam “filho unigênito” para “FILHO ÚNICO”, assim removendo um importante testemunho da unicidade de Cristo como o uni-GÊNITO, o único-gerado Filho de Deus. Cristo não é o único filho de Deus. Adão é chamado filho de Deus (Lc 3:38); anjos são chamados filhos de Deus (Jó 1:6); crentes são chamados filhos de Deus (Fp 2:15). Mas Cristo é o uni-GÊNITO Filho de Deus, exatamente como a VRTiago (e a ACFiel) corretamente afirmam.
Por enquanto, a NVI brasileira diminuiu unigênito para único "somente" em nota de rodapé.
João 3:13:
"Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, QUE ESTÁ NO CÉU." Almeida Corrigida Fiel (e VRTiago).
As novas versões OMITEM “que está no céu”. Este claro, irrefutável testemunho da divindade e onipresença de Cristo, é removido das modernas traduções.
Por exemplo, a NVI diz "Ninguém jamais subiu ao céu, a não ser aquele que veio do céu: o Filho do homem."
João 9:4:
"Convém que EU faça as obras daquele que me enviou...” Almeida Corrigida Fiel(e VRTiago).
As novas versões dizem “É necessário que NÓS façamos as obras daquele que me enviou...” Você pode ver que esta leve mudança de pronomes de “eu” para “nós” retira inteiramente esta linda referência à obra singular de Cristo. Mudanças aparentemente pequeninas na Bíblia podem criar enormes diferenças.
A ARAtlz, por exemplo, diz "É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar."
Atos 8:37:
"E DISSE FILIPE: É LÍCITO, SE CRÊS DE TODO O CORAÇÃO. E, RESPONDENDO ELE, DISSE: CREIO QUE JESUS CRISTO É O FILHO DE DEUS." Almeida Corrigida Fiel(e VRTiago).
As versões-TC OMITEM este verso diretamente, ou por nota de rodapé, ou por colchetes e assim removem o glorioso e importante testemunho do eunuco etíope sobre a encarnação e divindade de Jesus Cristo.
Por exemplo, a ARAtlz põe todo o verso entre colchetes, o que entendemos que seus editores o consideram uma falsificação. A NVI já tirou o verso do texto principal
1 Co 15:47:
"O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, O SENHOR, é do céu." Almeida Corrigida Fiel(e VRTiago).
As versões-TC OMITEM “O Senhor” e dizem “... o segundo homem é do céu,” assim efetivamente removendo este abençoado e poderoso testemunho de que Jesus Cristo é o Senhor, e provém do céu. Veja, por exemplo, a ARAtlz: "O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu."
1 Tm 3:16:
“E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: DEUS se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória.” Almeida Corrigida Fiel(e VRTiago).
As versões-TC OMITEM a palavra chave neste verso, a palavra “Deus”. Por exemplo, a ARAtlz diz: “Evidentemente grande é o mistério da piedade: AQUELE que foi manifestado na carne, foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória.” Pela substituição da palavra “Deus” pela pronome genérico “aquele” aplicável se Cristo fosse mero homem, somos roubados de um das mais claros testemunhos, em toda a Bíblia, da divindade de Cristo, e somos deixados com uma referência sem sentido a um ambíguo e não identificado ‘aquele’, ‘que se manifestou em carne.’
Terrance Brown, respeitado ex-secretário da Trinitarian Bible Society, faz este comentário: “Incontáveis milhões compondo o povo de Deus, desde o alvorecer da era cristã até o presente dia, têm lido estas palavras nas suas Bíblias precisamente como elas aparecem na nossa Versão Autorizada e na nossa Almeida CFiel, mas agora este poderoso testemunho da divindade do nosso Salvador está para ser varrido para fora das Escrituras e desaparecer sem deixar vestígios”.
Ap 1:11:
"Que dizia: EU SOU O ALFA E O ÔMEGA, O PRIMEIRO E O DERRADEIRO; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: ...." Almeida Corrigida Fiel (e VRTiago).
As versões-TC OMITEM. "Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro".
Veja, por exemplo, a ARAtlz: "dizendo: O que vês, escreve em livro e manda às sete igrejas: ..."

Examinamos brevemente 15 passagens-chave em que o testemunho da divindade de Cristo tem sido inteiramente removido ou tem sido criticamente enfraquecido, nas mais novas versões da Bíblia. Há muito mais passagens que não consideramos. A divindade de Cristo não tem sido removida completamente destas Bíblias, mas, pelas mudanças nas palavras destas importantes passagens, o testemunho global da doutrina da divindade de Cristo tem sido enfraquecido. É esta realmente uma questão de pequenas conseqüências, amigos, como muitos querem que acreditemos? Eu digo que não.

Mas isto não é tudo. Em adição a estas principais omissões estão as seguintes omissões de nomes e títulos pertencentes ao Senhor Jesus Cristo.

SENHOR -- Omitido em Mt 13:51; Mc 9:24; At 9:6; 2 Co 4:10; Gl 6:17; 2 Tm 4:1; Tt. 1:4.
JESUS -- Omitido em Mt 8:29; 16:20; 2 Co 4:6; 5:18; Cl 1:28; Fm 6; 1 Pe 5:14.
CRISTO -- Omitido em Lc 4:41; João 4:42; At 16:31; Rm 1:16; 1 Co 16:23; 2 Co 11:31; Gl 3:17; 4:7; 1 Ts 2:19; 3:11; 3:13; 2 Ts 1:8; Hb 3:1; 1 João 1:7; Ap 12:17.
JESUS CRISTO -- Omitido em 1 Co 16:22; Gl 6:15; Ef 3:9; 2 Tm 4:22.
SENHOR JESUS CRISTO -- Omitido em Rm 16:24; Ef 3:14; Cl 1:2.
FILHO DE DEUS -- Omitido em João 9:35; João 6:69.

Do estudo acima, que não é exaustivo, pode ser visto que o texto de Westcott-Hort e as modernas traduções fazem um definido ataque contra o testemunho que as escrituras dão da divindade de Jesus Cristo. Este fato, sozinho, é suficiente motivo para mantermos o Texto Recebido e as traduções fiéis fundamentadas sobre ele, e põe o letreiro de mentira sobre a idéia de que não há desvios doutrinários nas versões Texto Critico.

As versões modernas enfraquecem a doutrina da propiciação

Considere os seguintes exemplos:
Cl 1:14: "Em quem temos a redenção PELO SEU SANGUE, a saber, a remissão dos pecados; " Almeida Corrigida Fiel (e VRTiago).
As versões-TC OMITEM a supremamente importante frase “PELO SEU SANGUE”.
Veja, por exemplo, a ARAtlz: "No qual temos a redenção, a remissão dos pecados."
Hb 1:3: “... havendo feito POR SI MESMO a purificação dos nossos pecados, ...” Almeida Corrigida Fiel(e VRTiago).
As versões-TC OMITEM as palavras “POR SI MESMO” deste verso. A NIV por exemplo diz “... . Depois de ter realizado a purificação dos pecados, ...”. As três pequenas palavras omitidas nas versões-TC seriamente enfraquecem o testemunho desta passagem quanto ao que Cristo realizou sobre a cruz.
1 Pe 4:1:
“Ora, pois, já que Cristo padeceu POR NÓS na carne, ...” Almeida Corrigida Fiel (e VRTiago).
As versões-TC OMITEM “POR NÓS”.
Veja um exemplo: a NVI diz "Portanto, uma vez que Cristo sofreu corporalmente, armemo-nos..."
1 Co 5:7:
:“... Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado POR NÓS.” Almeida Corrigida Fiel (e VRTiago).
As versões-TC também OMITEM “POR NÓS” neste verso.
Exemplo: a ARAtlz diz "... Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado."

As versões modernas enfraquecem a doutrina do jejum

O Texto Crítico em grego e as versões modernas nele baseadas fazem um estranho ataque contra os ensinos do Novo Testamento sobre o jejum. Embora algumas referências a jejum permaneçam, são removidas várias referências muito significativas.

Mt 17:21:
"MAS ESTA CASTA DE DEMÔNIOS NÃO SE EXPULSA SENÃO PELA ORAÇÃO E PELO JEJUM.” Almeida Corrigida Fie l(e VRTiago).
Todo este verso é OMITIDO nas NASV, RSV, NIV, New English Bible, Jerusalém Bible, e Phillips. A TEV coloca o verso entre colchetes. As ARAtlz, ARMelh, NVI, BViva, BLHoje e outras Bíblias-TC em português destroem o verso por meio de colchetes ou nota de rodapé, que implicam que o verso é uma falsificação.
Mc 9:29:
" E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração E JEJUM.” Almeida Corrigida Fiel (e VRTiago).

O texto em grego, de Westcott-Hort, e as novas versões baseadas neste texto, OMITEM a frase “E JEJUM”, que também é omitida das NIV, NASV, RSV, LB, Phillips, NEB, e Jerusalém Bible. As AECont, ARAtlz, ARMelh, NVI, BViva, BLHoje e outras Bíblias-TC em português destroem a frase por meio de colchetes ou nota de rodapé, que implicam que "e jejum" é uma falsificação.
Estes dois versos sobre jejum não são as únicas referências a esta doutrina nas Escrituras, mas são as duas únicas referências que específica e diretamente ensinam a importância de jejuar como um aspecto do guerrear espiritual. Aqueles que têm lutado batalhas espirituais contra os poderes das trevas sabem por experiência a preciosa verdade da qual Jesus está falando nestas passagens. Oração é um poderoso recurso espiritual, mas HÁ fortificações demoníacas que não podem ser quebradas somente por oração sem jejum. Este é um fato, e ele faz parte da Bíblia!

At 10:30-31:
"E disse Cornélio: Há quatro dias estava eu EM JEJUM até esta hora, orando em minha casa à hora nona. E eis que ..." (ACFiel, VRTiago, e a maioria das tradicionais traduções protestantes nas várias linguagens).
As novas versões, seguindo o texto em grego, de Westcott-Hort, OMITEM a expressão “EM JEJUM”. Veja o exemplo da ARAtlz: "Respondeu-lhe Cornélio: "Faz hoje quatro dias que, por volta desta hora, estava eu observando em minha casa a hora nona de oração, e eis que ..."
1 Co 7:5:
" Não vos priveis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes AO JEJUM E à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente pela vossa incontinência.” Almeida Corrigida Fiel(e VRTiago).
Aqui, rejeitando a maioria dos testemunhos textuais, as novas versões OMITEM “AO JEJUM E” desta importante passagem.
A ARAtlz, por exemplo, diz "Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e novamente vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência."
2 Co 6:5:
"Nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos JEJUNS," Almeida Corrigida Fiel(e VRTiago).
A palavra “jejum” foi MUDADA em algumas das novas versões para “FOME”. A BViva, por exemplo, diz "estivemos sem ter o que comer". Obviamente fome e jejum são duas coisas diferentes. Em 2 Co 11:27, onde o apóstolo Paulo dá uma lista similar de alguns aspectos do seu ministério, ele menciona ambos: fome E jejum. Portanto, o Espírito Santo não está usando estes termos como sinônimos: Este é um outro ataque sobre a doutrina bíblica dos benefícios espirituais do jejuar.
2 Co 11:27:
"Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, EM JEJUM muitas vezes, em frio e nudez." Almeida Corrigida Fiel(e VRTiago).
"Em jejum" foi MUDADA, em algumas das novas versões, para “PASSANDO FOME”. A BViva, por exemplo, diz "ESTIVEMOS SEM TER O QUE COMER". Alguém pode ter fome e continuar sem comer sem que isto seja conectado com a vida espiritual e o batalhar espiritual. Na VRTiago (e na ACFiel), uma clara distinção é feita entre a fome que Paulo freqüentemente suportava e seus freqüentes períodos de jejuar sob o controle do Espírito. Se nestas duas passagens 2 Co 6:5 e 11:27 o Espírito Santo está se referindo às batalhas espirituais do Apóstolo, ao jejuar sob o controle do Espírito, interpretação que é a mais provável uma vez que foi feita uma tal distinção entre jejum e fome, então os modernos tradutores fizeram um grande mal ao removerem este ensino.

Quando os escritos destes seis versos são tomados juntos, aparece nos novos textos em grego e suas traduções um padrão definido de ataques contra a doutrina do jejum como sendo uma arma espiritual. Isto é ainda mais sério à luz do fato de que somos advertidos nas Escrituras que o guerrear espiritual crescerá em intensidade à medida que o tempo do retorno de Cristo se aproximar. “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos... Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.” (2 Tm. 3:1,13). Não se deixe ser enganado e levado, caro cristão amigo, a aceitar uma versão da Bíblia que remova da sua vida esta importante arma espiritual o jejum.

De modo algum são estas todas as doutrinas atacadas nas versões-TC. Mas, destes exemplos, o resultado global já pode ser claramente percebido. Admitimos que as doutrinas acima não foram inteiramente removidas, mas não há dúvidas de que um definido enfraquecimento de doutrina tem tomado lugar.

“Erros” nas versões modernas

As versões-TC não somente enfraquecem importantes doutrinas, mas contêm erros grosseiros isto é, graves contradições das versões-TC consigo próprias. Sl 12:6 diz “As palavras do SENHOR são palavras PURAS.” Mas as novas versões não são puras. Eu darei oito exemplos de erros nas versões-Texto Crítico:

Mt 27:34:
"Deram-lhe a beber VINAGRE misturado com fel; mas ele, provando-o, não quis beber." Almeida Corrigida Fiel(e VRTiago).
As versões-TC mudam a palavra “vinagre” para “vinho”. Isto cria uma CONTRADIÇÃO COM A PROFECIA EM SL 69:21, que ensina que, ao Messias, seria dado vinagre para beber.
Veja, por exemplo, a NVI: "Ali lhe deram para beber VINHO misturado com fel; mas, depois de prová-lo, recusou-se a beber."
Mt 5:22:
"Eu, porém, vos digo que qualquer que, SEM MOTIVO, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno." Almeida Corrigida Fiel(e VRTiago).
As versões-TC omitem as palavras “sem motivo”. A NVI por exemplo diz “Mas eu lhes digo que qualquer que ficar irado contra seu irmão estará sujeito a julgamento. ...” Esta “pequena” omissão cria um SÉRIO ERRO, PORQUE CRISTO ELE PRÓPRIO FICOU OCASIONALMENTE IRADO. Mc 3:5 diz “E, olhando para eles em redor com indignação ...” Irar-se não é necessariamente um pecado, é irar-se “sem motivo” que o é.
Mc 1:2-3:
"Como está escrito NOS PROFETAS: Eis que eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de ti. Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, Endireitai as suas veredas." Almeida Corrigida Fiel(e VRTiago).
As versões-TC dizem que Cristo está citando “o profeta Isaías”. Isto cria um ERRO, PORQUE É ÓBVIO QUE MARCOS NÃO ESTÁ CITANDO SOMENTE ISAÍAS: ele está citando Ml 3:1 como também Is 40:3; ele estava citando “os profetas”, exatamente como a VRTiago e a Almeida Corrigida Fielo dizem.
Veja, por exemplo, a ARAtlz: "Conforme está escrito na profecia de Isaías: ...".
1 Co 7:1:
"Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não TOCASSE em mulher;" Almeida Corrigida Fiel(e VRTiago).
A New International Version e a BViva, etc. dizem "... É bom para um homem não CASAR com uma mulher." Estas versões ESTÃO ERRADAS: A BÍBLIA CLARAMENTE DIZ QUE O CASAMENTO É BOM (1 Co 7:38; Pr 18:22; Hb 13:4).
João 7:8:
“... eu não subo AINDA a esta festa, ....” Almeida Corrigida Fiel(e VRTiago).
No verso 10, vemos claramente que JESUS REALMENTE FOI À FESTA, MAIS TARDE. A maioria das versões-TC em inglês apresenta Jesus como mentindo, no verso 8. A NASV, por exemplo, diz: “... eu não subirei a esta festa ...” Em português, tomemos o exemplo de a NVI: ela tem uma nota de rodapé que diz “vários manuscritos dizem: ‘eu não subirei’ ”. O fato é que apenas alguns manuscritos flagrante e descaradamente corrompidos, que atacam nosso Senhor Jesus Cristo, omitem esta palavra crucial “ainda”. As versões-TC criam um sério erro com as palavras que lhes faltam.
Lc 2:33:
“E JOSÉ, e sua mãe, se maravilharam das coisas que dele se diziam.” Almeida Corrigida Fiel(e VRTiago).
As versões-TC mudam “José” para “O PAI DO MENINO”, assim criando um blasfemo erro e dando SUPORTE ÀS MENTIRAS DOS MODERNISTAS QUE NEGAM O NASCIMENTO VIRGINAL DE CRISTO. Por exemplo, a AECont diz "O pai e a mãe do menino admiraram-se das coisas que dele se diziam".
Lc 2:43:
“... ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube JOSÉ, NEM SUA MÃE." Almeida Corrigida Fiel(e VRTiago).
As versões-TC mudam “José, nem sua mãe” para “seus pais”, assim criando o mesmo problema acima SUPORTE ÀS MENTIRAS DOS MODERNISTAS E BLASFEMADORES QUE NEGAM O NASCIMENTO VIRGINAL DE CRISTO. Ver nota de rodapé do comentário acima.
Veja, por exemplo, a AECont: "Ao regressarem, terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o souberam seus pais."
João 1:14:
(...glória do uniGÊNITO do Pai...); 1:18 (...O Filho uniGÊNITO, que está no seio do Pai...); 3:16 (...deu o seu Filho uniGÊNITO...); 3:18 (...não crê no nome do uniGÊNITO Filho de Deus.) Almeida Corrigida Fiel (e VRTiago).
Removendo destes versos a supremamente importante palavra “gênito” isto é, mudando “unigênito” para “único”, muitas versões-TC, como a NIV, criam um FANTÁSTICO ERRO. Em português, este erro ainda está nas notas de rodapé da NVI, mas já se instalou no texto principal da BViva. O problema, como já temos visto, é que Cristo não é o filho único de Deus: Adão é chamado filho de Deus (Lc 3:38); anjos são chamados filhos de Deus (Jó 1:6); e crentes são chamados filhos de Deus (Fp 2:15). CRISTO NÃO É O ÚNICO FILHO DE DEUS, MAS ELE É O ÚNICO-FILHO-GERADO DE DEUS, exatamente como o TR, a VRTiago e a Almeida Corrigida Fielcorretamente ensinam.

Versões mais comuns da Bíblia

Basicamente, há apenas dois tipos de Bíblias. As Bíblias de cada um desses dois tipos têm milhares de graves diferenças em relação às Bíblias do outro tipo. Isto é:

a) - De um lado, temos aquelas que chamaremos de "Bíblias do tipo daquelas da Reforma", ou, mais brevemente, "Bíblias da Reforma", Bíblias fiéis usadas incessantemente, através de todos os séculos, por salvos fiéis (isto exclui os reais romanistas, desde Constantino). Elas foram traduzidas o mais fiel - literal - formalmente possível, e isto a partir do texto básico encontrado em cerca de 95% dos milhares de manuscritos nas línguas originais (que sobreviveram ao tempo e chegaram até o advento da Imprensa e da Reforma, e a nós); manuscritos que basicamente concordam maravilhosamente entre si. Tais Bíblias incluem, entre muitas outras, as:

Peshita (em Siríaco, traduzida ao redor do ano 150 d.C.);
Latina Antiga, dos valdenses (do Vale de Vaudois, Norte da Itália, aos pés dos Alpes, traduzida ao redor do ano 157 d.C.);
Todas as Bíblias traduzidas com base e a partir da edição consolidada terceira da primeira impressão em tipos móveis jamais feita do Novo Testamento grego (por Erasmo, em 1522), elas foram as Bíblias usadas por Deus para trazer a Reforma (séculos XVI e XVII) e trazer as grandes expansão, purificação e reavivamento do verdadeiro evangelho (séculos XVIII e XIX). Estas Bíblias incluem as de:
Tyndale 1526
Genebra 1588
King James Bible (Authorized Version) de 1611
Valera 1569, 1602 TR, 1999
Lutero 1545
Almeida 1681/1753
"Almeida Revista e Reformada" (1847);
"Almeida Revista e Correcta" (1875);
"Almeida Revista e Corrigida". A edição 1894 (para Portugal) foi 100% TR, mas as revisões de 1898 (para o Brasil), 1948, 1956, 1995 talvez já introduziram 0.1%, 1.5%, 1.8% e 2% do TC, respectivamente.
"ACF - Almeida Corrigida e revisada, Fiel ao texto original" (1995).

Obs: Entre as Bíblias atualmente sendo impressas, a Almeida Corrigida Fiel é a única 100% legítima herdeira da Almeida original, pois se baseia nos mesmos textos em hebraico e grego, e usa o mesmo fiel método de tradução formal - literal.

b) - De outro lado, temos aquelas que chamaremos de "Bíblias do tipo alexandrino", ou, mais brevemente, "Bíblias alexandrinas", que só recentemente se introduziram sorrateiramente entre os "protestantes", e que são baseadas somente em dois dos pouquíssimos manuscritos alexandrinos. Estes dois manuscritos, Aleph (Sinaiticus) e B (Vaticanus), que são os mais corrompidos de todos os milhares de manuscritos da Bíblia nas línguas originais; os demais manuscritos alexandrinos diferem bastante entre si e não totalizam sequer 0.5% dos manuscritos que chegaram aos nossos dias):

ARA - Almeida Revista e Atualizada - 1976
AR - Almeida Revisada ... Melhores Textos - 1995
NIV - New International Version - 1986
NVI - Nova Versão Internacional - 1994, 2001
BLH - Bíblia na Linguagem de Hoje - 1988
BBN - Bíblia Boa Nova - 1993
BV - Bíblia Viva - 1993 (O Mais Importante é o Amor)
Bíblia Alfalit - 1996
CEV = Contemporary English Version
NASB - New American Standard Bible - 1977
TNM - Tradução Novo Mundo - 1967 dos Testemunhas de Jeová
e todas as Bíblias romanistas-ecumênicas: Bíblia de Jerusalém-1992; Vulgata de Jerônimo, traduções do Padre Antônio Pereira de Figueiredo, Padre Matos Soares, Padre Humberto Rhoden, Padres Capuchinhos, Monges Beneditinos, Vozes, Pastoral, TEB - Tradução Ecumênica da Bíblia, TOB - Traduction Oecuménique de la Bible, etc

Notemos que, em todo o mundo, até 1881 (e, no Brasil, até 1956), não havia uma, sequer uma Bíblia impressa que fosse significativamente diferente e concorrente das Bíblias da Reforma, e fosse usada por igrejas "protestantes" em número mais que desprezível. Só a partir de 1881 é que Bíblias alexandrinas sorrateiramente realmente começaram a se infiltrar nas igrejas "protestantes".
Também notemos que algumas Bíblias usam o nome Almeida enganosamente (como feio golpe de marketing): "Almeida Revisada de acordo com os Melhores textos" (1967, sempre baseada em texto e método de tradução diferente daqueles de Almeida), "Almeida Revista e Atualizada" (1956, idem) e "Almeida Edição Contemporânea" (1992, que algumas vezes usa texto nas línguas originais diferente daquele de Almeida ).
E como o Velho Mundo costuma exportar cultura para o Novo Mundo, logo os USA, o Canadá e a América Latina foram intoxicados com a cultura hippie, adotando todas as práticas condenáveis alicerçadas na rebelião contra os pais e mestres e no ocultismo importado do Oriente, conduzindo a juventude à degradação total dos costumes.
Depois vieram os teólogos da fé/prosperidade, pregando “outro evangelho” embasado no pensamento positivo, transformando as igrejas evangélicas em danceterias, o Espírito Santo em “garoto de recados” e o Senhor Jesus num fantoche, o qual é “obrigado” a atender a todos os pedidos dessa geração de analfabetos bíblicos.
E, para culminar, pasme-se, a última tradução lançada na Inglaterra, de que temos notícia é a que poderia ser chamada “A Bíblia para os idiotas”, que, conforme notícia veiculada no “London Times”, está sendo entregue na Europa e nos USA.
Traduzida pelo ex-pastor batista, John Henson, para a organização "One", essa bíblia - batizada com o título de “Good as New” (“Tão Boa Como Nova”) foi feita, provavelmente, a partir do texto grego do Novo Testamento de Westcot e Hort.
De acordo com Ekklesia (que é um celeiro de pensamento teológico liberal, estabelecido em Londres e que apóia a tradução "One"): "A tradução é pioneira em sua acessibilidade facilidade de ser entendida e muda a nomenclatura dos originais grego e hebraico para apelidos modernos. Pedro se torna 'Rochinha', Maria Madalena se torna 'Maggie', Arão se torna 'Ron', Andrônico se torna 'Andinho', e Barrabás se torna 'Barrinha'.
Seguindo a moda atual, o tradutor Henson, espertamente, traduz 'possessão demoníaca' como 'doença mental' e 'Filho do homem', a expressão freqüentemente usada por Jesus para descrever a si mesmo, como 'a Pessoa Completa.' Em adição, parábolas são traduzidas como 'enigmas', batizar é 'molhar' em água, salvação se torna 'cura' ou 'aperfeiçoamento', e Céus se tornam 'o mundo além do tempo e espaço.'
As “parábolas” são chamadas de “enigmas”. “Batizar” é “mergulhar na água”. “Salvação” se torna “cura” ou “realização”. “Céu” é “o mundo além do tempo de do espaço”.

Cronologia das Bíblias falsas e escandalosas de Gênero Neutro (ou seja FEMINISTAS!)

1983. An Inclusive Language Lectionary
1985. New Jerusalem Bible
1986. New Century Version
1986. New American Bible, revised New Testament
1989. Revised English Bible
1990. New Revised Standard Version
1992. Good News Bible, 2nd ed.
(obra do apóstata Bratcher - membro "erudito" da comissão de tradução da Sociedade Bíblica do Brasil). Essa 2a. edição é publicada pela American Bible Society - Membro das Sociedades Bíblicas Unidas)
1993. The Message
1993. The Five Gospels (Jesus Seminar).
1994. The Inclusive New Testament
1995. Contemporary English Version
1995. God's Word
1995. New International Reader's Version
1995. New International Version, Inclusive Language Edition
1995. New Testament and Psalms, An Inclusive Version
1996. New Living Translation
2002. Today's New International Version (veja a que ponto chegaram os apóstatas da Sociedade Bíblica Internacional!)

"...Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra? "
(Lc 18:8 – ACF)

Algumas comparações das versões mais conhecidas

Ao compararmos as diversas versões da Bíblia hoje disponíveis baseadas no TC com a única versão confiável impressa hoje em dia, no caso do Brasil, a Almeida Corrigida Fiel da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, equivalente à VRTiago, ou com a antiga Almeida Revista e Corrigida (ARC – até 1948), vemos enormes aberrações que dão margem a erros doutrinários e enfraquecem a confiança na Palavra de Deus como a única e perfeita revelação de Deus aos homens.
Alguns exemplos de comparação entre a Almeida Corrigida Fiel com a Almeida Revista e Atualizada, a Bíblia na Linguagem de Hoje e a Nova Versão Internacional:

Mateus 1:25
(ACF) “E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.”
(ARA) “Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus.”
(BLH) “Porém não teve relações com ela até que ela deu à luz o seu filho. E José pôs no menino o nome de Jesus.”
(NVI) “Mas não teve relações com ela enquanto ela não deu à luz um filho. E ele lhe pôs o nome de Jesus.”
Aqui o Texto Crítico extirpa as 2 palavras "O PRIMOGÊNITO", isto é, que Jesus foi o primeiro entre os vários filhos gerados no ventre de Maria.
Mateus 9:13 (cf. Oséias 6:6)
(ACF) “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores , ao arrependimento.”
(ARA) “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos e sim pecadores ao arrependimento.”
(BLH) “Vão e procurem saber o que quer dizer este trecho das Escrituras Sagradas: Eu não quero que me ofereçam sacrifícios de animais, mas quero que sejam bondosos. Porque eu vim para chamar os pecadores e não os bons.”
(NVI) “Vão aprender o que significa isto: ‘Desejo misericórdia, não sacrifícios’. Pois eu não vim chamar justos, mas pecadores.”
Aqui o TC extirpa aqui a necessidade de arrependimento bíblico para salvação.

Marcos 1:2 (cf. Malaquias 3:1)
(ACF) “Como está escrito nos profetas: Eis que eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual preparará o teu caminho diante de ti.”
(ARA)“Conforme está escrito na profecia de Isaías: Eis aí envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho;”
(BLH)“Como o profeta Isaías tinha escrito. Isaías escreveu o seguinte: Deus disse: Eu mando o meu mensageiro adiante de você para preparar o seu caminho.”
(NVI) “Conforme está escrito no profeta Isaías: “Enviarei à tua frente o meu mensageiro; ele preparará o teu caminho”
Aqui o TC altera “NOS PROFETAS” para "no profeta Isaías", ou “na profecia de Isaías”, criando grave contradição por não citarem Malaquias 3:1.

Marcos 16:9-20
(ACF) “E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios...E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém.”
(ARA) “Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios...E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam.”
(BLH) “Jesus ressuscitou no domingo bem cedo e apareceu primeiro a Maria Madalena, de quem havia expulsado sete espíritos maus...Os discípulos foram anunciar o Evangelho por toda parte. E o Senhor os ajudava, por meio de milagres, a provar que a mensagem deles era verdadeira.”
Nota de rodapé: Os versículos 9 a 20 não fazem parte do texto original grego.
(NVI) “Quando Jesus ressuscitou, na madrugada do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, de quem havia expulsado sete demônios...Então, os discípulos saíram e pregaram por toda parte; e o Senhor cooperava com eles, confirmando-lhes a palavra com os sinais que a acompanhavam.”
Nota de rodapé: Alguns manuscritos antigos não trazem os versículos 9-20; outros manuscritos do evangelho de Marcos, apresentam finais diferentes.
Aqui o TC desconsidera o final do livro do evangelho de Jesus segundo Marcos como sendo a Palavra de Deus, poderosamente preservada.
Lucas 4:44 (cf. Mateus 4:23 e Marcos 1:39)
(ACF)“E pregava nas sinagogas da Galiléia.”
(ARA)“E pregava nas sinagogas da Judéia.”
(BLH)“Portanto, ele anunciava a mensagem nas casas de oração de todo o país.”
(NVI) “E continuava pregando nas sinagogas da Judéia.”
Nota de rodapé: Alguns manuscritos dizem Galiléia.
Aqui o TC entra em grave contradição com os outros evangelhos.

Lucas 14:5
(ACF)“E disse-lhes: Qual de vós o que, caindo-lhe num poço, em dia de sábado, o jumento ou o boi, o não tire logo?”
(ARA)“A seguir, lhes perguntou: Qual de vós, se o filho ou o boi cair num poço, não o tirará logo, mesmo em dia de sábado?”
(BLH)“Aí disse: -Se algum de vocês tiver um filho ou um boi que cair num poço, será que não vai tirá-lo logo de lá, mesmo que seja sábado?”
(NVI) “Então ele lhes perguntou: “Se um de vocês tiver um filho ou um boi, e este cair num poço no dia de sábado, não irá tirá-lo imediatamente?”
Nota de rodapé: Alguns manuscritos dizem um jumento. Aqui o TC altera o animal irracional para filho humano.
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João 3:13
(ACF)“Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu.”
(ARA)“Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele de lá desceu, a saber, o Filho do homem que está no céu.”
(BLH)“Ninguém subiu ao céu, a não ser o Filho do Homem, que desceu do céu.”
(NVI) “Ninguém jamais subiu ao céu, a não ser aquele que veio do céu: o Filho do homem.”
Nota de rodapé: Alguns manuscritos acrescentam que está no céu.
Aqui o TC anula que Cristo é Onipresente, é Deus.

João 6:69
(ACF)“E nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente.”
(ARA)“e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus.”
(BLH)“Nós cremos e sabemos que o senhor é o Santo que Deus enviou.”
(NVI) “Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus.”
Aqui o TC eliminou o fato de que Jesus é o CRISTO (o Messias, o prometido Ungido do único Deus vivo e verdadeiro).

Efésios 5:30
(ACF)“Porque somos membros do seu corpo, da sua carne, e dos seus ossos.”
(ARA)“porque somos membros do seu corpo.”
(BLH)“pois somos membros do seu corpo.”
(NVI) “pois somos membros do seu corpo.”
Aqui o TC omite que somos membros da carne e dos ossos de Jesus Cristo.

Colossenses 1:14
(ACF)“Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados;”
(ARA)“No qual temos a redenção, a remissão dos pecados.”
(BLH)“É ele quem nos liberta, e é por meio dele que os nossos pecados são perdoados.”
(NVI) “em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados.”
Nota de rodapé: Alguns manuscritos dizem redenção por meio do seu sangue.
Aqui o TC altera que salvação é só pelo sangue de Cristo.

II Tessalonicenses 2:8 (cf. Apocalipse 19:20)
(ACF) “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;”
(ARA) “Então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda.”
(BLH)“Então o Perverso aparecerá, e o Senhor Jesus, quando vier, o matará com um sopro e o destruirá com o seu glorioso aparecimento.”
(NVI) “Então será revelado o perverso, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e destruirá pela manifestação de sua vinda.”
Aqui o TC entra em grave contradição com o livro do Apocalipse.

I Timóteo 3:16
(ACF)“E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória.”
(ARA)“Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido na glória.”
(BLH)“Ninguém pode negar que o mistério da nossa religião é muito grande. Esse mistério é o seguinte: Ele apareceu como ser humano, foi declarado justo pelo Espírito de Deus e visto pelos anjos, Ele foi anunciado entre as nações; o mundo acreditou nele, e ele foi levado ao céu.”
(NVI) “Não há dúvida de que é grande o mistério da piedade: Deus foi manifestado em corpo, justificado no Espírito, visto pelos anjos, pregado entre as nações, crido no mundo, recebido na glória.”
Aqui o TC altera uma das maiores provas da divindade de Cristo.

II Timóteo 4:22
(ACF)“O Senhor Jesus Cristo seja com o teu espírito. A graça seja convosco. Amém.”
(ARA)“O Senhor seja com o teu espírito. A graça seja convosco.”
(BLH)“Timóteo, que o Senhor esteja com o seu espírito. Que a graça de Deus esteja com vocês.”
(NVI) “O Senhor seja com o seu espírito. A graça seja com vocês.”
Aqui o TC omite que Jesus é o Senhor e o Cristo. E omite o Amém.

Apocalipse 1:11
(ACF)“Que dizia: Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro; e o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.”
(ARA)“Dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia.”
(BLH)“Que me disse: -Escreva num livro o que você vai ver e mande esse livro às sete igrejas das cidades de Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia.”
(NVI) “Que dizia: “Escreva num livro o que você vê e envie a estas sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia.”
Aqui o TC ataca a divindade de Cristo, e omite que essas igrejas estavam na Ásia.
Apocalipse 11:17
(ACF)“Dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste.”
(ARA)“Dizendo: Graças te damos, Senhor Deus, Todo-poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar.”
(BLH)“Dizendo: Ó Senhor, Deus Todo-poderoso, que és e que eras! Nós te agradecemos porque tu tens usado o teu grande poder e começaste a reinar.”
(NVI) “Dizendo: “Graças te damos, Senhor Deus todo-poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar.””
Aqui o TC extirpa a segunda vinda de Cristo.

"Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus..."
(2Co 2:17)


Algumas considerações sobre algumas das versões mais comuns hoje

ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA - ARA

Vide a recomendação da CNBB, na capa da edição da ARA de 1968:

BÍBLIA DE ESTUDO ALMEIDA

Ela não é bíblia, não é de estudo, nem é de Almeida, mas é inimiga número um do criacionista. Vejamos a barbaridade que foi escrita na nota de rodapé concernente a Gênesis 1:2:
"1.2 “Havia trevas sobre a face do abismo”: Outra tradução possível: “Tudo era um mar profundo coberto de escuridão”. Segundo uma idéia muito difundida entre os povos do Antigo Oriente, antes da criação só havia um caos de trevas que a tudo cobria, como águas ameaçadoras (cf Sl. 104:6-9). Assim, um dos primeiros atos do Criador consistiu em separar as águas de cima das de baixo, colocando como linha divisória a expansão ou abóbada celeste (v. 7). Conforme os vs. 5-9, desse caos primitivo foram formados os mares tanto os que estão sobre a superfície da terra como os que estão debaixo dela. Ver Sl. 18:15 n. Cf. também Sl. 24:2."

Comentemos os graves erros das anotações por partes:
a) "Outra tradução possível..." Aqui, sem a menor cerimônia, a nota de rodapé aproveita para fazer propaganda da deplorável Bíblia na linguagem de hoje, que de modo criminoso, usa o método-perversão de paráfrase que é também conhecida como a Equivalência Dinâmica. Vejamos a semelhança com o texto evolucionista da BLH: "Não havia ordem nem vida na terra, que era coberta por um mar profundo. A escuridão cobria o mar..."
b) "Segundo uma idéia muito difundida entre os povos..." Pergunto: O que é que nós crentes temos a ver com idéias de povos ímpios, idólatras e pagãos da antiguidade?! A voz do povo não é a voz de Deus! Se fosse, o Senhor Deus não se dava ao trabalho de deixar-nos a Sua Palavra. Será que os povos do Antigo Oriente referidos poderiam ser os idólatras Egípcios que cultuavam o sol? Ou os astrólogos Babilônicos? Ou os mitológicos Gregos? Sem a revelação da Palavra de Deus, qualquer "...idéia muito difundida entre os povos..." não vale nada, e não passa de tradição pagã que deve ser categoricamente rejeitada pelo povo de Deus.
c) "...antes da criação só havia um caos de trevas que a tudo cobria..." Vejamos a demência dessa declaração: Como é que pode haver algo antes da criação, se antes dela não havia nada? De onde veio esse "tudo"?
d) Onde está a palavra caos na Bíblia? Em lugar nenhum! Só na cabeça desses evolucionistas travestidos de crente que empurram Bíblias falsas no povo de Deus!
Vejamos, também, as notas de rodapé heréticas em Is 45:18:
"Um caos: Hebr. Tohu, o mesmo termo usado em Gn 1:2 para designar o estado de coisas anterior à criação. Ver Jr 4:23, notas."
a) Palavra caos. Vejamos a falácia: A palavra grega kaos não aparece em nenhum lugar na Bíblia! Por ser de origem da mitologia GREGA, por providência divina ela foi totalmente descartada pelos autores das Escrituras do Novo Testamento, (apesar da presença de muitas palavras de origem mitológica). A palavra caos não está presente também na Septuaginta (LXX), tradução do Velho Testamento do hebraico para o grego feita SUPOSTAMENTE em 250 AC.
b) Contexto de Is 45:18: veja que a tradução correta de "tohu" é vazia (e não caos) que contrasta com "habitada".
c) "Estado de coisas anterior à criação (?!)": como é que pode? Vamos pensar só um pouco: A terra foi criada no verso um. Como é que pode no verso dois haver uma condição de caos que se diz anteceder ao verso um ??? Essa filosofia vem diretamente do evolucionismo, que assevera a eternidade da matéria, dando lugar ao irracional BIG BANG.

BÍBLIA NA LINGUAGEM DE HOJE (ou seria: “na linguagem horrenda?”)

É de doer a alma ver a Santa Palavra exposta a tanta vulgaridade em nome de interesses diversos, muito longe dos divinos. Se o alvo da BLH foi atrair o interesse popular, resultou traindo a inspiração divina em matéria de conteúdo celeste.
Também conhecida como "GOOD NEWS FOR MODERN MAN", "THE SWINGER'S BIBLE", "THE HIPPIES' BIBLE" etc. A impressão dessa versão é o maior escândalo que já se verificou no meio do protestantismo brasileiro. A BLH representa o mais sério desvio da fé que se tem notícia entre os evangélicos. Expressa a perversão da Palavra de Deus, porque anula a doutrina da divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, nega o evento miraculoso do Seu nascimento de uma virgem, enxerta interpretações duvidosas, suprime vocábulos teológicos como "redenção", "reconciliação", "arrependimento", destrói a obra profética do Velho Testamento etc., etc. Um crente sincero que ama ao Senhor Jesus Cristo não pode permanecer calado diante da apostasia dos "gênios" da SBB.
Pasme-se ao ler na BLH Habacuque 3:3; Isaías 41:6; Jeremias 33:3; Salmos 19:1-11; 55:22 e tantos outros, especificamente o Salmo 116:15, onde algo " precioso" é trocado por triste aos olhos de Deus. Para Almeida, a morte dos santos de Deus é preciosa à Sua vista. Para a turma da BLH, " o Deus eterno fica triste quando morre alguém do seu povo." Basta examinar a coerência da mensagem bíblica para logo descobrir que Almeida tem razão. A tristeza ou desprazer de Deus é manifestado na morte do ímpio e nunca dos seus santos, conforme Ezequiel 33:11.

Muito pior ainda é o que está escrito em Eclesiastes 11:1. Enquanto Almeida diz: "Lança o teu pão sobre as águas porque depois de muitos dias o acharás”, A BLH diz: "Empregue o seu dinheiro em bons negócios e com o tempo ele aumentará." Na linguagem franca do saudoso Pr. Aníbal Pereira Reis, esta é "uma sugestão nitidamente capitalista."
No final da década de sessenta, a ecumênica Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), que é a filha da apóstata UNITED BIBLE SOCIETIES (UBS), se preparava para o lançamento da Bíblia POP:
"A Diretoria da SBB reunida no dia 24 de Outubro de 1967, resolveu autorizar a composição de uma comissão paritária, formada de elementos da igreja católica e de evangélicos, para o estudo da possibilidade de tradução conjunta do Novo Testamento" (Circular da SBB, de 15 de Fevereiro de 1968 - Citada no Livro "A Bíblia Traída" Pr. Aníbal Pereira Reis, p. 37)
"...verificamos como a CNBB, através do boletim Telepax, nº 141, cientifica o clero romano: 'No dia 20 de Maio deste ano, reuniu-se a SBB, sob a presidência de Dom José Gonçalves da Costa, Secretário-Geral da CNBB, e do Rev. Ewaldo Alves, Secretário-Geral da SBB, com a presença dos assessores, observadores e convidados, a Comissão Paritária Nacional (quatro evangélicos e quatro católicos), com o fito de estabelecer os PRINCÍPIOS orientadores para a edição conjunta do Novo Testamento para uso de todos os católicos e evangélicos do Brasil...'" (Obs.: o ano é 1968. A citação é do Livro "A Bíblia Traída" Pr. Aníbal Pereira Reis, p. 45)
O outro passo - e gigantesco passo - aconteceu com a divulgação da obra cognominada A BÍBLIA NA LINGUAGEM DE HOJE em Julho de 1973 da qual 80.000 exemplares receberam a água benta do Imprimatur." (Citação do Livro "A Bíblia Traída" Pr. Aníbal Pereira Reis, p. 47)


Ao contrário do que muita gente pensa e do que pretende insinuar a SBB, a BLH é fruto de um único homem: Rev. Roberto Bratcher, ministro batista. Em 1953, mais precisamente em julho, ele declarou no "Jornal Batista", p.69: "JESUS CRISTO NÃO PODERIA SER ONISCIENTE. ISTO É UM ATRIBUTO DE DEUS... JESUS NÃO DISSE QUE ELE E O PAI SÃO UM PORQUE ISSO SERIA UM ABSURDO". Eis, queridos irmãos e leitores deste jornal, a prova dos sinais dos tempos! Bratcher não crê na divindade de Cristo, não crê na inspiração verbal das Escrituras, e, conseqüentemente, não crê na sua inerrância. Todavia, a SBB tem a ousadia de afirmar que sua tradução "É ABSOLUTAMENTE FIEL AOS LIVROS DO NOVO TESTAMENTO GREGO". E mais: afirma que quem critica é ignorante. É inconcebível que a SBB entregue à responsabilidade de um só homem, e com tal incredulidade, a responsabilidade de traduzir o texto sagrado.

