Jesus existiu mesmo?
Sim, Jesus existiu de verdade e há evidência histórica de sua existência. Jesus não foi uma lenda inventada para enganar o povo (2 Pedro 1:16). Ele foi uma pessoa real.
Evidência na Bíblia
A Bíblia é um documento histórico, que fala sobre pessoas reais. Além de falar de Jesus, a Bíblia fala de outras figuras conhecidas da altura, que outros documentos históricos provam que existiram. Algumas dessas pessoas são:
- O rei Herodes – que mandou matar as crianças de Belém (Mateus 2:16)
- Arquelau – filho e sucessor do rei Herodes (Mateus 2:22)
- Tibério César – imperador romano do tempo de Jesus (Lucas 3:1-2)
- Pôncio Pilatos – que condenou Jesus à morte (Lucas 23:1-2)
- Caifás – o sumo sacerdote quando Jesus morreu (João 18:12-13)
Todas essas pessoas eram figuras políticas importantes do tempo de Jesus. A história de Jesus pertence a uma época histórica muito precisa, que não está rodeada de mistério.
Além disso, a Bíblia cita muitas pessoas que viram Jesus, antes e depois de sua ressurreição. Muitas dessas pessoas ainda estavam vivas quando o Novo Testamento foi escrito e muitos morreram defendendo que Jesus tinha existido e era o Filho de Deus (Atos dos Apóstolos 1:3; 1 Coríntios 15:3-7).
Evidência de outros documentos históricos
Jesus e os primeiros cristãos são mencionados muito cedo, quando o cristianismo ainda era uma religião pouco conhecida. Alguns documentos de judeus e romanos provam sua existência. Os documentos mais conhecidos são:
- Antiguidades (93 d.C) – de Flávio Josefo, um judeu que era historiador para os romanos. Em um trecho ele fala de “Tiago, irmão de Jesus, chamado Cristo”. Outro trecho diz que Jesus fez milagres e ensinava o povo, foi executado por Pilatos e ressuscitou. Algumas pessoas sugerem que esse trecho foi acrescentado muito tempo depois mas o primeiro trecho não é disputado.
- Talmude Babilônico – um texto rabínico judeu, com um trecho que registra que Jesus foi acusado de feitiçaria e promover apostasia e foi executado na véspera da Páscoa (João 18:28; Marcos 15:42-45).
- Anais (cerca de 115 d.C) – do historiador romano Tácito, que escreveu que Nero culpou injustamente os cristãos por um incêndio em Roma. Tácito não acreditava no Cristianismo mas escreveu que Cristo foi executado por Pilatos durante o reinado de Tibério César.
Esses são os documentos mais conhecidos de autores não cristãos. Existem também muitos outros documentos antigos escritos por cristãos e heréticos que falam sobre Jesus e seus seguidores.
Jesus não foi uma invenção de um grupo político. Seus ensinamentos eram radicalmente diferentes de tudo da altura. Tanto os judeus como os romanos se sentiram ameaçados pelo Cristianismo quando começou. Jesus foi uma pessoa real, que desafiou (e ainda desafia) a cultura da época.
Jesus era um homem de classe baixa, sem influência política, que atuou numa região pobre do império romano e seus seguidores eram quase todos camponeses. A influência de seu ministério só começou a ser realmente notável depois de sua morte, quando a igreja ficou maior. A região da Galiléia, onde Jesus pregou e foi mais conhecido, foi devastada em 70 d.C pelos romanos, quando destruíram Jerusalém. Considerando todos esses fatos, é incrível a quantidade de evidência que ainda restou de sua existência!
Flávio Josefo é considerado como um dos maiores historiadores judeus de sua época
“Nessa época havia um homem sábio chamado Jesus. Seu comportamento era bom, e sabe-se que era uma pessoa de virtudes. Muitos dentre os judeus e de outras nações tornaram-se seus discípulos. Pilatos condenou-o à cruficicação e à morte. E aqueles que haviam sido seus discípulos não deixaram de seguí-lo. Eles relataram que ele lhes havia aparecido três dias depois da crucificação e que ele estava vivo […] talvez ele fosse o Messias, sobre o qual os profetas relatavam maravilhas”