quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
REGENERAÇÃO
REGENERAÇÃO
Nomes Diferentes para Regeneração
A Bíblia alude ou descreve, a regeneração com diferentes nomes ou termos — incluindo os seguintes:
1. O novo nascimento (João 1:13; 3:3,6-7/ 1 Pedro 1:3,23/ 1 João 3:9; 5:1,18)
2. Uma ressurreição (espiritual), ou novidade de vida (Romanos 6:4-13/ Efésios 2:4-6/ Coloss. 2:12-13; 3:13
3. Uma nova criação (2 Coríntios 5:17/ Gálatas. 6:15)
4. Um novo coração (ou mente) (Jeremias 24:7; 31:33; 32:38-39/ Ezequiel 11:19-20; 36:25-27/ Hebreus 10:16)
A Necessidade de Regeneração
Assim como o nascimento natural resulta em entrar num reino natural e temporal (o reino deste mundo), assim o nascimento espiritual resulta em entrar no reino espiritual e eterno (o reino de Deus e o mundo ou era vindoura). Não podemos experimentar o mundo físico sem ter nascido nele fisicamente. Similarmente, não podemos experimentar o mundo espiritual sem ter nascido nele espiritualmente. A não ser que uma pessoa nasça de novo, ela não pode ver o reino de Deus (João 3:3,5,7).
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”
(João 1.12-13)
A regeneração é a comunicação da vida divina à alma (Jo 3.5; 10.10, 28; 1 Jo 5.11, 12), como a concessão de uma nova natureza (II Ped 1.4) ou coração (Jer 24.7; Ez 11.19/ 36.26), e a produção de uma nova criação (II Co 5.17; Ef 2.10; 4.24).
Portanto, regeneração é uma ressurreição espiritual, o começo de uma nova vida. A regeneração é um ato de Deus. Deus regenera. O cristão se torna uma nova criatura. Renasce. E isso é sua regeneração.
A regeneração é o ato de Deus pelo qual a disposição governante da alma se torna santa e pela qual, através da verdade, assegura-se o primeiro exercício dessa disposição santa. A regeneração, ou o novo nascimento, é o lado divino da mudança do coração que, vista do lado humano, chamamos conversão. É Deus voltando a alma para ele mesmo; enquanto a conversão é a volta da alma para Deus, a qual é tanto a conseqüência como a causa.
Regeneração é um ato secreto de Deus pelo qual ele nos concede nova vida espiritual. Isso é às vezes chamado de nascer de novo (na linguagem de João 3.3-8).
A regeneração é um evento único e instantâneo É uma mudança instantânea operada secretamente por Deus em nós, e só se conhece em seus resultados.
É preciso entender que algumas condições ou práticas não sinalizam, nem garantem a realidade da regeneração na vida do crente:
- Nascer num lar cristão
- Ter uma linguagem e uma conduta moral íntegra
- Ter conhecimento bíblico teológico
- Ter uma boa habilidade de comunicação e oratória
- Ter habilidades de liderança e administração
- Saber pregar ou ensinar
- Falar em outras línguas
- Promover ou contribuir para o crescimento da igreja, de uma congregação, de um órgão ou departamento
A regeneração deve ser uma experiência vivenciada por aqueles que almejam ou já exercem o santo ministério. As implicações práticas da regeneração na vida do obreiro se manifestam da seguinte forma:
- A regeneração possibilita o desenvolvimento e manifestação do fruto do Espírito na vida do cristão (Gl 5.22-25)
- A regeneração é uma experiência pessoal e sobrenatural com Deus.
- A regeneração é a realização da habitação do Espírito Santo na vida do crente, lhe proporcionando consolo, socorro, direção, etc. (João 14.16-17).
- A regeneração possibilita o revestimento de poder, necessário para potencialização de nossas realizações (1samuel 10:6).