É uma Bíblia "eclética". Ao que parece veio para satisfazer todos os credos e gostos. 1) O romanismo foi homenageado com a consagração de Pedro ao papismo. (A primeira edição do BLH traduziu Mt.16:18: "Portanto eu afirmo: Pedro, você é uma pedra, e sobre esta pedra fundamental construirei a minha Igreja". Onde está, senhores tradutores, a propalada fidelidade ao original?). E tanto agradou que a edição de 73 veio com o "imprimatur" de Dom Mário Teixeira Gurgel, responsável pelo Setor de Diálogo Religioso da CNBB: "APROVAMOS O USO DA MESMA POR TODOS OS CATÓLICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA".

O texto foi mutilado, acrescido, parafraseado, interpretado, mais parecendo uma colcha de retalhos que a Bíblia Sagrada. Alguns termos de incalculável valor teológico foram suprimidos sem qualquer justificativa convincente. Palavras como "redenção", "reconciliação", "propiciação" simplesmente desapareceram na BLH. Eis uma amostra:
A palavra "redenção" simplesmente desapareceu. "Reconciliação" que aparece cerca de 11 vezes no Texto Sacro foi transmudada em "fazer as pazes" ou "tornar-se amigos". A palavra "propiciação" que aparece em textos como Rm.3:25; I Jo.2:2; 4:10 foi eliminada. A expressão de todos conhecida: "Santos" foi trocada por "povo de Deus", ou "COMPANHEIROS CRISTÃOS".

NOVA TRADUÇÃO NA LINGUAGEM DE HOJE (NTLH)

No mundo da indústria automobilística, um fenômeno interessante de marketing e de vendas acontece. Quando um modelo de carro se torna "manjado" e desinteressante, a montadora, no final do ano, faz uma maquiagem no veículo e lança o novo modelo do velho carro tentando dar-lhe uma sobre-vida e "chupar" mais algumas vendas com mudanças superficiais apenas para agradar aos olhos dos compradores que, seduzidos pela novidade, terão o "carro do ano".
No mundo das edições modernas da Bíblia, o mesmo fenômeno tem acontecido nesses dias de apostasia.
A pior "Bíblia" na língua portuguesa, a Bíblia na Linguagem de Hoje (BLH), ficou "manjada", e sua linguagem foi ficando, de acordo com a filosofia herege, "desatualizada", pois já quase 30 anos decorriam da sua publicação pela SBB (1973) que endossava o trabalho do apóstata Robert G. Bratcher.
Dentre as centenas de erros se destacam apenas alguns devido a limitação de espaço. Não se comenta abaixo as substituições criminosas da palavra sangue (grego haima) por morte.
Gênesis capítulo um: São tantas corrupções omissões e inserções de absurdos teológicos, que o espaço não permite enumerar. O fato é que até o nome de Deus (Elohym) os tradutores tiveram a coragem de retirar nos versos 4 (uma vez) e 28 (duas vezes)! Das 30 ocorrências da conjunção "e" no início dos versos (2 a 31), 27 desapareceram! É o evolucionismo criminoso arrombado no texto que nada tem de Bíblico de tão desfigurado!
Esta é apenas uma pequena amostra de uma lista maior das centenas de perversões da BLH e NTLH:
Mt 1:25 Omitiram a palavra "primogênito" para enfraquecer o nascimento virginal de Jesus Cristo ou reforçar a falsa doutrina católica de que Maria morreu virgem.
Mt 16:3-4 Omitiram as palavras "hipócritas" e "adúltera".
Mt 16:18 Colocaram a palavra igreja com I maiúsculo para uma associação com a Igreja Católica.
Mc 1:1 Adicionaram o nome "Isaías" (texto grego corrupto W-H).
Mc 8:34 Omitiram a expressão "tome a sua cruz" (!)
Jo 1:14,18 3:16,18. Substituíram criminosamente a palavra "unigênito" (gr. monogénes) por "único"
At. 20:28 PASMEM!!! Substituíram a expressão "...igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue." e copiaram EXATAMENTE a expressão ENCONTRADA NA BÍBLIA NOVO MUNDO DOS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ!!! "...sangue do seu próprio Filho".
Ro 1:29 Omitiram a expressão "prostituição".
Ro 1:31 Omitiram a expressão "irreconciliáveis".
1 Co. 5:1 Trocaram a expressão "fornicação" por "imoralidade".
Ef. 3:9 Omitiram a expressão "por meio de Jesus Cristo".
1 Tm. 3:16 Trocaram criminosamente a expressão "Deus se manifestou em carne" por "ele se tornou um ser humano" .
Tito 2:7. Omitiram a expressão que eles detestam: "na doutrina mostra incorrupção"
Tiago 4:4 Trocaram a expressão "adúlteros e adúlteras" por "gente infiel".
1 João 4:3. Omitiram criminosamente a expressão "que Jesus Cristo veio em carne"
Ap 1:11. Suprimiram "Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro... "

A NTLH, de modo semelhante à sua irmã mais velha BLH, nasceu no coração de homens ecumênicos, está saturada de expressões da Nova Era, linguagem macia (politicamente correta) para não ofender as pessoas e indução a doutrinas falsas. De tão desfigurada, transformou-se numa monstruosa colcha de retalhos de apostasia. Sob a desculpa medíocre de popularizar o texto, são severamente atacadas doutrinas fundamentais da fé cristã como a realidade do Inferno, infalibilidade e inspiração verbal da Bíblia, Perfeição de Deus, divindade de Cristo, Trindade, morte vicária de Cristo, etc... As omissões contam-se às centenas, as adições danificam criminosamente o sentido do texto sagrado manipulando-o conforme o arbítrio herege dos seus idealizadores.

NOVA VERSÃO INTERNACIONAL (NVI / NIV)

Em 1809, foi fundada em Nova York, a New York Bible Society, que posteriormente, em 1970, mudou de nome para IBS (International Bible Society). No início, ela era composta de crentes dedicados que distribuíam as Escrituras baseadas no único texto digno de respeito naquela época: O Texto Recebido, que era a base para o Novo Testamento e o Texto Massorético de Ben Chayyim para o Velho.
Em 1970, já com o nome mudado para International Bible Society, a IBS começou a trabalhar em parceria com Wycliffe Bible Translators até que, em 1978, nasceu a NIV (New International Version), baseada no texto de Westcott e Hort.
No final da década de 80 a IBS se mudou de Nova Iorque para Colorado Springs e em 1992 a IBS se fundiu com a Living Bibles International (os detentores dos direitos de uma das mais heréticas e piores Bíblias em inglês: a Living Bible). No final da década de oitenta, também, a IBS entrou no Brasil, onde atende pelo nome de Sociedade Bíblica Internacional (SBI). Em 1994, foi publicado o Novo Testamento NVI em português, que pela má qualidade, omissões e heresias, já provocou repúdio imediato por muitos crentes.

Quantas palavras alguém estaria disposto a abrir mão da sua Bíblia? Uma palavra? Duas palavras? Cem palavras? E que tal 64 MIL palavras? E que tal versos inteiros? Na NIV, PASMEM, estão faltando DEZESSETE VERSOS INTEIROS! Veja a lista: (Mt 17:21, 18:11 e 23:14; Mc 7:16, 9:44, 9:46, 11:26 e 15:28; Lc 17:36, 23:17; Jo 5:4; At 8:37, 15:34, 24:7 e 28:28; Rm 16:24 e 1Jo 5:7.
Na International Bible Society, nos EUA, havia até homossexual traduzindo a NIV. Durante os anos em que a NIV esteve sendo preparada (1968-1978), duas pessoas da comissão eram homossexuais. Uma delas era Virginia Mollenkott.
Como resultado natural de seu homossexualismo Virginia Mollenkott certamente influenciou o texto da NIV, que suprimiu palavras contundentes sobre a condenação que o Senhor faz ao homossexualismo. A mais escancarada foi em 1Co 6:10 onde as palavras "efeminados" e "sodomitas" em grego literalmente "arsenokoites" - homem que pratica coito com outro homem foram retiradas e substituídas por "male prostitutes" (homens prostitutos) e "homosexual offenders" (ofensores de homossexuais!). Veja, agora, que se você prega para um homossexual que ele está em pecado, você o está ofendendo e você é que está cometendo o pecado.
A corporação Zondervan, que costumava ser uma respeitada editora cristã de Grand Rapids, Michigan, tornou-se uma companhia pública via uma oferta inicial de ações há uns 15 anos atrás 1978?. Isto foi em torno da mesma época em que a Bíblia NIV foi publicada por um grupo em Nova York chamado de Sociedade Bíblica Internacional, que financiou o projeto. Eles então deram à Zondervan Corp., os direitos exclusivos da edição/publicação da versão NIV da Bíblia.
Em 1988, a Zondervan e a NVI foram compradas pela companhia Harper & Row Publishers (que agora se chama Harper Collins Publishers). A HarperCollins publica livros pró-homossexualismo. Pertence a um agressivo magnata da mídia chamado Rupert Murdoch (dono da Fox television).
Murdoch, um cidadão do mundo internacional, começou na Austrália, via sua companhia, a News Corp. Nos anos recentes, Murdoch construiu um Mega império da mídia, com faturamento de 10 bilhões de dólares por ano (dado desatualizado). A Zondervan Corp. se tornou, então, a sua subsidiária, adquirida pela publicadora Harper Collins (a mesma companhia que publica a "Satanic Bible" e "Satanic Rituals").

As bíblias alexandrinas são de propriedade da News Corp. (enquanto a Bíblia King James é
Auto-financiada). Por exemplo, o dono do “copyright” da NVI é Rupert Murdock.
Embora os direitos autorais da NVI sejam de controle da International Bible Society, a Zondervan – de Murdock – tem direito exclusivo à publicação).
Rupert Murdock (isto é, HarperCollins) também é proprietário da Good News Bible, da Amplified Version e de alguns hinários cristãos e, como todos já sabemos, da Nova Versão Internacional (NVI). (A desculpa dos editores da VIDA, FILIAL da Zondervan, é que a NVI do Brasil não é igual à NIV americana. Mas claro que são “farinha do mesmo saco”, a qual está sendo usada e recomendada pelos pastores ignorantes! – MS). Isso mostra que muitos cristãos (inclusive no Brasil) estão ganhando uma fábula em dinheiro dos cristãos iludidos, dinheiro esse que será investido na pornografia, na TV pornográfica e em livros pró-homossexualismo.
A NIV nega a divindade de Jesus Cristo; o nascimento virginal; glorifica Satanás; mente abertamente; remove 17 versos completos e 64.576 palavras!

“E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as”.
(Ef 5:11 ACF)



BÍBLIA DE GENEBRA “em português”

Lançada recentemente no Brasil, surge mais uma atração no mercado multi-diversificado de Bíblias modernas: É a BÍBLIA DE GENEBRA editada pela ecumênica Sociedade Bíblica do Brasil, resultando numa monstruosa combinação com cabeça de dragão (texto da Atualizada) num corpo de bode (encadernação da SBB) e pés de cabra (notas de rodapé mal traduzidas)!
Agora, seguindo a sua linha de ação, a SBB lança a Bíblia de Genebra falsificada, com o texto da Revista e Atualizada, que mais uma vez nada tem a ver com o texto original da Bíblia de Genebra lançada em 1560, pelos reformadores que adotavam a família do Textus Receptus, que é melhor ainda representado na monumental Bíblia King James.
Veja o que era a verdadeira Bíblia de Genebra: "A Bíblia de Genebra foi uma numa linha precedida pela Grande Bíblia e seguida pela Bíblia dos Bispos, marcando a ascensão para a Versão King James. Depois que a King James foi finalizada, as revisões foram de natureza decadentes. Os trabalhos de revisão em inglês começaram a ir então ladeira abaixo. Estava indo ladeira acima com a de Genebra e começou ir ladeira abaixo após a revisão da King James. A Bíblia de Genebra, como aquelas Bíblias em inglês que a precederam e imediatamente que a sucederam (exceto a Bíblia Jesuíta Douey Rheims ), seguem o texto tradicional que baseia a Versão King James Version, e não o texto Jesuíta que agora baseia a NIV NVI em português e NASB. A Bíblia de Genebra foi escrita em torno de 1560, e foi usada por aquelas pessoas que estavam exiladas das perseguições da Maria Sanguinária, rainha da Inglaterra.

O Novo Testamento da Bíblia de Genebra foi escrito por um cavalheiro chamado William Whittingham. Ela tinha inúmeros pontos bons. Cada verso estava separado. Isto encorajava a memorização e era uma novidade para as Bíblias em inglês. Ela tinha muitas notas de rodapé anti-Católicas. Uma das áreas que precisavam melhoramentos era Salmo 12:7, onde ela seguia a Septuaginta e sua negação da preservação das Escrituras. Em vários lugares, a Bíblia de Genebra usa o termo "mestre" ao invés de "Senhor". Em Hebreus 4:11, ela tinha o termo "desobediência"; onde realmente deveria ser "incredulidade". A King James Version corrigiu todos esses erros. Tinham também alguns termos curiosos na Bíblia de Genebra. Ela era chamada a Bíblia dos calções tradução literal, porque em Gênesis 3, é dito que Adão e Eva usaram calções. A expressão "abusadores deles próprios" tradução literal da King James (1 Cor. 6:9) foram chamados de "pederastas." tradução literal. A Bíblia King James foi um melhoramento da Bíblia de Genebra, ênfase do tradutor mas a Genebra era definitivamente dentro da linha da Bíblia do texto tradicional."
Vejamos o caso de 1 Tim 3:16:
Bíblia de Genebra verdadeira: "...God was manifest in the flesh..." ("Deus se manifestou em carne...").
Bíblia de Genebra falsa (em português) da Sociedade Bíblica do Brasil: "...aquele que foi manifestado na carne..."
O leitor inteligente logo percebe que não poderá confiar numa versão fraudulenta, que usa o nome Bíblia de Genebra COMO UMA JOGADA DE MARKETING para vender!

BÍBLIA BOA NOVA

Em Portugal, a igreja evangélica viu-se de repente assaltada espiritualmente pela SBP a promover a versão mais diabólica e vergonhosa que dá pelo nome traiçoeiro e ofensivo de “A Boa Nova” em português corrente (até isso não é verdade, pois já passaram trinta anos desde que os “eruditos” começaram a escangalhar a palavra de Deus, sendo agora preciso uma nova revisão!). Esta é, como temos insistido e demonstrado abertamente, uma versão “preferida” pelo catolicismo/protestantismo português (ecumênico/bancarrota), baseada no Texto Crítico das Sociedades Bíblicas Unidas da América (UBS) que, como terrível praga de joio, tem nascido no meio do trigo da Bíblia Almeida da Reforma. (Observe a BN a atacar o Filho de Deus, chamando-lhe “servo”, em Atos 3:13; 3:26; 4:27,30, quando o próprio Senhor se identifica como Filho de Deus em João 17:1,2).

BÍBLIA VIDA NOVA (anotada por Russell Shedd)

O Dr. Shedd, não escondendo ser um evolucionista teísta, teve a audácia de levantar o argumento falido e ridículo da teoria do intervalo entre o verso 1 e 2 de Gênesis 1, dando a entender que "cristãos genuínos" aceitam tal absurdo e que "Bem pode ser que milhões de anos tivessem transcorrido entre os vv 1 e 2...". Tal compromisso modernista, dando espaço para a satânica teoria da evolução, é uma traição às Sagradas Escrituras que não deve ser patrocinada por nenhum crente sério que ama a palavra de Deus.
Pela limitação de espaço, não se poderá comentar toda a falácia dessas colocações, no entanto, o leitor inteligente logo percebe que não poderá confiar num comentarista que, em sua primeira intervenção, comete um gritante e inaceitável erro.
A teoria do intervalo é nada mais, nada menos que o evolucionismo arrombado criminosamente dentro do Gênesis. Esta teoria (existem muitas variantes) diz que, após a criação feita no verso um, ocorreram as eras geológicas de milhões de anos, surgiu uma raça pré-adâmica, onde reinou a morte por causa da queda de Satanás, terminando todo esse delírio com um dilúvio, o dilúvio de Lúcifer. A afirmação que a morte veio antes de Adão está entre essas fábulas! Veja que isto tudo é mentira! Romanos 5:12-14.

A importância de se ter uma tradução confiável para o ensino da Palavra de Deus

A Palavra de Deus deve ser ensinada na sua íntegra como fica claro pela ordem do Mestre: “Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado;” (Mt 28:20 ACF)
Não há como ensinar “todas as coisas” se algumas destas coisas não estiverem devidamente registradas na tradução da Palavra de Deus que estiver sendo utilizada. Como ficou demonstrado nos tópicos anteriores houve a extirpação de várias passagens, e pior, a adulteração de outras, dando uma conotação e um sentido diferentes do original, possibilitando a ocorrência de graves erros de interpretação.
Não podemos crer que houve má fé por parte daqueles que sob oração trabalharam para a confecção destas diversas versões da Bíblia, as quais contêm erros. Mas, cremos que a causa primeira é o conjunto de manuscritos utilizados como base destas versões.
Os textos alexandrinos utilizados NÃO merecem confiança, estão permeados de erros e rasuras. E principalmente têm como principal fonte de sustentação de sua validade e correção a “autoridade” da Igreja Católica Romana.
Como é sabido os romanistas têm especial interesse em que várias doutrinas básicas do verdadeiro cristianismo sejam enfraquecidas, que contradições sejam criadas, que os crentes fiquem sem a autoridade definitiva da Palavra de Deus, pois é a própria Palavra de Deus que está sendo contestada e que apresenta erros. Este é um argumento adicional para a alegação dos romanistas de que somente um “clero divino” pode interpretar corretamente a Palavra de Deus.
Criar dúvidas sobre a Palavra de Deus, e sobre sua validade é também uma forma de facilitar a introdução do conceito ecumênico, pois sem firmeza doutrinária os Cristãos ficam suscetíveis às más influências. Podemos ver isto claramente ao percebermos que as denominações mais propensas a aceitar a idéia ecumênica, são justamente aquelas que por anos a fio têm-se utilizado da tradução de Almeida Revista e Atualizada (ARA), baseada no Texto Crítico.
Como mais um reforço, ainda vemos que a versão ARA foi “agraciada” com carta de recomendação da cúpula católica do Brasil, a qual estava “orgulhosamente” impressa junto a seu Novo Testamento de 1968, conhecido como “A Palavra de Deus para uma Nova Era”, conforme selo em sua página de apresentação!
Não podemos de forma alguma desprezar o fato de que a verdadeira Palavra de Deus é viva e eficaz. E sendo assim, qualquer pessoa deve ser capaz de se alimentar dela e em tudo obter edificação. Não deve haver erro ou mescla de erro. Não deve haver a necessidade de comparações intermináveis entre as diversas versões da Bíblia para se descobrir qual delas é a verdadeira Palavra de Deus.
Como sustentação a esta enorme profusão de versões da Bíblia, alguns têm, hoje, alegado que o texto bíblico é de difícil interpretação e que várias palavras não são entendidas por uma parcela significativa da população, e que isto tem sido um entrave ao crescimento do reino de Cristo em nosso país.
Não podemos pensar desta forma se cremos que a Palavra de Deus é realmente viva e eficaz:

“Porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4:12 ACF)


CONCLUSÃO

A palavra de Deus dura para sempre (Sl 119:160). O Diabo, inimigo número um do Senhor, desde o jardim do Éden tenta acabar com ela. Seja queimando, seja ridicularizando, seja usando um texto parecido (porém falso), ele a persegue.
Os verdadeiros crentes, contudo, devem procurar saber e reconhecer as mãos santas e trêmulas que, com temor e reverência, traduziram a pura palavra do Senhor, rejeitando ao mesmo tempo os imprudentes, irreverentes e arrogantes deturpadores dessa geração apóstata.

Como crentes hoje temos a responsabilidade em nossos dias de proclamar o Evangelho, o Evangelho puro, o Evangelho não adulterado. Também temos o direito e privilégio de estar no devido lugar das fileiras dos que protegem e proclamam a Palavra de Deus.
Cada crente individualmente tomará uma decisão quanto ao assunto de qual texto é certo. Infalivelmente, a decisão será tomada consciente ou inconscientemente por cada crente sem exceção. Esta decisão se faz quando o crente escolhe qual edição da Bíblia vai usar para leitura e estudo.
Ao escolher uma tradução baseada em manuscritos corruptos que refletem omissões sobre a Divindade de Cristo, a expiação pelo Seu sangue, Seu nascimento virginal, então se tomou a decisão de estender este erro à próxima geração.
Ao contrário, se o crente de hoje escolher uma tradução da Palavra de Deus que é traduzida do Texto Tradicional (TR), toma a decisão de continuar a ver Deus operando pela Sua providência e provendo a Sua Palavra na forma completa, não só para a geração presente, mas para as futuras.
Exaltamos e confiamos aos nossos leitores o Texto Recebido e suas fiéis traduções. Você não irá jamais ser desapontado se você edificar sua vida e sua igreja sobre a Rocha Eterna.
Neste tempo, chamado de hoje, qualquer doutrina que diminua a responsabilidade, que facilite a integração com o mundo, que torne mais branda a sã doutrina cristã é, por aqueles, extremamente bem-vinda. Mas, os verdadeiros Cristãos, os eleitos de Deus, estes, devem lutar para preservar sua regra de fé, que é a Palavra de Deus, e devem se afastar dos ventos de doutrina que insistentemente sopram por todos os lados, chamando a um caminho de esterilidade, clamando a que se coloque a luz debaixo da cama e não no velador!
"E se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro."
(Apocalipse 22:19)




DEUS

Milhões de pessoas hoje não estão interessadas em saber se Deus existe ou não. Em um mundo que tem exaltado a aquisição de bens materiais, supervalorizado a busca do prazer e a glória de si mesmo, vem-se tornando cada vez mais fácil muitos se esquecerem de Deus ou viverem como se ele não existisse. Porém, podemos demonstrar facilmente que a negação da existência de Deus põe em total desordem a vida.

O conhecimento que temos de Deus, se não é perfeito, é contudo um conhecimento verdadeiro.

“Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim, não há Deus.” (Isaias 44:6)

Observações Iniciais

DEUS não é alguém que não se possa conhecer. Porque o conhecimento que temos de Deus, se não é perfeito, contudo é verdadeiro. O conhecimento pleno de Deus não é possível pelo fato de sermos seres finitos e com inteligência finita, e Deus ser infinitamente infinito em tudo. O que de Deus conhecemos, está revelado por sua palavra (bíblia), pela criação e por seu filho Jesus Cristo.
Deus é Espírito, eterno e Imutável. Ao pensarmos em qualquer coisa que tenha origem, não estamos pensando em Deus. A palavra origem só se aplica as coisas criadas. Deus é auto-existente, enquanto as coisas criadas necessariamente se originam em algum lugar e em algum tempo. Além de Deus, não há nada auto-causado. O que quer que Deus seja, e tudo que é Deus, Ele o é em si mesmo. Toda vida ou forma de existência vem de Deus. Nenhuma criatura tem vida em si, toda vida é dom de Deus. De modo inverso, a vida de Deus não vem de outrem. Se houvesse outro do qual Deus pudesse receber a vida, esse outro é que seria Deus. Sendo ele um ser supremo, segue-se que não pode ser elevado. Não há nada acima dele, nada além dele. De ser em ser, devemos chegar, afinal, a um Ser que tenha em si mesmo a razão de sua existência, quer dizer, a um Ser necessário, que exista por si, e pelo qual todos os outros existam. Dizer que Deus é infinito é dizer que não existe meio de medi-lo. As medidas indicam limitações, imperfeições, e não poderão ser aplicadas a Deus. Não existem graduações referente a Deus. Tudo que ele é, ele o é sem graduação ou soma, ou desenvolvimento. Nada em Deus é menos ou mais, grande ou pequeno. Deus é infinito, quer dizer, sem limites no seu Ser, uma vez que é o Ser por si, o Ser que existe por sua própria essência... "Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor..." (Os. 6.3).

Em parte alguma as Escrituras tratam de provar a existência de Deus mediante provas formais. Reconhece-se como fato auto-evidente e como crença natural do homem. As Escrituras em parte alguma propõem uma série de provas da existência de Deus como preliminar à fé; declaram o fato de Deus e chamam o homem a aventurar-se na fé. "O que se chega a Deus, creia que há Deus", é o ponto inicial na relação entre o homem e Deus.

A Bíblia, em verdade, fala de homens que dizem em seus corações que não há Deus, mas esses são "tolos", isto é, os ímpios praticantes que expulsariam a Deus dos seus pensamentos porque já o expulsaram das suas vidas (Salmos14:1/ 10:4/ 53:1). Esses pertencem ao grande número de ateus praticantes, isto é, esses que procedem e falam como se não existisse Deus. Seu número ultrapassa em muito o número de ateus teóricos, isto é, esses que pretendem aderir à crença intelectual que nega a existência de Deus.

A bíblia, portanto não se destina ao ateu, que nega a existencia de Deus, nem ao agnóstico declarado, que nega a possibilidade de saber se existe Deus ou não. Também não tem valor para o incrédulo que rejeita a revelação de Deus e, por isso mesmo, o Deus da revelação.

Se as Escrituras não oferecem nenhuma demonstração racional da existência de Deus, por que vamos nós fazer essa tentativa? Pelas seguintes razões:
Primeiramente, para convencer os que genuinamente buscam a Deus, isto é, pessoas cuja fé tem sido ofuscada por alguma dificuldade, e que dizem: "Eu quero crer em Deus; mostra-me que seja razoável crer nele." Mas evidência nenhuma convencerá a pessoa, que, por desejar continuar no pecado e no egoísmo, diz: "Desafio-te a provar que Deus existe." Afinal, a fé é questão moral e não intelectual. Se a pessoa não está disposta a aceitar, ela porá de lado todas e quaisquer evidências. (Luc. 6:31.)

“DEUS É O INFINITO E PERFEITO ESPÍRITO NO QUAL TODAS AS COISAS TÊM ORIGEM, PRESERVAÇÃO E FINALIDADE.” “DEUS É ESPÍRITO, INFINITO-ETERNO-IMUTÁVEL EM SEU: SER, SABEDORIA, PODER, SANTIDADE, JUSTIÇA, BONDADE, E VERDADE.”

Segundo alguns filósofos e teólogos Deus não pode ser conhecido porque é Absoluto, e o Absoluto não pode ter relação para com nenhuma outra coisa, sendo, portanto, incognoscível (que não pode ser conhecido).
O conhecimento supõe relação, e o Absoluto não tem relação. Ora, o Absoluto não é aquilo que não tem relação para com nenhuma outra coisa, mas aquilo que não tem relação necessária, ou seja, Deus é auto-existente e auto-suficiente.
Alguns também dizem que Deus não pode ser conhecido porque é o Infinito, logo, o Infinito é o Ilimitado, e o Ilimitado é o incognoscível. O conhecimento do Infinito faria distinção ou separação entre conhecedor e conhecido e, sendo assim, o conhecido não poderia ser infinito. Tal postura chama-se agnosticismo.
Na verdade não podemos conhecer a Deus na sua totalidade. O homem não pode conhecer a Deus na sua abrangência. Contudo, dentro daquilo que Ele se deu a conhecer, podemos ter algum conhecimento a seu respeito. Seria impossível qualquer conhecimento dele sem que ele se revele. Se Deus não se revelasse, por causa de sua natureza infinita e majestosa jamais poderíamos ter qualquer conhecimento dele. Todavia, apesar de sua ilimitação, tal conhecimento é real e verdadeiro.

Deus pode ser conhecido? E, se a resposta for positiva, “como pode ser Deus conhecido”?
Ou seja, “como a mente procede a formar sua idéia de Deus” e “Como sabemos que Deus realmente é o que cremos ser ele?”

A clara doutrina da bíblia é que Deus pode ser conhecido. Nosso Senhor ensina que a vida eterna consiste no conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, a quem ele enviou. Paulo escreveu que até mesmo os pagãos conheceram a Deus, mas não quiseram reter esse conhecimento (Romanos 1:19,20,21,28).

A LIMITAÇÃO HUMANA DIANTE DE DEUS
O Homem natural, não regenerado não compreende a Deus. Sua mente carnal não alcança nem valoriza as coisas divinas porque ele não tem o Espírito Santo. Ele não entende as coisas de Deus porque elas são espirituais (2 Pedro 2.12-13); Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. (1 Coríntios 2.11-13).
O homem natural não consegue compreender qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:2/ Efésios 3:18/ João 1:18/ 14:7)

O homem é tão limitado que não consegue entender “que Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.” (II Coríntios 5.19).

A DEFINIÇÃO DE DEUS
É absolutamente impossível apresentarmos uma completa e essencial definição de Deus, pois ele, sendo perfeito e infinito, jamais poderia ser colocado dentro dos limites de uma definição. Diante disto, Deus fica sempre infinitamente além de qualquer palavra ou conjunto de palavras empregadas com o intuito de defini-lo.

A crença na existência de Deus é intuitiva
É uma primeira verdade vindo logicamente antes da crença na Bíblia. Uma crença é intuitiva se for universal e necessária... Tanto a Escritura como a história provam que a crença em Deus é universal. Paulo afirma que “porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles (ímpios) porque Deus lhes manifestou… por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são por isso indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus não o glorificaram como Deus nem lhe deram graças… (Romanos 1.19-21)”.
A Bíblia ainda declara que a lei de Deus está escrita no coração do homem (Romanos 2.14-16). O senso de justiça, moralidade, bondade e amor que existe em nós é uma revelação de que Deus é Justo, santo, bom e amor, porém num grau muito mais elevado.
Todo homem sabe que tem de se afastar do mal e buscar o bem. Isso é um senso comum no homem em todos os tempos, desde que o homem é homem.

Que existe na mente humana, e na verdade por disposição natural, certo senso da divindade, consideramos como além de qualquer dúvida. Ninguém é ignorante, Deus mesmo infundiu em todos certa noção de sua divina realidade, da qual, renovando constantemente a lembrança, de quando em quando instila novas gotas, de sorte que, como todos à uma reconhecem que Deus existe e é seu Criador, são por seu próprio testemunho condenados, já que não só não lhe rendem o culto devido, mas ainda não consagram a vida a sua vontade.

A Existência de Deus é Assumida pelas Escrituras
A Bíblia não tenta provar a existência de Deus. Não parece ter ocorrido a nenhum dos escritores do Velho ou do Novo Testamento tentar provara ou argumentar em prol da existência de Deus. Em toda a Bíblia esse fato é aceito sem ser questionado.
As Escrituras começam com esta declaração majestosa: “No princípio…” (Genesis 1.3-4). Textos como Salmos 94.9,10; Is 40.12-31 não tentam provar a existência de Deus, mas sim relatos analíticos de tudo que está incluído na idéia de Deus, e admoestações para se reconhecê-Lo em Sua natureza Divina.

Afirmação da questão
Entretanto, é importante entender distintamente o que se pretende quando se diz que Deus pode ser conhecido.
Não significa que podemos saber tudo a respeito a Deus. Existe no homem, em sua própria natureza, uma capacidade intelectual, a qual toma conhecimento imediato do infinito. O homem conhece a Deus só até Deus se deixa conhecer ao homem; tal conhecimento é a autoconsciência de Deus. No entanto, não podemos conhecer tudo a respeito de Deus. Para um conhecimento pleno de Deus o homem tinha que ser um Deus, sendo isso impossível. Porém, todo conhecimento que Deus revelou de si ao homem é um conhecimento verdadeiro, mesmo sendo ele parcial, todavia é o suficiente para suas criaturas possam servi-lo e ama-lo com perfeição.


Quando se diz que Deus pode ser conhecido, não se pretende dizer que ele possa ser compreendido por completo. Compreender é ter um completo conhecimento de um objeto. É entender sua natureza e suas relações. Não podemos entender o Onipotente com perfeição.

Nosso conhecimento de Deus é parcial
Há infinitamente mais em Deus do que podemos saber; e o que conhecemos, conhecemos parcialmente. Sabemos que ele sente, que ama, que tem piedade, é misericordioso, gracioso; justo, santo; que odeia o pecado, todo poderoso, que tudo sabe, que tudo vê.

Nosso conhecimento concernente a Deus encontra um paralelo na ignorância do conhecimento de nós mesmos. Nosso conhecimento de nós mesmo é tão parcial e imperfeito, que nenhum especialista da ciência do corpo e da mente humana asseveraria um conhecimento pleno do homem.

Enquanto, pois, admite-se não só que o Deus infinito é compreensível, e que nosso conhecimento dele é parcial e imperfeito; que há muito em Deus de que não conhecemos absolutamente nada; no entanto nosso conhecimento, até onde pode ir, é conhecimento genuíno. Deus realmente é o que cremos ser, até onde nossa idéia dele é determinada pela revelação que ele fez de si próprio em suas obras (a natureza), na constituição de nossa natureza, em sua palavra e na pessoa de seu Filho Jesus Cristo. Ele não é o Deus desconhecido só porque é infinito.

Revelação de Deus na Natureza.
Um princípio que temos que observar é que todo efeito trás marcas e atributos que explique sua causa. Se os efeitos manifestam inteligência, vontade, poder e moral, tais atributos devem pertencer a uma causa. Portanto, as obras de Deus são uma revelação de atributos em uma escala mais elevada, pertencendo a Deus em um grau infinito (Salmos 94:9,10). Deus fez uma revelação de si mesmo no mundo externo, na natureza e em nós humanos, pondo a imagem de si mesmo em nós. O senso de justiça, moralidade, bondade e amor que existe em nós é uma revelação de que Deus é Justo, santo, bom e amor, porém num grau muito mais elevado. O homem (Efeito), mesmo com sua natureza corrompida pelo pecado ainda manifesta as marcas de sua causa (DEUS). (1 Timóteo 4:2/ Thiago 3:9/ Genesis 1:26 / Romanos 1:18-25).

Possuímos uma natureza moral, infelizmente miseravelmente deformada; Deus possui excelência moral em perfeição infinita.
A consciência dentro do homem diz: “Farás” ou “não farás”, “Devo” ou “não devo”. Esses mandados não são auto-impostos. Implicam a existência de um Governador Moral a Quem somos responsáveis.

Revelação de Deus nas Escrituras
As escrituras revelam Deus. A grande revelação primordial de Deus foi no papel de um Deus pessoal: “Eu Sou” (Genesis 15:7). Todos os nomes e títulos a ele atribuídos; todos os atributos que lhe são designados; todas as obras a ele imputadas são revelações do que ele realmente é. As escrituras faz Deus conhecido como ele realmente é. Portanto, conhecemos a Deus, embora nenhuma criatura possa discernir o Onipotente Deus em sua perfeição.

Revelação de Deus em seu Filho Jesus
Finalmente, Deus se revelou na pessoa de seu Filho Jesus. Ninguém conhece o Pai senão o filho, e aquele a quem o Filho o revelar. (Mateus 11:27/ João 1:18/ 8:19) Jesus Cristo é o Deus verdadeiro. A revelação que ele fez de si próprio foi a manifestação de Deus. Ele e o Pai são um (João 10:30). As palavra de Jesus eram as palavras de Deus Pai (João 14:10,24). As obras de Jesus eram obras de Deus (10:25,32,38/ 14:11).

O amor, a misericórdia, a ternura, a graça perdoadora, bem como a santidade, a severidade, e o poder manifestados por Jesus Cristo eram todos manifestações do que Deus Pai realmente é. Sabemos que, embora infinito e absoluto, ele pode pensar, agir, e querer; pode amar e odiar; pode ouvir a oração e perdoar o pecado; e que podemos ter comunhão com ele, como uma pessoa pode comungar com outra.

“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes e de muitas maneiras aos pais, pelos profetas, a nós, falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho,
A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez, também, o mundo,
O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito, por si mesmo, a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;
Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.” (Hebreus 1:1-4)

A necessidade de uma Revelação Sobrenatural
Alguns filósofos cristãos asseveram uma incapacidade do homem conhecer a Deus, atribuem-na à sua cegueira espiritual ocasionada pelo pecado. Portanto, embora neguem que Deus possa ser conhecido pelo não-regenerado, afirmam que ele é conhecido por aqueles a quem o Filho o tem revelado (Mateus 11:27). De igual modo, embora o Apóstolo assevere que até os pagãos conhecem a Deus (Romanos 1:18-25), em outra parte ele fala de um gênero de conhecimento que se deve à iluminação salvífica do Espírito Santo (Romanos 16:25/ 12:2/ Gálatas 1:12/ Efésios 1:17,18/ 3:4,5). Os não regenerados através da revelação da natureza e das escrituras, podem saber da existência de um Deus infinito, mas são ignorantes quanto à sua natureza. Podem saber muito bem que existe um Deus, sem saber o que ele é.

Necessitamos, pois de uma revelação divina sobrenatural. Desta revelação é preciso lembrar, primeiramente, que ela nos comunica conhecimento real. Ela nos ensina o que Deus realmente é; o que o pecado é; o que a lei é; o que Jesus Cristo e o plano de salvação através dele são; e qual será o estado da alma após a morte. (1 João 2:20,27/ João 14:26)

ESTE MESMO CONHECIMENTO DE UM DEUS PODEROSO QUE CRIOU TODAS AS COISAS É SUFOCADO OU CORROMPIDO, EM PARTE PELA IGNORÂNCIA, E EM PARTE PELA DEPRAVAÇÃO.
As evidências atestam a semente da religião implantada na consciência de todo homem; porém, o homem, sem uma revelação mais clara, não pode chegar a um conhecimento verdadeiro da vontade de Deus e a um culto que agrade a Deus. A revelação da natureza ao redor do homem é clara, porém o pecado embaça a visão do homem. Nasce no homem então, toda sorte de supertições, fantasias e visões errôneas da vida com Deus e como pode agradar a Deus verdadeiramente. Fato esse, que Deus sempre tem se revelado aos que, observando o testemunho que de si mesmo Ele deu, na natureza e em nós mesmos, buscam a Deus. Desde os primeiros dias, desde Abel, Deus tem se revelado ao homem. Uns porém, em suas próprias superstições se perdem, outros, de propósito firmado, impiamente se alienam, afinal todos se degeneram do verdadeiro conhecimento de Deus. E assim resulta que no mundo não subsiste nenhuma piedade genuína.

Entretanto, ao afirmarmos que alguns que foram traduzidos à superstição pelo pecado e pela depravação da sua natureza santa e perfeita, não quero com isso dizer que sua ignorância a respeito da vontade de Deus os isente de culpa, porquanto a cegueira em que se encontram, quase sempre não está só. Está quase sempre ligada a inclinação da vontade da carne e aos deleites e prazeres mundanos. Nisso se obscurece a verdadeira mensagem do testemunho dos céus, revelado na natureza (Romanos 1:19,20) mudando a revelação clara para uma revelação de conformidade como padrão de seus desejos e apetites carnais, e negligenciando o Deus verdadeiro.

Não foi diferente com outras revelações de Deus ao homem. A revelação de Deus pelas Escrituras, a bíblia sagrada e a revelação pessoa de Deus em seu filho Jesus Cristo. O homem, desde o inicio, tem tentado mudar a revelação das escrituras e da pessoa de Jesus Cristo. Muitos adaptam as palavras de Deus as suas formas de vida mundana, torcendo a bíblia, de forma enganosa, ou interpretando-a da forma que bem querem. Um exemplo claro disso é o fato da bíblia conter muitas passagens que condenam a homo-sexualidade e mesmo assim, muitos usam a própria bíblia para justificar ou andar conforme esse pecado. A vida e o testemunho de Cristo Jesus é claro na bíblia. Porém muitos tem tentado dar a Jesus uma outra imagem, pelo mesmo motivo que o anterior; para justificar seus pecados e atos depravados e desaprovados por Deus.


“... crescei na graça e conhecimento do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém.” (2 Pedro 3:18)

AS OPNIÕES DO MUNDO NÃO CRISTÃO
Os homens têm desprezado o conhecimento de Deus (Romanos 1.28). O pecado tem de tal maneira distorcido sua visão e corrompido seus corações que os leva a rejeitar a evidência e continuar sem um Deus ou a inventar seus próprios deuses.

Existem seis grupos:
(1) O ponto de vista Ateístico – existe o ateísta prático, o dogmático e o virtual. O prático diz que toda religião é falsa; o dogmático é o que professa o ateísmo abertamente; e o virtual é o que se firma em princípios que não são consistentes com a crença em Deus.
(2) O ponto de vista Agnóstico – é aplicado à qualquer doutrina que afirma a impossibilidade de qualquer conhecimento verdadeiro, afirmando que todo conhecimento é relativo, e portanto incerto. O positivismo na ciência e o pragmatismo na filosofia e na teologia são os mais importantes tipos de agnosticismo em tempos recentes.
(3) O ponto de vista Panteísta – é a teoria que considera todas as coisas finitas simplesmente como aspectos, modificações ou partes de um ser terno e auto-existente; que enxerga todos os objetos materiais, e todas as mentes particulares, como sendo necessariamente derivadas de uma única substância infinita. Principais tipos de panteísmo: Materialista, Hilogoismo e Panpsiquismo, neutralismo, idealismo e misticismo filosófico.
(4) O ponto de vista Politeísta – foi a religião original da humanidade, conforme mostrado não apenas na Bíblia, mas também conforme alguns dos melhores antropologistas modernos. Como exemplo, na Índia, o politeísmo sem fim dos hindus se desenvolveu do panteísmo. O sol, a lua, as estrelas, os grandes representantes da natureza, e o fogo, o ar, a água, os grandes representantes da terra, se tornam objeto da adoração popular.
(5) O ponto de vista Dualista – essa teoria assume que há duas substâncias ou princípios distintos e irredutíveis. Em epistemologia, elas são idéia e objeto; em metafísica, mente e matéria; na ética, o bem e o mal; na religião, Deus e Satanás. O cristão não crê que Satanás seja co-eterno com Deus, mas sim uma criatura sujeita a Ele.
(6) O ponto de vista Deístico – para o deísmo, Deus está presente na criação apenas através do seu poder, não por Sua Própria pessoa e natureza. Ele dotou a criação de leis invariáveis sobre as quais Ele simplesmente exerce uma supervisão.
O caminho para Deus está no interior do homem, na fé que nasce dentro dele e se projeta na pessoa de Jesus Cristo — autor e consumador dessa fé. O universo fala a todos da existência de Deus, mas quem reconduz o homem ao seu Criador é Jesus Cristo, a mais completa e perfeita revelação de Deus à humanidade (Os 6.3; Jó 17.3; Jo 14.7; 1 Tm 6.16)..
Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor…, pois a vida eterna é esta: que conheçam a ti só, por único Deus verdadeiro (João17:3) … já desde agora o conheceis… o Deus de toda graça: Rei dos reis e Senhor dos senhores. Aquele que tem, Ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver (com olhos naturais): a Ele seja a honra e o poder sempiterno.

Não há valor fundamental sem imortalidade e sem Deus
O ser humano é a única criatura no universo que pergunta: “Por quê?” Os outros animais têm instintos para guiá-los, mas o ser humano aprendeu a fazer perguntas.

“Quem sou eu”, pergunta o ser humano. “Por que estou aqui? Para onde estou indo?” Desde o iluminismo, quando se desvencilhou das amarras da religião, o ser humano tentou responder a essas perguntas sem fazer referência a Deus. Só que as respostas que vieram não foram esclarecedoras, mas escuras e terríveis. “Você é o subproduto acidental da natureza, um resultado de matéria mais tempo mais mudança. Não há razão para a sua existência. A morte é tudo o que você tem pela frente.”

O homem moderno pensou que, depois que se livrou de Deus, tinha ficado livre de tudo o que o reprimia e sufocava. Em vez disso, descobriu que, ao matar Deus, matara também a si próprio. Isso porque, se não há Deus, a vida humana é um absurdo.

As contribuições dos cientistas para o avanço do conhecimento humano, as pesquisas dos médicos para aliviar dor e sofrimento, os esforços dos diplomatas para promover a paz no mundo, os sacrifícios de pessoas boas para melhorar a sorte da raça humana – tudo isso não dá em nada. No fim, não farão nenhuma diferença, nem um pouquinho. A vida de cada pessoa, portanto, não tem sentido fundamental. E se, no final das contas, nossa vida não tem sentido, as atividades com que a preenchemos também não têm sentido. As longas horas gastas em estudo na universidade, os empregos, os interesses, as amizades – tudo isso é, em última análise, totalmente sem sentido. É isto que apavora o homem moderno: já que ele acaba em nada, ele é nada.

Contudo, é importante perceber que o ser humano não precisa apenas de imortalidade para que sua vida faça sentido. A mera continuação da existência não dá sentido a essa existência. Se o ser humano e o universo pudessem existir para sempre, mas não houvesse Deus, sua existência ainda não teria sentido fundamental.

Se a vida termina no túmulo, não faz diferença se nossa vida foi como a de Stalin ou a de um santo. Se nosso destino, no fim das contas, não tem relação com nossa conduta, cada um pode viver como quiser.
Viva totalmente para si; você não deve satisfações a ninguém! Na verdade, seria tolice viver de qualquer outra forma, porque a vida é curta demais para desperdiçá-la agindo de outra forma a não ser em interesse próprio.

O problema, porém, torna-se ainda pior. Porque, apesar da imortalidade, se não há Deus, não pode haver padrões objetivos do que é certo e errado. Os valores morais são reduzidos expressões de gosto pessoal ou subprodutos da evolução e do condicionamento sócio-biológico.

Nas palavras de um filósofo humanista: “Os princípios morais que regem nossa conduta estão arraigados em hábitos e costumes, sentimentos e modas” [2] Num mundo sem Deus, quem dirá quais valores são corretos e quais são errados? Quem julgará que os valores de Adolf Hitler são inferiores aos de um santo? O conceito de moralidade perde todo o sentido num universo sem Deus. Um ético ateu contemporâneo disse: “Afirmar que algo é errado porque [...] é proibido por Deus é [...] perfeitamente compreensível para alguém que crê em um deus legislador. Mas dizer que algo é errado [...] apesar de não existir um deus que o proíba não é compreensível [...] O conceito de obrigação moral [é] incompreensível sem a idéia de Deus. As palavras permanecem mas seu sentido se foi.” [3] Em um mundo sem Deus, não pode haver certo e errado objetivos, somente nossos juízos subjetivos, cultural e pessoalmente relativos. Isso significa que é impossível condenar guerra, opressão ou crime como maus. Também não podemos louvar fraternidade, igualdade e amor como bons. Porque em um universo sem Deus, bem e mal não existem – existe apenas o fato nu e sem valor da existência, e não há ninguém para dizer que você está certo e eu errado.

Um segundo problema é que, se Deus não existe e não há imortalidade, todos os atos maus das pessoas ficam sem punição e todos os sacrifícios das pessoas boas ficam sem recompensa. Quem pode viver com essa postura? Richard Wurmbrand, que foi torturado em prisões comunistas por sua fé, afirma:

A crueldade do ateísmo é difícil de aceitar para quem não crê na recompensa do bem ou na punição do mal. Não há razão para sermos humanos. Não há impedimento para a profundidade do mal no ser humano. Os torturadores comunistas diziam muitas vezes: “Deus não existe, não existe além, não existe punição para o mal. Podemos fazer o que quisermos”. Ouvi um torturador chegar a dizer: “Agradeço a Deus, em quem não creio, por poder viver até essa hora em que posso expressar todo o mal que há em meu coração”. Ele expressava isso com brutalidade e tortura inacreditáveis infligidas aos prisioneiros.[12]

Entretanto, se o ateísmo fracassa nesses aspectos, o que dizer do cristianismo bíblico? De acordo com a visão cristã, Deus existe, e por isso a vida do ser humano não termina no túmulo. No corpo ressurreto, o ser humano pode gozar da vida eterna em comunhão com Deus. O cristianismo bíblico, portanto, proporciona ao ser humano as duas condições necessárias para uma vida com sentido, valor e propósito: Deus e a imortalidade. Por causa disso, podemos viver de modo coerente e feliz. Assim, o cristianismo bíblico é bem sucedido exatamente onde o ateísmo fracassa.

Ilustração

Disse um jovem cético a uma idosa senhora: — Outrora eu cria em Deus, mas agora, desde que estudei filosofia e matemática, estou convencido de que Deus não é mais do que uma palavra oca.
— Bem — disse a senhora — é verdade que eu não aprendi essas coisas, mas desde que você já aprendeu, pode me dizer donde veio este ovo?
— Naturalmente duma galinha — foi a resposta.
— E donde veio a galinha?
— Naturalmente dum ovo.
Então indagou a senhora: — Permita-me perguntar: qual existiu primeiro, a galinha ou o ovo?
— A galinha, por certo — respondeu o jovem.
— Oh, então, a galinha existia antes do ovo?
— Oh, não, devia dizer que o ovo existia primeiro.
— Então, eu suponho que você quer dizer que o ovo existia antes da galinha.
O moço vacilou: — Bem, a senhora vê, isto é, naturalmente, bem, a galinha existiu primeiro.
— Muito bem — disse ela —, quem criou a primeira galinha de que vieram todos os sucessivos ovos e galinhas?
— Que é que a senhora quer dizer com tudo isto? — perguntou ele.
— Simplesmente isto — replicou ela: — Digo que aquele que criou o primeiro ovo ou a primeira galinha é aquele que criou o mundo. Você nem pode explicar, sem Deus, a existência dum ovo ou duma galinha, e ainda quer que eu creia que você pode explicar, sem Deus, a existência do mundo inteiro!

“Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor e não há outro.” (Isaias 45:18)

“Anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos: quem fez ouvir isto desde a antiguidade? quem, desde então, o anunciou? porventura não sou eu, o Senhor? e não há outro Deus, senão eu; Deus justo e Salvador não o há, fora de mim.” (Isaias 45:21)

A negação da existência de Deus em suas Várias Formas.
Existe forte prova da presença universal da idéia de Deus na mente humana, mesmo entre as tribos não civilizadas e que não tem recebido o impacto da revelação especial. Porém, existem estudiosos que afirmam a existência de pessoas que negam a “existência de Deus”, que haja verdadeiros ateus, a saber, os ateus práticos e os teóricos. Os primeiros são simplesmente pessoas não religiosas, pessoas que na vida prática não contam com Deus, e vivem como se Deus não existisse, vivendo em deleites e prazeres continuadamente (Filp 3:18,19). Os últimos são em regra, de um tipo mais intelectual, e baseiam a sua negação num processo de raciocínio. Procuram provar que Deus não existe usando para este fim aquilo que lhes parece argumentos racionais conclusivos. Em vista do senso religioso implantada em todos os seres humanos, pela criação do homem à imagem de Deus, é seguro admitir que ninguém nasce ateu. Em última análise, o ateísmo resulta do estado moral pervertido do homem e do seu desejo de fugir de Deus. É deliberadamente cego para o instinto mais fundamental do homem, para as necessidades mais profundas da alma, para as mais elevadas aspirações do espírito humano, e para os anseios de um coração que anda tateando em busca de um ser mais alto; é cego para estas realidades e as procura suprimir. Este sufocamento prático ou intelectual da operação do senso religioso freqüentemente envolve prolongados e penosos conflitos.

Não se pode duvidar da existência de ateus práticos, visto que tanto a Escritura como a experiência a atestam. A respeito dos ímpios o Salmo 14.1 declara: “Diz o insensato no seu coração: não há Deus” (cf. Sl 10.4b). E Paulo lembra aos Efésios que eles tinham estado anteriormente “sem Deus no mundo”, Efésios 2.12. A experiência também dá abundante testemunho da presença deles no mundo. Eles não são necessariamente ímpios notórios aos olhos dos homens, mas podem pertencer aos assim chamados “homens decentes do mundo”, embora consideravelmente indiferentes para com as coisas espirituais. Parecem ter um secreto prazer em exibir o seu ateísmo quando tudo vai bem na sua vida e nenhum problema fisico ou material lhes afetam.


DEUS EXISTE
Essa é a primeira premissa. As Escrituras não conhecem questionamento à existência de Deus, pois Ele é a causa primeira. Além disso, crer em sua existência é fundamental para conhecê-lo (Hebreus 11.6). Alguns afirmam que Deus não existe e dizem: "é necessário que sua existência seja cientificamente comprovada, então poderemos crer". Esse argumento não é legítimo, pois falha em relação à capacidade do homem em possuir ferramentas apropriadas para conhecer Deus. Podemos exemplificar: enquanto a humanidade desconhecia o mecanismo da Lei da gravidade, isso jamais a invalidou na prática. A ignorância não anula a realidade.

Cremos por um lado, que Deus é Incompreensível, mas também, por outro lado, que Ele pode ser conhecido e que conhecê-lo é um requisito absoluto para a salvação.

“Porventura desvendarás os arcanos de Deus ou penetrarás até a perfeição do Todo-Poderoso?” (Jó 11.7). A bíblia parece que não tem resposta para a indagação de Isaías. “Com quem comparareis a Deus? Ou que cousa semelhante confrontareis com ele?” (Isaías 40.18). Mas, ao mesmo tempo, a bíblia registra à afirmação de Jesus: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17.3). A bíblia cita o fato de que “o Filho de Deus é vindo, e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro, e estamos no verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo” (1 João 5.20).

No século IV Eunômio, um ariano, argumentou, com base na simplicidade de conhecimento sobre Deus, que não há nada em Deus que não seja perfeitamente cognoscível e compreensível para o intelecto humano, mas a sua opinião foi rejeitada por todos os líderes reconhecidos da igreja.
Cremos que não sabemos o que Deus é em Seu ser essencial plenamente, mas podemos saber algo da Sua natureza, daquilo que Ele é para nós, como Ele se revela em seus atributos divinos.

Deus pode ser conhecido, mas ao homem é impossível ter um perfeito conhecimento de Deus, de modo algum. Ter esse conhecimento de Deus seria equivalente a compreendê-lo, e isto está completamente fora de questão: Ademais, o homem não pode dar uma definição de Deus no sentido exato da palavra, mas apenas uma descrição parcial.
Também ao homem é impossível ter um perfeito conhecimento da vontade de Deus pelo raciocinio, investigação, pela observação da obra de Deus. Esse conhecimento da vontade correta, santa e verdadeira da vontade de Deus para o homem é por meio da revelação especial das escrituras sagradas (Bíblia), por Jesus e pelo Espírito Santo. O verdadeiro conhecimento de Deus só pode ser adquirido graças à auto-revelação divina, e somente pelo homem que aceita isso com fé.


Crença universal de Deus
Em qualquer povo, raça ou nação; em qualquer tempo, é presente a crença em um SER SUPREMO; DEUS. A crença na existência de Deus é praticamente tão difundida quanto a própria raça humana, embora muitas vezes se manifeste de forma pervertida ou grotesca e revestida de idéias supersticiosas. É evidente que o mesmo Deus que fez a natureza, com suas belezas e maravilhas, fez também o homem dotado de capacidade para observar, através da natureza, o seu Criador; DEUS. "Porquanto o que se pode conhecer de Deus, neles está manifesto; pois Deus lho manifestou. As perfeições invisíveis dele, o seu poder eterno, e a sua divindade, claramente se vêem desde a criação do mundo, sendo percebidas pelas suas obras" (Rom. 1:19,20).

Deus não fez o mundo sem deixar certos sinais, sugestões e evidências claras, que falam das obras das suas mãos. "Mas os homens conhecendo a Deus, não o glorificaram como Deus, nem deram graças, antes se enfatuaram nas suas especulações e ficou em trevas o seu coração insensato" (Rom. 1:21). O pecado fez embaçar a sua visão; perderam a vista a Deus e, em vez de ver a DEUS através da criatura, desprezaram-no pela ignorância e adoraram a criatura. Foi desta maneira que começou a idolatria. Mas até isto prova que o homem é criatura adoradora e que forçosamente procura um objeto de culto.
Esta crença universal em Deus é prova de quê? É prova de que a natureza humana é constituida da crença em um Ser superior. É a aceitação dum Ser acima das forças da natureza. Um sentimento de dependencia de Deus como quem domina o destino do homem. Desta maneira vemos que o homem, por natureza, é constituído para crer na existência de Deus, para confiar na sua bondade, e para adora-lo. Este sentimento religioso não se encontra nas criaturas inferiores. Por mais que procurassem ensinar religião ao mais elevado dos seres inferiores, é em vão. Falta ao animal a natureza religiosa. Só no homem essa natureza religiosa é encontrada.

Certamente, se em algum lugar se haja de procurar ignorância de Deus, em nenhuma parte é mais provável encontrar exemplo disso que entre os povos mais distanciados da civilização humana. E todavia, não há nenhuma nação tão bárbara, nenhum povo tão selvagem, no qual não esteja profundamente arraigada esta convicção: Deus existe!

O argumento baseado na crença universal não pode ser desprezado. O homem em toda parte acredita na existência de um Ser Supremo ou Seres a quem moralmente responsável e a quem necessita oferecer propiciação.

Deus a todos, sem exceção, exibe sua divina majestade na criação e nas criaturas, contudo é necessário adicionar outro e melhor recurso que nos dirija retamente ao próprio Criador do universo e a um conhecimento pleno de sua vontade, reta adoração e devoção. Portanto, Deus não acrescenta em vão a luz de sua Palavra para que a salvação se fizesse conhecida.

A Religiosidade não é uma invenção do homem. As Religiões distorcidas sim, são invenções do homem.
Alguns dizem, que a religião foi engendrada ou inventada pela sutileza de uns poucos, para com esta artimanha manterem em sujeição o povo, ao mesmo tempo em que, nem mesmos os inventores da adoração de Deus para os outros creriam existir algum Deus!
Sem dúvida que, a fim de manter subordinado e manipulado o povo, homens astutos têm inventado muita coisa em matéria de religião. Isso, no entanto, em parte alguma teriam conseguido não fosse que já antes a mente humana tivesse sido imbuída essa firme convicção acerca de Deus, da qual, existe essa inclinação para a religião.

Portanto, até os próprios ímpios são exemplos de que vigora sempre na alma de todos os homens alguma noção de Deus.

O CONHECIMENTO DE DEUS PELO HOMEM É SUFOCADO OU CORROMPIDO, EM PARTE PELA IGNORÂNCIA, E EM PARTE PELA DEPRAVAÇÃO
Vemos que muitos homens, na sua vida de constância em pecar e busca insaciável de satisfação material, repelem ou afastam toda lembrança de Deus de seus corações, a qual, no entanto, lhes é espontaneamente sugerida no íntimo pelo próprio senso natural. (Salmos 14.1; 53.1)

IDOLATRIA
O homem pensam que é bastante nutrir mero zelo pela religião, seja qual for sua natureza e por mais falsa que seja. Não levam em conta, porém, que a verdadeira religião deve ser conformada com a Palavra de Deus, a Bíblia, e que Deus, em verdade, permanece sempre imutável em seu ser; que ele não é um espectro ou fantasma, que se transmuda ou se adapta ao desejo ou capricho de cada um. Portanto, a seus próprios delírios cultuam e adoram quantos deuses seus desejos os leva a criar.
E assim o Apóstolo sentencia ser ignorância de Deus essa vaga e errônea opinião com respeito à divindade: “Quando desconhecíeis a Deus”, diz ele, “servíeis aos que por natureza não eram deuses” [Galatas 4.8]. E, em outro lugar [Efésios 2.12], ensina que os efésios haviam vivido sem Deus durante o tempo em que se achavam distanciados do reto conhecimento do Deus único.



DEFINIÇÃO
Deus é o começo o meio e o fim de todas as coisas. Ele é a mente ou razão suprema; a causa eficiente de todas as coisas; eterno, imutável, onisciente, onipotente; tudo permeia e tudo controla; é justo, santo, sábio e bom; o absolutamente perfeito, o começo de toda a verdade, a fonte de toda a lei e justiça, a origem de toda a ordem e beleza e, especialmente, a causa de todo o bem. Deus é um Espírito, infinito, eterno e imutável em Seu Ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade.

Argumento da “Intuitividade” ou “Crença Universal” (Romanos 2:15 /14-16/ 1:19-20 Romanos 1:19-23,28,32/ Jó 32:8/ Atos 17:28-29) A Crença na existência de Deus é universal; é também portanto, esta crença é intuitiva, inata; não é mero resultado de tradições, educação, raciocínio acurado e educado. Portanto, a crença na existência de Deus foi colocada no coração do homem. Só Deus poderia fazê-lo. Logo Deus existe.

Argumento da Causa e Efeito: Todo efeito tem uma causa apropriada (Hebreus 3:4). Portanto:
O poder, a inteligência, o propósito evidentes na natureza exigem e provam que Deus existe e que tem infinitos poder, inteligência e propósito;
O fato do homem ser uma pessoa e ser moral, exige e prova que Deus existe e que é a perfeição do saber, do sentir, do decidir, e do bem.

PODERÍAMOS DIVIDIR O ARGUMENTO DA CAUSA-E-EFEITO EM 4:
- Argumento Cosmológico (da causa do universo) Embutido em Hebreus 3:4/ 1:2. A Lei da Termodinâmica diz que a entropia do universo sempre aumenta (o caos e desordem do universo aumentam, sua energia disponível diminui); Daí: Se o universo fosse eterno, sua energia utilizável, na eternidade passada, teria que ter sido infinita, o que é impossível; Logo o universo teve origem; 2) No universo, todo efeito tem que ter tido uma causa apropriada; 3) Logo o universo é o efeito de uma causa sem causa ,transcendente (fora do universo e em tudo seu superior ): Deus.
Tudo que foi começado tem que ter uma causa adequada; o universo foi começado, portanto o universo deve ter uma causa adequada para ter sido produzido. Subtende-se em Hebreus 3.4 “Pois toda casa é estabelecida por alguém, mas aquele que estabeleceu todas as coisas é Deus”.

Alguém já disse acertadamente que, se Deus não existisse, seria necessário criar um.

-Argumento Teleológico (da causa da ordem e propósito no universo) Salmos 19:1-3; Romanos 1:20 (Salmos 8:3-5; 94:9; Romanos 1:18-23) A ordem e propósito num sistema implicam inteligência e propósito na sua causa; 2) Há assombrosa ordem e propósito no universo (o “ateu” Galeno criou “hino” de louvor a Deus, ao dissecar anatomia humana; Isaac Newton tapou a boca de “ateu” ao deslumbrá-lo com miniatura do sistema solar e dizer “não teve designer”;...); 3) Logo, o universo tem um designer transcedente, um originador e mantenedor das suas leis, inigualavelmente inteligente e com propósito: Deus.

Toda a imensidade do universo, toda a multiforme existência de vida na terra e toda a complexidade dos seres vivos, principalmente a do ser humano (sua inteligência e moralidade) apontam para um Criador e Sustentador de todas as coisas (Is 40.26; João 1.1-3; Cl 1.15,17).

- Argumento Ontológico (DA CAUSA DA IDÉIA DE DEUS): TODO HOMEM, MESMO QUE SUFOCADA E VAGAMENTE, TEM A IDÉIA DE UM DEUS INFINITO E PERFEITO (AT 17:21-23 [“AO DEUS DESCONHECIDO”]; ROMANOS 1:18-20); ESTA IDÉIA, POR SER INFINITAMENTE SUPERIOR AO HOMEM E AO UNIVERSO, NELES NÃO PODE TER SE ORIGINADO; LOGO ELA SÓ PODE TER SE ORIGINADO EM DEUS, QUE EXISTE E É INFINITO E PERFEITO. Contudo, desde a Queda, tal conhecimento encontra-se deformado pelo pecado. Por essa razão, esse conhecimento é corrompido pelo pecado e o ser humano não pode conhecer a Deus corretamente.
O Apostolo Paulo em sua epistola aos Romanos diz que, por causa da impiedade e perversão dos homens, há uma corrupção do conhecimento verdadeiro de Deus, “que detêm a verdade pela injustiça”. A própria idolatria confirma este fato. Aceitar, portanto, o ateísmo como estilo de vida e fé seria negar toda a realidade da natureza humana.
- Argumento Antropológico ou da Causa da Moral (Romanos 2:14-15/ Salmos 32:3-5; 38:1-4; Eclesiastes 12:14; Miquéias 6:8; Romanos 1:19-32; 2:14-16): Uma voz insilenciável fala incessantemente à consciência, exige-lhe obediência e assevera de um Juiz que punirá cada desobediência [“Não fora esta voz ... e eu seria ateu” cardeal Newman]; Esta voz sobre a consciência não é nem imposta pelo indivíduo nem pela sociedade (freqüentemente lhes é contrária!); Portanto, existe alguém que fala à nossa consciência, que é bom, justo juiz, senhor, autor e mantenedor de uma lei moral permanente, absoluta e mandatória: Deus.
A moralidade está presente em todas as culturas e raças da humanidade. Se tirarmos seus referenciais supersticiosos, veremos na humanidade um princípio moral. O apóstolo Paulo escreveu: "Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os; no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho". (Romanos 2.14-16).

Qual a conclusão que se tira deste conhecimento universal do bem e do mal? Que há um Legislador que idealizou uma norma de conduta para o homem e fez a natureza humana capaz de compreender esse ideal. A consciência não cria o ideal; ela simplesmente testifica acerca dele, registrando a sua conformidade ou não-conformidade.

Quem originalmente criou esses dois poderosos conceitos do bem e do mal? Deus, o Justo Legislador! O pecado ofuscou a consciência e quase anulou a lei do ser humano; mas no Monte Sinai Deus gravou essa lei em pedras para que o homem tivesse a lei perfeita para dirigir a sua vida. O fato de que o homem compreende esta lei, e sente a sua responsabilidade para com ela, manifesta a existência dum Legislador que criou o homem com essa capacidade.




PROVAS METAFÍSICAS

A existência do mundo. O mundo existe. Ora, o mundo que é contingente, que não existe por si mesmo, que não tem em si próprio a razão suficiente de sua existência, que não poderia ter-se originado do nada ou do acaso, só pode existir pela ação de um criador incriado, eterno e necessário, que é Deus.

A existência do movimento. O movimento existe no mundo. Ora, o movimento não é essencial, mas acidental à matéria. A existência do movimento precisa, para sua explicação, de um primeiro motor imóvel, princípio necessário e imutável de todo movimento. O dinamismo incessante do universo supõe um impulso inicial que só poderia ter sido dado por Deus.

A existência da vida. A vida existe sobre a terra. Ora, a terra não tendo possuído sempre seres vivos, como provam as observações geológicas, a vida só poderia originar-se da vida, como atestam as experiências biológicas; os seres vivos só podendo gerar seres semelhantes a si mesmos, como explicar a existência da vida em todos os seus graus, sem a intervenção de um poder superior às forças da matéria, de um ser criador transcendente, enfim, de Deus ?

A existência da ordem do universo. Todo efeito em que se verifica a escolha de meios adequados para atingir um fim, supõe uma causa inteligente. Toda ordem implica uma razão ordenadora. Ora, no universo, quer no seu conjunto ou nas suas partes, quer na sua natureza física, orgânica ou psíquica, vamos encontrar uma coordenação harmoniosa e perfeita de meios e de fins. Logo, a existência da ordem do universo prova a existência de um ordenador perfeito, de uma causa infinitamente sábia, que é Deus.
AS ESCRITURAS REVELAM DEUS
Somente por meio da Bíblia teremos um conhecimento amplo e autenticado sobre Deus. As Escrituras ensinam que Deus tem atributos que chamamos de incomunicáveis: onisciência, onipresença e onipotência. Deus é também atemporal. Ainda que a criatura receba graça de Deus, e graça infinita, ela nunca alcançará a posição de Deus. Ainda que a criação (isto é, os seres que vivem segundo Deus) possa crescer infinitamente, ela nunca será Deus, e Deus nunca foi criatura.

Muitos homens são medidos pelo que escrevem. E é justamente por meio da Palavra de Deus escrita que encontraremos os atributos incomunicáveis de Deus (que pertencem somente a Ele) e seus atributos comunicáveis (atributos esses produzidos pelo Espírito de Deus naqueles que vivem diante dele).

Contudo, algumas dúvidas filosóficas e menções de críticos devem ser respondidas. Refiro-me a questionamentos do tipo: "Se tudo é possível para Deus, não há limites para Ele?", "Tem Ele uma luta pessoal e eterna com o mal?" e "Se eu fosse Deus já teria...".

"Se eu fosse Deus..." Essa é uma exclamação muito conhecida em tempos de crise, calamidade ou indignação com alguma injustiça supostamente originada em Deus. Devido às injustiças que todos presenciamos, muitos chegam a questionar o caráter e a existência de Deus. "Se existe um Deus, onde Ele está? Por que não se apresenta e resolve os problemas da humanidade?", indagam os céticos. Além das questões morais, encontramos posições filosóficas que criticam a existência de Deus: "Se Ele existe e se tudo lhe é possível, poderia criar algo superior a Ele mesmo?", questionam os filósofos.
AS ESCRITURAS - ÚNICA BASE PARA CONHECERMOS A DEUS
Em Marcos 10.27, lemos que "para Deus tudo é possível". Contudo, não podemos ler essa passagem num contexto de filosofia delirante - é necessário compreender que Deus é soberano e está numa posição insuperável, nada poderia ser feito ou criado igual ou acima dele mesmo. Mas isso, de nenhuma forma, "limita" o Senhor Deus. Encontramos, sim, um desequilíbrio na afirmação filosófica que usa critérios humanos para figurar a Divindade.

Eis aí a chave para tantos erros doutrinários nas seitas e nas reflexões de pensadores liberais. O uso de um critério humano, material e temporal para compreendermos a Deus causa inúmeras distorções! Como poderemos compreender Deus? Somente mediante sua revelação. Se alguém rejeita a Bíblia como a Palavra de Deus está fechando os olhos para a única e exclusiva fonte que pode ajudá-lo a saber de fato quem é Deus.
Somente por meio das Escrituras podemos encontrar informações precisas que esclareçam nossas dúvidas legítimas, pois elas são realmente a Palavra de Deus. As Escrituras nos ensinam que Deus é uma Pessoa real que possui atributos, alguns ímpares e outros, compartilhados com sua criação. Em sua soberania e sabedoria, Deus jamais pode ser comparado ao homem. Seus pensamentos (os de Deus) são incomparavelmente superiores aos da sua criação, quer seja celestial ou humana.
"Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos" (Is 55.9).
ATRIBUTOS DE DEUS
São a marca distintiva do Altíssimo que o torna absolutamente inigualável!
AUTO-EXISTÊNCIA - DEUS É AUTO-EXISTENTE (EXISTENTE POR SI MESMO)
Ele existe por si mesmo, Não depende de qualquer coisa para a sua existência. Deus transcende ao tempo a ao espaço. Deus é independente em seu pensamento (Romanos 11:33,34); em sua vontade (Dn 4:35; Romanos 9;19; Ef 1:5); em seu poder (Sl 115:3); em seu conselho (Sl 33:11). Deus é auto-existente, isto é, ele tem em Si mesmo a base da Sua existência.
O homem, por outro lado, não é auto-existente, e tem a causa da sua existência fora dele próprio. João 5.26, "Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo;".
As crianças, às vezes, perguntam: "Quem fez Deus ? " A resposta mais clara é que Deus nunca precisou ser feito, porque sempre existiu.
A auto-existência de Deus é uma verdade básica. Na apresentação que faz do "Deus Desconhecido" aos atenienses, Paulo explica que o Criador do mundo "nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais"(Atos 17.23-25).
A independência de Deus não exclui o Seu uso de Suas criaturas (anjos e homens) na execução de Sua vontade, e não significa que Ele depende delas; Ele não tem obrigação ou necessidade de usá-las. Deus nos usa na propagação de Sua causa, mas o que Ele faz através de nós poderia facilmente ser feito sem nós. Deus não deriva sabedoria ou poder algum de Suas criaturas. "Porque quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a Ele, para que lhe seja recompensado"? (Romanos 11:34-35).
Todo ser deve ter base para sua existência, dentro ou fora de si mesmo. A base da existência humana é exterior; o homem não faz a sua própria existência. O homem é dependente de algo fora de si mesmo para existir, mas Deus não é dependente assim. Certo é que não compreendemos a auto-existência de Deus; é demais para o entendimento da mente finita.

Argumento lógico e racional a favor da existência de Deus.
Suponhamos que NÃO exista um Ser não-causado, nenhum Deus. Então, NADA poderia existir. Lembremos que todas as coisas precisam de uma causa fora de si mesmas para que possam existir. Portanto, todas as coisas, incluindo todas aquelas que estão causando outras, precisam de uma causa inicial. Tudo o que existe, portanto, tem necessidade de ser causado, ter uma origem. Afirmar que Deus não existe é equivalente a dizer que toda a realidade seria dependente do 'nada'.
Se não existisse um Deus que possui auto-existência e cuja natureza é eterna, então o dom da existência não poderia ser passado adiante às criaturas, e nós nunca poderíamos recebê-lo. Entretanto, nós existimos. Portanto, tem de existir um Deus, um Ser não-causado, que não precisa receber a existência como nós ou como qualquer outro ser vivo.
Agora vejamos a seguinte questão: Por que necessitamos de uma Causa “não-causada”?
A hipótese de que tudo o que existe tem uma causa, mas que não há um ser não-causado é ridícula! Tem de haver, obrigatoriamente, algo não-causado, algo do qual todas as coisas que precisam de causa eficiente para existirem sejam dependentes. Do contrário, haveria uma sucessão de causas infinitas, sem que houvesse uma causa inicial (primária). Tudo o que existe teve um começo: portanto, tem de haver uma causa primeira para que tudo existisse. Entretanto, a causa primária só seria a “Primeira Causa” não sendo causada por nenhuma outra; se houvesse algo que a causasse, haveria Causas anteriores a ela, e ela não seria a “primeira”.
A “Primeira Causa” não pode ter nenhuma causa anterior a si; não poderia haver algo que a causasse.
Uma causa que foi capaz de gerar - além de coisas e seres inanimados, - seres animados, racionais e inteligentes, não poderia ser simplesmente “uma coisa” (como se pode pensar), mas tem de ser necessariamente, “um Ser” racional e inteligente, visto que nenhum efeito é maior que sua causa. Por que então, uma causa que gera seres racionais e inteligentes, seria irracional e não-inteligente?

IMUTABILIDADE - Deus não pode ser mudado ou mudar-se. Ele é isento de toda e qualquer mudança em seu ser, em suas perfeições, em seus propósitos e em suas promessas. Sua essência não pode crescer nem diminuir (Salmos 102:26-27; Ml 3:6; Tg 1.17). DEUS é perfeito.

INFINIDADE - Seria a perfeição de Deus pela qual Ele é isento de toda e qualquer limitação. Quando falamos na infinidade de Deus, estamos nos referindo à impossibilidade de se medir ou quantificar as características do Ser de Deus. Por essa razão, podemos dizer que a sua misericórdia é infinita, que seu poder é infinito, etc.

ONIPRESENÇA – O termo onipresença descreve a característica da infinidade de Deus que faz com que ele tenha a sua presença plena em cada parte do espaço. Nada pode conter Deus. Não há para Ele tempo ou espaço. Salmos 139:7-10.
Isso não significa, contudo, que Deus esteja presente em todos os lugares em sentido corporal; Sua presença é espiritual e não corporal. Este atributo está intimamente ligado à onipotência e onisciência de Deus. Deus possui pleno conhecimento de tudo que ocorre em todos os lugares.

ONISCIÊNCIA - Deus sabe e sonda todas as coisas. Deus conhece a si mesmo e tudo que está contido no seu plano. Conhece, presente e futuro. I Rs 8:39; Sl 139:1-16; Is 46: 10; Ez 11:5; At 15:18.

ONIPOTÊNCIA - Só Deus tem todo o poder. Ele é o Todo-poderoso (I Cr 29. 11,12).
A onipotência de Deus não significa o exercício de Seu poder para fazer aquilo que é incoerente com a sua natureza e a natureza das coisas, como, por exemplo, fazer que um acontecimento já passado não tenha acontecido, ou traçar entre dois pontos uma linha mais curta do que uma reta. Para Deus é impossível mentir, pecar, morrer, fazer com que o errado esteja certo, ou fazer com que o ódio votado contra Ele seja abençoado. Fazer tais coisas não implicaria poder, mas antes, impotência. Deus possui todo poder que é coerente com a perfeição infinita.

A liberdade da vontade de Deus
Deus é livre para agir, bem como para criar e preservar, porque esses atos não tem sua origem na necessidade de sua natureza. Ele era livre para criar ou não criar, dar continuidade a existência do universo ou fazê-lo cessar de existir.
Nem a nossa liberdade nem a de Deus existe em absoluto. Quando Deus criou o universo, encheu de bilhões de seres responsáveis, tolerou sua queda em pecado e rebelião numa vasta escala, ainda empenhou os recursos divinos da Trindade na redenção. Há, pois, vários sentidos em que a liberdade divina é limitada. Deus não pode fazer aquilo que esteja contrário ao seu caráter, nem contraditório a sua santidade e verdade.
TRIUNIDADE E TRINDADE
Uma vez que a Bíblia atribui as prerrogativas divinas tanto ao Pai quanto ao Filho e ao Espírito Santo, passaremos a analisar, à luz da Palavra de Deus, o relacionamento existente entre os membros da Trindade.

A Bíblia reconhece as prerrogativas divinas as três pessoas da Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Porém, isto não sanciona de forma alguma uma idéia triteísta de Deus; ou seja, que a Bíblia reconheça três deuses diferentes como formando a Divindade. Esta espécie de politeísmo é totalmente contrária ao pensamento bíblico. A religião bíblica é essencialmente monoteísta. Já na promulgação do decálogo aparecem as palavras: “Eu sou o Senhor teu Deus... Não terás outros deuses diante de Mim” (Êxo. 20:2 e 3). Também a religião judaica tinha por fundamento o texto de Deuteronômio 6:4: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Igualmente o apóstolo São Paulo fala que “há um só Deus” (I Cor. 8:6). Esses e outros textos nos deixam claro o fato de que existe uma unidade essencial entre os membros da Trindade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são três pessoas distintas que formam um só Deus, e não três deuses.

Nesse sentido é que Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30; cf. João 17:21 e 22). É por isso que a respeito de Cristo pode ser dito que desde o principio Ele “estava com Deus, e ... era Deus” (João 1:1), que Ele é “igual a Deus” (Filip. 2:6), pois “nEle habita corporalmente toda a plenitude da Divindade” (Col. 2:9), sendo Ele “Deus Forte, Pai da Eternidade” (Isa. 9:6). Mesmo o título “Filho” ao ser aplicado a Cristo não é sinônimo de inferioridade, mas sim de igualdade com o Pai. Ele significa que o Filho participa da mesma natureza do Seu Pai. Foi por essa razão que os judeus acusaram a Jesus de blasfêmia, ao chamar a Deus de “Meu Pai” (João 5:17 e 18).

O Espírito Santo é chamado de o “outro consolador” (João 14:16; etc.) e o “Espírito de Deus” (Rom. 8:9; I Cor. 3:16; etc.). Como também são atribuídos a ele todas as características divinas. Isto é especialmente enfatizado em I Coríntios 2:10 e 11, onde lemos: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas penetra, até mesmo as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito que nele está? Assim as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus”. Neste caso, “penetra” não significa que o Espírito penetra com vistas a obter informação. Antes, é um modo de dizer que não há nada que esteja fora ou longe do Seu conhecimento. Em particular, Paulo especifica as profundezas de Deus... Não se pode contestar que esta passagem atribui plena divindade ao Espírito Santo... Portanto não podemos negar a unidade essencial existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, os quais formam um só Deus (Tri-unidade).

A Bíblia, menciona a Trindade, porém devemos ter em mente que a Bíblia é a revelação de Deus aos homens no contexto da história da salvação”, e que o seu objetivo primordial não é elucidar o “Ser” essencial de Deus. Portanto a chave para a compreensão da revelação de Deus encontra-se no “mistério da encarnação”; isto é, que Cristo, sendo Deus no mais alto sentido da palavra, “a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens” (Filip. 2:5-8). Nesse contexto encontraremos o Pai, o Filho e o Espírito Santo assumindo funções diferentes que poderão ser interpretadas como uma aparente “hierarquia” na Trindade, mas que não alteram a essência da natureza divina. Veremos, assim, o Filho dizendo que “o Pai é maior do que Eu” (João 14:28), que “o Filho nada pode fazer de Si mesmo” (João 5:19), e também pôr-Se de joelhos e orar ao Pai (Luc. 22:41 e 42). Mas não devemos nos esquecer que Ele também orou: “Eu Te glorificarei na Terra, consumando a obra que Me confiaste para fazer; e agora, glorifica-Me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que Eu tive junto de Ti, antes que houvesse mundo” (João 17:4 e 5).

A palavra trindade significa a tríplice manifestação de Deus ou a sua manifestação no Pai, no Filho e no Espírito Santo. A palavra triunidade conceitua a existência das três pessoas em um único Deus. Dessa forma, existe em Deus três personalidades diferentes e divinas, mas iguais na natureza. Contudo, não há três deuses: há um só Deus.
A despeito desse modo triúno de Deus existir e de se revelar, o Antigo Testamento ressalta a unidade de Deus. É o monoteísmo prático, a definição de que Deus é um. A palavra unidade é invariavelmente reproduzida no Antigo Testamento. Em meio a tantas nações idólatras, que adoravam a vários deuses, fazia-se necessário persistirem fazer o povo de Israel venerar apenas um Deus. Este fato motivou o Antigo Testamento a realçar a unidade de Deus.
O Novo Testamento ensina que são três pessoas divinas, distintas, eternas e iguais subsistindo numa só essência. E também que Deus é uma Trindade simples, mas tríplice, no seu modo de existir e de se revelar.
Se as Escrituras realmente embasam estas declarações sobre a Trindade, esta doutrina deve fazer parte do ensino ortodoxo cristão e todo cristão fica obrigado a defendê-la, vigorosamente (Jd 3). Por ser uma das doutrinas mais atacadas pelas seitas, por isso mesmo prosseguiremos abordando o tema.
A TRINDADE NO ANTIGO TESTAMENTO

a) Gênesis 1.26,27
Chegando o momento de criar o homem, Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança". O verbo "fazer", neste caso, aponta para um ato criativo, e somente Deus pode criar. Assim, ao ser criado, o homem não poderia ter a imagem de um anjo ou de qualquer outra criatura, mas a imagem de Deus, a imagem de seu Criador. No versículo 27, lemos: "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou". O interessante, porém, é que a Bíblia diz que Jesus Cristo também criou todas as coisas, as visíveis e as invisíveis (Jo 1.1,3; Cl 1.16,17; Hb 1.10), o que inclui necessariamente o homem. Desse modo, concluímos, à luz da Bíblia, que Jesus é o Criador do homem, logo, o homem carrega a imagem de Cristo, pois Jesus é Deus, uma vez que "à imagem de Deus" o homem fora criado. Já em Jó 33:4, Eliú declara: "O Espírito de Deus me fez". Indagamos; afinal de contas, quem fez o homem? A Bíblia diz: "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou". E quem é este Deus? Resposta: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É digno de nota que há outros textos em que Deus fala no plural: Gênesis 3.22;11.7-9; Isaías 6.8.
b) Deuteronômio 6.4
"Escuta, ó Israel: Jeová, nosso Deus, é um só Jeová" (Tradução do Novo Mundo - versão utilizada pelas testemunhas-de-jeová). Este texto é usado para desacreditar a doutrina da Trindade, mas, ao contrário disso, é o trecho que prova que na unidade de Deus existe uma pluralidade, dando abertura à concepção trinitariana.
Como assim? Na língua hebraica, existem duas palavras para expressar unidade: echad e yachid. A primeira designa uma unidade composta ou plural. Exemplo: Gênesis 2.24 diz que o homem e a mulher seriam uma (echad) só carne, ou seja, dois em um. A segunda palavra é usada para expressar unidade absoluta, ou seja, aquela que não permite pluralidade. Exemplo: Juízes 11.34 diz que Jefté tinha uma única (yachid) filha. Qual dessas palavras é empregada em Deuteronômio 6.4? Echad, que indica que na unidade da Divindade há uma pluralidade.

A TRINDADE NO NOVO TESTAMENTO

A revelação da Triunidade de Deus no Antigo Testamento não é tão clara quanto no Novo Testamento. Os textos bíblicos que seguem (respeitando-se os devidos contextos) mostram sempre juntos o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Levando-se em conta que Deus é único (Is 43.10) e que ele não partilha sua glória com ninguém (Is 42.8; 48.11), é interessante notar como o Pai, o Filho e o Espírito Santo são postos em pé de igualdade, coisa que nenhuma criatura, por melhor que fosse, poderia atingir, nem muito menos uma "força ativa" (agente passivo).

a) Mateus 28.19
A ordem de Jesus é para batizar em "nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo". Ora, se Jesus fosse uma criatura e o Espírito Santo uma "força ativa" (como pregam as testemunhas de Jeová), seria estranho que as pessoas fossem batizadas em nome do Criador (que não divide sua glória com ninguém), em nome de um anjo, e em nome de uma "força ativa"; aliás, que necessidade há em batizar alguém em nome de uma "força"? Tudo isto só faz sentido se Jesus e o Espírito Santo forem Deus, assim como o Pai também é Deus.

b) Lucas 3.22
No batismo do Filho, estão presentes o Espírito Santo e o Pai. Como sempre, inseparáveis. Esta é uma das razões pelas quais o batismo cristão deve ser ministrado em nome das três pessoas.

c) João 14.26
Jesus fala do Espírito Santo, que será enviado pelo Pai em seu próprio nome, ou seja, no nome de Cristo.
Jesus, tendo sido enviado pelo Pai, agora prometia enviar o Espírito Santo, na qualidade de Consolador para tomar o Seu lugar; e para consolar, instruir e fortalecer aqueles que Jesus estava deixando.

d) 2 Coríntios 13.13
Outra fórmula trinitária em que aparece o Filho em primeiro lugar com sua graça; depois, o Pai, com seu amor; e, finalmente, o Espírito Santo, com a comunhão ou participação que dele procede.

e) 1 Pedro 1.1,2
Pedro fala aos escolhidos eleitos pela presciência do Pai, santificados pelo Espírito Santo e aspergidos com o sangue de Jesus Cristo.

f) Outros versículos: Romanos 8.14-17; 15.16,30; 1Co 2.10-16; 6.1-20; 12.4-6; 2Co 1.21,22; Ef 1.3-14; 4.4-6; 2Ts 2.13,14; Tt 3.4-6; Jd 20,21; Ap 1.4,5 (Cf. 4.5), além de outros.
É digno de nota que se o Filho fosse uma criatura e o Espírito Santo uma "força ativa", os dois não poderiam assumir o primeiro lugar em algumas passagens bíblicas citadas. Aliás, o que uma "força ativa" estaria fazendo no meio de duas pessoas? As testemunhas de Jeová objetam dizendo que mencionar as três Pessoas juntas não indica que sejam a mesma coisa, pois Abraão, Isaque e Jacó (Mt 22.32), e também Pedro, Tiago e João (Mt 17.1) sempre são citados juntos; contudo, isso não os torna um. O que elas não perceberam foi o seguinte: Abraão, Isaque e Jacó tinham algo em comum: o patriarcado. Já Pedro, Tiago e João tinham em comum o apostolado. E o que o Pai, o Filho e o Espírito Santo têm em comum? Resposta: a natureza divina ou, simplesmente, a divindade.