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (João 1.12-13)
Estes versículos ensinam uma doutrina simples, mas importante: aqueles que recebem a Cristo, aos quais foi-lhes dado o poder para tornarem- se filhos de Deus e crêem no nome de Cristo, foram nascidos de Deus. Em outras palavras, uma pessoa se torna verdadeiro crente por meio de uma especial aplicação de poder por parte do Todo poderoso a fim de mudar seu coração. A expressão, “nasceram... de Deus”, freqüentemente utilizada pelos escritores do Novo Testamento, expressa linguagem figurada. Sua adequação, quando aplicada às coisas espirituais, resulta da analogia que existe entre o início de nossa existência física e de nossa vida espiritual. Os crentes são filhos de Deus; isto precisa ser entendido em um sentido peculiar. Todos os homens são criados por Deus e dEle recebem suas capacidades naturais; neste sentido todos são filhos de Deus. Mas, quando a Bíblia aplica a expressão “filhos de Deus” aos crentes, para distingui-los das outras pessoas, ela o faz para ressaltar um relacionamento que Deus não tem com os demais seres humanos. E somente Ele é o autor da regeneração, pela qual os crentes se tornam seus filhos e é dito que eles são nascidos de Deus. As Escrituras afirmam que os crentes foram gerados por Deus, em comparação ao relacionamento que existe entre os pais terrenos e seus filhos.
O objetivo destes versículos é mostrar que nosso relacionamento com Deus, como seus filhos espirituais, foi produzido exclusivamente por meio de seu soberano poder. A princípio, estes versículos foram adaptados para oporem-se aos preconceitos carnais dos judeus. A opinião comum destas pessoas era que todos os descendentes de Abraão eram herdeiros das promessas divinas e tinham o direito à vida eterna. Este conceito foi consistentemente combatido por Cristo e seus apóstolos. Deixando de lado a tentativa de determinar o significado exato da afirmativa: “os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”; observamos que havia duas maneiras de pessoas serem consideradas filhos de Abraão: por descendência natural e por adoção. Independentemente da maneira, os judeus imaginavam que se tornava um filho de Deus aquela pessoa que se tornava filho de Abraão.
Jesus Cristo aniquilou as falsas esperanças dos judeus, afirmando que, se alguém havia se tornado filho de Abraão, isto não o transformava em filho de Deus. Outro tipo de nascimento é necessário; uma nova filiação, vinda do alto. Era preciso que Deus os fizesse nascer de novo. Qualquer que seja o significado específico destes versículos, a impressão geral e o objetivo específico do escritor sagrado é que todos os outros métodos de alguém tornar-se filho de Deus são falsos e imaginários, exceto o ser nascido de novo. Estas palavras foram escritas para combater as idéias predominantes naqueles dias, e hoje podemos utilizá-las de maneira semelhante.
Ter idéias claras e definidas sobre este assunto é crucial; errar no que concerne a ele equivale a um perigo terrível.
Todos os poderes e capacidades que um homem possui procedem de Deus. Todos os meios da graça e ordenanças espirituais foram instituídas por Ele. Mas, quando as Escrituras falam sobre nascer de novo, elas querem dizer muito mais do que um homem ser influenciado por esses meios da graça e ordenanças espirituais, ao utilizar seus poderes e capacidades naturais. A fim de evitar uma compreensão errada sobre o assunto, afirmei no início que a regeneração é uma obra especial efetuada pelo poder do Todo poderoso. Os que erram neste assunto jamais tentaram negar abertamente que os crentes são nascidos de Deus, pois isto corresponderia a renunciar toda aparência de confiança nas Escrituras. Eles escolheram um método mais seguro para divulgarem suas opiniões: ao mesmo tempo que preservam as palavras dos autores sagrados, atacam e desprezam o significado das mesmas, de modo que a regeneração se torna uma simples aplicação de um rito externo ou uma persuasão da mente afetada de maneira comum, que resulta em uma reforma da moralidade.
Esclarecer o erro ajuda-nos a compreender a verdade. De maneira abreviada, consideraremos alguns conceitos errados sobre a regeneração e, em seguida, mostraremos o que significa ser nascido de Deus.
Não preciso gastar muito tempo esforçando-me para demonstrar que o batismo não é regeneração. Nada é tão evidente quanto o fato de que um rito exterior não pode mudar o coração. O batismo é apenas um sinal ou símbolo das salvadoras influências do Espírito Santo, e não a obra de regeneração. Tanto a Escritura quanto a experiência mostram que nem todas as pessoas batizadas são regeneradas, pois algumas delas em suas vidas e conversas não diferem do mundo que jaz no Maligno.. Quanto a isto, precisamos apenas citar as palavras de um eminente teólogo inglês: O ensino da regeneração através do batismo é a completa rejeição e desprezo da graça de nosso Senhor Jesus Cristo.; e acrescentou: ”A vaidade desta presunção tola destrói a graça do evangelho; é uma presunção forjada para apoiar os homens em seus pecados e ocultar lhes a necessidade de nascerem de novo e de se converterem a Deus. Entretanto, irmãos amados, não foi assim que aprendemos de Cristo”.
O absurdo de alterar assim o verdadeiro ensino sobre a regeneração e outras doutrinas semelhantes é tão grotesco, que pode ser detectado e percebido onde existe qualquer grau de conhecimento acerca da natureza da vida espiritual.
Outro sistema de doutrina errada sobre a regeneração resume-se no seguinte: Deus outorga as capacidades e a graça a todos os homens de maneira semelhante; e, tendo sido estas outorgadas, eles trabalham por sua própria salvação, sendo persuadidos a fazer isso por meio das promessas e ameaças do evangelho. A terrível ilusão causada por esse tipo de doutrina resulta de sua plausibilidade, tem aparência de verdade, mas está repleta de erros graves e perigosos.
Apesar de todos os meios preparatórios, todas as ameaças e promessas do evangelho, todas as atividades da graça comum e todos os esforços dos pecadores não-regenerados, eles precisam nascer de novo para que se tornem filhos de Deus. É necessário que ocorra uma nova criação, uma obra realizada pelo Todo Poderoso numa atividade soberana, especial e sobrenatural, à semelhança da criação do mundo ou do ressuscitar um morto, pois sem esta grandiosa realização ninguém pode ver o reino de Deus. A persuasão não é capaz de fazer novas criaturas. Se o Espírito Santo opera nas mentes dos homens somente por meio de apresentar-lhes os argumentos e motivos mais diversos e mais adequados para a sua conversão, afinal de contas a vontade do homem determinará se ele será regenerado ou não. Nesse tipo de ensino, a glória da regeneração pertenceria a nós mesmos.
A persuasão moral que oferece uma vida melhor não outorga qualquer poder supranatural à alma, a fim de que esta seja capacitada a viver. A persuasão não produz novo interesse e discernimento espiritual. Se a regeneração acontece desta maneira, então o homem regenera a si mesmo, nasce de novo por si mesmo, tornando a si mesmo diferente dos outros homens. Se assim fosse, o Espírito Santo não teria mais a realizar.
Existe apenas uma maneira de uma pessoa morta em seus delitos e pecados ressurgir para a vida: por meio do poder de Deus que a vivifica e faz nascer de novo. Observe a linguagem que os escritores sagrados utilizaram para transmitirem este conceito: nascer de Deus, gerado de Deus, vivificar, receber vida e nascer de novo.
(Efésios 2:1,5/ Col. 2:13/ 1Pedro 1:23/ Tito 3:5)
Você pode supor todas as preparações, conhecimento, motivos, moralidade, esforços que lhe convier; mas, apesar de tudo isso, repetimos, é necessário que aconteça o novo nascimento (os mortos precisam ser vivificados), pois os crentes são nascidos de Deus. O mesmo poder que ressuscitou Cristo dentre os mortos, o supremo poder do Deus vivo tem de realizar esta obra. Essa foi a súplica do apóstolo: “que conheçamos .qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder, o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos.” (Ef 1.19-20).
Na verdade, meus amigos, onde mais podemos encontrar a fonte de uma mudança que nos torna verdadeiros cristãos e nos traz da morte para a vida, senão na onipotência do Espírito Santo? É nosso entendimento que realiza esta mudança? Nosso entendimento está em trevas. “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus... e não pode entendê-las” (1 Co 2.14). É a nossa vontade? Somos inclinados para o mal, assim como dois e dois são quatro. Nossas vontades são perversas e rebeldes (Romanos 7:14-24). São os nossos méritos que realizam esta mudança? Alguns podem semear a Palavra, e outros, regá-la, mas a germinação é realizada por Deus (1Corint 3:6).
Todos os esforços têm sido realizados pela ingenuidade humana, mediante doutrinas claramente errôneas ou aparentemente plausíveis, a fim de retirar do Espírito Santo a glória da obra de regeneração e levar o homem a reivindicar esta realização para si mesmo ou, pelo menos, a compartilhar da honra. No entanto, a origem da regeneração se encontra somente na livre e soberana graça do todo poderoso poder de Deus. A regeneração é uma obra totalmente divina; a glória, portanto, tem de pertencer e pertencerá para sempre a Deus.
“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome;
Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.”
João 1:12,13
Regeneração não é uma mudança de mente ou propósito engendrada pelo próprio pecador. Não é uma determinação da parte do pecador para escolher Deus ou a santidade, antes do que os prazeres do pecado. A humanidade caída e não-regenerada está espiritualmente morta. Regenerar é fazer viver para Deus, ou ser despertado da morte espiritual para a nova vida espiritual (Efésios 2:1-6; 4:18-19; Tito 3:3-7).