A unidade composta de Deus
As Escrituras ensinam que Deus é Um, que além dele não existe outro Deus. Porém não devemos confundir uma doutrina; a da TRINDADE. Negada por muitos. Mas vou detalhar essa verdade pra você, sem dar muitas voltas. O fato da existência da TRINDADE não significa que existem três deuses, mas três pessoas divinas que constituem DEUS. DEUS é um termo que se refere a três pessoas distintas: PAI, FILHO e o ESPÌRITO SANTO. DEUS em unidade composta. Quando Deus criou o homem e a mulher, Deus disse que ambos deixariam a casa de seu pai e mãe e seriam ambos "uma só carne" (unidade composta). Duas pessoas, uma só carne. Esse é um exemplo muito claro da UNIDADE COMPOSTA que me refiro sobre DEUS. (Genesis 2:24).
Como podem três Pessoas ser um DEUS? É uma pergunta que deixa muita gente perplexa. Ao considerar a natureza DEUS, estamos tratando de uma forma de existência muito diferente e superior a qualquer ser existente tanto no mundo físico como espiritual.
A natureza proporciona muitas analogias sobre a trindade, e exemplos de "UNIDADE COMPOSTA". A água por exemplo. A água é uma, mas esta também é conhecida sob três formas: água, gelo e vapor.
É de conhecimento geral que todo raio de luz realmente se compõe de três raios: primeiro, o actínico, que é invisivel; o segundo, o luminoso, que é visível; terceiro, o calorífero, que produz calor, o qual se sente mas não se vê. Onde há três, ali há luz; onde há luz, temos estes três. O apostolo João disse: "DEUS é luz” (1 João 1:5).
Adoramos um Deus em Trindade e a Trindade em Unidade
Adoramos um Deus em Trindade e a Trindade em Unidade. Sem confundirmos as Pessoas ou dividir a substância.
Porque uma é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo.
Mas o Pai, o Filho e o Espírito Santo têm uma só divindade, Glória igual e co-eterna Majestade.
O que o Pai é, tal é o Filho e tal o Espírito Santo. O Pai é incriado, o Filho é incriado e o Espírito Santo é incriado. O Pai é eterno, o Filho é eterno e o Espírito Santo é eterno.
No entanto não são três eternos, mas Um. Nem três incriados,
mas Um incriado . Semelhantemente o Pai é Onipotente, o Filho Onipotente
e o Espírito Santo Onipotente. E contudo não são três Onipotentes, mas um Onipotente.
Assim também o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Do mesmo modo o Pai é Senhor, o Filho é Senhor e o Espírito Santo é Senhor. E apesar disso, não são três Senhores, mas Um só Senhor.
Porque, como a verdade cristã nos obriga a confessar que cada uma das Pessoas por si só é Deus e Senhor, assim a religião católica proíbe-nos dizer que há três Deuses ou três Senhores. O Pai não foi feito por ninguém, nem foi criado, nem gerado. O Filho é do Pai somente; não foi feito, nem foi criado, mas gerado. Por isso, há um Pai não três Pais; um Filho, não três Filhos; um Espírito Santo, não três Espíritos Santos.

O Espírito Santo é do Pai e do Filho; não foi criado, nem gerado, mas, deles procede. Há, pois, um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos; um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos.
E nesta Trindade não há primeiro nem último; nem um é maior ou menor do que o outro; mas as três pessoas são justamente de uma mesma eternidade e igualdade. De sorte que no todo como já se disse,
cumpre adorar a Unidade na Trindade e a Trindade na Unidade. Aquele, pois, que quiser salvar-se,
deve assim pensar e crer na Trindade.

REFLEXÃO
O MAL EXISTE?
Um professor ateu desafiou seus alunos com esta pergunta:
- Deus fez tudo que existe?
Um estudante respondeu corajosamente:
- Sim, fez!
- Deus fez tudo, mesmo?
- Sim, professor - respondeu o jovem.
O professor replicou:
- Se Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe, e considerando-se que nossas ações são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau.
O estudante calou-se diante de tal resposta e o professor, feliz, se vangloriava de haver provado uma vez mais que a Fé era um mito.
Outro estudante levantou sua mão e disse:
- Posso lhe fazer uma pergunta, professor?
- Sem dúvida, respondeu-lhe o professor.
O jovem ficou de pé e perguntou:
- Professor, o frio existe?
- Mas que pergunta é essa? Claro que existe, você por acaso nunca sentiu frio?
O rapaz respondeu:
- Na verdade, professor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é ausência de calor. Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor.
- E a escuridão, existe? - continuou o estudante.
O professor respondeu:
- Mas é claro que sim.
O estudante respondeu:

- Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é na verdade a ausência de luz. Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas varias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda. A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca. Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço? Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente.
Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor:
- Diga, professor, o mal existe?
Ele respondeu:
- Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o mal.
Então o estudante respondeu:
- O mal não existe, professor, ou ao menos não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência de Deus. É, como nos casos anteriores, um termo que o homem criou para descrever essa ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a Fé ou o Amor, que existem como existe a Luz e o Calor.
O mal resulta de que a humanidade não tenha Deus presente em seus corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz.
“Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.” (Isaias 45:22/46:9 )
Quem Fez Isto?

Sir Isaac Newton tinha um amigo que, como ele, era um grande cientista. A grande diferença era que este amigo era ateu, enquanto Newton era um dedicado e devoto crente. Embora sempre travassem batalhas acerca da existência e natureza de Deus, o mútuo interesse deles pela ciência os aproximava. Newton fez com que um mecânico muito habilidoso lhe fabricasse uma miniatura réplica do nosso sistema solar. No centro estava uma grande bola folheada a ouro, representando o sol; girando ao redor dela, fixadas nas pontas de braços de vários comprimentos, estavam bolinhas menores, representando Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno, na ordem e nas distâncias apropriadas. Todas as bolas eram de tal forma ligadas entre si, através de complexos mecanismos de engrenagens e de correias, que se moviam em perfeita harmonia ao se girar uma manivela. Um dia, estando Newton lendo em seu estúdio, com seu mecanismo sobre uma grande mesa perto de si, seu amigo entrou. Ele era cientista bastante para reconhecer, num relance, o que estava diante dele. Apressando-se para lá, lentamente girou a manivela e, com indisfarçável admiração, viu todos os corpos celestiais se moverem em suas apropriadas órbitas e velocidades relativas. Afastando-se uns poucos metros, exclamou: “Caramba! Quem fez esta coisa, tão maravilhosa?”

Sem levantar os olhos de seu livro, Newton respondeu: "Ninguém!" Rapidamente, voltando-se para Newton, o ateu disse: "Evidentemente, você não entendeu minha pergunta. Eu perguntei: quem fez este maravilhoso mecanismo?” Levantando os olhos, Newton solenemente lhe assegurou que ninguém o tinha feito, mas que apenas tinha acontecido que, por acaso, a matéria (que o ateu tão fortemente admirava) tinha se agregado na forma do mecanismo. A isto, o atônito ateu replicou com certa raiva: “Você deve pensar que sou louco! Claro que alguém fez isto, ele é um gênio, e eu gostaria de saber quem é ele”.

Deixando seu livro de lado, Newton levantou-se, colocou uma mão no ombro de seu amigo, e disse: ”Este mecanismo não é senão uma ínfima imitação de um sistema muito mais grandioso, cujas leis você conhece. Ora, eu não sou capaz de convencê-lo de que este mero brinquedo existe sem um projetista e fabricador; ainda assim, você professa crer que o maravilhoso original (do qual eu grosseiramente copiei e imitei um aspecto do projeto) veio a existir sem ter projetista e sem ter fabricador! Agora, diga-me, por qual tipo de raciocínio você chega a uma conclusão tão absurda?” O ateu foi imediatamente convencido e tornou-se um firme crente em Deus”. (1Reis 18:39).

”No princípio criou Deus os céus e a terra”. (Gênesis 1:1)

”E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas”. (Gênesis 1:16)

”Seu é o mar, e ele o fez, e as suas mãos formaram a terra seca.” (Sal 95:5)

” Bem-aventurado aquele ... cuja esperança está posta no SENHOR seu Deus. 6 O que fez os céus e a terra, o mar e tudo quanto há neles, e o que guarda a verdade para sempre;” (Salmos 146:5-6)

”E ele lhes disse:… temo ao SENHOR, o Deus do céu, que fez o mar e a terra seca.” (Jonas 1:9)

”3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. 4 Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.” (João 1:3-4)

24 O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos ... 30 Mas Deus... anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; 31 Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos. (Atos 17:24-31)

Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece. (João 3:36)

Deus existe?

Um homem foi cortar o cabelo e a barba. Como sempre acontece, ele e o barbeiro ficaram conversando sobre várias coisas, até que, por causa de uma notícia de jornal sobre meninos abandonados, o barbeiro afirmou:
- Como o senhor pode ver, esta tragédia mostra que Deus não existe !
- Como?
- O senhor não lê jornais? Temos tanta gente sofrendo, crianças abandonadas, crimes de todo tipo. Se Deus existisse não haveria sofrimento.
O cliente ficou pensando, mas o corte estava quase no final, e resolveu não prolongar a conversa. Voltaram a discutir temas mais amenos, o serviço foi terminado, o cliente pagou, e saiu. Entretanto, a primeira coisa que viu foi um mendigo, com barba de muitos dias, e longos cabelos desgrenhados.
Imediatamente, voltou para a barbearia, e falou para a pessoa que o atendera:
- Sabe de uma coisa? Os barbeiros não existem.
- Como não existem? Eu sou barbeiro!
- Não existem! insistiu o homem, porque se existissem, não haveria pessoas com barbas tão grandes, cabelos desgrenhados como o que acabo de ver na esquina.
- Posso garantir que os barbeiros existem. Acontece que este homem nunca veio até aqui.
- Exatamente! Então, para responder a sua pergunta, Deus também existe.
O que acontece é que as pessoas não vão até ELE. Se O buscassem, seriam mais solidários, e não haveria tanta miséria no mundo.






JESUS CRISTO

QUEM É JESUS?

No espiritismo, Ele era um reformador da Judéia, com a missão de ensinar aos homens uma elevada moral, foi a segunda revelação de Deus (a primeira teria sido Moisés, e a terceira, o espiritismo); foi um médium de primeira grandeza, um espírito iluminado. Para as Testemunhas de Jeová, Ele é um ser criado por Jeová, poderoso, mas não Todo-Poderoso. No budismo, Jesus foi um grande Mestre. No mormonismo, Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo, e viveu em poligamia: Marta e Maria, irmãs de Lázaro, teriam sido suas esposas.

No islamismo, Jesus teria sido um mensageiro de Deus, porém menor que Maomé. Na Nova Era, Jesus não é Deus porque todos somos deuses; a Era de Peixes, de Jesus, está se expirando, e um novo Avatar surgirá para conduzir a humanidade à Era de Aquários, que colocará o mundo em ordem e estabelecerá a paz.

Negar a divindade de Jesus é uma das características das seitas. Para nós, cristãos, Jesus Cristo é Deus. A prova disso não é apenas a nossa fé. Contamos com a Bíblia Sagrada, livro escrito por cerca de 40 escritores, divinamente inspirados.

Contamos também com o testemunho de apóstolos que caminharam com Jesus, ouviram suas palavras e viram seus milagres, a exemplo de Pedro que declarou enfático: “TU ÉS O CRISTO, O FILHO DO DEUS VIVO” (Mateus 16.16). Temos as palavras do próprio Jesus que afirmou: “EU E O PAI SOMOS UM” (João 10.30). Temos o testemunho do profeta Isaías que, 700 anos de o Verbo habitar entre nós, chamou-O de “Deus Forte” e “Pai da Eternidade” (Isaías 9.6).

Contamos, também, com o testemunho de milhões de vidas transformadas pelo poder que há no Seu nome.
Tratar-se-ia de apenas um espírito evoluído, um homem com poderes mediúnicos como desejam os kardecistas? Se Jesus é apenas um espírito iluminado, por que não “baixa” nas sessões espíritas? Se Jesus foi igual a Buda e Maomé, onde estão seus ossos? Em lugar nenhum iremos encontrá-los porque Jesus ressuscitou, e vive e reina para sempre. Aleluia! Vejamos o que dizem as Escrituras sobre a divindade de Jesus.

Jesus Cristo, O Criador

“Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez... estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu (João 1.3, 10)). “Pois nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades, tudo foi criado por ele e para ele” (Colossenses 1.16). “...a nós falou-nos [Deus] nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez o mundo (Hebreus 1.2).

JESUS CRISTO o filho de DEUS e DEUS POR NATUREZA

Da mesma forma como "filho do homem" significa um nascido do homem, assim também Filho de Deus significa um nascido de Deus. Por isso dizemos que esse título proclama a Deidade de Cristo. Jesus nunca é chamado um Filho de Deus, como os homens santos são chamados filhos de Deus (Jo 2:1). Ele é o Filho de Deus no sentido único. Jesus é descrito mantendo uma relação para com Deus não participada por nenhuma outra pessoa no universo.

“A virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamarão pelo nome de Emanuel, que quer dizer: Deus conosco” (Mateus 1.23). “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... e o Verbo se fez carne e habitou entre nós (João 1.1,14). Atenção: “O Verbo era Deus”, e não “o Verbo era um deus”, como desejam as testemunhas de Jeová. “Eu e o Pai somos um” (João 10.30); “Quem me vê, vê o Pai” (João 14.9). “O Pai está em mim, e eu nele” (João 10.38).

“Disse-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu” (João 20.28); “Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém”. (Romanos 9.5). “Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Colossenses 2.9). “Porque um filho nos nasceu...o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9.6). “Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 João 5.20). Outras referências: João 1.15,18,30; Colossenses 1.15; 2 Coríntios; 4.4; 5.19.

Jesus Cristo é filho de Deus por geração, não foi criado como os anjos e homens. Sua origem foi de forma única. Ele procede de dentro do próprio Deus Pai. Por isso o título de único filho de DEUS:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)
“Deus nunca foi visto por alguém; o Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o fez conhecer.” (João 1:18)
“Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.” (1 João 4:9)
“E, outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.” (Hebreus 1:6)

Jesus Cristo nunca é chamado de "UM filho" de Deus, como os homens e anjos são (Jó 2.1). Ele exigia uma rendição e uma lealdade que somente Deus por direito podia reivindicar, insistia em uma absoluta rendição da parte dos seus seguidores. Eles deviam estar prontos a cortar os laços mais íntimos e mais queridos, porque qualquer que amasse mais o pai ou a mãe do que a ele, não era digno dele (Mat. 10:37; Luc. 14:25-33).

Nos ensinos de Jesus nota-se a total ausência de expressões como estas: "pode ser", "penso que", "podemos supor", etc.
Colocando-se acima de toda autoridade, um humilde mestre afirmando autoridade suprema sobre toda a conduta humana; um reformador moral pondo de lado todos os demais fundamentos, dizendo: "Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha... (Mat.7.24)

Ele reivindicava uma comunhão e um conhecimento divinos. (Mat. 11:27; João 17:25.) Alegava revelar a essência do Pai em si mesmo. (João 14:9-11.) Ele assumiu prerrogativas divinas: Onipresença (Mat. 18:20); poder de perdoar pecados (Mat. 2:5-10); poder de ressuscitar os mortos. (João 6:39, 40, 54; 11:25; 10:17, 18.) Proclamou-se Juiz e árbitro do destino do homem. (João 5:22; Mat. 25:31-46.) Ele exigia uma rendição e uma lealdade que somente Deus por direito podia reivindicar; insistia em uma absoluta rendição da parte dos seus seguidores. Eles deviam estar prontos a cortar os laços mais íntimos e mais queridos, porque qualquer que amasse mais o pai ou a mãe do que a ele, não era digno dele. (Mat. 10:37; Luc. 14:25-33.)

Nos ensinos de Cristo nota-se a completa ausência de expressões como estas: "é minha opinião"; "pode ser"; "penso que..."; "bem podemos supor", etc. Um erudito judeu racionalista admitiu que ele falava com a autoridade do Deus Poderoso. O Dr. Henry Van Dyke assinala que no Sermão da Montanha, por exemplo, temos: a preponderante visão de um hebreu crente colocando-se a si mesmo acima da autoridade de sua própria fé; um humilde Mestre afirmando autoridade suprema sobre toda a conduta humana; um Reformador moral pondo de lado todos os demais fundamentos, dizendo: "Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha... (Mat. 7:24)" Quarenta e nove vezes, nesse breve registro do discurso de Jesus, repete-se a solene frase com a qual ele autentica a verdade: "Em verdade vos digo."
Filho do homem (humanidade)
Quem? De acordo com o hebraico a expressão "filho de" denota relação e participação. Por exemplo: "Os filhos do reino" (Mat. 8:12) são aqueles que hão de participar de suas verdades e bênçãos. "Os filhos da ressurreição" (Luc. 20:36) são aqueles que participam da vida ressuscitada. Um "filho de paz" (Luc. 10:6) é um que possui caráter pacifico. Um "filho da perdição" (João 17:12) é um destinado a sofrer a ruína e a condenação. Portanto, "filho do homem" significa, principalmente, um que participa da natureza humana e das qualidades humanas. Dessa maneira, "filho do homem" vem a ser uma designação enfática para o homem em seus atributos característicos de debilidade e impotência. (Num. 23:19; Jo 16:21; 25:6.) Neste sentido o título é aplicado oitenta vezes a Ezequiel, como uma recordação de sua debilidade e mortalidade, e como um incentivo à humanidade no cumprimento da sua vocação profética. Aplicado a Cristo, "Filho do homem" designa-o como participante da natureza e das qualidades humanas, e como sujeito às fraquezas humanas. No entanto, ao mesmo tempo, esse título implica sua deidade, porque, se uma pessoa enfaticamente declarasse: "Sou filho de homem", a ele dir-se-ia: "Todos sabem disso." Porém, a expressão nos lábios de Jesus significa uma Pessoa celestial que se havia identificado definitivamente com a humanidade como seu representante e Salvador. Notemos também que é: o — e não um — Filho do homem.

O título está relacionado com a sua vida terrena (Mar. 2:10; 2:28; Mat. 8:20; Luc. 19:10), com seus sofrimentos a favor da humanidade (Mar. 8:31), e com sua exaltação e domínio sobre a humanidade (Mat. 25:31; 26:24. Vide Dan. 7:14). Ao referir-se a si mesmo como "Filho do homem", Jesus desejava expressar a seguinte mensagem: "Eu, o Filho de Deus, sou Homem, em debilidade, em sofrimento, mesmo até à morte. Todavia, ainda estou em contato com o Céu de onde vim, e mantenho uma relação com Deus que posso perdoar pecados (Mat. 9:6), e sou superior aos regulamentos religiosos que somente tem significado temporal e nacional. (Mat. 12:8.) Esta natureza humana não cessará quando eu tiver passado por estes últimos períodos de sofrimento e morte que devo suportar para a salvação do homem e para consumar a minha obra. Porque subirei e a levarei comigo ao céu, de onde voltarei para reinar sobre aqueles cuja natureza "tornei sobre mim". A humanidade do Filho de Deus era real e não fictícia Ele nos é descrito como realmente padecendo fome, sede, cansaço, dor, e como estando sujeito em geral às debilidades da natureza, porém sem pecado.

Por que o Filho de Deus se fez Filho do homem, ou quais foram os propósitos da encarnação?
1) Como já observamos, o Filho de Deus veio ao mundo para ser o Revelador de Deus. Ele afirmou que as suas obras e suas palavras eram guiadas por Deus (João 5:19, 20; 10:38); sua própria obra evangelizadora foi uma revelação do coração do Pai celestial, e aqueles que criticaram sua obra entre os pecadores demonstraram assim sua falta de harmonia com o espírito do céu. (Luc. 15:1-7.)

2) Ele tomou sobre si nossa natureza humana para glorificá-la e desta maneira adaptá-la a um destino celestial. Por conseguinte, formou um modelo, por assim dizer, pelo qual a natureza humana poderia ser feita à semelhança divina. Ele, o Filho de Deus, se fez Filho do homem, para que os filhos dos homens pudessem ser feitos filhos de Deus (João 1:2), e um dia serem semelhantes a ele (1 João 3:2); até os corpos dos homens serão "conforme o seu corpo glorioso" (Fil. 3:21). "O primeiro homem (Adão), da terra, é terreno: o segundo homem, o Senhor é do céu" (1Cor. 15:47); e assim, "como trouxemos a imagem do terreno (vide Gên. 5:3), assim traremos também a imagem do celestial" (verso 49), porque "o último Adão foi feito em espírito vivificante" (verso 45).

3) Porém, o obstáculo a impedir a perfeição da humanidade era o pecado — o qual, ao princípio, privou Adão da glória da justiça original. Para resgatar-nos da culpa do pecado e de seu poder, o Filho de Deus morreu como sacrifício expiatório.

JESUS CRISTO É ETERNO COMO DEUS
“Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim” (Apocalipse 22.13).
“Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão nascesse, eu sou” (João 8.58).
“Eu e o Pai somos um” (João 10.30,38).
“Há tanto tempo estou convosco e não me conheces Filipe? Quem me vê, vê o Pai... crede-me quando digo que estou no Pai e o Pai está em mim” (João 14.9-11,20; 17.21).
“Vim do Pai e entrei no mundo; agora deixo o mundo e volto para o Pai” (João 16.28) Outras ref.: João 1.18; 6.57; 8.19
“E, ao anjo da igreja que está em Laodicéia, escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:” (Apocalipse 3:14)

JESUS CRISTO O SALVADOR
“Mas quando apareceu a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens, não por obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou mediante a lavagem da regeneração e da renovação pelo Espírito Santo, que ele derramou ricamente sobre nós, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador”(Tito 3.4-6).

“E em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4.12). Vejam a ênfase: “Em nenhum outro nome”. Não sobra para Buda, para Allan Kardec, para Maomé, para Confúcio, para Lao-Tsé, para Osíris, Vishnu, Brama, Shiva, Zoroastro, Maytreia. O nome de Jesus está acima de todos e de tudo. Outras referências: João 3.16; Lucas 4.18; Isaías 61.1.

Jesus não foi um simples fundador de uma religião. Os afamados fundadores de seitas que surgiram na história da humanidade estão todos mortos e devidamente enterrados; seus corpos foram comidos pelos vermes, e seus ossos, se ainda restam, estão em algum lugar.

Se Jesus era Deus, como é que Ele podia orar? Jesus estava orando a Si mesmo?
Resposta: Para entender Jesus como Deus na terra orando ao Seu Pai que era Deus no céu, precisamos entender que o Pai eterno e o Filho eterno tinham um relacionamento eterno antes de Jesus tornar-se humano. Por favor leia João 5:19-27, especialmente 5:23, onde Jesus ensina que o Pai enviou o Filho (leia também João 15:10). Jesus não se tornou o Filho de Deus quando nasceu em Belém muitos anos atrás. Ele sempre tem sido o Filho de Deus desde a eternidade passada, ainda é, e sempre será. Oração nada mais é que, falar com Deus. E se Jesus era submisso a vontade de Deus Pai, por uma questão de hierarquia familiar de Pai e Filho, sendo ele Deus Filho, isso não diminui sua Divindade em nada. A submissão de Jesus, o Deus filho a Deus pai, não é como uma submissão de Senhor e Servo, mas uma submissão de Pai pra Filho.

Isaías 9:6 nos diz que “um menino nos nasceu, um filho se nos deu”. Jesus (juntamente com o Espírito Santo) sempre fez parte do relacionamento trino. A trindade sempre existiu: Deus Pai, Deus Filho e o Espírito de Deus. Não três Deuses, mas um Deus que existe em três pessoas distintas. Jesus ensinou que Ele e o Seu Pai são um (João 10:30). Jesus quis dizer que Ele e Seu Pai, e o Espírito Santo também, eram da mesma substância, da mesma essência, o mesmo Deus ou divindade. Três pessoas semelhantes e distintas que existem como Deus. Esses três tinham e continuam a ter um relacionamento eterno.

O que aconteceu quando Jesus, o eterno Filho de Deus, passou a ser um homem perfeito, Ele também passou a ser um servo, deixando de lado Sua glória celestial (leia Filipenses 2:5-11). Como o Deus-homem, Ele teve que aprender obediência (Hebreus 5:8) ao Pai ao ser tentado por Satanás, falsamente acusado pelos homens, rejeitado por Seu povo e eventualmente crucificado. Sua oração ao Pai Celestial era para pedir por poder (João 11:41-42) e sabedoria (Marcos 1:35; 6:46). Sua oração mostrou Sua dependência no Pai em Sua humanidade para poder cumprir o plano de redenção de Deus Pai (note a oração de Cristo como o grande sacerdote em João 17); e então completamente se submeter à vontade do Pai no Jardim para enfrentar a cruz e pagar pela penalidade (a morte) por termos quebrado a lei de Deus (Mateus 26:31-46). Como se sabe, Ele ressuscitou dos mortos corporalmente, ganhando por nós perdão e vida eterna que podemos ter agora mesmo se nós O aceitarmos como nosso Salvador pessoal.

Há problema nenhum com o Deus Filho orando ou falando com o Deus Pai. Como mencionado anteriormente, eles tinham um relacionamento eterno antes de Cristo se tornar humano. Em Sua humanidade, esse relacionamento foi descrito nos Evangelhos para que possamos ver como o Filho de Deus em Sua humanidade realizou a vontade de Seu Pai para que redenção fosse alcançada para todos (João 6:38). A contínua submissão de Cristo ao Seu Pai Celestial foi fortificada e focalizada através de sua vida de oração. O exemplo de Cristo na área de oração nos foi deixado para que sigamos Seu modelo.
Jesus Cristo não foi menos Deus na terra quando orava a Deus Pai no Céu. Ele estava descrevendo como até em humanidade perfeita é necessário ter uma vida de oração vigorosa para cumprir a vontade de Seu Pai. Quando Jesus orou ao Pai, Ele estava fazendo uma demonstração do relacionamento dentro da Trindade, com o Pai, como um exemplo para nós, que precisamos depender de Deus, através de oração, para obter a força e sabedoria das quais precisamos. Se Cristo, como Deus-homem, precisava ter uma vigorosa vida de oração, quanto mais o seguidor de Cristo hoje!

Havia perdão de pecados antes da morte de Jesus?
O Novo Testamento afirma que Jesus Cristo é o único caminho à salvação. Ele disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). Pedro acrescentou: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12).

Antes de Jesus, houve pecado e condenação. Todos pecaram (Romanos 3:23) e mereceram a morte espiritual (Romanos 6:23). Paulo diz que a lei do Antigo Testamento mostrou o problema (Romanos 3:20; Gálatas 3:22), e que a fé em Jesus Cristo é a solução (Gálatas 3:23-27; Romanos 3:24-26). Nesta última citação, ele comenta sobre a necessidade do sangue de Jesus para fazer propriciação pelos nossos pecados.

Como, então, pode se falar de perdão antes da morte de Jesus? Quando Moisés revelou as instruções sobre holocaustos e outros sacrifícios, ele disse que os pecados do povo seriam perdoados por meio dessas ofertas (Levítico 4:20,26,31,35; 5:10,13,16,18; 6:7; etc.). João Batista, alguns anos antes do derramamento do sangue de Jesus, pregou “batismo de arrependimento para remissão de pecados” (Marcos 1:4).

Se já existiam meios para perdoar pecados, por que Jesus se sacrificou na cruz? O livro de Hebreus esclarece esta questão. Ele nos ensina que:
Os sacrifícios anteriores não foram suficientes para perdoar pecados: “Nesses sacrifícios faz-se recordação de pecados todos os anos, porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados” (10:3-4).

Os pecados cometidos sob o Velho Testamento foram perdoados pela morte de Jesus: “Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados” (9:15).
Para ilustrar o significado destes trechos, podemos usar a prática comum de pagar dívidas com cheques pré-datados. Os sacrifícios do Antigo Testamento foram como cheques pré-datados assinados com a confiança que o sangue de Jesus seria “depositado na conta” na data certa. Foram condicionados no sacrifício futuro de Jesus.

Desde a queda do homem, a base da salvação sempre foi a morte de Cristo. Ninguém, mesmo antes da cruz ou desde a cruz, poderia ser salvo sem este acontecimento indispensável na história do mundo. A morte de Cristo pagou a pena por pecados do passado, cometidos pelos “santos” do Velho Testamento e também de pecados futuros, dos “santos” do Novo Testamento.

A condição para a salvação sempre foi a fé. O alvo da fé de alguém para a salvação sempre foi Deus. Escreveu o salmista: “.bem-aventurados todos aqueles que nele confiam” (Salmos 2:12). Gênesis 15:6 nos diz que Abraão creu em Deus e que isto foi suficiente para Deus imputar-lhe isto por justiça (veja também Romanos 4:3-8). O sistema sacrificial do Velho Testamento não tirava o pecado, como claramente ensina Hebreus 9:1-10; 10:4, mas apontava para o dia em que o Filho de Deus verteria Seu sangue pela pecaminosa raça humana.
Hoje, temos mais revelações do que tinham as pessoas que viveram antes da ressurreição de Cristo, pois nós sabemos por completo. “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo” (Hebreus 1:1-2). Nossa salvação ainda é baseada na morte de Cristo, nossa fé ainda é condição para salvação, e o alvo de nossa fé ainda é Deus. Hoje, para nós, o conteúdo de nossa fé é que Cristo morreu por nossos pecados, que Ele foi sepultado, e que Ele se levantou no terceiro dia (I Coríntios 15:3-4).

Jesus realmente existiu? Há alguma evidência histórica de Jesus Cristo?
Um primeiro ponto a ser observado, é reconhecer que no ano 70 d.C. os Romanos invadiram e destruíram Jerusalém e a maior parte de Israel, chacinando seus habitantes. Cidades inteiras foram literalmente incendiadas e desapareceram! Não deveríamos nos surpreender, então, que muitas das provas da existência de Jesus tenham sido destruídas. Muitas das testemunhas oculares de Jesus teriam sido mortas. Estes fatos provavelmente limitaram a quantidade de relatos vindos de testemunhas oculares de Jesus.

Considerando o fato de que o ministério de Jesus foi altamente confinado a um lugar culturalmente atrasado e isolado, uma pequena vila do grande Império Romano, uma grande e surpreendente quantidade de informações sobre Jesus ainda pode ser extraída de fontes históricas seculares. Algumas das mais importantes provas históricas de Jesus Cristo incluem:

Tácito, romano do primeiro século, que é considerado um dos mais precisos historiadores do mundo antigo, mencionou “cristãos” supersticiosos (“nomeados a partir de Christus”, palavra latina para Cristo), que sofreram nas mãos de Pôncio Pilatos durante o reinado de Tibério. Seutônio, secretário chefe do Imperador Adriano, escreveu que houve um homem chamado Chrestus (ou Cristo) que viveu durante o primeiro século (“Anais” XV,44).

Flávio Josefo é o mais famoso historiador judeu. Em seu Antiguidades Judaicas, se refere a Tiago: “o irmão de Jesus, que era chamado Cristo.” Há um verso polêmico (XVIII,3) que diz: “Por esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio, que praticou boas obras e cujas virtudes eram reconhecidas. Muitos judeus e pessoas de outras nações tornaram-se seus discípulos. Pilatos o condenou a ser crucificado e morto. Porém, aqueles que se tornaram seus discípulos pregaram sua doutrina. Eles afirmam que Jesus apareceu a eles três dias após a sua crucificação e que está vivo. Talvez ele fosse o Messias previsto pelos maravilhosos prognósticos dos profetas" (Josefo, "Antiguidades Judaicas" XVIII,3,2).

Plínio, o Jovem, em Epístolas 10:96, registrou práticas primitivas de adoração, incluindo o fato de que os cristãos adoravam Jesus como Deus e eram muito éticos, e inclui uma referência ao banquete do amor e a Santa Ceia.

O Talmude da Babilônia (Sanhedrin 43 a) confirma a crucificação de Jesus na véspera da Páscoa, e as acusações contra Cristo de usar magia e encorajar a apostasia dos judeus.

Luciano de Samosata foi um escritor grego do segundo século que admite que Jesus foi adorado pelos cristãos, introduziu novos ensinamentos e foi por eles crucificado. Ele disse que os ensinamentos de Jesus incluíam a fraternidade entre os crentes, a importância da conversão e de negar outros deuses. Os Cristãos viviam de acordo com as leis de Jesus, criam que eram imortais, e se caracterizavam por desdenhar da morte, por devoção voluntária e renúncia a bens materiais.

Suetônio (70-128) (falando da vida do imperador Cláudio)
“O Imperador expulsou de Roma os judeus que viraram causa permanente de desordem pela pregação de Cristo” (Vida de Cláudio, cap 25, p. 4)


De fato, podemos quase reconstruir o evangelho somente a partir de primitivas fontes não-cristãs: Jesus foi chamado Cristo (Josefo), praticou “magia”, conduziu Israel a novos ensinamentos, por eles foi pendurado na Páscoa (O Talmude da Babilônia) na Judéia (Tácito), mas afirmou ser Deus e que retornaria (Eliezar), no que seus seguidores creram – O adorando como Deus (Plínio, o Jovem).

Concluindo, há provas devastadoras da existência de Jesus Cristo, tanto na história secular quanto bíblica. Talvez a maior prova que Jesus realmente existiu seja o fato de que literalmente milhares de cristãos no primeiro século d.C., incluindo os 12 apóstolos, se desprenderam a ponto de dar suas vidas como mártires por Jesus Cristo. As pessoas morrerão pelo que crêem ser verdade, mas ninguém morrerá pelo que sabe ser uma mentira.

O Aspecto Físico de Jesus
Como era Jesus fisicamente? Não há relatos bíblicos suficientes para se ter uma idéia de Sua aparência. Há somente uma profecia de como ele seria quando estivesse sofrendo na cruz (Isaías 52.14 e 53.2-3). Porém, políticos e historiadores do primeiro século descreveram não só a Sua aparência bem como o Seu comportamento, confirmando o que está escrito no Novo Testamento.
Entre várias personalidades da Roma antiga estão Públio Lêntulo, Pôncio Pilatos e Cornélio Tácito que deixaram registros sobre a presença de Cristo na Galiléia.

A Epístola de Publius Lentullus ao Senado
Esta descrição foi retirada de um manuscrito da biblioteca de Lord Kelly, anteriormente copiada de uma carta original de Públio Lêntulo em Roma. Era costume dos governadores romanos relatar ao Senado e ao povo coisas que ocorriam em suas respectivas províncias no tempo do imperador Tiberio César. Públio Lêntulo, que governou a Judéia antes de Pôncio Pilatos, escreveu a seguinte epístola ao Senado relativo ao Nazareno chamado Yeshua (Jesus), no princípio das pregações:
"Apareceu nestes nossos dias um homem, da nação Judia, de grande virtude, chamado Yeshua, que ainda vive entre nós, que pelos Gentios é aceito como um profeta de verdade, mas os seus próprios discípulos chamam-lhe o Filho de Deus - Ele ressuscita o morto e cura toda a sorte de doenças. Um homem de estatura um pouco alta, e gracioso, com semblante muito reverente, e os que o vêem podem amá-lo e temê-lo; seu cabelo é castanho, cheio, liso até as orelhas, ondulado até os ombros onde é mais claro. No meio da cabeça os cabelos são divididos, conforme o costume dos Nazarenos. A testa é lisa e delicada; a face sem manchas ou rugas, e avermelhada; o nariz e a boca não podem ser repreendidos; a barba é espessa, da cor dos cabelos, não muito longa, mas bifurcada; a aparência é inocente e madura; seus olhos são acinzentados, claros, e espertos - reprovando a hipocrisia, ele é terrível; admoestando, é cortês e justo; conversando é agradável, com seriedade. Não se pode lembrar de alguém tê-lo visto rir, mas muitos o viram lamentar. A proporção do corpo é mais que excelente; suas mãos e braços são delicados ao ver. Falando, é muito temperado, modesto, e sábio. Um homem, pela sua beleza singular, ultrapassa os filhos dos homens".

A carta de Pontius Pilate para Tiberius Caesar
A carta de Pontius Pilate (Pôncio Pilatos) para Tiberius Caesar (Tibério César)

Este é um reimpresso de uma carta de Pôncio Pilatos para Tibério César que descreve a aparência física de Jesus. As cópias estão na Biblioteca Congressional em Washington, D.C. É bem provável que tenha sido escrita nos dias que antecederam a crucificação.

Um jovem homem apareceu na Galiléia que prega com humilde unção, uma nova lei no nome do Deus que o teria enviado. No princípio estava temendo que seu desígnio fosse incitar as pessoas contra os romanos, mas meus temores foram logo dispersados. Jesus de Nazaré falava mais como um amigo dos romanos do que dos judeus. Um dia observava no meio de um grupo um homem jovem que estava encostado numa árvore, para onde calmamente se dirigia a multidão. Me falaram que era Jesus. Este eu pude facilmente ter identificado tão grande era a diferença entre ele e os que estavam lhe escutando. Os seus cabelos e barba de cor dourada davam a sua aparência um aspecto celestial. Ele aparentava aproximadamente 30 anos de idade. Nunca havia visto um semblante mais doce ou mais sereno. Que contraste entre ele e seus portadores com as barbas pretas e cútis morenas! Pouco disposto a lhe interromper com a minha presença, continuei meu passeio mas fiz sinal ao meu secretário para se juntar ao grupo e escutar. Depois, meu secretário informou nunca ter visto nos trabalhos de todos os filósofos qualquer coisa comparada aos ensinos de Jesus. Ele me contou que Jesus não era nem sedicioso nem rebelde, assim nós lhe estendemos a nossa proteção. Ele era livre para agir, falar, ajuntar e enviar as pessoas. Esta liberdade ilimitada irritou os judeus, não o pobre mas o rico e poderoso.

Depois, escrevi a Jesus lhe pedindo uma entrevista no Praetorium. Ele veio. Quando o Nazareno apareceu eu estava em meu passeio matutino e ao deparar com ele meus pés pareciam estar presos por uma mão de ferro no pavimento de mármore e tremi em cada membro como um réu culpado, entretanto ele estava tranqüilo. Durante algum tempo permaneci admirando este homem extraordinário. Não havia nada nele que fosse rejeitável, nem no seu caráter, contudo eu sentia temor na sua presença. Eu lhe falei que havia uma simplicidade magnética sobre si e que a sua personalidade o elevava bem acima dos filósofos e professores dos seus dias.
Agora, ó nobre soberano, estes são os fatos relativos a Jesus de Nazaré e eu levei tempo para lhe escrever em detalhes estes assuntos. Eu digo que tal homem que podia converter água em vinho, transformar morte em vida, doença em saúde; tranqüilizar os mares tempestuosos, não é culpado de qualquer ofensa criminal e como outros têm dito, nós temos que concordar - verdadeiramente este é o filho de Deus.

Seu criado mais obediente,
Pôncio Pilatos

Flavio Josefo, historiador judeu
Esta é uma citação de Flavio Josefo, em suas escritas históricas do primeiro século intituladas, "Antiguidades dos Judeus" Livro 18, Capítulo 2, seção 3:
"Agora havia sobre este tempo Jesus, um homem sábio, se for legal chamá-lo um homem; porque ele era um feitor de trabalhos maravilhosos, professor de tais homens que recebem a verdade com prazer. Ele atraiu para si ambos, muitos judeus e muitos Gentios. Ele era o Cristo. E quando Pilatos, à sugestão dos principais homens entre nós, o tinha condenado à cruz, esses que o amaram primeiramente não o abandonaram; pois ele lhes apareceu vivo novamente no terceiro dia, como os profetas divinos tinham predito estas e dez mil outras coisas maravilhosas relativas a ele. E a tribo de cristãos, assim denominada por ele, não está extinta neste dia".

Cornélio Tácito, historiador romano
Cornélio Tácito foi um historiador romano que viveu entre aproximadamente 56 e 120 DC. Acredita-se que tenha nascido na França ou Gália numa família aristocrática provinciana. Ele se tornou senador, um cônsul, e eventualmente o governador da Ásia. Tácito escreveu pelo menos quatro tratados históricos. Por volta de 115 DC, publicou Anais nos quais declara explicitamente que Nero perseguiu os cristãos para chamar atenção para longe de si do incêndio de Roma em 64 DC. Naquele contexto, ele menciona Cristo que foi pôsto a morte por Pôncio Pilatos:

Christus: Anais 15.44.2-8
"Nero fixou a culpa e infligiu as torturas mais primorosas em uma classe odiada para as suas abominações, chamados pela plebe de cristãos. Cristo, de quem o nome teve sua origem, sofreu a máxima penalidade durante o reinado de Tibério às mãos de um de nossos procuradores, Pôncio Pilatos, e uma superstição mais danosa, assim conferidas para o momento, novamente falida não só na Judéia, a primeira fonte do mal, mas até mesmo em Roma..."














Espírito Santo

"Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar." João 16.13,14

Com exceção das Epístolas 2 e 3 de João, todos os livros do Novo Testamento contêm referências à obra do Espírito. No entanto, é reconhecida como a doutrina mais negligenciada. O formalismo e um medo indevido do fanatismo têm produzido uma reação contra a ênfase na obra do Espírito na experiência pessoal.
Naturalmente, este fato resultou em decadência espiritual, pois não pode haver um Cristianismo vivo sem o Espírito. Somente ele pode fazer real o que a obra de Cristo possibilitou.

A natureza do Espírito Santo

QUEM É O ESPÍRITO SANTO?

Pode-se estabelecer a veracidade de que, Espírito Santo é Deus, com base na Escritura segundo uma linha de comprovações:
(1) São-lhe dados nomes divinos, Êxodo 17.7 (compare com Hebreus 3.7-9); Atos 5.3,4; 1 Co 3.16; 2 Tim 3.16; 2 Pe 1.21.
(2) São lhe atribuídas perfeições divinas, como onipresença, Sl 139.7-10; onisciência, Is 40.13,14 (compare com Romanos 11.34); 1 Co 2.10,11; onipotência, 1 Co 12.11; Romanos 15.19, e eternidade, Heb 9.14.
(3)El realiza obras divinas, como a criação, Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; renovação providencial; Salmos 104.30; regeneração,
João 3.5,6, Tito 3.5; e a ressurreição dos mortos, Romanos 8.11.
(4) É-lhe prestada honra divina, Mateus 28.19; Romanos 9.1; 2 Co 13.13.

Todas as informações disponíveis na Bíblia apontam para o fato de que o Espírito Santo é uma pessoa divina.
Ele tem as mesmas características pessoais que o Pai e o Filho.
Na qualidade de Terceira Pessoa da Trindade, o Espírito Santo é Deus e possui, é óbvio, os mesmos atributos de Deus. Com Deus Pai e Deus Filho participou da Criação. É Ele quem distribui os dons espirituais e ministeriais, segundo a Sua soberana vontade. O Espírito Santo habita no crente. (Gênesis 1.2; Salmos 139.7; Atos 5.3-4; Romanos 15.19; l Coríntios 2.10; Jó 33.4).
Quem é o Espírito Santo? A resposta a esta pergunta encontrar-se-á no estudo dos nomes que lhe foram dados, os símbolos que ilustram suas obras.

Espírito de Deus. O Espírito é o executivo da Divindade, operando tanto na esfera física como na moral. Por intermédio do Espírito, Deus criou e preserva o universo. Por meio do Espírito — "o dedo de Deus" (Lucas. 11:20) — Deus opera na esfera espiritual, convertendo os pecadores, santificando e sustentando os crentes.

É o Espírito Santo divino, Deus?
Sim. Prova-se sua divindade pelos seguintes fatos: Atributos divinos lhe são aplicados; ele é eterno, onipresente, onipotente, e onisciente (Heb. 9:14; Sal. 139:7-10; Lucas. 1:35; 1 Cor. 2:10,11). Obras divinas lhe são atribuídas, como sejam: criação, regeneração e ressurreição (Gen. 1:2; Jo 33:4; João 3:5-8; Romanos. 8:11). é classificado junto com o Pai e o Filho (1 Cor. 12:4-6; 2 Cor. 13:13; Mat. 28:19; Apoc. 1:4).

O Espírito Santo é uma pessoa ou é apenas uma influência, ou poder?
Muitas vezes descreve-se o Espírito duma maneira impessoal — como o Sopro que preenche, a Unção que unge, e o Fogo que ilumina e aquece, a Água que é derramada e o Dom do qual todos participam. Contudo, esses nomes são meramente descrições das suas operações. Descreve-se o Espírito duma maneira que não deixa dúvida quanto à sua personalidade.

Se o Espírito Santo é uma pessoa Divina, e portanto é desconhecido ou ignorado como tal, está sendo privado do amor e da adoração que Lhe são devidos. Se, por outro lado, entretanto, Ele é apenas uma influência, uma força ou um poder que emana de Deus, estaríamos praticando idolatria ou falsa adoração.

É necessário decidirmos se o Espírito Santo é um poder ou força que nos compete obter e usar, ou se Ele é uma Pessoa da Divindade, que tem o direito de controlar-nos e usar-nos. O primeiro conceito leva à auto-exaltação e à altivez, mas o segundo conceito nos conduz à auto-humilhação e à auto-renúncia.