“A regeneração é o ato de Deus pelo qual a disposição governante da alma se torna santa e pela qual, através da verdade, assegura-se o primeiro exercício dessa disposição santa. A regeneração, ou o novo nascimento, é o lado divino da mudança do coração que, vista do lado humano, chamamos conversão. É Deus voltando a alma para ele mesmo; enquanto a conversão é a volta da alma para Deus, a qual é tanto a conseqüência como a causa.”
S e tem uma doutrina esquecida na Igreja hoje, e isso está destruindo o evangelismo, é a doutrina da regeneração. Regeneração não é meramente uma decisão humana. Você não é salvo simplesmente porque você decidiu sair do caminho que leva ao inferno e entrar no caminho que leva ao céu. Salvação é uma obra sobrenatural de Deus, onde o poder Deus é manifestado de tal forma que se equipara, ou excede o próprio poder de Deus demonstrado na criação do universo. O universo foi criado do nada. Mas quando Deus salva um homem, Ele o recria de uma desordem corrompida. Quando pessoas verdadeiramente se arrependem e verdadeiramente crêem, há uma obra de regeneração acontecendo que transforma aquelas pessoas em novas criaturas, e sendo novas criaturas com uma nova natureza, elas irão viver uma vida diferente!
A evidência da regeneração não é que uma vez você tomou uma decisão numa campanha evangelística. A evidência da regeneração é que sua vida está sendo transformada.
A doutrina que ensina que o Cristão pode viver num estado contínuo de carnalidade é absolutamente heresia. Cristãos pecam? Sim. Cristãos podem cair em carnalidade? Sim. Cristãos podem caminhar na imaturidade por um tempo? Sim. Mas os Cristãos podem viver de maneira ímpia e mundana todos os dias de sua vida? Absolutamente não! Por quê? Porque a salvação é uma obra sobrenatural de Deus e se qualquer homem está em Cristo, ele é uma nova criatura e novas criaturas vivem de maneira diferente.
A evidência da conversão não é um “cartão de decisão” preenchido, é uma vida sendo vivida.
As pessoas vêm à frente, assinam um cartão, falamos com eles cinco minutos sobre a salvação e os declaramos salvos. E ainda ficamos imaginando porque investimos tanto em discipulado e, mesmo assim, eles não crescem. Nós os fazemos passar por um rito evangélico, porque eles responderam corretamente as perguntas, nós os declaramos salvos e não nos preocupamos com isso novamente. Isso está errado. Eu te digo isso: se você se arrepender e crer em Cristo, se você já fez isso, Ele te salvou. Mas eu lhe digo isso: se você fez uma decisão por Cristo, se você O vê como Senhor e professa fé Nele, Ele te salvou. Mas se sua vida não mudar, e você não começar a crescer e Aquele que começou a boa obra em você não a completar, o que aconteceu com você não foi uma conversão genuína. Porque a evidência de uma genuína conversão é uma contínua obra de Deus na alma do homem.
Veja o quão superficial nosso cristianismo tem se tornado. Oh meu querido amigo. Estas coisas não deviam ser assim, mas são. Despertem para o evangelho, para o verdadeiro evangelho, e não para esse evangelho diluído.
EVIDÊNCIAS DO NOVO NASCIMENTO
"Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito." João 3:7-8.
Sabemos quando o vento sopra, porque podemos ouvir-lhe o som e ver o efeito que causa na poeira, fumaça, palha, árvores e grama. Tudo isto são evidências de que o vento está soprando. A Bíblia também nos dá efeitos e evidências do novo nascimento, e se as tivermos em nossa vida, podemos ter a certeza de que somos nascidos de novo.
A pessoa nascida de novo:
OUVE A PALAVRA DE DEUS
"Quem é de Deus escuta as palavras de Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus." João 8:47. As pessoas a quem Jesus falou estas palavras sabiam as Escrituras e ouviam a Palavra de Deus através de Jesus, mas tudo entrava por um ouvido e saía pelo outro. Elas não ouviam com o coração. Faziam ouvido de mercador e endureciam o coração contra a verdade. O filho de Deus não só ouve a Palavra de Deus com a mente, mas recebe no coração. Ele concorda com Ela e está disposto a ser dirigido pela verdade que Ela transmite. Ele reconhece a autoridade de Deus em falar e sua obrigação em ouvir o que Deus diz. Ele crê que Deus falou através dos Apóstolos e dos outros escritores que foram inspirados para escrever a Bíblia e ouve a mensagem que pregam como vindo de Deus. "Nós somos de Deus; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro." I João 4:6.