O Espírito Santo veio, aos discípulos e a nós, para ser aquilo que Jesus Cristo foi para aqueles durante os dias de Seu contato pessoal com eles (João 14:16,17)

Ele exerce os atributos de personalidade:
mente (Romanos. 8:27); vontade (1 Cor. 12:11); sentimento (Efés 4:30). Atividades pessoais lhe são atribuídas: Ele revela (2 Pedro 1:21); ensina (João 14:26); clama (Gál. 4:6); intercede (Romanos. 8:26); fala (Apo. 2:7); ordena (Atos 16:6,7); testifica (João 15:26). Ele pode ser entristecido (Efés. 4:30); contra ele se pode mentir (Atos 5:3), e blasfemar (Mat. 12:31,32). Sua personalidade é indicada pelo fato de que se manifestou em forma visível de pomba (Mat. 3:16) e pelo fato de que ele se distingue dos seus dons (1 Cor. 12:11). Alguns talvez tenham negado a personalidade do Espírito porque ele é descrito como tendo corpo ou forma.
Mas é preciso distinguir a personalidade e a forma corpórea (possuir corpo). A personalidade é aquilo que possui inteligência, sentimento e vontade; ela não requer necessariamente um corpo. Além disso, a falta duma forma definida não é argumento contra a realidade. O vento é real apesar de não possuir forma. (João 3:8.) Uma rocha, pedra ou árvore tem forma, contundo não é uma pessoa. Não é difícil formar um conceito de Deus Pai ou do Senhor Jesus Cristo, mas alguns têm confessado certa dificuldade em formar um conceito claro do Espírito Santo. A razão é dupla: Primeiro, nas Escrituras as operações do Espírito são invisíveis, secretas, e internas; segundo, o Espírito Santo nunca fala de si mesmo nem apresenta a si mesmo. Ele sempre vem em nome de outro.
Ele se oculta atrás do Senhor Jesus Cristo e nas profundezas do nosso homem interior. Ele nunca chama a atenção para si próprio, mas sempre para a vontade de Deus e para a obra salvadora de Cristo. "não falar de si mesmo" (João 16:13).

É o Espírito Santo uma personalidade distinta e separada de Deus?
Sim; o Espírito procede de Deus, é enviado de Deus, é dom de Deus aos homens. No entanto, o Espírito não é independente de Deus. Ele sempre representa o único Deus operando nas esferas do pensamento, da vontade, da atividade. O fato de o Espírito poder ser um com Deus e ao mesmo tempo ser distinto de Deus é parte do grande mistério da Trindade.


Espírito de Cristo. (Romanos. 8:9.) não há nenhuma distinção especial entre as expressões Espírito de Deus, Espírito de Cristo, e Espírito Santo. Há somente um Espírito Santo, da mesma maneira como há somente um Deus e um Filho. Mas o Espírito Santo tem muitos nomes que descrevem seus diversos ministérios. Por que o Espírito é chamado o Espírito de Cristo?
1) Porque ele é enviado em nome de Cristo (João 14:26).
2) Porque ele é o Espírito enviado por Cristo. O Espírito é o princípio da vida espiritual pelo qual os homens são nascidos no reino de Deus. Essa nova vida é comunicada e mantida por Cristo (João 1:12,13; 4:10; 7:38), que também batiza com o Espírito Santo (Mat. 3:11). (3) O Espírito Santo é chamado Espírito de Cristo porque sua missão especial nesta época é a de glorificar a Cristo (João 16:14). Sua obra especial acha-se em conexão com aquele que viveu, morreu, ressuscitou e ascendeu ao céu. Ele torna real nos crentes o que Cristo fez por eles.

O Cristo glorificado está presente na igreja e nos crentes pelo Espírito Santo. Ouve-se sempre que o Espírito veio tomar o lugar de Cristo, mas é mais correto dizer que ele veio tornar real a Cristo. O Espírito Santo torna possível e real a onipresença de Cristo no mundo (Mat. 18:20) e sua habitação nos crentes. A conexão entre Cristo e o Espírito é tão íntima, que se diz que tanto Cristo como também o Espírito habitam no crente (Gal. 2:20; Romanos. 8:9,10); e o crente está tanto "em Cristo" como "no Espírito".

O Consolador. Esse é o título dado ao Espírito no Evangelho de João, capítulos 14 a 17.
O Espírito Santo é chamado "outro" Consolador porque seria ele, em forma invisível aos discípulos, justamente o que Jesus lhes havia sido em forma visível. A palavra "outro" faz distinção entre o Espírito Santo e Jesus; no entanto, coloca-os no mesmo nível. Jesus enviou o Espírito; mas, Jesus vem espiritualmente a seus discípulos pelo Espírito.
Cristo, cuja esfera de ação é no céu, defende os discípulos contra as acusações do "acusador dos irmãos". Ao mesmo tempo o Espírito, cuja esfera de ação é na terra, faz calar os adversários da igreja pela vitória da fé que vence o mundo.

Espírito Santo. Ele é chamado santo, porque é o Espírito do Santo, e porque sua obra principal é a santificação. Necessitamos dum Salvador por duas razões: para fazer alguma coisa por nós, e alguma coisa em nós. Jesus fez o primeiro ao morrer por nós; e pelo Espírito Santo ele habita em nós, transmitindo às nossas almas a sua vida divina. O Espírito Santo veio para reorganizar a natureza do homem e para opor-se a todas as suas tendências más.

Espírito da verdade. O propósito da Encarnação foi revelar o Pai; a missão do Consolador é revelar o Filho. Ao contemplar-se um quadro a óleo, qualquer pessoa notará muita beleza de cor e forma; mas para compreender o significado intrínseco do quadro e apreciar o seu verdadeiro propósito precisará de um intérprete experiente. O Espírito Santo é o Intérprete de Jesus Cristo. Ele não oferece uma nova e diferente revelação, mas abre as mentes dos homens para verem o mais profundo significado da vida e das palavras de Cristo. Como o Filho não falou de si mesmo, mas falou o que recebeu do Pai, assim o Espírito não fala de si mesmo, como se fosse fonte independente de conhecimento, mas declara o que ouviu daquela vida íntima da Divindade.

Origem do Espírito Santo
Registra as sagradas escrituras, que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho. Isto se testemunha com tanta frequencia no Novo Testamento, que não o pode¬mos pôr em dúvida. Assim Ele é chamado de Espírito do Pai como também de Espírito de Cristo. (Romanos 8:9 / Felip 1:19 / 1 Pedro 1:11/ João 16: 13-15 / Gal 4:6) outras referencias (1 Cor 2:11 / João 20:22 / João 14:18).
O Espírito Santo procede do Pai (João 15:26-27). Cristo por ser filho de Deus, e de natureza igual a do Pai, O Espírito Santo também procedeu de filho.
Deus de nada teve origem. Jesus teve origem em Deus; foi gerado. O Espírito Santo veio a existência pelo Deus Pai e Deus Filho. Não são vários Espíritos Santos, mas um só Espírito. Um único ser procedeu de dois; Pai e Filho. Por isso é chamado nas escrituras sagradas de Espírito de Deus e Espírito de Cristo. Esse é um mistério que a mente humana e limitada não pode alcançar. Tão misterioso e incompreensivo é a origem de Deus Pai , Deus filho e também de Deus Espírito Santo.

O CRENTE E O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO
Vamos ler Gálatas 5.22,23.

AMOR – Este é o amor de Deus, o ágape. ( João 3.16) o amor altruísta. Ele pode amar até os inimigos. Este amor é concedido ao crente no ato da conversão e recebimento do Espírito de Deus. (Romanos 5.5) Esse amor é Vertical (Deus) e Horizontal (Próximo). (Mc 12.30,31) “O amor é a base de todo relacionamento perfeito no céu e na terra.”2 (I João 4.7-12)
ALEGRIA – Esta é a alegria que vem do Senhor, independente das circunstâncias. (Jo 16.22) É experimentada na vida do Crente, através da certeza que ele tem de que foi liberto pela Graça de Deus. (Jo 8.32; 8.36).
PAZ – O que é Paz? “Paz é uma atitude de serenidade, calma e força, tranqüilidade e quietude de espírito, produzida pelo Espírito santo, mesmo na adversidade e nas tribulações.”3 Esta paz é prometida ao Crente por Cristo. (Jo 14.27) Ela vem do amor a Palavra de Deus. (Sl 119.165) O crente precisa buscar esta paz. (Sl 34.14)
LONGANIMIDADE – É a qualidade vivida pelo Crente que produz o Fruto do Espírito, onde Deus lhe concede a perseverança necessária diante das pessoas que erram e pecam lutando contra este servo de Deus. A longanimidade leva o crente a esperar que estas vidas sejam transformadas pelo poder de Deus. O Crente deve andar com longanimidade (Ef.4.2) e revestir-se de longanimidade. (Cl 3.12).
BENIGNIDADE – A palavra benignidade está associada a idéia de bondade, brandura; está ligadas também ao amor, compaixão e misericórdia. (Ef. 4.32) Deus é Benigno (Lucas 6.35).
BONDADE – Bondade é a qualidade de bom. Deus é o maior exemplo de bondade. Esta qualidade que ó Espírito concede ao servo de Deus, é exercida através da generosidade em ação em relação ao seu semelhante. (Ef. 4.32).
FIDELIDADE – Fidelidade vem da palavra “fiel”, que quer dizer leal, honrado, verdadeiro, que não falha. Daí também, pensarmos na confiabilidade total, na lealdade absoluta. Aquele que é digno de confiança. Devemos ser fieis a Deus, Sua Palavra e ao nosso próximo. Deus é Fiel. (Sl 119.90), a fidelidade do Crente deve ser até a morte. ( Ap. 2.10).
MANSIDÃO – Na mansidão a força e a brandura estão juntas. Traz a idéia de serenidade, tranqüilidade. A Bíblia diz que “os mansos herdarão a terra”... (Sl 37.11). O Crente deve andar em “toda a humildade e mansidão”. (Ef. 4.1,2). Deve também estar revestido de mansidão. (Cl 3.12)
DOMÍNIO PRÓPRIO – Ao exercer o Crente o domínio próprio, evidencia-se o autocontrole. A autodisciplina, a temperança e a moderação. Nos momentos conflitantes onde normalmente onde se perderia o controle, todo o querer pessoal deste crente fica sob o domínio de Cristo. (Fl 4.5)

Para sabermos se na vida do Crente a Plenitude do Espírito é real, é necessário que se observe se nesta vida há a manifestação do Fruto do Espírito. Em Gálatas 2.20, lemos que já não é mais o Crente que vive, mas Cristo vivendo nele. Quando Cristo reina soberanamente na vida do Crente, sem dúvida ele produzirá o Fruto do Espírito.

O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
A atuação do Espírito Santo não se limita ao período do Novo Testamento. Ele está presente e atuante na história da humanidade desde a criação. "No princípio criou Deus os céus e a terra. (...) e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas" (Gn 1.1,2). Mas, no Antigo Testamento o Espírito Santo era dado a pessoas especiais para tarefas especiais. Ele era dado, mas também podia ser retirado dessas pessoas. Ele atuava nas pessoas que Deus escolhia para tarefas especiais, capacitando e equipando-as para a obra que deviam realizar.
Ele estava sobre Moisés e Josué, quando eles guiavam o povo de Israel para a terra prometida. Foi ele quem deu habilidade a Bezalel para fazer as obras de artes para o tabernaculo (Êxodo 35.31). Foi ele quem capacitou os setenta anciãos para ajudarem a Moisés (Nm 11.16-25). Foi ele quem revestiu os juízes de poder e autoridade para libertar e julgar o povo de Israel (Juízes 3.10; 6.34; 11.29; 13.25; 14.6,19; 15.14). Quando Saul e Davi foram ungidos reis, o Espírito Santo veio sobre eles para qualificá-los para a importante missão (1Sm 10.6,10; 16.13,14).
O Espírito Santo falou através dos profetas (Ne 9.30). Inspirou os escritores da Bíblia Sagrada (2Tm 3.16; 2 Pe 1.21). Mas foi no dia de Pentecostes que Ele veio para ficar para sempre com o povo de Deus. "É importante notar a linguagem empregada no Antigo e Novo Testamentos. No Antigo se diz que o Espírito Santo vinha sobre indivíduos. No Novo – e a partir do
Pentecostes – o espírito Santo habita nas pessoas. No Antigo Testamento o Espírito Santo vinha sobre seres humanos e fazia uso deles. No Novo, o Espírito Santo habita no crente e estimula-o a realizar de coração a vontade de Deus.

O ESPÍRITO SANTO NO MINISTÉRIO DE JESUS
O Espírito Santo agiu e sempre agirá em função do pacto da redenção. Ele preparou o caminho para a vinda do Salvador, esteve com ele em sua vida, morte e ressurreição. Ele está conosco como selo e "penhor da nossa redenção" (Ef 1.14). O Espírito Santo exerceu um papel de grande importância na vida e no ministério de Jesus. Ele foi gerado no ventre da virgem Maria pelo Espírito Santo. Quando o anjo disse a Maria: "Eis que (tu) conceberás e darás à luz um filho a quem chamarás pelo nome de Jesus" (Lc 1.31). Ela respondeu: "Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo:
Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus" (Lc 1.34,35). Jesus, como Segunda Pessoa da Santíssima Trindade sempre existiu; mas como homem ele passou a existir a partir do momento em que foi gerado pelo Espírito Santo. João Batista veio como precursor de Jesus, para preparar-lhe o caminho. Ele foi preparado para isto, sendo cheio do Espírito Santo desde o ventre materno (Lc 1.15).

Toda a vida terrena de Jesus foi vivida sob a ação do Espírito Santo. Quando ele foi batizado por João Batista, o Espírito Santo desceu sobre ele em forma de pomba (MATEUS 3.13-17). "A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito, ao deserto, para ser tentado pelo diabo" (Mateus 4.1). E, com a assistência do Espírito Santo, ele venceu o tentador. Quando expulsava demônios, Jesus o fazia pelo poder do Espírito (Mateus 12.28). Seus milagres eram feitos pela unção do Espírito (Lc 4.18; At 10.38). Jesus se ofereceu como sacrifício por nós, sob a assistência do Espírito Santo (Hb 9.14). E por fim, o Pai, por intermédio do Espírito Santo. "ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos" (Romanos 8.11). Jesus declarou: "O Filho nada pode fazer de si mesmo" (João 5.19). Quando disse isso, ele se referia ao seu relacionamento com o Pai. Mas essas mesmas palavras lançam luz
sobre a dependência que o Filho tinha do Espírito Santo.

O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DOS APÓSTOLOS
A atuação do Espírito Santo sobre os apóstolos, antes do dia de Pentecostes, é bem semelhante à atuação do Espírito no Antigo Testamento. Quando Jesus prometeu aos discípulos o Consolador, disse-lhes: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós" (Jo 14.16,17). Embora o Espírito Santo habitasse com os apóstolos, ele ainda não estava para sempre com eles. Como no Antigo Testamento, a presença do Espírito ainda não era uma dádiva permanente. Embora o Espírito Santo já habitasse com os apóstolos, logo após a ressurreição Jesus "soprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo" (Jo 20.22). Mas essa ainda não era a posse definitiva do Espírito. Jesus havia acabado de comissioná-los para pregar o evangelho e exercer autoridade espiritual. E, a seguir, deu-lhes o Espírito Santo como equipamento para realizarem a tarefa que haviam recebido. O Espírito Santo só habitaria permanentemente nos apóstolos após a glorificação de Jesus (Jo 7.39). Ele precisaria ir para o Pai para que o Espírito viesse. Ele disse aos discípulos: "Convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei" (Jo 16.7).

A DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO NO PENTECOSTES
No dia de Pentecostes o Espírito Santo veio para ficar para sempre com os servos de Jesus Cristo, conforme ele havia prometido (Jo 14.16). O livro de Atos dos Apóstolos registra que "ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente veio do céu um som como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo, e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem" (At 2.1-4).

Como era um dia especial para os judeus, Jerusalém estava cheia de pessoas de diferentes países. Alguns eram judeus nascidos fora da Palestina. Outros eram prosélitos do judaísmo. Uma enorme multidão dirigiu-se para o local onde os apóstolos estavam. E o maravilhoso é que os apóstolos receberam o dom de falar línguas que não conheciam, e assim cada pessoa ouvia a pregação do evangelho em sua própria língua materna. "Estavam, pois, atônitos, e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando? E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna ... as grandezas de Deus? (At 2.7,8,12). As "línguas como de fogo" que pousaram sobre cada um deles pode ter sido um
meio que Deus usou para dissipar a desconfiança que, possivelmente, existia no grupo. Judas Iscariotes tinha traído o Mestre; Pedro o negara; e Tomé a princípio descreu da sua ressurreição.

Por isto, podia haver um clima de desconfiança dentro do grupo. Sem um sinal visível de que cada um recebera o Espírito Santo, um poderia questionar se o outro também o tinha recebido. Com aquela manifestação visível ficou patente que todos receberam o Espírito. E as línguas que passaram a falar eram símbolo da universalização do evangelho. Em Babel, Deus havia confundido a linguagem do povo; por causa da rebeldia contra o Criador, cada um passou a falar uma língua que o outro
não entendia; e assim foram dispersos pela terra (Gn 11.1-9). Mas agora estava sendo inaugurada uma nova era de salvação, e todos podiam ouvir as grandezas de Deus em sua própria língua.

O QUE SIGNIFICA BLASFEMAR CONTRA O ESPÍRITO SANTO? O CRENTE
PODE FAZER ISTO?
Primeiramente, entenda-se como blasfemar: insultar, afrontar, injuriar, difamar. Noutras palavras, é uma ofensa extremamente grave. O versículo que fala do assunto está em Mateus 12.31: ‘PORTANTO, EU VOS DIGO: TODO PECADO E BLASFÊMIA SE PERDOARÁ AOS HOMENS, MAS A BLASFÊMIA CONTRA O ESPÍRITO NÃO SERÁ PERDOADA AOS HOMENS.”
A Bíblia de Estudo Pentecostal explica: “A blasfêmia contra o Espírito Santo é a rejeição contínua e deliberada do testemunho que o Espírito Santo dá de Cristo, da sua Palavra e da sua obra de convencer o homem, do pecado (cf. João 16.7-11). Aquele que rejeita a voz do Espírito se opõe a ela, afasta de si mesmo o único recurso que pode levá-lo ao perdão; o Espírito Santo”. A blasfêmia contra o Espírito se caracteriza por uma posição de rejeição - de forma intencional, proposital e
deliberada do perdão oferecido por Cristo. O simples fato de o crente ficar a meditar se alguma vez cometeu esse
pecado é uma evidência de que não o cometeu. Aquele que blasfema está com o coração endurecido e não se arrepende de seus atos.

O ESPIRITO SANTO PODE SER TIRADO DO CRENTE?
O Espírito Santo jamais se afasta do crente fiel (Romanos 8.9; 1 Coríntios 3.16; 6.19). Todavia, o Espírito se retira quando a fé é abandonada; quando a voz do Espírito não mais é ouvida; quando os corações ficam endurecidos a tal
ponto que não há mais possibilidade de arrependimento (Romanos 8.7-19). O Espírito Santo não se retira por qualquer pecado. Ele está em nós justamente para nos convencer do pecado, da justiça e do juízo, e nos levar ao arrependimento. Mas se continuarmos na rebeldia, sem sincero propósito de deixarmos o pecado, já não seremos membros do Corpo de Cristo: “SE PECARMOS VOLUNTARIAMENTE, DEPOIS DE TERMOS RECEBIDO O CONHECIMENTO DA VERDADE, JÁ NÃO RESTA MAIS SACRIFÍCIOS PELOS PECADOS, MAS UMA CERTA EXPECTAÇÃO HORRÍVEL DE JUÍZO E ARDOR DE
FOGO, QUE HÁ DE DEVORAR OS ADVERSÁRIOS” (Hebreus 10.26-27; Juízes 16.20).O rei Davi, após cometer o terrível pecado de adultério, e tendo sido co-autor de um homicídio, clamou a Deus: “Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo” (Salmo 51.11). Perder o Espírito Santo significa perder a salvação. Para não perdermos a salvação devemos continuar ligados à Videira Verdadeira. Leiam: João 15.6; Colossenses 1.23; 1 Coríntios 15.2; Hebreus 2.3; 3.14; 10.38; 1 João 1.7.

BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

A SALVAÇÃO DEPENDE DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO?
Não. Somos salvos pela graça de Deus, mediante a nossa fé (Efésios 2.8). O crente, quando verdadeiramente se converte ao evangelho de Jesus Cristo e se volta para Deus, ele recebe instantaneamente o Espírito Santo, selo da Salvação em Jesus Cristo. O batismo com O Espírito Santo é um revestimento de poder (atos 1:8), que segue dons espirituais; embora, uma pessoa cheia do Espírito Santo possa ser usada por Deus em dons, tais como: cura, revelação, visão, etc. Porém, não como uma pessoa batizada com Espírito Santo, que possuí dons que não são dados a pessoas não batizadas no Espírito, tais como: falar em línguas, profetizar, interpretação de línguas, etc. (1 Coríntios 12:1-11)
O novo nascimento é o único ato pelo qual alguém pode entrar no reino de Deus (Jo.3:5). Trata-se de um ato
sobrenatural, espiritual, que é levado a efeito pelo Espírito Santo e pela Palavra de Deus.

Quem batiza com Espírito Santo?
Jesus Cristo: "Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mateus
3.11-c). Leia Atos 2.32-33.
O batismo com Espírito Santo depende do esforço e do mérito humano? Não. O Batismo é uma dádiva de Deus. O ser humano evidentemente precisa estar em processo de comunhão com Deus. Deus não vai batizar ninguém com Espírito Santo que esteja vivendo no pecado ou que não queira. Então é necessário que se peça e queira, que se busque o batismo no Espírito Santo, mas não depende do esforço pessoal e muito menos da vontade do pastor. Vemos às vezes pastores dizendo: Vem hoje que você vai receber o Espírito Santo. O Espírito Santo é um dom de Deus, não é por merecimento. Existem evidencias de pessoas que foram batizadas com Espírito Santo, antes mesmo de aceitar a Cristo ou se converter, provando mais uma vez que o batismo com Espírito Santo é um dom e não é por merecimento. Porém, esses casos de batismo em pessoas que não eram ainda convertidas, foram obras especificas realizadas por Deus para um determinado propósito e em todos os casos, essas pessoas se converteram instantaneamente a Jesus Cristo, largando o pecado e obedecendo a Palavra de Deus. Porém não é regra geral esses acontecimentos, são casos raros.
Falar em línguas é evidência de ser batizado com Espírito Santo?
A Bíblia nos dá exemplos de que o falar em línguas estranhas é uma evidência física e audível da plenitude do Espírito em nós, o que é confirmado pela experiência de milhões de batizados.
Há três passagens no livro de Atos que falar em línguas era acompanhado pelo recebimento do Espírito Santo (Atos 2:4; 10:44-46; 19:6). A história da Igreja desde seu inicio e a experiência dos crentes, provam que o sinal do batismo com Espírito é o falar em línguas estranhas.

HÁ DIFERENÇA ENTRE BATISMO EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO
SANTO, E O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO?
Há. O batismo no Espírito Santo é diferente de Novo Nascimento, Regeneração, batismo nas águas ou em nome de Jesus. O exemplo mais claro dessa distinção está em Atos 8. Vejamos:
• "Ouvindo os apóstolos que estavam em Jerusalém que Samaria recebera a
palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João;
• "Quando chegaram, oraram por eles para que recebessem o Espírito
Santo";
• "Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram
batizados em nome do Senhor Jesus".
• "Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo".

DONS DO ESPÍRITO SANTO

OS DONS SÃO PARA HOJE OU NÃO?

PARA OS GRUPOS CARISMÁTICOS E PENTECOSTAIS, A ATUALIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS É UM FATO INCONTESTÁVEL. MAS NÃO OCORRE A MESMA COISA NAS IGREJAS CHAMADAS DE HISTÓRICAS OU TRADICIONAIS. NESTAS, A NÃO-ACEITAÇÃO DA ATUALIDADE DOS DONS SEMPRE FOI MOTIVO DE DISCUSSÕES E DIVISÕES.

Para alguns teólogos, os dons eram apenas para os dias apostólicos, para a igreja primitiva. Quem pensa dessa maneira toma por base o texto de 1Co 13: 8-10. A expressão “quando vier o que é perfeito”, no v. 10, significaria que, ao cessar a era apostólica, ou quando estivesse completo o cânon do Novo Testamento, também cessariam os dons. Contudo, a crença de que os dons eram apenas para o primeiro século da era cristã não é unanimidade nem mesmo dentro das igrejas históricas. Os argumentos favoráveis à existência dos dons para os nossos dias são muito mais convincentes. Há em 1Co 13: 8-10 uma clara referência à volta de Cristo. Só após a segunda vinda de Cristo é que não mais precisaremos usar os dons.
Jesus prometeu capacitar os crentes para a pregação da Palavra, Lc 10: 19. A história da Igreja confirma o uso dos dons.

A diversidade de dons
Os dons têm sua origem na ação do Espírito Santo, 1Co 12: 1-11. Ele é quem os distribui soberanamente aos crentes, com objetivos específicos, 1Co 12: 7, 11. Geralmente, ao estudarmos os dons espirituais nos prendemos àqueles mencionados em 1Co 12.
Mas há diferentes listas de dons no Novo Testamento: Romanos 12: 6-8: profetizar, ministrar, exortar, contribuir, presidir e exercer misericórdia. O contexto desses versículos enfatiza que todos somos membros do Corpo de Cristo e dependemos uns dos outros. Cada crente contribui para o crescimento do Corpo, usando o dom específico que tem recebido. Efésios 4: 11-16: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores-mestres. Através desses ministérios os crentes são equipados para o serviço. À proporção que cada um presta sua contribuição, todo o corpo vai sendo edificado, v. 12, e cada membro em particular vai crescendo e adquirindo maturidade espiritual, vv. 13-16.
1Coríntios 12: 4-10: palavra de sabedoria, palavra de conhecimento, fé, dons de curar, operações de milagres, profecia, discernimento de espíritos, variedade de línguas, interpretação de línguas. Essa passagem, juntamente com os vv. 28 a 31, se complementa ao narrar os dons do Espírito Santo. No v. 7 o apóstolo ensina duas grandes lições. A primeira é de que o Espírito concede dons a cada crente: “a manifestação do Espírito é concedida a cada um...”. Outra lição é a do fim proveitoso dos dons. Não há distribuição de dom sem finalidade específica.555551Coríntios 12: 28: apóstolos, profetas, mestres, operadores de milagres, dons de curar, socorros, governar, variedades de línguas. 1Pedroro 4: 10-11: falar, servir. O objetivo dessa passagem é acentuar que, se o crente recebe um dom espiritual, deve empregá-lo a serviço dos outros membros, conforme o poder de Deus e para a glória do Senhor.














SALVAÇÃO
SALVAÇÃO É UM DOM GRATUITO
Deus o ama e deseja que você saiba que a salvação não é pelas obras, é um dom. O caminho da salvação provido por Deus é receber a Cristo pessoalmente, confiando nele somente e unir-se a Jesus Cristo para nos salvar.

Romanos 6:23: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor." Não podemos fazer-nos "dignos" da graça de Deus. Salvação é um dom gratuito ao indigno, ao que não merece, e todos nós estamos nesta categoria. "Cristo morreu pelos ímpios" -- Romanos 5:6.

Efésios 2:8, 9: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie."
Quando uma pessoa é salva, ela não recebe apenas a vida eterna e o perdão dos pecados; ela é também habitada pelo Espírito Santo e recebe uma nova natureza que é sensível ao ensino e à direção do Espírito. Portanto, um crente em Cristo é capacitado pela graça a deixar sua luz brilhar diante dos homens para que possam ver suas boas obras e glorificar ao Pai que está nos céus (Mateus 5:16). Não fazemos boas obras para sermos salvos; nós as fazemos porque somos salvos. “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2:10).
“Praticamos boas obras não para ser salvos, mas porque somos salvos.”
A SALVAÇÃO NÃO É A FÉ COM BOAS OBRAS
A compreensão mais freqüente da condição da salvação é que a salvação é pela fé e também pelas obras. Salvação pela fé é uma doutrina da Bíblia, e o homem não pode argumentar contra ela (Ef 2:8). Contudo, o homem diz que ela é também pelas obras. Consideremos agora o que a Bíblia diz sobre isso. Freqüentemente somos brandos e complacentes em nosso falar, mas a Bíblia não é branda no seu falar. Ela é muito precisa. Efésios 2:8 e 9 dizem: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. Aqui ela nos diz que a salvação é absolutamente pela graça e mediante a fé.
É preciso saber que a fé e as obras são basicamente opostas entre si. A graça do Senhor Jesus é baseada no amor de Deus. Quando cremos, a graça e o amor fluem para dentro de nós. Como resultado, somos salvos, temos vida, e somos justificados. Nada disso é transmitido a nós por meio das obras.

Romanos 4:4 e 5 diz: “Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim, como dívida. Mas, ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica ao ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça”. Agora temos clareza. Se um homem pode ser salvo por obras, então a salvação torna-se uma recompensa. Não é mais a graça, mas torna-se algo que a pessoa merece. Se é algo que alguém merece, então não mais é gratuito.
Necessitamos de uma nova natureza!
Deus o ama e deseja que você saiba que há somente um caminho para a salvação, e esse é mediante o nascer de novo.
João 3:7: "Importa-vos nascer de novo." João 1:12 diz-nos como. "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome." Aceitar a Jesus é a única maneira de nascer de novo.

Não somos filhos de Deus por natureza. Devemos receber a Cristo a fim de nos tornarmos filhos de Deus.

Somente Jesus pode limpar os nossos pecados e mudar nossa natureza; 1 Pedro 2:24: "Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados." Jesus tomou nosso lugar e derramou seu sangue a fim de nos lavar os pecados. Quantia alguma de "boas obras" pode lavar um único pecado ou trocar nossa natureza.

Salvação ocorre quando nos unimos a Jesus, crendo, para nos salvar. Então ele entra em nossa vida e nos tornamos filhos de Deus com uma nova natureza.
Essa nossa união com Jesus Cristo, faz uma mudança de vida, nascemos de novo, morremos para o mundo, mortificamos a velha criatura e andamos em novidade de vida.
Nossa união com Jesus Cristo é a única forma de escaparmos do juízo de Deus, porque Jesus sofreu o juízo sobre si, mas ressuscitou, sendo assim, devemos mortificar a velha criatura e ser vivificado, ressuscitado com uma nova criatura, e isso é obra de Deus, do Espírito de Deus que opera em nós quando se convertemos a Jesus Cristo.
Embora a salvação não seja pelas obras, a salvação verdadeira sempre produz mudança de vida.

Como sabemos que estamos salvos?
Quando a velha criatura morreu, quando o pecado, embora presente, não tem poder sobre nós.
Isso é visto na declaração de Paulo, quando servia a Deus no judaísmo, quando acreditava que se salvaria pela guarda da Lei de Moisés e por meio de obras, e depois, quando conheceu a Jesus Cristo e sua vida foi mudada. Paulo diz que o bem que queria fazer esse não fazia, e o mal que não queria fazer esse fazia. Esse estado do homem, é um estado de pecado, do velho homem, querendo fazer a vontade de Deus, mas não consegue. Escravo do pecado. A certeza da salvação começa com um vida regenerada e livre do senhorio do pecado aqui na terra.

Muitos, tem limitado a obra de Jesus Cristo na cruz, ou nem ao menos conhece sua obra redentora. Se conformam com uma vida cristã incompleta, libertação do pecado incompleta, se sujeitando ao poder do pecado, o qual, ainda domina ou tem controle sobre alguns pecados da velha natureza decaída. Jesus Cristo fez a obra perfeita, cabe a nós renunciar e tomar nossa cruz e seguir a Jesus e morrer juntamente com ele com a nossa velha criatura. Não que o poder para a libertação esteja em alguma obra que possamos fazer ou possamos fazer para merecer a libertação. A obra já foi feita por Jesus, cabe a nós se entregar a Cristo para servimos a Jesus e não servir ao pecado.

Leia o que ta escrito:

“18 Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está.
19 Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico.
20 Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.
21 Acho então esta lei em mim, que, mesmo querendo eu fazer o bem, o mal está comigo.
22 Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus;
23 mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e me levando cativo à lei do pecado, que está nos meus membros.
24 Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?”
(Romanos 7:18-24)

Paulo viveu buscando agradar a Deus por meio das obras, mas não conseguia.
Mas Deus mudou a realidade de Paulo quando conheceu a Jesus Cristo o libertador.

Está escrito:
“ e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará... se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8.32,36). ”
Paulo conheceu a verdade, por isso continua suas palavras dizendo:

“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
2 Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.”
(Romanos 8:1,2).

A salvação é instantânea!
Deus o ama e deseja que você saiba que a salvação é instantânea. No momento em que nos arrependemos, que deixamos nossos pecados e nos voltamos para Jesus, ele nos salva.
Cristo disse ao ladrão não batizado e não salvo, na cruz, (uma resposta instantânea de salvação ao clamor confiante do ladrão): "Hoje estarás comigo no paraíso" -- Lucas 23:43.
Jesus garantiu a salvação de uma prostituta: "A tua fé te salvou; vai-te em paz" -- Veja Lucas 7:50. Salvação instantânea!
A salvação não é um processo evolutivo. Muitos ao ser convencidos da verdade por ouvir a palavra de Deus, demoram um pouco a ouvir o chamado de Deus para o arrependimento e a renuncia, e ainda vivem uma vida apegada aos costumes e as coisas desse mundo, por isso ainda se acham enquadradas na situação de Paulo antes de sua conversão; querendo fazer a vontade de Deus e não conseguindo, o pecado tendo domínio sobre sua vida.





Salvação é crer é ter fé. Mas o que é crer?
Salvação é crer, crer implica arrependimento, arrependimento implica conversão, conversão implica n’uma nova vida, nova criatura, nascer de novo.

A Tristeza não é arrependimento
Paulo diz que "a tristeza segundo Deus opera arrependimento" (2 Cor. 7:10), por exemplo, a tristeza, segundo Deus, "opera" ou "produz" arrependimento, mas não é arrependimento!

O terror judicial na consciência não é arrependimento
Especialmente, esta é a verdade no caso dos pecadores no seu leito de morte. Eles viveram suas vidas na rebelião contra o Deus do Céu, mas o pensamento do: "temor de algo aterrorizante após a morte, aquele temor do julgamento eterno que deverá passar sobre todos... O prospecto de responder pelas ações" os causa muito terror de consciência, mas isto é muito distante do arrependimento.

Deixar de lado alguns pecados grosseiros não é arrependimento
Note o julgamento de Jesus contra eles: "Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia."

A penitência não é arrependimento.
A definição desta palavra dará condições a determinar que penitência não é arrependimento. "O sofrimento, a labuta ou a dor que alguém voluntariamente se sujeita, ou ao qual é imposta pela autoridade como punição de suas faltas, ou como uma expressão de penitência; tais como: o jejum, flagelação, acorrentamento, etc.

Não só rege a lei da nossa conduta exterior, assim como também dos nossos "corações" e nossa alma ... Jesus disse que foram as coisas geradas no coração que contaminam o homem.

Um caso de pseudo arrependimento
"Então Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos."

Há casos iguais ao de Judas, onde o indivíduo experimenta a "mudança de pensamento", mas a "mudança" não vem de uma mudança de atitude e emoção adequada, e portanto não produz a "mudança de pensamento", revelando que esta mudança não é fruto da regeneração.
A palavra usada, à respeito de Judas, significa que Judas ficou entristecido que fora "capturado" ou "condenado", e não significa que ele "arrependera-se" e Deus "recusou-se em salvá-lo."

Se o pecador estiver realmente arrependido de seu pecado perante de Deus, então ele estará arrependido a respeito de seu relacionamento com seu "conterrâneo". O mesmo Deus que deu os primeiros cinco Mandamentos, os quais eram de regulamentar a conduta de alguém para com Ele, também deu os últimos cinco para regulamentar a conduta de alguém com seus semelhantes.

É em Mateus. 21:32, onde vemos Jesus falando a "principais sacerdotes e os anciãos: "Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer."

O verdadeiro arrependimento é uma mudança de mente, e quando usado em conexão com o evangelho, significa para o pecador perdido uma mudança da descrença para a crença. É óbvio, então, que quando o pecador se arrepende de verdade, ele também passa a crer no que não cria antes, incluindo uma confiança em Quem antes não confiava.

A fé salvadora implica necessariamente numa confiança ou entrega pessoal, como se é ensinado claramente na Bíblia. Já que o pecador perdido está num estado natural de descrença, é óbvio que ele não pode crer sem uma mudança de mente, a qual é o significado de arrependimento no Novo Testamento.

Portanto, a salvação implica em crê, arrependimento e conversão, seguindo os mandamentos de Deus escritos em sua palavra e não o que achamos que é o caminho correto pela nossa própria consciência, consciência essa, corrompida pelo pecado, pela velha criatura e pelos costumes e tradições do mundo.

Mas o que é arrependimento ?
Atos 26.20 "Mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judéia, e aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento".
Arrependimento significa mudança de mente, de modo que os pontos de vista de uma pessoa arrependida, seus valores, objetivos e comportamentos são mudados e toda a sua vida é vivida de um modo diferente. Sua mente , seu discernimento, sua vontade, suas afeições, seu comportamento, seu estilo de vida, seus motivos e seus planos , tudo está envolvido nessa mudança. Arrepender-se significa começar a viver uma nova vida.
A idéia de que pode haver fé salvadora sem arrependimento e de que alguém pode ser justificado apenas aceitando a Cristo como Salvador, mas recusando-se a aceitá-lo como Senhor, é um erro perigoso.

Sentimentos de remorso, auto-reprovação e tristeza pelo pecado gerados pelo temor de punição, sem qualquer desejo ou decisão de deixar de pecar, não devem ser confundidos com o arrependimento. Davi expressa o verdadeiro arrependimento no Salmo 51, revelando em seu coração o propósito de não pecar mais e de viver uma vida justa ( Lucas 3.8; Atos 26.20).

Apenas o conhecimento não é suficiente.
A fé salvadora pessoal, da maneira como a Escritura a entende, envolve mais que mero conhecimento. É necessário que tenhamos algum conhecimento de quem Cristo é e o que ele fez, pois “como crerão naquele de quem não ouviram falar?” (Romanos 10.14). Porém o conhecimento a respeito dos fatos da vida, morte e ressurreição de Jesus por nós não é suficiente, pois as pessoas podem conhecer fatos, mas podem se rebelar contra eles ou não gostar deles. Por exemplo, Paulo nos diz que muitas pessoas conheciam as leis de Deus, mas não as apreciavam: “Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam” (Romanos 1.32). Mesmo os demônios sabem quem Deus é e conhecem os fatos a respeito da vida de Jesus e de sua obra salvadora, pois Tiago diz: “Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios crêem e tremem!” (Tiago 2.19).
Mas esse conhecimento certamente não significa que os demônios são salvos.

Conhecimento e aprovação não são suficientes.
Além disso, o mero conhecimento dos fatos e a aprovação deles ou a concordância de que eles são verdadeiros não é suficiente. Nicodemos sabia que Jesus tinha vindo de Deus, porque ele disse: “Mestre, sabemos que ensinas da parte de Deus, pois ninguém pode realizar os sinais miraculosos que estás fazendo, se Deus não estiver com ele” (João 3.2). Nicodemos avaliara os fatos da situação, incluindo os ensinos de Jesus e os seus milagres notáveis, e havia tirado a conclusão correta daqueles fatos: Jesus era o mestre vindo da parte de Deus. Mas isso somente não significava que Nicodemos tinha fé salvadora, pois ele tinha ainda de colocar sua confiança em Cristo para ser salvo; ele ainda precisava “crer nele” O rei Agripa proporciona outro exemplo de conhecimento e aprovação sem fé salvadora. Paulo percebeu que o rei Agripa conhecia e aparentemente via com aprovação as Escrituras dos judeus (o que hoje chamados AT). Quando Paulo estava no tribunal perante Agripa, ele disse: “Rei Agripa, crês nos profetas? Eu sei que sim” (Atos 26.27). Todavia, Agripa não tinha a fé salvadora, pois ele disse a Paulo: “Você acha que em tão pouco tempo pode convencer-me a tornar-me cristão?” (Atos 26.28).

Fé e arrependimento devem vir juntos.
Podemos definir o arrependimento da seguinte maneira: Arrependimento é a tristeza de coração pelo pecado, a renúncia ao pecado e o compromisso sincero de abandoná-lo e de andar em obediência a Cristo.

Essa definição indica que o arrependimento é algo que pode ocorrer em determinado ponto do tempo e não é equivalente à demonstração de mudança no padrão de vida de uma pessoa. Semelhantemente à fé, o arrependimento é o entendimento intelectual (de que o pecado está errado), a aprovação emocional dos ensinos da Escritura com respeito ao pecado (tristeza pelo pecado e o ódio dele) e a decisão pessoal de abandoná-lo (a renúncia ao pecado e decisão voluntária de deixá-lo e, em vez disso, de levar uma vida de obediência a Cristo).

Não podemos dizer que alguém já vive realmente esse tipo de vida mudada antes de arrepender-se genuinamente, nem podemos dizer que o arrependimento se torna uma espécie de obediência que prestamos para merecer a própria salvação. Obviamente, o genuíno arrependimento resultará na vida mudada. De fato, a pessoa verdadeiramente arrependida começará a viver uma vida transformada, e podemos chamar essa vida transformada fruto do arrependimento. Mas nunca devemos exigir que haja um período de tempo em que uma pessoa realmente viva uma vida mudada antes que possamos lhe dar a certeza do perdão. O arrependimento é algo que ocorre no coração e envolve a totalidade da pessoa na decisão de abandonar o pecado.

É importante perceber que a mera tristeza que advém das ações de uma pessoa, ou mesmo o remorso profundo por causa dessas ações, não constitui o genuíno arrependimento a menos que ele seja acompanhado da decisão sincera de abandonar o pecado que está sendo cometido contra Deus. O arrependimento genuíno envolve a profunda convicção de que a pior coisa a respeito de pecado é que ele ofende o Deus santo. Paulo pregava a respeito da conversão “a Deus com arrependimento e fé em nosso Senhor Jesus” (Atos 20.21).
Ele diz aos coríntios: “Agora, porém, me alegro, não porque vocês foram entristecidos, mas porque a tristeza os levou ao arrependimento. Pois vocês se entristeceram como Deus desejava, e de forma alguma foram prejudicados por nossa causa. A tristeza segundo Deus não produz remorso, mas sim um arrependimento que leva à salvação, e a tristeza segundo o mundo produz morte” (2Co 7.9,10). Uma espécie de tristeza mundana pode envolver pesar da pessoa por suas ações e provavelmente também o temor de punição, mas não é a renúncia genuína do pecado ou o compromisso de abandoná-lo. Hebreus 12.17 nos diz que Esaú chorou por causa das conseqüências das suas ações, mas não se arrependeu verdadeiramente. Além disso, como 2Coríntios 7.9,10 indica, mesmo a tristeza verdadeira e piedosa é apenas um fator que conduz ao arrependimento genuíno, mas tal tristeza não é em si mesma a decisão sincera do coração na presença de Deus que torna autêntico o arrependimento.

A Escritura coloca o arrependimento e a fé juntos, como aspectos diferentes do mesmo ato de ir a Cristo para ser salvo. O que acontece não é que a pessoa primeiro se volta do pecado e em seguida confia em Cristo, ou primeiro confia em Cristo e a seguir se volta do pecado, mas que ambas as coisas ocorrem ao mesmo tempo. Quando nos voltamos para Cristo a fim de receber salvação de nossos pecados, estamos simultaneamente nos apartando dos pecados dos quais pedimos a Deus que nos salve. Se isso não fosse verdade, o abandono do pecado para voltar-nos para Cristo para sermos salvos dificilmente poderia ser a conversão genuína a ele ou confiança nele.


Quando percebemos que a fé salvadora genuína deve ser acompanhada pelo genuíno arrependimento do pecado, isso nos ajuda a entender por que algumas pregações do evangelho apresentam resultados inadequados hoje. Se não há menção da necessidade de arrependimento, às vezes a mensagem do evangelho se torna somente “crê em Jesus Cristo e serás salvo”, sem qualquer menção ao arrependimento. Mas essa versão enfraquecida do evangelho não exige o compromisso do coração para com Cristo — o compromisso com a pessoa de Cristo. Se o evangelho é genuíno, deve incluir o compromisso de abandonar o pecado. A pregação sobre a necessidade de fé sem o arrependimento é a pregação do evangelho pela metade. Resultará em muitas pessoas sendo enganadas, pensando que ouviram o evangelho cristão e obedeceram a ele, mas nada aconteceu.

Ha três elementos que constituem o arrependimento segundo as Escrituras: intelectual, emocional e prático. Podemos ilustrá-los da seguinte maneira: (1) O viajante que descobre estar viajando em trem errado. Esse conhecimento corresponde ao elemento intelectual pelo qual a pessoa compreende, mediante a pregação da Palavra, que não está em harmonia com Deus. (2) O viajante fica perturbado com a descoberta. Talvez alimente certos receios. Isso ilustra o lado emocional do arrependimento, que é uma auto-acusação e tristeza sincera por ter ofendido a Deus. (2 Cor. 7:10) (3) Na primeira oportunidade o viajante deixa esse trem e embarca no trem certo. Isso ilustra o lado prático do arrependimento, que significa em "meia-volta.. . volver!" e marchar em direção a Deus. Há uma palavra grega traduzida "arrependimento", que significa literalmente "mudar de idéia ou de propósito". O pecador arrependido se propõe mudar de vida e voltar-se para Deus; o resultado prático é que ele produz frutos dignos do arrependimento. (Mateus. 3:8.)

O BATISMO NAS ÁGUAS É INDISPENSÁVEL À SALVAÇÃO?
Não. Ao ladrão arrependido, na cruz, Jesus afirmou que naquele mesmo dia ele estaria salvo, independente de batismo nas águas. Pelo ato do batismo o crente, já salvo, confirma seu compromisso de seguir a Cristo. É certo que a Palavra diz: "Quem crer e for batizado será salvo". Mas em seguida afirma: "...mas quem não crer será condenado" (Marcos 16.16). Então, quem não crer será condenado. " É a falta de fé que leva à condenação, e não a ausência de um sacramento". Outras referências confirmam esse raciocínio: "Quem nEle crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não crê no unigênito Filho de Deus" (João 3.18); "Pela graça sois salvos, por meio da fé". (Efésios 2.8).

A Bíblia ensina que batismo é um passo de obediência importante para um Cristão, mas a idéia de que batismo é necessário para salvação é totalmente fora do contexto cristológico. O batismo ilustra a identificação do Cristão com a morte, enterro e ressurreição de Cristo. Romanos 6.3-4 declara: “Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.” A ação de ser imerso em água ilustra ser enterrado com Cristo. A ação de sair da água retrata a ressurreição de Cristo e uma nova vida para se viver.

QUAL O SIGNIFICADO DO BATISMO NAS ÁGUAS?
O Batismo nas águas simboliza o pacto entre Jesus e a pessoa que recebeu Jesus como Salvador. É uma manifestação pública da sua fé em Jesus. É feita diante de Deus dos anjos e dos homens.

O Batismo simboliza a nossa morte para o velho « EU », os caminhos errados, o pecado e o mundo.
O Batismo simboliza a ressurreição de uma nova vida com Deus.
O Batismo é um funeral - a morte do « EU ».
O mergulhar nas águas quer dizer que morremos para nós próprios e para o mundo.

BOAS OBRAS E SER CARIDOSO SALVA?
“Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde". Gálatas 2:21

A idéia da salvação pela obras é uma doutrina persistente. Não importa o quanto se é refutada; ela continua a insistir no mesmo ponto. Tem mais vidas do que o gato. O Apóstolo Paulo lançou ataque após ataque contra ela, mas nunca pôde expulsá-la da mente dos homens. Para ele, era outro evangelho. Apesar de todas as armas usadas contra esta doutrina, ainda continua a ser popular.

A salvação pelas obras é uma doutrina plausível. Ao pensador superficial, parece mais razoável. De fato, o oposto parece perigoso. É um princípio para muitos de que o homem bom vai para o céu e o ruim, para o inferno.

A salvação pelas obras é natural à humanidade caída. É a própria essência de todas as religiões falsas. É a doutrina de cada religião não cristã, tanto quanto de muitos que usam o nome de Cristo. Vá onde for, a religião natural do homem caído é a salvação por méritos próprios. C. H. Spurgeon disse bem: "Todo homem nasce herege neste ponto". Crê-se nisto até que Deus lhe abra os olhos à verdade. Também C. H. Spurgeon disse: "A auto-salvação, ou pelo valor pessoal, ou pelo arrependimento, ou por resolução própria, é a esperança inerente da natureza humana, e é muito difícil de ser extirpada".
Romanos 10:1-4: "Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para a sua salvação. Porque lhe dou testemunho de que tem zelo de Deus, mas não com entendimento.
Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus. Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê".
A salvação pelas obras é uma doutrina criminosa. Paulo acusa o homem que a defende de dois crimes. Ela aniquila a graça de Deus e faz com que Cristo tenha morrido em vão.

Ela aniquila a graça de Deus. A palavra "aniquilar" significa tornar inútil. É claro que se um homem é salvo pelas obras ele não precisa da graça de Deus.

Quem puder ir a um tribunal com um caso, sem dúvida a seu favor, sabendo que é inocente, não vai pedir misericórdia, mas justiça. "Quero justiça", ele diz. "Quero meus direitos", ele exige. Só quando se sente culpado é que implora por misericórdia. O homem que crê na salvação pelas obras nega a necessidade de graça e misericórdia.

Há alguns que, mesmo sem negar a necessidade da graça, tornam-na secundária. Há só um grau mais baixo do mesmo crime. De acordo com esta teoria, o homem faz o melhor que pode e a graça de Deus faz o resto. Isto mistura a graça e as obras na salvação, exatamente aquilo que a Bíblia diz que não pode ser feito. Romanos 11:6: "Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra". É preciso ter a salvação por inteiro, ou por merecê-la ou tendo como base o que Cristo fez por você. Baseado em quê, você a espera? Se não a merece, então deve recebê-la baseado na graça.

É Jesus o único caminho para o Céu?
“Basicamente eu sou uma boa pessoa, então eu vou para o Céu.OK, então eu faço algumas coisas ruins, mas eu faço mais coisas boas, então eu vou para o Céu. Deus não vai me enviar para o inferno só porque eu não vivo de acordo com a Bíblia. Os tempos mudaram! Apenas pessoas realmente más como molestadores de crianças e assassinos vão para o inferno.”

Todas estas são conclusões comuns entre a maioria das pessoas, mas a verdade é que elas são todas mentiras. Satanás, que tem poder sobre o mundo, planta estes pensamentos nas nossas mentes.

Satanás sempre se disfarça como bom (2 Coríntios 11:14), mas ele tem controle sobre todas as mentes que não pertencem a Deus. “...[Satanás, ] o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4:4).

É uma mentira acreditar que Deus não se importa com pecados menores, e que o inferno é destinado às “pessoas más”. Todo pecado nos separa de Deus, mesmo uma “pequena mentirinha”. Todos pecaram, e ninguém é bom o suficiente para ir ao Céu por sua própria conta (Romanos 3:23). Entrar no Céu não se baseia no nosso bem superar o nosso mal; todos perderemos se este for o caso. "E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça." (Romanos 11:6). Não há nada bom que possamos fazer para ganhar a nossa entrada no Céu (Tito 3:5).

"Entrai pela porta estreita: porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela" (Mateus 7:13). Mesmo que todo mundo esteja vivendo uma vida de pecado, e crer em Deus não seja popular, Deus não vai perdoar isto. "nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, o espírito que agora atua nos filhos da desobediência" (Efésios 2:2).

"E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (João 17:3). A maioria das pessoas acredita em Deus, até Satanás acredita. Mas para receber a salvação, é preciso se voltar para Deus, formar uma relação pessoal com Ele, voltar-se contra os nossos pecados e seguir a Ele. Devemos acreditar em Jesus com tudo o que temos e em tudo o que fazemos. "Justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os que crêem; porque não há distinção" (Romanos 3:22). A Bíblia nos ensina que não há outro caminho para salvação a não ser através de Cristo. Jesus diz em João 14:6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.”

“E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12).

Jesus é o único caminho para a salvação porque Ele é o Único que pode pagar o preço pelos nossos pecados (Romanos 6:23). Nenhuma outra religião ensina a profundidade ou seriedade do pecado e das suas conseqüências. Nenhuma outra religião oferece o pagamento infinito que só Jesus poderia dar pelo pecado. Nenhum outro “fundador religioso” foi Deus vindo como homem (João 1:1,14) – a única forma pela qual um débito infinito poderia ser pago. Jesus tinha que ser Deus para que Ele pudesse pagar nosso débito. Jesus tinha que ser homem para que ele pudesse morrer. A salvação está disponível apenas pela fé em Jesus Cristo!

Disse Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (JOÃO 14:6)

As pessoas que nunca ouviram o evangelho

O que acontece às pessoas que nunca tiveram a chance de ouvir a respeito de Jesus?

Todas as pessoas responderão a Deus, se “ouviram a Seu respeito” ou não. A Bíblia nos diz que Deus claramente Se revelou na natureza (Romanos 1:20) e nos corações das pessoas (Romanos 2:14,15 / Eclesiastes 3:11). O problema é que a raça humana é pecadora; todos nós rejeitamos este conhecimento de Deus e contra Ele nos rebelamos (Romanos 1:21-23). Longe da graça de Deus, Deus nos entregaria aos desejos pecaminosos de nossos corações, permitindo que descobríssemos quão inútil e miserável é a vida longe Dele. Isto é o que Ele faz com aqueles que O rejeitam (Romanos 1:24-32).

Na verdade, não é que algumas pessoas não tenham ouvido a respeito de Deus. Mas ao contrário, o problema é que elas rejeitaram o que ouviram e o que está claramente revelado na natureza. Deuteronômio 4:29 proclama: “Então dali buscarás ao SENHOR teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.” Este versículo ensina um princípio importante: todos que verdadeiramente buscarem a Deus O acharão. Se uma pessoa verdadeiramente deseja conhecer a Deus, Deus a ela Se fará conhecido.

O problema é: “Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus” (Romanos 3:11). As pessoas rejeitam o conhecimento de Deus que se faz presente na natureza e em seus próprios corações, e, ao invés, decidem adorar um “deus” de sua própria criação. É tolo debater a justiça de Deus em enviar alguém ao inferno por nunca ter tido a oportunidade de ouvir o Evangelho de Cristo. As pessoas são responsáveis perante Deus pelo que Ele a elas já revelou. A Bíblia diz que as pessoas rejeitam este conhecimento, e por isso Deus é justo em condená-las ao inferno.

Se tomarmos por base que aqueles que nunca ouviram o Evangelho serão agraciados com a misericórdia de Deus, vamos cair em um imenso problema. Se as pessoas que nunca ouviram o Evangelho forem salvas. devemos então nos certificar que ninguém ouça o Evangelho. A pior coisa que poderíamos então fazer seria compartilhar do Evangelho e a pessoa rejeitá-lo. Se isto acontecesse, a pessoa seria condenada. As pessoas que não ouviram o Evangelho devem ser condenadas, ou do contrário, não há motivo para o evangelismo. Por que correr o risco de que pessoas possivelmente rejeitem o Evangelho e se condenem, quando anteriormente já eram salvas porque nunca tinham ouvido o Evangelho?




Santificação
O que é santificação, e o que não é santificação.

"Sem santificação ninguém verá a Deus". (Hebreus 12:14)

Santificação não é ter apenas aparência de piedade

Muitos pensam que ser santo é ter apenas uma aparência de piedade. Vestem-se de modo simples, humilde, não por que não tenham condições de se vestir melhor. Falam baixinho, ficam com o semblante descaído… Outros preferem adotar porte e postura extremados, preocupando-se demasiadamente com medidas. Afirmam que o diâmetro da barra da calça, a largura da gravada e do cinto, bem como a espessura do salto do sapato devem ter “tantos” centímetros, tamanho da barba, corte de cabelo… Seria isso uma demonstração de vida santa?

Em Colossenses 2:20-22, o apóstolo Paulo afirmou que devemos nos precaver quanto aos que ensinam doutrinas de homens, fundamentadas em ensinamentos extremados, como: “… não toques, não proves, não manuseies”. Em Eclesiastes 7.16,17, está escrito: “Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo? Não sejas demasiadamente ímpio, nem sejas tolo; por que morrerias antes do teu tempo?”

Por ser um tema controverso, surgem inúmeras questões sobre o lado prático da Santificação, por exemplo: O que promove a santificação? A oração? O jejum? A leitura bíblica? A adoração? A obediência? Manter-se separado de outros pecadores? Depende de tempo?

Os teóricos procuram dar uma estrutura à doutrina da santificação: O que é ser santo? O que a palavra santo designa ou descreve? É por graça somente, sem qualquer vinculo com a lei?

Ciente da problemática em torno do tema Santificação e das dificuldades decorrentes das variadas correntes de interpretação bíblica, resta uma pergunta que motivou este trabalho: é possível ser mais santo do que outro irmão em Cristo?

Há quem diga que o crente precisa 'entrar pra valer na corrida para a santificação'.

Como este tema é de extrema relevância para os cristãos, não poderíamos nos furtar em apresentar um trabalho que abordasse este tema, do qual, as várias correntes de interpretação acabaram por tornar controverso.

Nós cristãos precisamos compreender como ocorre a santificação, e por que somos designados santos, para que não incorramos nos mesmos erros do povo de Israel, e de muitos seguimentos religiosos da atualidade: legalismo, formalismo e tradicionalismo.

Santificação não é fanatismo

Há crentes que, quando o assunto é a santificação, partem mesmo para o fanatismo. Certo irmão afirmou que, na vinda de Cristo, os crentes que estiverem tomando banho não serão arrebatados! Por quê? Simplesmente, porque estarão nus! Houve um tempo também em que não se podia usar perfume, pois diziam os que se consideravam santos: “Nós já temos o perfume de Cristo”.

Ora, a nudez condenada por Deus é a que leva à imoralidade, relacionada com a lascívia e com a pornografia. O Senhor também condena a nudez espiritual, isto é, o desprovimento da graça de Deus, ocasionado pela arrogância e pela cega confiança nos recursos humanos, como aconteceu com o pastor da igreja de Laodicéia (Ap 3.17,18). Quanto ao perfume (bom cheiro) de Cristo, o ensino de Paulo é no sentido espiritual (2 Co 2.14-17).

E o televisor? É claro que não aprovamos as programações imorais e tendenciosas que nele são apresentadas. Contudo, trata-se de um aparelho como os demais, como é o computador, o rádio, etc. Alías, falando em rádio, no tempo em que não havia televisor, quem era o vilão? O rádio! Diziam alguns “santos”: “O rádio é a caixa do diabo!” Mas o tempo passou, o mundo evoluiu, e ficou demonstrado que o extremismo não foi o melhor caminho para tratar do tema em foco.

Santificação não é isolamento

A santificação também não é isolamento. Ouvi, certa vez, uma irmã dizendo que, quando ela se consagra, as pessoas não conseguem nem olhar para ela, tamanha a sua santidade! Creio que não andou nessa terra uma pessoa mais santa do que Jesus. E, onde o encontravam, frequentemente? No meio de pecadores (Lc 5.27-32). Ele participou das bodas de Caná da Galiléia, demonstrando ser sociável (João 2.1-11).

Assentar-se na roda dos escarnecedores não é se afastar deles, e, sim, tomar parte em suas prevaricações (Sl 1.1; Is 6.1-8). Como luz do mundo (Mt 5.14-16), que deve brilhar em meio às trevas (Fp 2.15), não podemos nos isolar da sociedade, mas influenciá-la com o bom cheiro de Cristo.

Há, também, em nossos dias, um grupo de pessoas que pensa que santificação é maltratar o corpo, subjugá-lo com sacrifícios exagerados. Mas Deus não se agrada disso (1 Samuel 15.22; Ecl. 5.1). Ele quer obediência aos seus preceitos; é isso que denota santificação verdadeira. Viver uma vida de santificação também não implica viver sem tentação (Mt 4.1-11) nem estar imune ao pecado (1 Coríntios 10.12). Significa, antes, ter poder para dominar o pecado (Romanos 6.14).


“Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da verdade;
Para o que pelo nosso evangelho vos chamou, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.” (2 Tessalonicenses 2:13,14)

A santificação muitas vezes tem seu sentido confundido com ser santo, relativo a sem pecado, coisa que nós não podemos ser (1 João 1:8-10). Somos livres do poder do pecado, mas o pecado ainda permanece presente, no entanto o pecado que antes nos dominava agora é dominado pelo poder de Deus que nos fez nova criatura. (Rom. 8:1-8).

A santificação é definida como sendo “a obra da graça de Deus”, pela qual somos renovados em todo o nosso ser, e habilitados a morrer mais e mais para o pecado e a viver para Deus.
Ao apresentar, em harmonia com as Escrituras, a santificação como uma obra sobrenatural de Deus, negamos a doutrina Racionalista que a confunde com a mera reabilitação moral. Não é raro que pessoas que levaram uma vida imoral mudem toda a sua forma de viver. Tornam-se externamente corretas em sua conduta, moderadas, puras, honradas e benevolentes. Esta é uma grande mudança, imensamente benéfica para aquele que a experimenta e para todos aqueles com quem se relaciona. Pode ser produzida por diferentes causas, pela força da consciência e por uma consideração da autoridade de Deus e um temor por sua reprovação, ou em consideração da boa opinião dos homens, ou pelo mero vigor de uma consideração iluminada por seus próprios interesses. Mas, seja qual for a causa diferem tanto em natureza como um coração limpo de um vestido limpo.

Esta reabilitação exterior pode deixar sem mudanças o caráter interior do homem aos olhos de Deus. Pode permanecer carente do amor de Deus, da fé em Cristo e de todo o exercício ou afeição santa. A reabilitação exterior pode ser confundida com o novo nascimento em Cristo, a nova criatura, mas não é santificação.

Tampouco se deve confundir a santificação com os efeitos da cultura ou disciplina moral. É bem possível, como o demonstra a experiência, através de cuidadosa instrução moral, mantendo-se longe de toda a influencia contaminadora e conservando-se sob as influencias formadoras de princípios retos e de boas companhias, preservar-se de muitos males do mundo e fazer-se semelhante a um cristão regenerado pelo evangelho de Jesus Cristo. Tal instrução não deve ser menosprezada. É ordenada na Palavra de Deus. Mas não pode mudar a natureza. Não pode comunicar vida. Uma estatua feita de mármore puro em toda a sua beleza esta bem abaixo de um homem vivo.

Na obra da regeneração a alma é passiva, ou seja, não pode cooperar na comunicação da vida espiritual. Mas a conversão, o arrependimento e a fé, são exercícios da alma. Não obstante, os efeitos produzidos na regeneração, novo nascimento e santificação, transcendem a eficiência de nossa natureza caída, e se devem a atividade do Espírito Santo, a santificação é obra sobrenatural de Deus, uma obra da graça.

0 fato da santificação ser uma obra sobrenatural de Deus, demonstra-se:

Com base no fato de ser atribuída constantemente a Deus como seu autor. E atribuída a Deus de maneira absoluta, ou ao Pai, como em:
1 Tessalonicenses 5.23:
"0 mesmo Deus de paz vos santifique em tudo".
Hebreus 13.20, 21:
" Ora, o Deus de paz, que pelo sangue da aliança eterna tornou a trazer dos mortos a nosso Senhor Jesus Cristo, grande pastor das ovelhas, Vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre".
É atribuída também ao Filho, como em:
Tito 2.14:
"o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zelo de boas obras".
Efésios 5.25¬27:
"como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santi¬ficasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem macula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito". Predominantemente, a santificação é atribuída ao Espírito Santo.

Tudo o que as Escrituras ensinam acerca da união entre o crente e Cristo, e da habita¬ção do Espírito Santo, revela o caráter sobrenatural de nossa santificação. Os homens não podem se fazerem santos a si mesmos; sua santidade e seu crescimento na graça não se devem a sua própria fidelidade, nem a sua firmeza de propósito, nem a sua vigilância e diligência, embora tudo isso seja exigido, mas se devem a influencia sobrenatural de Deus pela qual eles se tornam assim fiéis, vigilantes e diligentes, e a qual produz neles os frutos do Espírito Santo. “Sem mim”, disse nosso Senhor, “nada podeis fazer”. Assim como o ramo não pode por si mesmo produzir fruto, a não ser que permaneça na videira, tampouco podeis vós, a não ser que permaneceis em mim. A mão não depende menos da cabeça para manter sua vitalidade, que o crente de Cristo para manter a vida espiritual na alma.

Por sua apostasia, os homens perderam a imagem de Deus; nascem em um estado de alienação e condenação. Estão por natureza destituídos da vida espiritual santa. É tão impossível que se libertem, por seu próprio esforço desse estado como os que se encontram nos túmulos possam restaurar a vida seu corpo inerte e, uma vez restaurados a vida, continuem e se revigorem por seu próprio poder. Toda a nossa salvação é de Cristo. Os que se acham nos sepulcros ouvem a sua voz. São ressuscitados por seu poder. E quando vivem, é Cristo quem vive neles. Esta é a doutrina que nosso Senhor mesmo ensina com tanta clareza e frequencia, e sobre a qual seus apóstolos insistem tão energicamente.

Paulo, nos capítulos sexto e sétimo de sua Epistola aos Romanos, onde trata desta questão como prin¬cipal propósito demonstrar que, assim como não somos justificados por nossa própria justi¬ça, tampouco somos santificados por nosso próprio poder. A lei, a revelação da vontade de Deus, inclusive o que ele deu a conhecer ao homem, ou como norma de obediência, ou como exibindo seus propósitos e atributos, era igualmente inadequada para granjear a justificação e a santificação. Uma vez que ela exigia perfeita obediência e pronunciava maldição sobre os que lendo, não obedecessem todas as coisas escritas no livro da lei para pratica-las, não faz outra coisa senão condenar. Nunca pode declarar justo ao pecador. E visto que ela era a mera representação externa da verdade, não podia mudar seu coração da mesma maneira que a luz não pode dar vista aos cegos. O apostolo concluí sua discussão desta questão no final do capítulo 7 de romanos, clamando: "Miserável homem que eu sou, quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por nosso Senhor Jesus Cristo". Sua libertação tinha de concretizar-se por Deus através de Jesus Cristo.

A luz do capitulo oitavo descobrimos que ele confiava totalmente em sua libertação, bem como descobrimos qual é a base em que essa confiança repousava. Não que houvera ele, na regeneração, recebido forca para santificar-se, ou que pela força de sua própria vontade, ou pelo uso diligente dos meios naturais, o alvo poderia ser alcançado sem mais auxílio divino. Ao contrário, sua confiança fundamentava-se:
(1) No fato de que ele fora libertado da lei, de sua maldição e de sua impossível exigência de obediência perfeita.
(2) No fato de que havia recebido o Espírito Santo como a fonte de uma nova vida, divina e imperecível.
(3) Essa vida não era mero estado da mente, mas a vida de Deus, ou o Espírito de Deus habitando no coração, habitação essa que assegurava não só a continuidade da "mentalidade espiritual", mas também a ressur¬reição dos mortos. Diz o Apóstolo: “E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.” (Rom. 8:11)
(4) A santificação e a salvação final dos crentes são garantidas pelo imutável decreto de Deus.

Triplo significado
Sobre a Santificação, Scofield apresenta um triplo significado ao tema: posicional, experimental e consumação. Ele considera que posicionalmente o crente é santo, mas que, experimentalmente, está sendo santificado progressivamente.

A santificação, podemos subdividila em três fases: inicial, progressiva e final. A santificação tem um processo - um ato que é instantâneo e inicial, mas que ao mesmo tempo traz em si a idéia de desenvolvimento até a consumação. De acordo com 2 Coríntios 3:18 estamos sendo transformados de um grau de caráter ou de glória em glória. É porque a santificação é progressiva que somos exortados a continuar progredindo cada vez mais (Apoc. 22:11). Existe realmente o aperfeiçoamento da santidade. O dom de Deus à igreja, de pastores e mestres, tem o propósito de aperfeiçoar os santos na semelhança de Cristo até que, finalmente, atinjam o padrão divino (Efésios 4:11-15).


É comumente aceito que a Santificação é obra continua do Espírito Santo. Esta obra “continua” visa conformar o crente à imagem de Cristo. Tal idéia é proveniente da palavra traduzida por santificação, que deixou o seu significado original ao longo do tempo em segundo plano, e passou a ter inclusa a idéia de moralidade e religiosidade.

Este novo significado que se deu à palavra '”santificação” se deve também à idéia de purificação, e com base em alguns textos bíblicos, podemos afirmar que na santificação ocorre uma transformação moral; com esta idéia afirma-se que a moral e o caráter são elementos que devem ser transformados através de uma busca pela santificação.

Em resumo, as várias teorias existentes sustentam que a Santificação é posicional, progressiva e efetiva no futuro. A santificação posicional é a regeneração em que todos os crentes são separados e purificados por Deus. Isso ocorre imediatamente no momento em que o homem se converte a Cristo.
Apesar de o crente ter sido Santificado por Deus, o Espírito Santo, por sua vez, continua trabalhando na vida deste crente regenerado com o fito de desenvolver um novo caráter e uma nova personalidade: é o que denomina-se de santificação progressiva.

A Santificação efetiva, definitiva ou plena, deve ser aguardada quando da volta de Cristo, quando se dará a plena liberdade do pecado.

Dentre os elementos necessários à Santificação: o Espírito Santo, a união com Cristo, a palavra de Deus, o esforço do cristão, a oração, a disciplina, a obediência, consagração, etc. Para que a Santificação seja aperfeiçoada. O cristão precisa da ação “abundante” do Espírito, senão o crente fica a mercê das fraquezas “morais” e “espirituais”.
A santificação é a obra continua de Deus na vida do crente, tornando-o realmente santo. Por ‘santo’ entende-se como o cristão ‘portador de uma verdadeira semelhança com Deus’. A santificação é um processo pelo qual a condição moral e espiritual da pessoa é moldada de acordo com sua situação legal diante de Deus.
O Dr. Shedd ao falar de aspectos pertinentes a Santificação, apresenta quatro fatores fundamentais: "Em primeiro lugar, ele depende da união entre o remido e o Redentor (...) Segundo: a santidade deve caracterizar o padrão de vida (...) Produzir um hábito de santidade deve ser desafio prioritário do ministério (...) Terceiro: a santificação, sendo um processo, não deve ser encarada como um alvo que algum dia alcançaremos nesta vida terrestre (...) Em quarto lugar observamos a realidade escatológica. A segunda vinda de nosso Senhor promete completar o que a vinda de Jesus Cristo no primeiro século iniciou"

Não podemos levar-mos em conta a idéia de que a 'santificação' engloba apenas questões como 'moral' e 'religiosidade', para não acabar-mos em um grande erro.

Quando da queda do homem em Adão, Deus não levou em conta questões como moral e caráter. Nem mesmo existia a idéia de caráter, moral ou comportamento no Éden.

O homem, quando foi criado, era possuidor de uma natureza perfeita, sendo santo, irrepreensível, inculpável e participante da glória de Deus. Estas características pertinentes ao homem Adão, foram conferidas pela natureza concedida por Deus e não por questões morais, comportamentais ou de religiosidade. Adão e Eva quando desobedeceram a Deus, mudaram de um estado perfeito para uma natureza imperfeita e pecaminosa, sempre com tendência a pecar. A primeira obra que Jesus Cristo faz quando o homem se une a Ele, é a santificação inicial, imediata. A santificação progressiva não pode ir adiante da santificação inicial, ou por a santificação inicial de lado, ignorando-a.

É possível que a Santificação ou a Santidade decorra daquilo que merece e exige reverência moral e religiosa? Muitos ofertam aos seus deuses reverência moral e religiosa, por entenderem que seja isto que tais divindades exigem e merecem, porém, a atitude deles não os santifica.

Da mesma forma os judeus entendiam que Deus exigia e merecia ser reverenciado por meio da religiosidade e moralidade decorrente da lei. Porém, o zelo não mudou a condição deles diante de Deus (Romanos 10.1-4).

Não adianta um caráter impecável, uma moral intocável, um comportamento exemplar, uma religiosidade rigorosa, etc., nenhum destes elementos faz o homem aceitável diante de Deus. Por quê? Porque a obra de Deus é perfeita. Não há como o homem retocar a obra de Deus.

A obra realizada na Regeneração faz com que os homens passem à condição de santos, irrepreensíveis, inculpáveis e participantes da glória de Deus. Ou seja, a obra realizada por Deus é perfeita. Perfeito em Cristo é a condição de santo, irrepreensível e inculpável (Col 1: 21-28).

"Mas todos nós, com o rosto descoberto, refletindo a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" (II Coríntios 3: 18).

Santificação Não É: Erradicação da natureza pecaminosa; perfeição impecável; impecabilidade.

A Bíblia chama Noé (ler depois: Gên 6:9); Jó (ler depois: Jó 1:1); Ló (ler depois: 2Pe 2:7); Davi (ler depois: 1Re 3:6; 9:4; 14:6; 15:3; Ato 13:22); e outras pessoas de "justo", "'integro", "temente a Deus", "perfeito", ou "sem culpa", mas isto não significa que chegaram a ser "absolutamente sem pecado e incapazes de pecar", pois Noé se embriagou vergonhosamente (ler depois: Gên 9:20-27); Jó confessou pecado (Jó 42:6); Ló andou pela vista, quis viver entre homossexuais, embriagou-se e caiu em incesto com as filhas; Davi adulterou, depois providenciou a morte do marido; etc. Contudo não quero que tenho uma interpretação errônea do que foi escrito aqui. Não significa por esses fatos que o homem de Deus peca com naturalidade. (Leia 1 João 1:7-9 / 2:1-2 / 3:6-8)

Deus ordenou perfeição a Abrão (Gên 17:1), aos discípulos (Mat 5:48), etc. Mas se isto significa absolutas perfeição, impecabilidade e semelhança a Deus, então tanto a Bíblia, como nossas próprias experiências [conosco mesmo], como nossas observações de todos os crentes que pudemos observar (bem de perto e longamente) mostram que nenhum crente jamais alcançou cumprir esses preceitos plenamente. Aqueles que se vangloriam da erradicação da sua natureza pecaminosa pretendem e fingem ter alcançado aquilo que Deus [através de Paulo, Tiago e João] ensinou não ser alcançável na presente vida Flp 3:12-14; cf. Tiago 3:2; 1João 1:8-9; ler depois: 1João 2:1.
o contexto de Mateus 5:48 indica que Cristo exorta seus seguidores a serem como o Pai, em mostrar amor tanto aos bons quanto aos maus.
Alguns usam 1João 3:8-9 em suporte da perfeição, da impecabilidade. Mas se estes 2 versos ensinassem isto, contradiriam o que Deus diz na mesma carta 1João 2:1-2. E em 1João 1:7 e em 1João 1:8. O contexto do livro de 1 João refuta toda doutrina da impecabilidade do cristão.

O texto de 1João 3:8-9 pode ser traduzido como presentes contínuos: "Quem comete [costumeiramente] o pecado é do Diabo; porque o Diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do Diabo. Qualquer que é nascido de Deus não comete [costumeiramente] pecado; porque a sua semente permanece nele, e não pode pecar [costumeiramente], porque é nascido de Deus."

Os mesmos argumentos acima valem contra o ensino da impecabilidade que diz que Rom 6:1-10 ou Gál 2:20) ensina que "já morremos para o pecado no sentido de que já podemos jamais pecar" (alguns loucamente diriam que jamais pecamos, mesmo que pareça que pecamos). Ademais, estes versos se referem a uma experiência factual, objetiva, judicial, posicional, definitiva, infalível, na qual o crente é identificado com Cristo: o instante da salvação.

Antinomianismo

Vista a grosseira heresia dos que pregam que a perfeita impecabilidade é alcançável nesta vida e deve ser a vida cristã normal. A heresia da perfeição impecável finge ter eliminado o pecado da vida do crente, a heresia do antinomianismo delicia-se nele e o cultiva. Ambas heresias claramente contrariam Deus na Sua Palavra: ela ensina que, embora o crente não possa alcançar a impecabilidade nesta vida, deve odiar o pecado; e que, através de cultivada, progressiva santificação, deve anelar e esforçar-se para (e pode conseguir) pecar cada vez menos, nisto sendo feliz e agradando a Deus. Tanto quanto a doutrina da perfeição impecável, antinomianismo é tremendamente anti-bíblico e diabólica.
Deus, muito diferentemente de fechar os olhos e tolerar pecados na vida do crente, definitivamente os proíbe e exige que vivamos uma vida de vencê-los usualmente e cada vez mais. A pergunta "Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde?" (Rom 6:1) é respondida da forma mais enfática possível: "De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?" (Rom 6:2). Nada mais claro em toda a Bíblia! Lembremos que aqueles que vivem em pecado não herdarão o reino de Deus (1Corintios 6:10). Se sua vida está sendo uma vida caracteristicamente em pecado, então examine-se a si mesmo, pois deve rever seus conceitos de cristão [1Co 5:5]; e se é realmente salvo [1Co 6:10].

Em que Consiste a Santificação

Admitindo que a santificação é uma obra sobrenatural de Deus, permanece a questão: Em que ela consiste? Que natureza tem o efeito produzido? A verdade que sublinha todas as descrições bíblicas deste fato é que a regeneração, a vivificação a qual os crentes estão sujeitos, embora envolva a implantação ou comunicação de um novo principio ou forma de vida, não concretiza a imediata e total libertação da alma de todo o pecado. A alma, por natureza morta em pecado, pode ser ressuscitada juntamente com Cristo, e nem por isso ser perfeita. A alma regenerada convive constantemente com sua velha natureza morta, e o conflito entre a antiga e a nova vida pode ser prolongado e penoso. E este não só pode ser, mas de fato é o caso em toda a experiência do povo de Deus.

Aqui encontramos uma das diferenças características e transcendentais entre os sistemas de doutrina e religião católica e protestante. Segundo o sistema católico, da natureza do pecado nada fica na alma depois da regeneração operada pelo batismo. A luz desse fato, a teologia da Igreja de Roma deduz sua doutrina do mérito das boas obras, da perfeição das obras e, indiretamente, da absolvição e das indulgências. Porém, segundo as Escrituras, a experiên¬cia universal dos cristãos e a inegável evidencia da história, a regeneração não elimina todo o pecado. A Bíblia esta saturada de registro dos conflitos internos dos mais eminentes dos servos de Deus, com suas quedas, seus retrocessos, seus arrependimentos e suas lamentações por seus contínuos fracassos. E não só isso, mas que a natureza do conflito entre o bem e o mal no coração dos renovados é descrita de maneira plena, distinguem-se e designam os princípios em luta e se expõem reiterada e detalhadamente a necessidade, as dificuldades e os perigos da luta, assim como o método para
vence-la de maneira apropriada.
“Digo porem: andai no Espírito e jamais satisfareis a concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja de vosso querer.” (Gálatas 5.16, 17)
Igualmente, em Efésios 6:10-18, diante do conflito que o crente tem de sustentar com os males de seu próprio coração e com os poderes das trevas, o apóstolo exorta seus irmãos a serem fortes no Senhor e na forca de seu poder.

Despojando-se do Velho homem e Revestindo-se do Novo

Sendo este o fundamento das descrições bíblicas acerca da santificação, sua natureza fica assim determinada. Já que todos os homens estão, desde a queda, em estado de pecado, não só pecadores em virtude de serem culpados de atos específicos de transgressão, mas tam¬bém como depravados, sua natureza pervertida e corrompida, a regeneração é a infusão de um novo principio de vida nessa natureza corrompida. E o fermento introduzido para difundir sua influencia gradualmente através de toda a massa. Portanto, a santificação consiste em duas coisas: primeira, a eliminação progressiva dos princípios do mal que ainda infectam nossa natureza, e a destruição de seu poder; e, segunda, o crescimento do principio de vida espiritual até controlar os pensamentos, sentimentos e atos, e conformar a alma segundo a imagem de Cristo.

OS TERMOS BÍBLICOS

O Antigo Testamento usa três termos que nos ajudarão a entender o assunto: qadosh (santo), qadash (santificar) e qodesh (santidade). Estes termos aparecem quase mil vezes no Antigo Testamento, sendo que a maior parte está no Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia). Qadash tem a idéia de “cortar”, “tirar de algum lugar”. Os usos mais antigos, registrados em papiros, se ligam ao serviço dos operários cortando blocos de pedra nas pedreiras. Por isto muitos definem santidade como sendo “separação”. Mas ninguém corta bloco de pedras apenas para separá-los da pedreira. Eles são cortados para terem uma utilidade. Esta compreensão de apenas separar faria da santidade um conceito negativo, isolacionista. Mas se seguirmos o significado da palavra veremos que santidade não é se isolar de outras pessoas, mas estar em outra esfera de vida. O bloco de pedra não deixa de ser bloco de pedra, mas está em outro lugar. Saiu de onde estava e tem um propósito agora.

O próprio Deus declara que ele é santo (Levítico 19.2). Isto não significa que ele seja isolado. Ele é diferente, mas não isolado. Ele se envolve com as pessoas. Sua santidade está relacionada com seu caráter e não com seu isolamento ou solidão. Deus não é solitário, tanto que busca a companhia dos homens. Assim como ele é santo, seu povo deve ser santo, mostra-nos o texto, mas o povo não deveria se isolar e sim viver de maneira que se ajustasse ao caráter de Deus.

A idéia de “santidade” aplicado a Deus é significativo. O conceito é dinâmico, e não passivo, como se Deus tivesse que se separar para não ser contaminado por qualquer coisa. Dá a idéia da transcendência (ser de outra esfera) de Deus. Mostra que há uma distância entre ele e o homem pecador. Neste sentido, a santidade é a própria divindade de Deus, o que o distingue de nossa humanidade.

A santidade humana pode ser contaminada, mas a divina é absoluta e por isso não pode ser contaminada. O texto de Tiago 1.17 expressa esta verdade muito bem. Deus é tão santo que o mal não tem poder sobre ele.

Ser santo é estar acima da esfera do mundo. 1João 2.15-16 ilustra bem esta verdade. O filho de Deus não deve viver no mundo, um sistema moral corrompido e dominado pelo Maligno, como se lê em 1João 5.19.

AINDA SOBRE A SANTIDADE DE DEUS

Andemos mais um pouco na questão da santidade vendo o caráter de Deus. É que o caráter de Deus é a base para toda a discussão sobre santidade.

(1) Ele é incomparável em sua santidade: Êxodo 15.11 e 1Samuel 2.2
(2) Ela é tão grande nele, que faz parte de seu caráter: Salmo 22.3, Isaías 57.15 e João 17.11
(3) Ela se mostra em suas palavras: Salmo 12.6
(4) Ela é reconhecida por quem entra em comunhão com ele: Isaías 6.3-5

Mas pode se perguntar: se estamos estudando santificação, por que estamos usando tempo para falar sobre a santidade de Deus? Porque a santidade de Deus é a base para a santificação dos fiéis: Levítico 11.44-45, 19.2 e 20.26. Estas passagens em Levítico são importantes. Elas mostram o início do relacionamento de Deus com Israel, depois que o tomou como seu povo. Aqui Deus mostra como seu povo deve ser. Mas isto não se restringiu a Israel e à época do Antigo Testamento, porque a mesma exigência é feita à Igreja: 1Pedro 1.16. Porque a Igreja substituiu Israel e recebe, no Novo Testamento, os títulos que eram de Israel, inclusive o de ser a nação santa: 1Pedro 2.9. Por isto tem a responsabilidade também de ser santa.

Vemos, então, que a santidade de Deus é a base para a santidade dos fiéis, particularmente da Igreja. O povo de Deus deve ter o mesmo caráter moral de Deus.

COMO ACONTECE A SANTIFICAÇÃO?

O Novo Testamento descreve a santificação, primeiro, por um ângulo negativo, ou seja, romper com o erro, fugindo do mal: 2Coríntios 6.14 a 7.1 e 1Tessalonicenses 4.3-7. Isto não quer dizer que ser santo seja ser do contra. Muitas pessoas confundem ser santo com ser emburrado ou ser uma pessoa sempre sisuda. Significa que certas atitudes e determinados comportamentos não são compatíveis com o caráter cristão. É que a conversão nos transporta de um nível de vida para outro, mudando nosso interior e, consequentemente, nossas atitudes. Veja-se isto em Efésios 2.1-3. A santificação é o progresso na vida cristã. É seguir na caminhada com Cristo.

Após o rompimento com o erro e com o pecado, o fiel deve entender e buscar a santificação pelo seu ângulo positivo. Deve ele nutrir a compreensão de que ela é a vontade de Deus para sua vida (1Ts 4.3). Não é uma opção, mas é o propósito divino para cada um de nós. Ser cristão é estar em Cristo e estar em Cristo é ter uma qualidade de vida diferente (2Co 5.17). Depois do aspecto negativo, vem o positivo. Em Efésios 5.1-18 temos uma boa descrição disto que está sendo dito. Ser santo é buscar o caráter de Deus, é procurar ser como ele (v. 1), é não ter mais em sua vida os resquícios do passado (vv. 3-8). O fiel, agora, anda na luz, e deve produzir o fruto da luz: bondade, justiça e verdade (v. 9). Deve encher –se do Espírito e não de vinho (v. 18). Esta palavra de Paulo é bem significativa e deve ser entendida no contexto cultural da época. A embriaguez era uma constante nos tempos antigos (ainda é comum hoje). Estar embriagado significa que a pessoa está controlada pelo álcool. Mas quem deve controlar o fiel que busca santidade é o Espírito Santo e não o álcool. A frase final do versículo 18 é o clímax da argumentação: ser santo é ser controlado pelo Espírito.

É óbvio que esta busca de santificação não deixará de trazer muitas lutas para o fiel. Se o Maligno não conseguiu impedir sua conversão, tentará impedir sua santificação. Um membro de Igreja que tenha uma vida mundanizada é uma vitória do Maligno. E uma derrota para o reino de Deus. A maior parte do tempo de um pastor é gasta com crentes mundanos, com problemas de mundanismo na Igreja, mais do que com busca de alimentação espiritual ao rebanho. Crentes mundanos ocupam a maior parte dos esforços da Igreja. Além de requererem visitação, aconselhamento e trato com luvas de pelica (como são melindrosos os crentes mundanos!), dão mau testemunho e contaminam os demais. São uma lástima!

MAS, O QUE FAZER COM A SANTIFICAÇÃO?

Não conseguindo impedir a conversão da pessoa, Satanás tenta impedir sua santificação. Não conseguindo impedir sua santificação, tenta impedir sua utilização prática. Impressiona ver algumas pessoas que alegam ter passado por uma experiência com Deus e se tornam insuportáveis no relacionamento com os demais. As pessoas mais difíceis de se lidar, numa Igreja, não são os mundanos. São os santos aos seus próprios olhos, aqueles que se vêem como superiores aos demais, do ponto de vista espiritual, e se tornam críticas da vida alheia, e não raro, fofoqueiros de plantão. Santidade não deve ser confundida com soberba espiritual.

Se o conceito de qodesh (santidade) é ser cortado para ter alguma utilidade, qual é a utilidade da santidade, em termos práticos, na vida do crente e de sua Igreja? Cortava-se um bloco para construir alguma coisa. Uma casa, um palácio, um templo. O santo, o qadosh, é alguém separado para construir, e não para destruir. Sua vida deve ser positiva, no relacionamento com os demais. A santificação leva o crente a ser um instrumento para o serviço do Senhor (2Tm 2.21). Ela nunca é uma finalidade para o crente, mas um meio de se preparar para o serviço de Deus. No Antigo Testamento, todos os objetos do culto eram santificados ao Senhor para poderem ser usados. A santificação é para se ser usado por Deus. É triste ver alguém fazendo a obra de Deus no poder da carne. O resultado sempre é frustrante. A derrota é inevitável. A santidade é necessária para o desempenho do serviço cristão.

O PAPEL DE DEUS E O NOSSO PAPEL NA SANTIFICAÇÃO
A santificação imediata e a progressiva

A Bíblia ensina que é Deus quem nos santifica (1Tess. 5.23 / Levitico 20:8/ 21:8). Para isto, ele se vale do processo de nos educar como filhos (Hb 12.5-11). Desejar a santificação e tê-la em nossa vida é obra de Deus (Fp 2.13). Assim ele nos aperfeiçoa cada dia, para fazermos sua vontade e lhe sermos agradáveis (Hb 13.20-21). Esta é a vontade e a obra do Pai.

O Filho conquistou a santificação para nós. É isto que Paulo diz em 1Coríntios 1.30. No processo de santificação, ele é o alvo para o qual devemos caminhar (Hb 12.2). Aqui temos, novamente, o conceito de cristificação. Ser santo significa caminhar sempre na direção de Cristo. Ele é nosso modelo (1Pe 2.21). Ser santo é procurar viver como ele viveu: 1João 2.6.

O Espírito atua em nós para nos transformar e modificar, cada dia. A santificação é obra do Espírito Santo em nós (1Pe 1.12, 2Ts 2.13). É o Espírito quem produz em nós o seu fruto (Gl 5.22), que melhor evidencia nossa santificação. Ser santificado é deixar-se guiar pelo Espírito e andar nele (Gl 5.16-18 e Rm 8.14).

Mas nós temos parte na santificação. Não somos passivos. Nossa parte começa com o fato de que devemos oferecer-nos a Deus para que ela aconteça (Rm 6.13 e 19). O texto de Romanos 12.1-2 vem corroborar isto, lembrando que “corpos” é o grego sôma, que é mais que o corpo físico, designando toda a personalidade da pessoa. A santificação significa dar toda a nossa personalidade a Deus: pensamentos, talentos, jeito de ser, a vida, enfim. Quando deixamos o Espírito agir em nossa vida e mortificamos as obras do corpo, então temos a vida abundante (Rm 8.13). Neste sentido, a santificação é a parte da salvação que nós desenvolvemos (Fp 2.12-13).

A regeneração ou conversão do eleito de Deus, é a primeira grande parte da obra de santificação operada pelo Espírito Santo, porque seria uma coisa inconcebível que o pecador fosse justificado em Cristo Jesus e permanecesse exatamente como dantes, debaixo dos seus antigos pecados. Por isso há um real trabalho de santificação do Espírito Santo no momento mesmo do novo nascimento que transforma o pecador num santo de Deus.
Mas este trabalho de transformação do pecador à imagem e semelhança de Cristo prosseguirá numa segunda obra do Espírito Santo, que não é instantânea como a primeira da regeneração, e que se estenderá por toda a vida do crente, no trabalho progressivo da santificação que começou na regeneração.

E é particularmente a natureza deste segundo trabalho progressivo do Espírito Santo que pretendemos analisar nesta parte do estudo.
Este trabalho da santificação é o complemento do aperfeiçoamento da nova criatura gerada pelo Espírito na regeneração.
E é importante conhecer a natureza deste trabalho do Espírito Santo na santificação progressiva do corpo de Cristo que é a igreja, e particularmente de cada um dos membros que compõem este corpo, para que possamos ser cooperadores na realização deste trabalho, de modo a não ficarmos detidos em nosso progresso por motivo de falsas concepções ou falsos ensinos relativos ao assunto.
Muitos colocam um peso demasiado na responsabilidade do homem neste trabalho, por desconhecerem que a fonte de toda santidade é o próprio Deus, e outros enfatizam a exclusiva operação da graça divina sem o concurso das obras, por confundirem santificação progressiva com justificação e regeneração.

Assim, antes de tudo cabe esclarecer que há atos de Deus na salvação que são exclusivos da Sua graça, sem o concurso das obras, e isto se vê especialmente na eleição que é por pura graça, e também na justificação e na regeneração, sendo que nestas se exige arrependimento, fé e obediência em relação a Cristo e à Palavra, para que instantaneamente se receba a justificação e a regeneração que nos transformam em filhos de Deus e que nos dão o direito de acesso ao céu e sermos livrados da morte eterna, da condenação eterna no inferno, e da escravidão à Lei, a Satanás e ao pecado. Tudo isto é obtido por graça, com o concurso da obediência à Palavra que nos ordena o arrependimento e a fé em Cristo, para que possamos obter tão preciosa salvação, se podemos chamar esta obediência de concurso de nossas obras, porque isto consiste simplesmente no ato de crer e se voltar para Deus, e nos sujeitarmos ao trabalho do Espírito Santo em nossos corações, transformando-nos instantaneamente em novas criaturas.

Agora, há uma ação mais efetiva das nossas obras na santificação progressiva, na recepção das bênçãos de Deus, inclusive aquelas que garantirão os nossos galardões futuros, de modo que além de haver um trabalho da graça nisto tudo que é o elemento motivador da nossa fidelidade, obediência e conseqüentemente de nossas boas obras, há também uma consideração desta nossa fidelidade e obediência a Deus, especialmente aos mandamentos que nos ordena em Sua Palavra, de maneira que sejamos incentivados a permanecer na prática do bem segundo a Sua boa, perfeita e agradável vontade.

Assim, se colocássemos na extremidade de uma gangorra a graça, e na outra a responsabilidade humana, ou nossas boas obras, então esta gangorra estaria desnivelada em muito para o lado da graça, por ser esta infinitamente mais pesada em tudo o que se refere aos atos relativos à salvação, mas a responsabilidade humana estaria exercendo também o seu peso na outra extremidade porque a nossa fidelidade e obediência, em vigilância, perseverança, diligência, com vistas à nossa santificação, também conta e muito neste trabalho progressivo que é realizado pelo Espírito Santo mediante a Palavra de Deus.
Mas é fora de qualquer dúvida, que a inclinação desta gangorra penderia muito mais para o lado da graça, porque por maiores e melhores que sejam as nossas boas obras, elas representam um peso muito menor, diríamos infinitamente menor, do que o da graça, na nossa santificação., de modo que teríamos isto representado graficamente, mais ou menos da seguinte maneira:


Contudo, a par, desta grande diferença de importância que vemos no gráfico, o concurso da nossa diligência, vigilância, perseverança, comunhão, oração, obediência à Palavra, e fidelidade a tudo o mais que se descreve na Bíblia como nossos deveres, é absolutamente essencial para que haja tal crescimento, assim como uma simples pitada de fermento é o que faz crescer toda a massa. Sem o nosso empenho diligente em obediência à vontade de Deus, nenhuma graça será recebida para que este crescimento ocorra.

A natureza desta santificação progressiva pode ser resumida nas palavras do apóstolo Paulo em I Tess 5.23:

“E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (I Tes 5.23).

Paulo proferiu estas palavras depois de ter relacionado na epístola um grande número de deveres particulares dos crentes, indicando que a santificação deles dependeria da sua obediência àqueles mandamentos. E é exposto o motivo desta santificação: estarem preparados para a vinda do Senhor, isto é, o que eles deveriam fazer não seria propriamente para atender à própria vontade e interesse deles, senão aos do Senhor.

Mas este simples versículo, enfatiza que seria o próprio Deus que realizaria este trabalho de santificação completa do espírito, alma e corpo dos crentes de Tessalônica.
A versão Almeida atualizada traz: “vos santifique em tudo”, em vez de “vos santifique completamente”. Mas este “em tudo” ou “completamente”, não se referem às partes citadas posteriormente pelo apóstolo, a saber, corpo, alma e espírito, porque há uma separação de pensamentos pela conjunção “e” (kaí) entre o que foi dito antes quanto o modo da santificação que deve ser completa, total, perfeita, e as áreas da vida em que ela deveria ser operada por Deus, no homem todo: corpo, alma e espírito.
E é importante citar que o pensamento de uma santificação completa é destacado no original grego com o uso da palavra oloteleiv que no grego significa perfeito, completo em todas as suas partes, e esta palavra está ligada ao verbo santificar (agiasai), que se encontra na voz ativa do tempo aoristo, que indica uma ação que não foi completada, e que ainda permanece em progressão. Por exemplo: santificou indica uma ação completa. Mas santificando, indica algo que deve ser feito progressivamente.
E uma outra palavra de significado parecido ao da palavra oloteleiv, é usada pelo apóstolo para dizer quais as partes do corpo, da alma e do espírito deveriam ser assim santificadas completamente. Esta palavra é oloklhron, que significa íntegro, inteiro, quanto a uma purificação sem mancha ou defeito. Então a vontade de Deus para conosco é a de uma santificação completa que atinja todas as áreas da constituição humana, na plenitude de todas as suas partes, tanto interiores quanto exteriores, visíveis, quanto invisíveis, conscientes, quanto inconscientes. O que está em foco nesta santificação é a pessoa toda, e todas as suas faculdades operantes em todas as partes constituintes do seu ser, quer físicas, mentais, espirituais, emocionais, sentimentais. Nada em absoluto poderá ficar de fora deste trabalho do Espírito Santo na reconstrução da nova criatura à imagem de Cristo, até levá-la à plenitude desta imagem, a saber à estatura de varão perfeito, que é a estatura do próprio Cristo, a ponto de se poder dizer: ”já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”.

E esta santificação, apesar de ser um dever para todos os crentes, entretanto não se encontra no próprio poder deles para ser realizada, porque a quase totalidade deste processo, como tudo o mais na salvação é dependente da graça de Deus e do Espírito Santo, daí se dizer “Pai santifica-os” e “Eu sou o Senhor que vos santifica”. (João 17:17/ Levitico 20:8/ 21:8) Este trabalho é basicamente de Deus e não do homem. Apesar de, como vimos antes, ter um grande peso neste processo a pequena e falha parte da participação da responsabilidade humana neste processo, ao lado da perfeita infalível ação da graça divina, porque, como já dissemos antes, se o peso infinitamente maior é da operação da graça de Deus, não obstante, nenhuma graça operará em nós se não houver diligência, vigilância, e perseverança, da nossa parte, nos deveres ordenados pela Palavra, e que são relativos à nossa santificação.
Assim a nossa obediência e fidelidade a Deus, mediante prática da Palavra de Deus é essencial para o recebimento desta graça, sem a qual o trabalho não poderá ser feito. Ninguém se iluda portanto que é possível ser santificado por Deus sem esta diligência nos deveres ordenados na Palavra.

Aqueles que pensam que podem santificar-se a si mesmos sem o concurso de Deus e da Sua graça incorrem numa grande ilusão e erro, e se encontram numa postura orgulhosa que afasta a graça de Deus, e isto é uma afirmação arrogante de que não dependem dEle.
Devemos evitar a todo custo o grande erro do pelagianismo, porque apesar de Pelágio ter declarado que a santidade é de Deus, no entanto, ele, e muitos dos que o seguem na sua maneira prática de ver e agir, fazem todo o trabalho de santificação depender do próprio esforço pessoal deles, à parte de um trabalho da graça, porque não buscam isto por um andar contínuo no Espírito, senão em tentativas de aplicação dos mandamentos da Palavra de Deus segundo o homem natural e não segundo o homem espiritual, criado em Cristo Jesus. Isto é o que gera tantos legalistas na igreja, porque eles se iludem com a sua forma externa de santidade, que não chega a produzir uma verdadeira transformação em suas atitudes e hábitos, porque o trabalho não é feito no coração deles, porque obstruem e impedem totalmente qualquer ação do Espírito Santo neste sentido.
E como poderemos ter nossos pecados perdoados se não confiamos no sangue de Cristo e no trabalho da graça de Deus e do Espírito em nossos corações para termos os pecados perdoados e sermos purificados de toda injustiça, se confiamos que podemos, nós mesmos, purificarmo-nos de nossas transgressões, pelos nossos próprios esforços e méritos? Isto é uma grande afronta a Jesus, ao Seu sacrifício por nós, e ã Sua honra como sacerdote, profeta e rei de nossas almas.

Por isso, não é sem motivo que a justificação e santificação são geralmente associadas à paz. Neste texto de I Tes 5.23, a santificação está associada à paz, porque Paulo diz: “o Deus de paz”. Isto porque a santificação produz paz. E não uma paz qualquer, mas a paz que procede de Deus. Condição que é resultante da paz com Ele, em razão deste trabalho de destruir o pecado, que é o que desperta a ira de Deus e que afasta a Sua santa presença de nós. Então uma vez tratado o problema do pecado, através do arrependimento, da confissão, do quebrantamento em Sua presença, e do trabalho de santificação em purificação de nossos corpos, almas e espíritos, então o que se há de experimentar como resultado será a paz com Deus. E esta paz é efetivamente infundida em todas as áreas do nosso ser, de maneira que podemos experimentar o poder real do Senhor em trazer alívio e descanso às nossas almas. E os efeitos desta paz são percebidos e sentidos em nossos próprios corpos e mentes. Deus deixa sempre uma bênção atrás de si quando nos consertamos na Sua presença. Ele cumpre a promessa de sarar a nossa terra quando aplicamos com sinceridade o que Ele nos ensinou em II Crônicas 7.14:

“e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” (II Crônicas 7.14).

Assim, devemos buscar a santificação porque um dos resultados dela é esta paz com Deus e uns com os outros. Se amamos a paz que é fruto do Espírito e se somos chamados a esta paz, devemos então estar conscientes que nunca poderemos ter isto sem santificação. E a igreja depende vitalmente disto, porque sem a paz e sem almejar a paz, não valorizaremos a santificação o tanto quanto ela deve ser valorizada, porque um dos efeitos imediatos dela é esta paz com Deus, porque Ele demonstrará a Sua satisfação em relação a nós, por causa de estarmos atendendo o Seu desejo para conosco, que é afirmado expressamente na Palavra, como sendo a nossa santificação. E o fruto da paz será a comunhão com Deus e com os irmãos, e é a este fruto da santificação na vida que o apóstolo João se refere na sua primeira epístola:

“ Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos nas trevas, mentimos, e não praticamos a verdade; mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado.” (I João 1.6,7).

E esta paz é também objetiva quanto a nos livrar da condenação futura, porque ela põe um ponto final na guerra que Deus tinha conosco, por sermos pecadores. E daí se dizer que pela justificação pela fé obtivemos esta paz com Deus por meio de Cristo Jesus (Rom 5.1). Mas esta paz objetiva, como vimos foi devida à justificação. Mas agora dependemos da paz subjetiva que é operada pela nossa santificação. Porque esta trata dos nossos pecados diários e nos habilita a continuarmos mantendo comunhão com Deus.
O Espírito de Deus é chamado de Espírito Santo porque Ele é o autor de toda a santidade em todos aqueles que são feitos dela participantes.

Nosso dever principal neste mundo é, saber o que é ser santo corretamente, e assim realmente ser.
O que não é realmente santo não verá a Deus, e a Bíblia é muito clara e direta quanto a isto. Pois não existe um lugar intermediário para as almas serem aperfeiçoadas depois da morte. Não há purgatório. Há depois da morte somente dois lugares para o destino dos espíritos desencarnados: ou céu ou inferno. Na parábola de Lázaro e o rico Jesus deixou bem claro que aqueles que se encontram no paraíso celestial não podem passar para o inferno, e nem os que se encontram no inferno passarem para o céu, porque o admitir tal possibilidade seria admitir que Deus possa errar no Seu juízo destinando almas que não deveriam ir para o inferno e que acabaram lá se encontrando, ou o oposto a isto em relação ao céu.
“4 Ouvi outra voz do céu dizer: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.
5 Porque os seus pecados se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela.” (Apocalipse 18:4,5).

Não será a boa educação, nem virtudes morais que poderão livrar os homens de tal juízo, senão uma verdadeira santificação operada pelo Espírito Santo. Enganam-se a si mesmos todos aqueles que pensam que estão fazendo um grande favor a Deus por não roubarem, matarem, adulterarem, porque isto é dever de todos os homens, e dizemos que não há nenhum mérito nisto porque pensar que a santidade do Deus Altíssimo, Todo-Poderoso consiste no trapo da justiça humana, é rebaixar, menosprezar o que é realmente esta santidade divina, de modo que isto não deixará de ter a devida paga no juízo.

Por isso é absolutamente essencial investigar, empenhando nisto toda a nossa diligência, qual seja a verdadeira natureza da santificação, para que não sejamos enganados com aquelas coisas que têm uma aparência de santidade, mas que na verdade nada têm a ver com a sua verdadeira natureza. E com isto poderemos estar comprando gato por lebre, e ficarmos satisfeitos com aquilo que não pode produzir a verdadeira satisfação tanto em nossas almas, quanto no coração de Deus. Mas não é apenas uma simples questão de satisfação que está envolvida no assunto da santidade, porque há danos sérios que podem ser experimentados por todos aqueles que estiverem trilhando caminhos falsos e enganosos que nunca nos levarão a achar o lugar onde se encontra esta pérola preciosa da santificação.

E este caminho é conhecido senão pelo próprio Senhor. Eles estão ocultos ao olho natural e à compreensão carnal. Nenhum homem pode pelo seu simples entendimento conhecer e entender a verdadeira natureza da santidade bíblica, e não é de se admirar que esta doutrina da santificação seja menosprezada por muitos como sendo uma fantasia e algo inatingível. Como isto não pode ser conhecido se não for experimentado e vivido, então, voltamos a dizer não é para ficarmos admirados com o fato de existir tanta ignorância quanto à natureza da verdadeira santidade. O humilde e obediente à vontade de Deus chegará a conhecer isto porque Ele dá graça e entendimento aos que se humilham e que Lhe obedecem. Mas o orgulhoso, o que não se negar a si mesmo, o que não tomar a cruz, o que se estriba na sua própria sabedoria e conhecimento, jamais chegará a entender e a viver a verdadeira santidade.

E é aqui que devemos voltar ao texto de 1 Cor 2:11-15, para lembrarmos que coisas espirituais se discernem espiritualmente pela operação do Espírito Santo. Não são então propriamente do domínio do puro e próprio conhecimento racional do homem, mas da esfera da revelação sobrenatural do Espírito Santo.
Não nos admiremos portanto de serem os legalistas, que não se sujeitam ao trabalho da graça pelo Espírito Santo em suas vidas, exatamente aqueles que são os inimigos mais ferozes e implacáveis da verdadeira santidade bíblica, que aponta para o grande peso da graça divina em santificação, conforme provamos pela ilustração gráfica da gangorra onde contrapomos o peso da graça com a responsabilidade humana.
E não é de se admirar também que os próprios crentes de um modo geral, sejam freqüentemente alheios a isto, quanto à apreensão deles da verdadeira natureza da santidade e dos seus efeitos na vida. Geralmente eles se contentam com o trabalho inicial de santificação que ocorreu no dia da sua justificação e regeneração, quando tiveram um encontro pessoal com Cristo, mas não fazem muito progresso em santificação porque isto não somente exigirá deles grande empenho em diligência, como também um completo reconhecimento da dependência da graça de Deus, sujeitando-se efetivamente ao trabalho do Espírito Santo, na transformação e purificação progressiva de todas as áreas de suas vidas, especialmente do coração.
Santificação é uma obra do Espírito de Deus no corpo, alma e espírito do crente, purificando e limpando a natureza dele da poluição e da impureza do pecado, renovando no crente a imagem de Deus, e o habilitando assim, a um princípio espiritual e habitual de graça, para poderem obedecer a Deus, segundo o teor e mandamentos da nova aliança, em virtude da vida e morte de Jesus Cristo.

“ Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro; Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.” (I Pedro 1.22, 23).

“Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” (Filip 1.6/ Ef 3.14-17/ I Tes 3.12,13/ II Pe 1.5-7).

Então em santificação progressiva a diligência, a vigilância, a oração, a meditação na Palavra, dentre outras coisas, devem estar se tornando um hábito, de modo que possamos saber que estamos de fato sendo santificados. Onde falta este hábito, o progresso em santificação não pode estar sendo verdadeiramente efetivo, porque ela sempre haverá de conduzir em seus resultados a esta condição habitual de pensarmos e agirmos em conformidade com estes padrões divinos de comportamento que serão corroborados, fortalecidos, no homem interior, a saber, no nosso espírito. (II Cor 7.1/ Ef 4.12/ Hb 13.21/ I Pe 5.10)
Estes hábitos espirituais de fé e de amor, crescem e progridem através do seu exercício. Assim como não se pode aprender a tocar música a não ser pela repetição da aprendizagem até a formação do hábito de tocar, e este exercício deve continuar para a manutenção e o aperfeiçoamento musical, de igual modo a santificação não pode ser operada devidamente sem esta repetição em contínuos exercícios dos deveres ordenados a nós na Palavra de Deus. Eles devem ser aprendidos e exercitados continuamente, se desejamos de fato ser santificados pelo Espírito. (II Tim 3.16, 17)

Alguém indagará: “qual é a importância prática de se conhecer a natureza da santidade?”.

Sabendo que o Deus que é perfeitamente sábio e poderoso, prometeu realizar este trabalho de santificação em todos quantos se dispuserem a obedecer a Sua vontade e confiarem inteiramente nEle para a realização deste trabalho, enquanto vão sendo progressivamente iluminados pelo Espírito a entenderem as coisas que lhes são ordenadas na Bíblia, para colocá-las em prática em suas próprias vidas, especialmente aquelas que dizem respeito à purificação de seus corações de toda impureza e pecados. E conhecendo-se a verdadeira natureza da santidade, não seremos iludidos por aquelas coisas que fingem ser esta santidade bíblica, cristã e que na verdade não são, e que têm iludido e enganado uma grande multidão de pessoas. Nós aprendemos que a santificação depende da nossa diligência em obediência, mas é sobretudo uma obra nova, maravilhosa, sobrenatural, e que é conhecida e realizada através de revelação sobrenatural, procedente de Deus, porque Ele é a fonte de toda verdadeira santidade. É Ele quem pode tornar um coração verdadeiramente puro, e dar paz verdadeira às nossas almas. Remover todo mau temperamento e encher-nos de gozo, amor e alegria espirituais indizíveis que nos levam automaticamente a ter comunhão com todos os nossos irmãos que estejam vivendo a mesma experiência que nós. E é importante saber sobre a natureza da verdadeira santidade biblica, porque é por meio deste conhecimento que podemos entender que uma verdadeira santidade sempre produzirá os bons frutos espirituais esperados por Deus dos Seus filhos. É a santificação quem permite que as nossas boas obras sejam de fato obras da fé. Obras resultantes do poder operante do Espírito Santo em nós. Então se há falta destes frutos, é para se desconfiar do tipo de santificação que temos perseguido. Se ela não conduz à paz, à comunhão, ao amor, e a esta frutificação referida, então é para desconfiarmos, e corrigimos o nosso rumo, através da busca do conhecimento do que seja a verdadeira natureza da santidade, para que não nos enganemos mais em nossos esforços em santificação.

Muitos têm parado na justificação e na regeneração, como já comentamos anteriormente, muitas vezes, por uma má compreensão quanto à aplicação de determinadas passagens bíblicas, que parecem indicar que a justificação e a regeneração são o tudo do propósito de Deus em relação aos crentes, quando isto não é de modo nenhum verdadeiro, porque há muitas outras passagens bíblicas que afirmam a necessidade da santificação progressiva que deve se seguir à regeneração e que deve ser contínua e duradoura por toda a vida.
Por exemplo, quando lemos Rom 4.2-8:
“2 Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.
3 Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.
4 Ora, ao que trabalha não se lhe conta a recompensa como dádiva, mas sim como dívida;
5 porém ao que não trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é contada como justiça;
6 assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus atribui a justiça sem as obras, dizendo:
7 Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos.
8 Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputará o pecado.” (Rom 4.2-8).
O que muitos concluem destas palavras?

Eles afirmam que não é necessário obras de justiça da parte do crente porque o texto aqui é muito claro e fala a respeito disto. Mas nós perguntamos a estas pessoas: “sobre o que o apóstolo está falando, sobre justificação ou santificação?”. A resposta está no próprio contexto, pois ele afirma que Abraão foi justificado pela fé nos versos 2 e 3. Então ele está falando do modo da justificação que é realmente somente pela fé sem o concurso das obras.
Mas, nesta mesma epístola aos Romanos ele vai falar também sobre o dever da santificação, que é um trabalho diferente da justificação e que deve se seguir a ela, e então aqui ele destaca a necessidade das obras juntamente com a fé e o trabalho da graça, para a santificação:
“12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências;
13 nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como redivivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.
14 Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porquanto não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
15 Pois quê? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum.
16 Não sabeis que daquele a quem vos apresentais como servos para lhe obedecer, sois servos desse mesmo a quem obedeceis, seja do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?
17 Mas graças a Deus que, embora tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues;
18 e libertos do pecado, fostes feitos servos da justiça.
19 Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Pois assim como apresentastes os vossos membros como servos da impureza e da iniqüidade para iniqüidade, assim apresentai agora os vossos membros como servos da justiça para santificação..” (Rom 6.12-19).

Em toda esta passagem ele está falando de santificação e não de justificação, e demonstra claramente que além desta justiça de Cristo que nos foi imputada para justificação, nós precisamos desta justiça que é infundida pelo trabalho progressivo do Espírito Santo, no qual há também o concurso das nossas obras de justiça, sem as quais não haverá nenhum trabalho da graça em santificação, porque esta graça será derramada por Deus conforme a nossa disposição em obedecer a Sua vontade, e que o apóstolo define pela expressão de apresentar nossos membros a Deus para serem usados por Ele para o fim da nossa santificação.

A Santidade da igreja e a sociedade.
A santificação pode conduzir a uma melhor ordem social no meio em que vivemos, mas não deve ser esse o objetivo do crente em Deus na busca da santificação.
A natureza desta santidade é segundo o reino de Deus e não segundo os reinos deste mundo, isto é, ela visa a um sistema que não é segundo o homem e nem segundo o mundo, mas segundo Deus e a um sistema de governo celestial. De modo que a santidade bíblica está destinada a crescer até à perfeição, sem mancha, ruga ou qualquer defeito, porque o fim que se tem em vista é o de que os súditos deste reino celestial possam viver em perfeita harmonia e paz e justiça e amor, por toda a eternidade.

“Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; entretanto o meu reino não é daqui.” (João 18.36).

Assim toda a santidade que os crente possam obter neste mundo não tem por principal objetivo capacitá-los a mudarem a ordem do sistema mundial, ou conduzir os crentes ao poder, antes de que Cristo volte para estabelecer o Seu governo eterno.
“E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.” (I Cor 13.3).
Então esta santidade bíblica não consiste em nenhuma ação benemérita que o mundo considere elevada porque ela é muitíssimo mais elevado do que isto em sua natureza. O cristão santo e que se conduz com santidade e em boas obras, não pode ficar a espera de elogios do mundo (embora isso seja inevitável) e de recompensas do mundo, mas em uma recompensa eterna, nos céus.

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas, interiormente, estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.”
“E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largas filactérias, e alargam as franjas dos seus vestidos”
“E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé, nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.”
(Mateus 23:5,27/ 6:5)

A santificação progressiva é feita em graus, no homem interior, que é reconstruído dia a dia:

“Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se esteja consumindo, o interior, contudo, se renova de dia em dia. “ (II Cor 4.16).
“e vos vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;” (Col 3.10).

E especialmente em Ezequiel 36.25-27, está indicado este trabalho de santificação pelo Espírito, como consistindo basicamente na transformação e na purificação do nosso coração. O coração de pedra transformado em coração de carne indica a regeneração. E a purificação do coração indica o trabalho progressivo da santificação em graus.

“Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias, e de todos os vossos ídolos, vos purificarei
Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.
Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis.” (Ezequiel 36.25-27).

Mas é o todo da nossa santificação que está incluído nestas promessas. Ser limpo das corrupções do pecado, de todos os ídolos, que representam o nosso apego às coisas vãs e passageiras deste mundo, e ter uma nova disposição de espírito segundo Deus pelo recebimento de uma nova natureza espiritual, real e verdadeiramente nova, e um coração quebrantado inclinado e disposto para temer a Deus, do modo devido, segundo um andar dirigido pelo Espírito nos mandamentos de Deus.
Era com fé nestas promessas que o apóstolo Paulo orava pelos Tessalonicenses para que o Deus de paz os santificasse completamente, de modo que eles fossem conservados plenamente irrepreensíveis em seu espírito, alma e corpo (I Tess 5.23), e no verso seguinte ele declara a sua plena confiança que Deus realizaria neles este trabalho de santificação:

“Fiel é o que vos chama, e ele também o fará.” (I Tess 5.24).

COMO ALCANÇAR A SANTIFICAÇÃO?
Se falhou em impedir a conversão do fiel, se falhou em impedir sua santificação, Satanás tentará impedi-lo de seguir o caminho certo e lhe mostrará atalhos pelos quais enveredar. Há hoje uma oferta incrível de atalhos: liturgia barulhenta, novos modelos de igreja, doutrinas novas, etc. Mas há algo que deve ser dito: não há atalhos para a santificação. O caminho correto passa pelas seguintes atitudes:

(1) A vontade, colocada pelo Espírito Santo, na medida em que nos entregamos mais e mais a Deus, como já se comentou anteriormente. É preciso querer. Ninguém é salvo contra sua vontade. Da mesma forma, ninguém é santificado contra sua vontade.

(2) A leitura da Bíblia e a meditação em seu ensino, não a mera leitura, como quem lê um romance. Não se preocupe em ler a Bíblia toda em um ano. Preocupe-se em ler todos os dias, e aplicar cada dia o que leu. Você não pode comer por um ano e parar. Precisa comer cada dia. Alimente-se espiritualmente da Palavra, todos os dias, medite nela todos os dias, aproprie-se dela todos os dias. Veja os textos de Salmo 1.2, Mateus 4.4 e João 17.17. A Bíblia é a Palavra de Deus e ninguém pode descobrir a vontade de Deus sem lê-la com fome, e aplicá-la na sua vida.

(3) A oração é indispensável ao crescimento espiritual e à santificação. Veja Efésios 6.18 e Filipenses 4.6-7. Na leitura da Bíblia, Deus fala conosco e através da oração podemos abrir o coração com Deus e falar com ele. A oração é a janela da nossa alma que se abre para Deus.

(4) A adoração a Deus, no culto público, é indispensável. Veja e reflita bem sobre Efésios 5.18-21. A atitude de adoração ali prescrita implica em relacionamento com os demais. Participar dos cultos é um elemento poderoso na santificação. É como a história do carvão e da brasa. Tire uma brasa da fogueira e ela se apagará, virará um carvão. Ponha um carvão junto às brasas e ele se acenderá. Um dos primeiros sintomas de frieza espiritual e de queda no relacionamento com Deus é a fuga dos cultos. Poucas desculpas são mais descoradas do que aquela de “estou sem ir à Igreja, mas mantenho minha relação com Deus no mesmo nível”. A Bíblia nos exorta a não deixarmos de participar dos cultos: Hebreus 10.19-25. Preste atenção que entrar na presença de Deus leva a pessoa a considerar os irmãos e dar e receber admoestação deles, sem deixar as reuniões de culto.

(5) O testemunho nos ajuda a fortalecer a fé. Quando Jesus nos exortou a testemunharmos (Mt 28.19-20) não foi apenas para que as pessoas se convertessem. Testemunhar é o exercício da fé. Se a Palavra, a oração e o culto nos alimentam, o testemunho nos faz exercitar-nos. Evita a má saúde. Quem só come e não se exercita pode ter problemas.

(6) A autodisciplina ou o domínio de si mesmo é algo indispensável na busca da santidade. É mortificar-se cada vez mais e procurar ser como Cristo. Leiamos Gálatas 5.23-24 e Tito 1.8 (na palavra “temperante”). Este último versículo alude às virtudes do bispo, mas deve-se notar que, no Novo Testamento, o que se pede da liderança é o que se pede de todos os crentes, pois não há um clero e um laicato. Todos somos iguais diante de Deus, no Novo Testamento.

(7) O companheirismo cristão é um outro elemento muito forte. Veja 1Tessalonicenses 5.12-23. Alguém disse que “a Igreja é o único exército que atira em seus próprios soldados”. É verdade! Como os crentes falam mal uns dos outros! Como se criticam! A mutualidade é um elemento muito forte no processo de santificação. Faz com que aprendamos de nossos irmãos e faz com que nos exercitemos. Somos fortalecidos na fé pelo companheirismo. Veja o porquê do desejo de Paulo em conhecer os crentes de Roma: Romanos 1.11-12.

“Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação:que vos abstenhais da prostituição,”
(I Tess 4.3).
“2 Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos.
3 E todo o que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro.” (I João 3.2,3).

Assim esta santificação é o grande privilégio dos crentes, e se a segurança eterna deles depende absolutamente disto, porque se exigirá evidência de santificação para que se possa ver a Deus, então empenhemos toda a nossa diligência para procurar entender a natureza e a necessidade da santificação, examinando com vívido e reverente interesse tudo o que a Bíblia nos ensina sobre isto.
Deus é a fonte eterna de toda a santidade e então é somente nEle que poderemos achar a fonte desta graça, e não em qualquer criatura, porque toda a santidade que possa existir no céu e na terra, terá sido recebida de Deus, que é a sua fonte.

A VERDADEIRA SANTIDADE
Enquanto tentarmos produzir a santificação de nossas vidas, agindo de acordo com aquilo que imaginamos ser a verdadeira santidade, geralmente, o que obteremos será uma falsa e grosseira imitação da verdadeira santificação, que é produzida exclusivamente pela transformação, instrução e poder operados pelo Espírito Santo.É somente quando nos rendemos a Deus e à Sua vontade, que conhecemos que não há em nós mesmos nenhum poder ou mérito para nos santificar, e que somente Ele pode completar a boa obra que começou em nós desde o dia da nossa conversão a Cristo.

Assim, a santificação verdadeira não pode ser definida como sinais de pobreza, simplicidade e humildade ou como sendo as conquistas materiais pregadas por neo-pentecostalismo, que são duas formas opostas de expressão religiosa.
Nem tampouco pode a santificação ser definida pelo cumprimento de ritos e cerimônias, por obras de mero caráter humanitário e social, ou por tudo o mais que possa ser iniciado e concluído pelo próprio homem, sem a intervenção sobrenatural de Deus.A repetir que a verdadeira santificação implica, sobretudo na transformação pessoal operadas pelo poder do Espírito Santo, e que isto ocorre efetivamente depois que nos rendemos à vontade de Deus, posto ser uma obra sobrenatural que nos vem do alto, a saber, dos poderes e dons procedentes do céu.Temos, portanto, na verdadeira santificação, uma luta a ser travada contra nós mesmos. Contra o nosso ego e vontade. Porque, enquanto estes estiverem no comando, pouco ou quase nada nos valerá a graça de Cristo. E quem pode, por si mesmo, vencer a sensualidade que opera na sua própria carne?O que podem realizar as práticas ascéticas e religiosas contra a sensualidade?
O fogo do pecado arderá no altar do coração corrompido enquanto não estiver sendo apagado pelo poder do Espírito e substituído pelo fogo purificador da santificação.
Vemos assim, que todo o nosso esforço em mudança de comportamento será ainda muito pouco para o objetivo da santificação, ou até mesmo nada, caso tal esforço se refira ao cumprimento daquilo que seja mero fruto de nossa imaginação quanto ao que seja ou não da vontade de Deus em relação a nós, uma vez que tais pensamentos podem não conferir com as realidades que se encontram na pessoa de Deus e nos Seus mandamentos.
Necessitamos da iluminação, da instrução e do poder do Espírito Santo, para entendermos e vivermos a letra das Escrituras, senão podemos incorrer no erro que é muito comum de atribuir significados ao ensino da verdade revelada na Bíblia que não se condiz com as realidades às quais se referem, tal como se encontram na vontade imutável de Deus.
Deste modo, nada adianta tentar fugir da tentação da prática de impurezas enquanto o Espírito Santo não estiver trabalhando diretamente na fonte da tentação que opera na carne, destruindo o seu poder e influência, de modo que o coração seja completamente consagrado a Deus e já não se tenha mais sequer a curiosidade para praticar aquilo que é sensual, pecaminoso e impuro, enquanto debaixo de tal influência e poder do Espírito.
Isto não se obtém somente por se orar e meditar na Palavra de Deus, mas em se deixar vencer pelo Espírito Santo, de modo que sejamos conduzidos pelo seu poder, influência e instrução.
Com isto, e somente com isto, não fugiremos mais das realidades terríveis que nos cercam por todos os lados neste mundo, nas mais variadas formas de expressão do pecado, porque estando debaixo de tal direção do Espírito, elas não têm poder sobre nós para desviar o nosso coração daquilo que é bom para aquelas coisas que são contrárias à vontade de Deus.
Enquanto andarmos no Espírito, debaixo do verdadeiro temor de Deus, o qual consiste principalmente em guardar os Seus mandamentos, com um sincero desejo de nunca desagradar a Deus, podemos estar certos de que contaremos com as bênçãos do Senhor, ainda que venhamos a errar eventualmente, porque Ele não age conosco com base na nossa perfeição, a qual, sabe que não existirá enquanto estivermos neste corpo de carne, mas sempre com base na Sua graça e misericórdia.
Vemos deste modo, que a verdadeira santificação não consiste em ritos e cerimônias religiosas, mas em vida e bênçãos de procedência sobrenatural e divina.
Deus não nos revelou mandamentos que sejam a mera expressão de uma religião, mas coisas que se referem à vida ou à morte; à bênção ou a maldição; sendo que teremos vida e bênçãos somente quando escolhemos fazer a vontade de Deus.
É somente assim que se pode ter um verdadeiro e sincero amor pelos pecadores, e que nos tornamos úteis para ajudá-los porque já não seremos mais seus juízes, acusadores ou condenadores, cônscios de que nada poderão fazer para andarem na verdade e no amor, a menos que sejam alcançados pela graça de nosso Senhor Jesus Cristo, por se sujeitarem ao trabalho de santificação que é operado pelo Espírito Santo, mediante aplicação da Palavra de Deus em nossas vidas.















PECADO

INTRODUÇÃO

Vivemos num mundo que insiste em negar a existência do pecado e, quando admite a existência do pecado, em negar que a forma única pela qual se consegue a libertação do pecado é por intermédio de Cristo Jesus e de seu sacrifício na cruz do Calvário. Não são poucos aqueles que o “mistério da injustiça” tem levantado, nestes últimos dias, para tentar negar as evidências das verdades bíblicas, “falsos doutores” que, eles mesmos, não têm conseguido se livrar do pecado (II Pe.2:1,2). Negar a existência de Deus, e, por conseguinte, negar que a Bíblia é a sua Palavra é um papel de satanás. Isto, ao longo da história, e com maior ênfase nestes tempos do Pós - Modernismo, ele tem feito, sempre usando os instrumentos humanos que, conscientes ou não, se deixam usar por eles.


Está escrito que Deus, ao completar a obra da criação, declarou que tudo era "muito bom". Observando, mesmo ligeiramente, chegamos à convicção de que muitas coisas que agora existem não são boas — o mal, a impiedade, a opressão, a luta, a guerra, a morte, a inveja, avareza, imoralidade, infidelidade, idolatria e o sofrimento. E naturalmente surge a pergunta: Como entrou o mal no mundo? — pergunta que tem deixado perplexos muitos pensadores. A Bíblia oferece a resposta de Deus; ainda mais, informa-nos o que o pecado realmente é; melhor ainda, apresenta-nos o remédio para o pecado

Origem do pecado

O Pecado se originou no Mundo Angélico.
A Bíblia nos ensina que na tentativa de investigar a origem do pecado devemos retornar à queda do homem, na descrição de Gen 3 e fixar a atenção em algo que sucedeu no mundo angélico. Deus criou um grande número de anjos, e estes eram todos bons, quando saíram das mãos do seu Criador ,(Gen 1:31). Mas ocorreu uma queda no mundo angélico , queda na qual legiões de anjos se apartaram de Deus. A ocasião exata dessa queda não é indicada, mas em João 8:44. Jesus fala do diabo como assassino desde o princípio e em 1 João 3:8 diz João que o Diabo peca desde o princípio.

A origem do pecado na raça humana.
Com respeito à origem do pecado na história da humanidade a Bíblia ensina que ele teve início com a transgressão de Adão no paraíso e portanto com um ato perfeitamente voluntário da parte do homem. O tentador veio do mundo dos espíritos com a sugestão de que o homem, colocando-se em oposição a Deus, poderia tornar-se semelhante a Deus. Adão se rendeu à tentação e cometeu o primeiro pecado, comendo do fruto proibido. Mas a coisa não parou aí, pois com esse primeiro pecado Adão passou a ser escravo do pecado. Esse pecado trouxe consigo corrupção permanente, corrupção que dada a solidariedade da raça humana, teria efeito não somente sobre Adão , mas também sobre todos os seus descendentes. Como resultado da queda, o pai da raça só pode transmitir uma natureza depravada aos descendentes. Dessa fonte não Santa o pecado fluí numa corrente impura passando para todas as gerações de homens corrompendo tudo e todos com que entra em contato. É exatamente esse estado de coisas que torna tão pertinente a pergunta de Jó.Quem da imundície poderá tirar cousa pura ? Ninguém, (Jó 14:4).

Portanto,assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens,porque todos pecaram..Deus adjudica a todos os homens a condição de pecadores, culpados em Adão, exatamente como adjudica a todos os crentes a condição de justos em Jesus Cristo. É o que Paulo quer dizer, quando afirma:
“Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação , assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Por que ,como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um só ,muitos se tornarão justos.”
( Romanos 5:18,19).

O QUE É PECADO?
O pecado não é um acontecimento devido ao acaso, que não envolva culpa por parte dos pecadores – não é um acidente.
“Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim, também, a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.” (Romanos 5:12)
Há quem ensine que o pecado é acidental; porém, conforme temos verificado, o ensino da bíblia é que o pecado resultou de um ato de desobediência responsável por parte de Adão.

O pecado não é mera debilidade da criatura, pela qual o homem não deve ser responsabilizado ou tido por culpado.
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso: quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9)
Há os que afirmam que o pecado é apenas uma espécie de debilidade ou fraqueza, pelo que somos muito infelizes, porém de modo algum culpáveis ou condenáveis. Mas essa opinião, tal como a anterior, é contrária à verdade revelada na bíblia.

Tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, o pecado é considerado principalmente um rompimento de relações entre o pecador e Deus.
Jesus retratou a vida humana ideal como a vida de comunhão com Deus. Jesus localiza a fonte do pecado no intento íntimo dos homens. Dessa maneira, Jesus aprofundou muito o senso de culpa.


O pecado não é metafísico, mas também não é somente uma mera decisão errada. São decisões erradas e livres, decorrentes de um estado pecaminoso e depravado...

Em sua estrutura concreta, o homem é, antes de mais nada, um ser no mundo que, contudo, transcende o mundo não somente no plano horizontal mas também em uma trans-ascendência, uma abertura para Deus”. As teorias filosóficas, psicológicas, sociológicas ou antropológicas, entre muitas outras correntes do pensamento humano, de fato, à parte das Sagradas Escrituras, não são capazes de responder as mais profundas indagações existenciais do homem moderno. Muito menos, ignorando a doutrina bíblica do pecado e da regeneração do homem, ter êxito nos projetos sociais e educacionais, e nas penalidades mais severas para os criminosos. O problema não se circunscreve a exterioridade: falta de moradias, de educação, de trabalho, de cultura, mas ao distanciamento do homem de seu Criador, DEUS.

Pecado é tudo que fazemos em desacordo com a vontade de Deus, contrário à Sua Palavra, em desobediência aos seus mandamentos, tudo que vai contra a santidade de Deus. O pecado é um ato de rebeldia: "Todo aquele que pratica o pecado, também transgride a lei, pois o pecado é a transgressão da lei" (1 João 3.4).


Não há necessidade de discutir a questão da realidade do pecado; a história e o próprio conhecimento intimo do homem oferecem abundante testemunho do fato. Muitas teorias, porém, apareceram para negar, desculpar, ou diminuir a natureza do pecado.
O ateísmo, ao negar a Deus, nega também o pecado, porque, estritamente falando, todo pecado é contra Deus; e se não há Deus, não há pecado. O homem pode ser culpado de pecar em relação a outros; pode pecar contra si mesmo, porém estas coisas constituem pecado unicamente em relação a Deus. Enfim, todo mal praticado é dirigido contra Deus, porque o mal é uma violação do direito, e o direito é a lei de Deus.

A heresia do hedonismo (da palavra grega que significa "prazer") é a teoria que sustenta que o melhor ou o mais proveitoso que existe na vida é a conquista do prazer e a fuga à dor; de modo que a primeira pergunta que se faz não é: "Isto e correto?", mas: "Traz prazer?" Nem todos os hedonistas têm uma vida de vícios, mas a tendência geral do hedonista é desculpar o pecado e disfarçá-lo, qual pílula açucarada, com designações tais como estas: "é uma fraqueza inofensiva"; "é pequeno desvio"; "é mania do prazer"; "é fogo da juventude". Eles desculpam o pecado com expressões como estas: "Errar é humano"; "o que é natural é belo e o que é belo é direito." é sobre essa teoria que se baseia o ensino moderno de "auto-expressão".

Em linguagem técnica, o homem deve "libertar suas inibições"; em linguagem simples, "ceder à tentação porque reprimi-la é prejudicial à saúde". Naturalmente, isso muitas vezes representa um intento para justificar a imoralidade.

Mas esses mesmos teóricos não concordariam em que a pessoa desse liberdade às suas inibições de ira, ódio criminoso, inveja, embriaguez ou alguma outra tendência similar. No fundo dessa teoria está o desejo de diminuir a gravidade do pecado, e ofuscar a linha divisória entre o bem e o mal, o certo e o errado. Representa uma variação moderna da mentira antiga: "Certamente não morrerás." E muitos descendentes de Adão têm engolido a amarga pílula do pecado, adoçada com a suposta suavizante segurança: "Isto não te fará dano algum." O bem é simbolizado pela alvura, e o pecado pela negrura, porém alguns querem misturá-los, dando-lhes uma cor cinzenta neutra. A admoestação divina àqueles que procuram confundir as distinções morais, é: "Ai daqueles que chamam o mal bem, e o bem mal"

O PECADO COMO UM ATO.
Em 1 João 3:4 temos a definição do pecado como um ato. É um transgredir, ou um ir contrário à Lei de Deus.

O PECADO COMO UM ESTADO.
Há muitas pessoas que não querem ver que o pecado vai mais além de um ato manifesto. Um pouco de reflexão mostrará que os nossos atos não são senão expressões do nosso ser interior.

Que o pecado de Adão prejudicou não só a ele, mas também a todos os seus descendentes, por geração ordinária, é parte da fé de todo o mundo cristão. A pecaminosidade do estado em que o homem está, consiste na culpa do primeiro pecado de Adão, na ausência de retidão original e na corrupção de toda a sua natureza, o que comumente recebe o nome de pecado original, consequentemente todas as transgressões concretizadas advêm desse estado de pecado do homem. E como conseqüência dessa corrupção original, os homens estão totalmente indispostos, incapacitados e opostos a todo bem, e totalmente inclinados a todo mal.

Não só vemos a manifestação da ira, malícia, egoísmo, inveja, orgulho e outras disposições maldosas, mas todo o desenvolvimento da alma em direção ao mundo e afastando-se de Deus. A alma de uma criança se dirige, movida por uma lei interior, das coisas invisíveis e eternas, para as coisas que se vêem e são temporais. É, em suas mais precoces manifestações, profana, terrena. Como esse é o testemunho da experiência universal, assim o é da Bíblia.
“Desviam-se os ímpios desde sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras”
(Salmos 58:3)
“A estultícia [o mal moral] está ligada ao coração da criança” (Provérbios 22:15)
É um fato inegável, a universalidade do pecado entre os homens, seu poder dominante e sua manifestação precoce, constituem clara prova da corrupção de nossa natureza comum.
Como o fato de todos os homens executarem ações morais é prova de que, possuem uma natureza moral, assim também o fato de tal conduta moral ser sempre má, ou de todos os homens pecarem desde o mais precoce desenvolvimento de suas capacidades, constitui prova de que sua natureza moral é depravada.

É absolutamente inconsistente com todas as idéias justas de Deus que Ele tenha criado o homem com uma natureza que, de alguma forma, o conduza ao pecado e à destruição; ou que lhe haja colocado em circunstâncias que inevitavelmente o levem a pecar e a sua ruína. O atual estado da natureza humana não pode ser, portanto, sua condição normal e original. Somos uma raça apostatada. Nossa natureza corrompeu-se por nossa apostasia de Deus, e por isso toda a imaginação dos pensamentos do coração do homem é só e continuamente para o mal (Genesis 8:21). Esta é a solução bíblica e a única solução racional do fato inegável da profunda, universal e precoce pecaminosidade manifesta nos homens em todos os tempos e em todas as partes do mundo.

As criancinhas necessitam de redenção do mesmo modo que os adultos, porque também elas estão incluídas no pacto da graça. Redenção, porém, no sentido cristão do termo, é libertação, por meio do sangue de Cristo, do poder e das conseqüências do pecado. Cristo veio salvar os pecadores. E não salva a nenhum outro além dos pecadores. Se salva as criancinhas, elas têm de estar em estado de pecado. Não há possibilidade de evitar esta conclusão, exceto negando o estado de pecado da criança desde o nascimento. Negando assim, que as criancinhas são salvas por meio de Cristo e fundamentando a salvação das criancinhas em um suposto estado de “inocência” e “santidade”, mesmo longe de Deus.

Somente por causa de Cristo, ou mediante sua intervenção, elas são transferidas de um estado de existência condenável no qual sua natureza se desenvolveu para um estado de santidade. Toda bíblia ensina claramente que a morte de Cristo é absolutamente necessária; que, se houvesse outra maneira pela qual os homens pudessem ser salvos, Cristo teria morrido em vão (Gálatas 2:21 e 3:21). Pressupõe-se que os homens, todos os homens, as crianças e os adultos, estão em estado de pecado e desgraça, do qual ninguém, senão um divino Salvador, pode livrar.
A bíblia não faz exceção alguma de classe, nação, caráter ou idade em relação ao estado de pecado e a necessidade de um salvador.

As crianças sempre estiveram incluídas com seus pais em cada revelação ou promulgação do pacto da graça. O pacto com Abraão não foi feito somente com ele, mas também com sua posteridade, pequenos e adultos. As escrituras, portanto, sempre contemplam os filhos desde o nascimento como carentes de salvação, e como inclusos no plano da salvação que a bíblia revela. Isso é ainda mais evidente pelo fato de que o sinal e selo da circuncisão sob a antiga dispensação se aplicava a recém-nascidos. O selo das promessas feitas a Abraão também nos alcançou (Gálatas 3:14). Isso esclarece por que o Apostolo ensina que Abraão recebeu a circuncisão como selo da justiça da fé. Ou seja, foi o selo daquele pacto que prometeu e assegurou a justiça sobre a condição da fé. Está claro que as escrituras ensinam que a circuncisão tinha um sentido espiritual.

“Assim, também, David declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça, sem as obras, dizendo:Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos;
Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.
Vem, pois, esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente, ou também sobre a incircuncisão? Porque dizemos que a fé foi imputada como justiça a Abraão.
Como lhe foi, pois, imputada? Estando na circuncisão, ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas na incircuncisão. E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé, quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que crêem, estando eles, também, na incircuncisão; a fim de que, também, a justiça lhes seja imputada;E fosse pai da circuncisão, daqueles que não somente são da circuncisão, mas que, também, andam nas pisadas daquela fé do nosso pai Abraão, que tivera na incircuncisão.” (Romanos 4:6-12)
A morte com a qual Adão foi ameaçado não era mera dissolução de seu corpo, mas morte espiritual. A morte física das criancinhas é uma prova patente de que elas estão sujeitas à penalidade que sobreveio aos homens devido a um homem, ou pela desobediência de um só.

Pecado de Omissão e Comissão
O pecado tanto pode consistir de omissão em fazer a coisa justa ou o bem, como de comissão em fazer a coisa errada e má.

"Ao que se sabe fazer o bem e o não faz, ao tal é pecado" (Tiago 4:17).
Aqui passamos do lado negativo para o lado positivo da vida cristã, e aprendemos que deixar por fazer aquilo que sabemos competir-nos, é pecar. Suponhamos que, do presente momento em diante, nunca mais praticássemos qualquer mal, nem prejudicássemos de nenhuma forma nosso semelhante, viveríamos sem pecar? Não, pois nosso pecado apareceria no fato de não fazermos todo bem que deveríamos fazer.

A prática do orgulho e da arrogância
“Olhar altivo, coração orgulhoso e até a lavoura dos ímpios é pecado.” (Provérbios 21:4)
É a auto-exaltação e a arrogância, o que denota uma atitude errônea da mente e do coração para com o próprio Deus.

Atitude duvidosa é pecado
“Mas, aquele que tem dúvidas, se come, está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado.” (Romanos 14:23) vede também (1 João 3:18-22).
Havendo dúvida, o crente deve decidir pelo que não pode desagradar a Deus. A prática de qualquer atitude ou prática com dúvida, trará, inevitavelmente, a condenação. Não se pode também usar esse texto e cair no erro de achar que tudo que fazemos, e nossa mente não nos condena, é certo ou Deus não condenará nosso ato. A nossa mente ou consciência não determina o padrão de certo e errado, mas sim a palavra de Deus, a bíblia sagrada. A mente do homem sem Deus é cauterizada e obscurecida (1 Coríntios 8:7/ 1Timóteo 4:2/ Tito 1:15/ Hebreus 9:14/10:22) não pode saber a exata vontade de Deus, ou discernir sua vontade de forma ideal sem o exame da palavra de Deus (a bíblia) e o esclarecimento do Espírito Santo.

Favoritismo é pecado
“Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redarguidos pela lei como transgressores.” (Tiago 2:9)
Tal acepção coloca nossas relações com os homens, não na base do mérito ou da misericórdia, mas na base do lucro ou satisfações pessoais, o que é evidentemente errado e pecado.

Desprezo ao semelhante é pecado
“O que despreza ao seu companheiro peca, mas o que se compadece dos humildes é bem-aventurado.” (Provérbios 14:21)
É absoluta desobediência ao mandamento que diz: ”...amarás o teu próximo como a ti mesmo”, e também incoerência com a vida sintonizada com Deus.

Incredulidade para com Jesus Cristo é pecado
“E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo.
Do pecado, porque não crêem em mim;” (João 16:8,9)
A incredulidade é raiz da qual se originam todos os demais pecados. Foi depois que Eva permitiu à incredulidade penetrar em seu coração, que ela respondeu favoravelmente ao tríplice apelo da tentação. É o pecado que exclui Deus da alma e que, caso o indivíduo persista nele, excluirá a alma eternamente de Deus.

O reino vegetal, animal e toda a criação foram afetados pelo pecado do homem
“...Maldita é a terra por tua causa.” (Genesis 3:17,18/ Isaias 55:13)
O reino vegetal, animal e toda a natureza foi amaldiçoada por causa do pecado do homem, mas será finalmente redimida dessa maldição por ocasião da volta de Cristo para reinar.
“Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus.
Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou,
Na esperança de que, também, a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto, até agora.” (Romanos 8:19-22)

O mal se atribui a pensamentos e afetos.
Gênesis 6:5; Jeremias 17:9; Mateus 5:22,26; Hebreus 3:12.

O pecado pode tomar as formas de avareza, orgulho, vaidade, ambição, sensualidade, ciúme, ou mesmo o amor de outrem, em cujo caso outros são amados porque são tidos como estando de algum modo ligado ao Eu ou contribuindo para o Eu. O pecador pode buscar a verdade, mas sempre por fins interesseiros, egoísticos. Ele pode dar seus bens para alimentar o pobre, ou mesmo o seu corpo para ser queimado, mas só por meio de um desejo egoísta de gratificação carnal ou honra ou recompensa. O pecado, como egoísmo, tem quatro partes: "(1) Vontade própria, em vez de submissão; (2) ambição, em vez de benevolência; (3) justiça própria, em vez de humildade e reverência; (4) auto-suficiência, em vez de fé"

Vemos, então, que o pecado não é meramente um resultado do desenvolvimento imperfeito do homem: é uma perversidade da vontade e da disposição. O homem nunca a sobrepujará enquanto ele estiver na carne. A regeneração põe um entrave sobre ela, mas não a destrói. O homem regenerado não é mais servo do pecado, mas também não está longe dele, convive com o pecado, mas o pecado não o domina mais.
Leia:
“Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós.” (1 João 1:8)
“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.” (ROM. 8:1,2)

"Porque esta é à vontade de Deus, a vossa santificação... que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra, não na paixão de concupiscência...porque Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação" (1 Tessalonicenses 4.3-7).

Conseqüências do pecado
O pecado é tanto um ato como um estado. Como rebelião contra a lei de Deus, é um ato da vontade do homem; como separação de Deus, vem a ser um estado pecaminoso. Segue-se uma dupla conseqüência: o pecador traz o mal sobre si mesmo por suas más ações, e incorre em culpa aos olhos de Deus. Duas coisas, portanto, devem distinguir-se; as más conseqüências que seguem os atos do pecado, e o castigo que virá no juízo. Isto pode ser ilustrado da seguinte maneira: Um pai proíbe ao filho pequeno o fumar cigarros, e fá-lo ver uma dupla conseqüência: primeira, o fumar fá-lo-á sentir-se doente; segunda, ser castigado pela sua desobediência. O menino desobedece e fuma pela primeira vez. As náuseas que lhe sobrevêm representam as más conseqüências do seu pecado, e o castigo corporal subseqüente representa o castigo positivo pela culpa. Da mesma maneira as Escrituras descrevem dois efeitos do pecado sobre o culpado: primeiro, é seguido por conseqüências desastrosas para sua alma; segundo, trará da parte de Deus o positivo decreto de condenação.

Desfiguração da imagem divina. O homem não perdeu completamente a imagem divina, porque ainda em sua posição decaída é considerado uma criatura à imagem de Deus (Gên. 9:6; Tia. 3:9).

Pecado inerente, ou "pecado original". O efeito da queda arraigou-se tão profundamente na natureza humana que Adão, como pai da raça, transmitiu a seus descendentes a tendência ou inclinação para pecar. (Sal. 51:5.) Esse impedimento espiritual e moral, sob o qual os homens nascem, é conhecido como pecado original. Os atos pecaminosos que se seguem durante a idade de plena responsabilidade do homem são conhecidos como "pecado atual". Cristo, o segundo Adão, veio ao mundo resgatar-nos de todos os efeitos da queda. (Rom. 5:12-21.) Esta condição moral da alma é descrita de muitas maneiras: todos pecaram (Rom. 3:9); todos estão debaixo da maldição (Gál. 3:10); o homem natural é estranho às coisas de Deus (1 Cor. 2:14); o coração natural é enganoso e perverso (Jer. 17:9); a natureza mental e moral é corrupta (Gên. 6:5, 12; 8:21; Rom. 1:19-31); a mente carnal é inimizade contra Deus (Rom. 8:7, 8); o pecador é escravo do pecado (Rom. 6:17; 7:5); é controlado pelo príncipe das potestades do ar (Efés. 2:2); está morto em ofensas e pecados (Efés. 2:1); e é filho da ira (Efés. 2:3).

Maldição Hereditária

Será que os pecados cometidos por nossos antepassados podem chegar até nós de forma hereditária? É isso que acreditam aqueles que encontraram na Bíblia embasamento para dizer que problemas como alcoolismo, adultério, diabete e até mesmo câncer, podem ser frutos de uma maldição familiar.

Uma das distorções doutrinárias mais difundidas entre o povo de Deus ultimamente é o ensino das maldições hereditárias conhecido também como maldição de família ou pecado de geração. Estes conceitos circulam bastante através da televisão, rádio, literatura e seminários nas igrejas. Muitos líderes, ministérios e igrejas, antes sólidos e confiáveis, acabaram sucumbindo a mais esse ensino controvertido e importado dos Estados Unidos.

Os pregadores da maldição afirmam que se alguém tem algum problema relacionado com alcoolismo, pornografia, de pressão, adultério, nervosismo, divórcio, diabete, câncer e muitos outros, é porque algum antepassado viveu aquela situação ou praticou aquele pecado e transmitiu tal pecado ou maldição a um descendente. A pessoa deve então orar a Deus a fim de que lhe seja revelado qual é a geração no passado que o está afetando. Uma vez que se saiba qual, pede-se perdão por aquele antepassado ou pela geração revelada e o problema estará resolvido, isto é, estará desfeita a maldição.


Marilyn Hickey, autora norte-americana e que já esteve várias vezes no Brasil em conferências da Adhonep (Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno), promove constantemente este ensino. Note suas palavras:

Se você ou algum de seus ancestrais deu lugar ao diabo, sua família poderá estar sob a Maldição Hereditária e esta se transmitirá a seus filhos. Não permita que sua descendência seja atingida pelo diabo
através das maldições de geração. Os pecados dos pais podem passar de uma a outra geração, e assim consecutivamente. Há na sua família casos de câncer, pobreza, alcoolismo, alergia, doenças do coração, perturbações, mentais e emocionais, abusos sexuais, obesidade, adultério? Estas são algumas das características que fazem parte da maldição hereditária nas famílias. Contudo, elas podem ser quebradas!

Um dos textos bíblicos mais usados pelos pregadores da maldição hereditária para defender este ensino é Êxodo 20:4-6:
"Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos."

É preciso que se leve em consideração o assunto do texto aqui citado. De que trata, afinal, tal passagem? Alcoolismo, pornografia, depressão, ou problemas do gênero? É óbvio que não. O texto fala de idolatria e não oferece qualquer base para alguém afirmar que herdamos maldições espirituais de nossos antepassados em qualquer área das dificuldades humanas.

REFUTAÇÃO A DOUTRINA DA MALDIÇÃO HEREDITÁRIA
Está escrito no livro de EZEQUIEL 18: 1-20

"De novo veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
2 Que quereis vós dizer, citando na terra de Israel este provérbio: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram?
3 Vivo eu, diz e Senhor Deus, não se vos permite mais usar deste provérbio em Israel.
4 Eis que todas as almas são minhas; como o é a alma do pai, assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá.
5 Sendo pois o homem justo, e procedendo com retidão e justiça,
6 não comendo sobre os montes, nem levantando os seus olhes para os ídolos da casa de Israel, nem contaminando a mulher do seu próximo, nem se chegando à mulher na sua separação;
7 não oprimindo a ninguém, tornando, porém, ao devedor e seu penhor, e não roubando, repartindo e seu pão com o faminto, e cobrindo ao nu com vestido;
8 não emprestando com usura, e não recebendo mais de que emprestou, desviando a sua mão da injustiça, e fazendo verdadeira justiça entre homem e homem;
9 andando nos meus estatutos, e guardando as minhas ordenanças, para proceder segundo a verdade; esse é justo, certamente viverá, diz o Senhor Deus,
10 E se ele gerar um filho que se torne salteador, que derrame sangue, que faça a seu irmão qualquer dessas coisas;
11 e que não cumpra com nenhum desses deveres, porém coma sobre os montes, e contamine a mulher de seu próximo,
12 oprima ao pobre e necessitado, pratique roubos, não devolva o penhor, levante os seus olhos para os ídolos, cometa abominação,
13 empreste com usura, e receba mais do que emprestou; porventura viverá ele? Não viverá! Todas estas abominações, ele as praticou; certamente morrerá; o seu sangue será sobre ele.
14 Eis que também, se este por sua vez gerar um filho que veja todos os pecados que seu pai fez, tema, e não cometa coisas semelhantes,
15 não coma sobre os montes, nem levante os olhos para os ídolos da casa de Israel, e não contamine a mulher de seu próximo,
16 nem oprima a ninguém, e não empreste sob penhores, nem roube, porém reparta o seu pão com o faminto, e cubra ao nu com vestido;
17 que aparte da iniqüidade a sua mão, que não receba usura nem mais do que emprestou, que observe as minhas ordenanças e ande nos meus estatutos; esse não morrerá por causa da iniqüidade de seu pai; certamente viverá.
18 Quanto ao seu pai, porque praticou extorsão, e roubou os bens do irmão, e fez o que não era bom no meio de seu povo, eis que ele morrerá na sua iniqüidade.
19 contudo dizeis: Por que não levará o filho a iniqüidade do pai? Ora, se o filho proceder com retidão e justiça, e guardar todos os meus estatutos, e os cumprir, certamente viverá.
20 A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho, A justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele."

Como posso saber se algo é pecado?
Há dois aspectos envolvidos nesta questão:
Há coisas que a Bíblia especificamente menciona e declara como pecado. Exemplos disto incluem: Provérbios 6:16-19; Gálatas 5:19-21; I Coríntios 6:9-10. Não pode haver dúvidas que estas Escrituras apresentam tais atividades como pecaminosas, coisas que Deus não aprova: assassinato, adultério, mentira, roubo, etc. Não há dúvidas de que a Bíblia apresenta tais coisas como pecado.

O ponto mais difícil está em determinar o que é pecado em áreas que a Bíblia não apresenta diretamente. Quando a Bíblia não menciona um determinado assunto, temos, em Sua palavra, alguns princípios gerais que nos guiarão. Quando não há referência específica na Escritura, é bom perguntar não se determinada coisa é errada, mas se é realmente boa.

Se há lugar para a dúvida se algo agrada a Deus, então melhor é desistir. “...e tudo o que não é de fé é pecado” (Romanos 14:23)

Devemos avaliar nossas ações não somente em relação a Deus, mas também em relação a seus efeitos em nossa família, nossos amigos e outras pessoas em geral. Mesmo se algo em particular possa não nos ofender pessoalmente, se for ofensivo ou afetar a outra pessoa, isto é errado e pecado. “Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça. Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos” (Romanos 14:21; 15:1).

Lembrem-se, finalmente, de que Jesus Cristo é nosso Senhor e Salvador, e não se pode permitir que nada mais tome a prioridade de que estejamos em acordo com Sua vontade. Não se pode deixar que nenhum hábito, recreação ou ambição tenha um excessivo controle sobre nossas vidas: somente Cristo tem esta autoridade. “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” (I Coríntios 6:12).

Neste capítulo 14 de romanos, Paulo aplica o amor fraternal à convivência de irmãos, quando surgem diferenças.
Os que se julgam fortes devem acolher os fracos, mas não para discutir opiniões (1). As questões que Paulo trata aqui envolvem a consciência de irmãos que ainda não reconhecem determinadas liberdades em Cristo. Não são divergências sobre doutrinas reveladas por Deus. Não devemos usar este texto para justificar a cumplicidade no pecado, mas devemos ceder em questões de opinião para não ferir a consciência de um irmão mais fraco na fé.
A primeira aplicação: comer carne (2-4). Deus não proibia que o cristão comesse carne (embora proíba comer carne oferecida aos ídolos – Apocalipse 2:14), mas alguns tiveram dificuldade em aceitar esta liberdade. A decisão de comer carne ou não era uma questão particular.
A segunda aplicação: fazer distinção entre dias (5-6). É bem possível que alguns cristãos judeus ainda acharam melhor descansarem no sábado, ou talvez ainda comemoraram alguns dias de festas, possivelmente como feriados nacionais. Paulo ensinou os irmãos a tolerarem tais diferenças de consciência.
Nas instruções sobre tolerância, Paulo diz que devemos: Aceitar o débil (fraco), mas não para discutir opiniões (1). Devemos ensinar as doutrinas bíblicas, mas não devemos insistir em defender alguma liberdade não essencial. Em questões onde Deus não definiu uma única maneira de agir, respeitar as decisões dos outros (3). Lembrar que o nosso irmão é, primeiramente, um servo de Deus e, como tal, será julgado por Deus (4,10-12). Respeitar a nossa própria consciência e, acima de tudo, a vontade de Deus, porque pertencemos ao Senhor na vida e na morte (5-9,12).



Consciência e Fé (13-23)
Aqui, Paulo leva os mesmos princípios adiante, mostrando o perigo de agir de uma maneira que prejudique um irmão. Não devemos julgar os irmãos, nem devemos fazer com que um deles tropece (13). Mesmo em casos de coisas lícitas, devemos evitar ferir a consciência do irmão. Se insistir em usar todas as nossas liberdades, o nosso bem pode ser desprezado (14-16).
A ênfase no reino de Deus não é a liberdade de comer ou beber alguma coisa, e sim a de participar da justiça e alegria no Espírito Santo (17). Quando servimos a Deus, agradamos ao Senhor e aos homens (18). Desta maneira, promovemos a paz e a edificação (19). Se insistirmos em usar as nossas liberdades, sem considerar a consciência do irmão, estaríamos destruindo a obra de Deus (20-21). É melhor abrir mão de algum privilégio do que fazer um irmão tropeçar.
É importantíssimo mantermos a nossa consciência limpa diante de Deus, nada fazendo na dúvida (22-23).

A QUESTÃO DA POLIGAMIA
Por que Deus permitiu que Salomão tivesse tantas mulheres, se ele condena a poligamia?
(1 Reis 11:1)

PROBLEMA: Em 1 Reis 11:3, lemos que Salomão tinha 700 mulheres e 300 concubinas. Mas as Escrituras repetidamente nos advertem contra manter mais de uma mulher (Deut 17:17) e violar o princípio da monogamia - um homem para uma mulher (cf. 1 Co 7:2).

SOLUÇÃO: A monogamia é o padrão de Deus para os homens. Isso está claro nos seguintes fatos:
(1) Desde o princípio Deus estabeleceu este padrão ao criar o relacionamento monogâmico de um homem com uma mulher, Adão e Eva (Gen 1:27; 2:21-25).
(2) Esta ficou sendo a prática geral da raça humana (Gen 4:1), seguindo o exemplo estabelecido por Deus, até que o pecado a interrompeu (Gen 4:23).
(3) A Lei de Moisés claramente ordena: “Tampouco para si multiplicará mulheres” (Deut 17:17).
(4) A advertência contra a poligamia é repetida na própria passagem que dá o número das muitas mulheres de Salomão (1 Reis 11:2): “Não caseis com elas, nem casem elas convosco”.
(5) Jesus reafirmou a intenção original de Deus ao citar esta passagem (Mat 19:4) e ao observar que Deus “os fez homem e mulher” e os juntou em casamento.
(6) O NT enfatiza que “cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido” (1 Co 7:2).
(7) De igual forma, Paulo insistiu que o líder da igreja deveria ser “esposo de uma só mulher” (1 Tim 3:2; 12).
(8) Na verdade, o casamento monogâmico é uma prefiguração do relacionamento entre Cristo e sua noiva, a Igreja (Ef 5:31-32).

A poligamia nunca foi estabelecida por Deus para nenhum povo, sob circunstância alguma. De fato, a Bíblia revela que Deus puniu severamente aqueles que a praticaram, como se pode ver pelo seguinte:

(1) A primeira referência à poligamia ocorreu no contexto de uma sociedade pecadora em rebelião contra Deus, na qual o assassino “Lameque tomou para si duas esposas” (GN 4:19,23).
(2) Deus repetidamente advertiu ou polígamos quanto às conseqüências de seus atos: “para que o seu coração se não desvie” de Deus (Dt 17:17; cf. 1 Rs 11:2).
(3) Deus nunca ordenou a poligamia - como o divórcio, ele somente a permitiu por causa da dureza do coração do homem (Dt 24:1; Mt 19:8).
(4) Todo praticante da poligamia na Bíblia, incluindo Davi e Salomão (1 Crônicas 14:3), pagou um alto preço por seu pecado.
(5) Deus odeia a poligamia, assim como o divórcio, porque ela destrói o seu ideal para a família (cf. Ml 2:16).

Em resumo, a monogamia é ensinada na Bíblia de várias maneiras:
(1) pelo exemplo precedente, já que Deus deu ao primeiro homem apenas uma mulher;
(2) pela proporção, já que as quantidades de homens e mulheres que Deus traz ao mundo são praticamente iguais;
(3) por preceito, já que tanto o AT como o NT a ordenam (veja os versículos acima);
(4) pela punição, já que Deus puniu aqueles que violaram o seu padrão (1 Reis 11:2); e (5) por prefiguração, já que o casamento de um homem com uma mulher é uma tipologia de Cristo e sua noiva, a Igreja (Ef 5:31-32). Apenas porque a Bíblia relata o pecado de poligamia praticado por Salomão, não significa que Deus a aprove.

A Lei Mosaica Desencorajava a Poligamia
A Lei Mosaica Desencorajava a Poligamia, Protegia as Mulheres.
As provisões da Lei eram tais que na realidade desencorajavam a poligamia. Cada vez que o homem tinha relações sexuais com sua esposa, ficava impuro, em sentido religioso, por um dia. (Lev. 15:16, 17) Assim, ter relações com várias esposas tornariam as coisas inconvenientes, com maior freqüência, para o hebreu, pois a impureza impedia o homem de empenhar-se em várias atividades. (Lev. 7:20, 21; 1 Sam. 21:3-5; 2 Sam. 11:11) Também, as leis da herança exigiam que o homem fornecesse a herança dupla a seu primogênito, mesmo que fosse filho de sua esposa menos amada. (Deu. 21:15-17) Nestes aspectos, a poligamia era indesejável.
QUANDO Jesus Cristo esteve na terra, ele declarou o padrão de Deus com respeito ao casamento. Indagado sobre um homem divorciar-se de sua esposa “por qualquer motivo”, Jesus replicou: “Não lestes que aquele que os criou desde o princípio os fez macho e fêmea, e disse: ‘Por esta razão deixará o homem seu pai e sua mãe, e se apegará à sua esposa, e os dois serão uma só carne’? De modo que não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus pôs sob o mesmo jugo, não o separe o homem.” Mat. 19:3-6.
A NEGAÇÃO DA PECAMINOSIDADE DO HOMEM
O pecado é produto da manipulação religiosa – Este é outro pensamento do movimento Pós-Modernista. O adversário cunhou uma ousada estratégia para enganar o homem, qual seja, a idéia de que o pecado simplesmente inexiste. Segundo esta linha de pensamento, o pecado é uma ilusão, é algo que foi simplesmente criado por alguns homens com o intuito de promoção de dominação sobre os demais seres humanos.

Muitos foram aqueles que o inimigo usou ao longo da história da humanidade para fomentarem esta idéia. O profeta Isaías já pronunciara uma sentença divina contra aqueles que assim faziam: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que faz da escuridade luz, e da luz, escuridade, e fazem do amargo doce, e do doce, amargo!” (Is.5:20). Não é, portanto, novidade alguma que surjam pensadores que insistam em afirmar que não existe nem bem nem mal ou que, ainda, rejeitem a idéia de pecado afirmando ser ele uma ilusão, fruto da mente humana. Estes, porém, têm aumentado em número nos últimos tempos.
Mas, o pecado não é uma ilusão, como se tem dito ultimamente, nem tampouco uma invenção proveniente de uma tradição religiosa, é uma realidade, e é a razão de ser de toda a calamidade que temos presenciado na humanidade na atualidade. Por ser o principal problema do homem, o próprio Deus tratou de manter viva a esperança da humanidade ainda no instante em que dava ao primeiro casal a devida retribuição pela sua desobediência. Em meio às penalidades lançadas sobre Adão e sobre Eva por causa da transgressão, o Senhor fez a promessa de que haveria uma redenção, de que providenciaria um meio pelo qual o pecado não mais tivesse domínio sobre o homem. Através desta nova, o Senhor fez conhecido do homem que nasceria um, da semente da mulher, que esmagaria a cabeça da serpente, ou seja, surgiria um homem que venceria o pecado e restabeleceria a comunhão perdida com Deus. Esta promessa cumpriu-se na “plenitude dos tempos”, quando Jesus veio ao mundo para salvar o homem dos seus pecados (Gl.4:4; Mt.1:21).

Para que houvesse a possibilidade do restabelecimento da comunhão perdida com Deus, era preciso que o homem, que havia morrido em seus delitos e pecados (Ef.2:1,5), fosse novamente gerado, nascesse novamente, tivesse uma nova vida. Esta nova geração, este novo nascimento é o que se denomina de “regeneração”.






















BATISMO NAS ÁGUAS

O Batismo: Uma Declaração ao Mundo Exterior de uma Transformação Interior

O Batismo nas águas simboliza o pacto entre Jesus e a pessoa que recebeu Jesus como Salvador. É uma manifestação pública da sua fé em Jesus. É feita diante de Deus dos anjos e dos homens.
O Batismo simboliza a nossa morte para o velho "EU", os caminhos errados, o pecado e o mundo.
O Batismo simboliza a ressurreição de uma nova vida com Deus.
O Batismo é um funeral - a morte do "EU".
O mergulhar nas águas quer dizer que morremos para nós próprios e para o mundo.
O sair das águas simboliza o ressuscitar - nascer de novo - para uma nova vida com Jesus. Romanos.6:3-4

Romanos 6:3-5 mostra o significado e o propósito doutrinal do batismo. O apóstolo inspirado escreve: “Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”. Esses versículos ensinam que o batismo é uma pública identificação com Cristo e com Sua morte por nós; é o nosso sepultamento com Ele. Descer às águas e ser imerso é entrar na “semelhança da sua morte”.

O batismo não dá nova vida, mas simplesmente é um ato que demonstra que a pessoa já a tem e que se propõe a andar nela. 1 Pedro 3:21 afirma que o batismo não remove a imundícia da carne, mas é a resposta de uma boa consciência diante de Deus, obtida pela ressurreição de Jesus Cristo. O que o batismo tipifica - a morte e a ressurreição de Cristo - é o que salva a alma; era isso a que Pedro se referia.

Se você já é salvo, mas ainda não foi batizado, exortamos a que faça isso, em obediência ao Salvador. Ele derramou seu sangue precioso por nós publicamente porque quis. Assim, por que relutar em se identificar publicamente com ele?

A primeira coisa que devemos fazer é definir a palavra "batizar". É uma transliteração da palavra grega “baptizo”, que significa mergulhar, ou imergir na água.

Batizar é imergir em água e era praticado de várias formas pelos judeus antes do tempo de Cristo. Quando João Batista apareceu em cena, pregando a mensagem "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus", ele então exortava os que se arrependiam a se submeterem ao batismo e, desse modo, utilizava-o como um ritual público de identificação. Foi durante o ministério de João que Jesus Cristo veio até ele, e pediu para ser batizado. A reação inicial de João foi de choque! Por que o Messias requereria o batismo - e ainda mais pelas mãos de um de seus servos? "Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto ao rio Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim? Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu." [Mateus 3:13-15]

As Escrituras não dizem quais foram as razões específicas por que o imaculado Filho de Deus sentiu a necessidade de ser batizado. Por muitos anos, os comentaristas debateram essa questão, mas somente nos ofereceram suas várias teorias. A melhor explicação parece ser que o Senhor fez isso como uma "obra de justiça" no início de seu ministério terreal, para identificar-se com aquele ministério. Ele estava se apresentando a Israel como o longamente aguardado Messias - aquele de quem João Batista tinha falado, exortando o povo a se arrepender de seus pecados, como um pré-requisito para a sua vinda. Quando a igreja veio à existência no Dia de Pentecostes, o batismo foi então usado para publicamente identificar os indivíduos salvos com Cristo. Ele também servia como um rito de admissão na igreja. A partir da pregação do apóstolo Pedro em Atos 2, vê-se que a necessidade do batismo foi imediatamente ensinada aos que foram salvos. Devido a essa utilização do batismo, parece que, em algum tempo anterior, o Senhor tinha instruído os apóstolos a fazerem isso.

Como outros assuntos encontrados na Bíblia, o batismo tem sido uma fonte de controvérsia e divisão entre os cristãos. Em Atos 2:37-38, lemos o seguinte:

"E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo."


Aqui, vemos o resultado da pregação do evangelho em Pentecostes. Muitos daqueles que ouviram a mensagem foram convencidos e tocados pelo poder do Espírito Santo. Eles sabiam que eram culpados e imediatamente buscaram respostas para o que deveriam fazer. Em resposta às suas perguntas, foram instruídos a se arrependerem e serem batizados. A proximidade da ordem para o batismo e o fraseado do verso 38 foi em grande parte responsável pela doutrina da "regeneração pelo batismo" ter sido adotada e ensinada pela Igreja Católica Romana. Essa doutrina insiste que o batismo é uma parte necessária e integrante da salvação.
A interpretação deles do verso 38, que diz "e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados" é que o batismo na verdade garante o perdão e a libertação dos pecados. Portanto, o batismo deve ser realizado tão logo alguém professe a fé em Cristo - pois se a morte ocorrer antes do batismo, a pessoa ainda estará em seus pecados. Embora essa interpretação seja certamente possível, dada a construção da frase, não se encaixa nas exigências da teologia sistemática, pois outras Escrituras provam que essa interpretação é inválida.

DEVEMOS BATIZAR CRIANÇAS?
Não! Porque o batismo nas águas é um ato de fé para ser feito após se ter nascido de novo. Como pode um bebê fazer uma decisão e quanto mais decisão de fé? Cada pessoa é responsável por si só diante de Deus.

Em nenhum lugar na Bíblia há qualquer registro definitivo sobre alguém que tenha sido batizado
a não ser os cristãos professos, e nunca há menção de crianças sendo batizadas. Algumas pessoas têm
admitido que bebês e crianças pequenas estavam incluídas nos batismos familiares em Atos 16:15 e 33,
mas o contexto das passagens não dá apoio a tal suposição. No tocante à casa de Lídia, os seus membros
são considerados como “irmãos” (v. 40); e quanto à casa do carcereiro, a Palavra do Senhor foi pregada a
todos e “com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus” (v. 34). Tais coisas não
poderiam ser ditas de crianças e bebês.
“Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (Marcos
10:14) é sempre citado quando o assunto é batismo de crianças, mas tal versículo não tem a menor relação
com o batismo. Não há nenhuma palavra sequer em todo o contexto que fale sobre batizá-las, e interpretar
a passagem desta forma é distorcer essa Escritura, o que significa ler algo que não está nela. Jesus pegou
aquelas criancinhas em Seus braços, colocou Suas mãos sobre elas e as abençoou; mas Ele não as batizou.

O BATISMO SALVA E REGENERA?
Não! Não é batismo em si que salva. Quem salva é só Jesus Cristo.
Em alguns círculos religiosos ensinam que uma pessoa só é salva depois de se batizar. Mas, então o que poderíamos pensar do ladrão que foi crucificado ao lado de Jesus? O próprio Jesus lhe disse que Ele estaria com Ele no paraíso naquele mesmo dia. Alguém pode dizer: "Mas ele não foi batizado! Não estaria por isso salvo? Claro que sim! Jesus salvou-o. Salvação consiste em dar a vida a Jesus, aceitá-Lo como Senhor e Salvador, isto é, nascer de novo. O batismo não regenera não dá nova vida.

Além da igreja Católica, há certos grupos luteranos e anglicanos, bem como seitas, como os "Testemunhas de Jeová" e Mórmons, que se baseiam numa teologia sacramentalista, segundo a qual o batismo é necessário por transmitir a salvação. Muitos chegam a dizer que "fora do batismo não há salvação".
Contudo, o batismo em si, como ato simbólico, não tem a virtude de transmitir a salvação, pelo seguinte motivo: Somos salvos pela graça de Deus e não por obras ou ritos externos (cf. Efésios 2.8,9).

O QUE ALGUNS ENSINAM
Alguns acreditam e ensinam que o batismo nas águas é o sacramento pelo qual o novo nascimento é concluído e a salvação eterna é recebida. Ainda dizem que: “O batismo opera o perdão dos pecados, livra da morte e do diabo e confere a salvação eterna a todos que crêem nisto”. É “o meio eterno, associado à Palavra de Deus, que oferece, comunica e sela o homem à graça que Cristo tem merecido”. Sem o batismo, dizem, a pessoa não pode alcançar o céu - mesmo uma inocente criança. Se uma pessoa é batizada, ela é regenerada, feito nova e recebida na comunhão do Deus trino, segundo este ensinamento.

UMA ORDENANÇA DIVINAMENTE INSTITUÍDA
O batismo é uma ordenança divinamente instituída, a qual cada verdadeiro filho de Deus tem de
se submeter. Esta é uma verdade estabelecida na Bíblia, conforme Mateus 28:19, é para “todas as
nações” e está relacionada com a promessa feita por Cristo de estar conosco “até a consumação do
século” (v. 20). Isto é o que realmente cremos e ensinamos. Mas a Escritura nunca ensina que o batismo é
uma ordenança salvadora, que proporciona a salvação eterna e o novo nascimento para a alma.


A ORDEM PARA BATIZAR
Em Mateus 28:19 o Senhor comissiona Seus discípulos para ir e fazer “discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as
coisas que vos tenho ordenado”.

Em Marcos 16:15-16 a ordem é claramente relacionada com a crença no evangelho: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado”. Os que crêem devem ser batizados, os que não crêem serão condenados, mesmo se forem batizados. A última frase do versículo mostra definitivamente que a salvação depende da fé e não do batismo.

A FÓRMULA DO BATISMO
Os cristãos em geral utilizam a forma trinitária de batizar alguém, fazendo-o como Jesus ordenou em Mateus 28.19b: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo".

Certos grupos ou denominações procuram utilizar outra fórmula, afirmando que os crentes devem ser batizados somente no nome de Jesus, baseados em alguns versículos bíblicos, tais como Atos 2.38, quando Pedro diz que as pessoas se arrependessem para serem batizadas "em nome de Jesus Cristo" e Atos 10.48, quando o apóstolo orientou que os da casa de Cornélio fossem "batizados em nome do Senhor"

Em Atos 8.16, vemos novos convertidos que "eram batizados em nome do Senhor Jesus"; em Atos 19.5, diz-se que "os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus".

Note-se que, nas quatro referências, não há uma fórmula, pois há diferença entre as duas primeiras e as duas últimas. Esses textos são invocados pelos unicistas para justificar o batismo "só no nome de Jesus". Deve-se notar, no entanto, que, naquelas ocasiões, não estava sendo ministrado o ato batismal em si, mas apenas uma determinação para que se realizasse o batismo dos recém convertidos, ou referência ao batismo já realizado.
Entendemos que a fórmula trinitária, ditada por Jesus, antes de se despedir dos seus discípulos, é a mais correta e adequada para a ministração do batismo.

REBATISMO
O termo rebatismo tem sido utilizado para significar, os que se voltam a batizar,

É verdade que há algumas igrejas protestantes, pentecostais e tradicionais e outras em que o crente já batizado é sujeito a nvo batismo para se tornar membro dessa igreja, pois não reconhecem o batismo efetuado noutras igrejas.
Na maior parte dos casos, trata-se de pessoas que foram batizadas nos seus primeiros anos de vida, por decisão de seus pais, na Igreja Católica ou no protestantismo tradicional. Muitos se submetem ao rebatismo por terem se batizados anteriormente sem o minimo conhecimento do que era batismo ou ao menos ser cristão. Foram batizados por obediencia a ordem de seus pastores, para serem membros da igreja que frequentam, sem ao menos terem se convertido.

QUEM DEVE SER BATIZADO
Em Atos 8:36-38 há uma pergunta sobre a condição para o batismo. A resposta é: O batismo é lícito a todo o que crê, isto é, que tem certeza da salvação. Em Marcos 16:16 Jesus diz: "Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado".

Aspersão, Imersão ou Derramamento?
Não é de hoje que esse tema tem sido motivo de debate no meio cristão, algumas denominações principalmente as igrejas tidas como reformada batizam por aspersão crianças e adultos e as igrejas Batistas e as Pentecostais batizam somente adultos e por imersão. Existe uma forma correta do cristão ser batizado ou tanto faz por aspersão ou por imersão sendo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo é o que importa?

Uma outra consideração diz respeito à forma do batismo: por aspersão, derramamento ou imersão. A maioria dos eruditos concorda que a palavra grega baptizo significa imergir.

Os dicionários e enciclopédias destituídos dos preconceitos do pensamento religioso declaram, por unanimidade, que etimologicamente “batizar” é uma transliteração do latim baptizare, e este do grego baptizein, que significa
“mergulhar”.

Uma boa maneira de determinar o significado de baptizo é analisar seu uso no Novo Testamento. Os contextos favorecem imersão como sendo seu significado. João não levava água até as pessoas; as pessoas iam ao rio Jordão para serem batizadas por ele (Mateus 3:6). Ele preferiu batizar onde havia muita água (João 3:23). No batismo descrito no Novo Testamento as pessoas iam até a água, desciam à água e saíam da água
(Mateus 3:16; Marcos 1:10; Atos 8:38, 39). Tal ação seria uma conveniência desnecessária se a aspersão ou o derramamento de água fossem classificados como batismo.

Paulo comparou o batismo com o sepultamento e a ressurreição de Jesus (Romanos 6:4; Colossenses 2:12). Nem a aspersão nem o derramamento de água representam o sepultamento e a ressurreição de Jesus.