CRÊ NO FILHO DE DEUS
"Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus." I João 5:1. A Bíblia não diz que nascemos de novo porque cremos, mas cremos porque nascemos de novo. João não escreveu: "Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, será nascido de Deus," mas, "Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus;" isto é, sua fé é evidência da regeneração. Muitos pecadores perdidos dizem que crêem em Cristo, mas não crêem. Não há convicção nem fé verdadeiras no coração de que Cristo morreu por seus pecados, que ele é o Filho de Deus, que ressuscitou dos mortos, que "convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés," nem que Deus o designou para "julgar o mundo com justiça." Os pecadores perdidos talvez creiam num Cristo falso ou imaginário ensinado por homens, mas não no Cristo da Bíblia, "Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo, é nascido de Deus."
AMA A JESUS CRISTO
"Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis." João 8:42. O pecador perdido não ama ao Senhor. Quem já nasceu de novo o ama e fará qualquer coisa por ele. "Se alguém me ama, guardará a minha palavra." João 14:23. "Porque este é o amor de Deus que guardemos os seus mandamentos." I João 5:3.
AMA OS IRMÃOS
"Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus." "Todo aquele que ama ao que o gerou também ama ao que dele é nascido." "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." I João 4:7, 5:1. João 13:35.
CONSERVA-SE A SI MESMO
"Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca." I João 5:18. A pessoa que já nasceu de novo tem dentro dela um desejo de perseverar na fé, e Deus lhe dá o poder de conservar-se a si mesmo, do mesmo modo como "mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo." I Pd. 1:5.
PRATICA A JUSTIÇA
"Se sabeis que ele é justo, sabeis que todo aquele que pratica a justiça é nascido dele." I João 2:29. "Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito." Rom. 8:3-4.
NÃO VIVE NA PRÁTICA DE PECADO
"Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus." "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito." "Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, as o pecado que habita em mim." I João 3:9, João 3:6 e Rom. 7:20.
É CORRIGIDO
"Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, e não desmaies quando por ele fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos." Heb. 12:5-8.
VENCE O MUNDO
"Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é vitória que vence o mundo, a nossa fé." I João 5:4. A pessoa vencida pelo mundo, que volta ao mundo, talvez tenha um tipo qualquer de religião, mas não tem Cristo. Os filhos de Deus vencem o mundo, em vez de serem vencidos por ele.
Você já nasceu de novo? Examine-se à luz da Palavra de Deus. "Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." João 3:3
O QUE NÃO É REGENERAÇÃO
Em primeiro lugar regeneração não é meramente ser batizado e dizer: “eu me arrependi”. A água do batismo é apenas um sinal externo (lPe.3:21). A água mesmo só pode molhar e lavar alguém da “imundícia da carne”. Mas como um sinal exterior ela significa “uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo” (lPe.3:21. Veja Hb.9:14; Rm.6:3-7). O apóstolo Paulo faz claramente a distinção entre a ordenança exterior e o ato de regeneração em si mesmo (Gl.6:15). Se batismo acompanhado de confissão de arrependimento for regeneração, então todos aqueles que foram batizados e se confessaram arrependidos têm de ser regenerados. Mas é claro que isso não é assim (veja At.8: 13 com os vv. 21, 23).
Em segundo lugar a regeneração não é uma reforma moral da vida exterior e do comportamento. Por exemplo, suponhamos uma tal reforma exterior pela qual alguém volta-se de fazer o mal para fazer o bem. Deixa de roubar e passa a trabalhar. Não obstante, haja o que houver de justiça real nessa mudança moral exterior de comportamento, ela não procede de um novo coração e de uma nova natureza que ama a justiça. É tão-somente pela regeneração que um corrupto e pecaminoso inimigo da justiça pode ser trazido a amá-la e a deleitar-se em praticá-la.
A idéia de que a regeneração nada mais é do que uma reforma moral da vida, procede da negação do pecado original e do fato de sermos maus por natureza. Se não fôssemos maus por natureza, se fôssemos bons no fundo do nosso coração, então não haveria necessidade de nascermos de novo.
Regeneração não é uma mudança completa ou perfeita da natureza total do homem, ou de alguma parte dela, de sorte que ela não é mais capaz de pecar. Não significa que ela não afeta a natureza inteira do homem, mas somente que não constitui a mudança completa da natureza humana (1João 1:8/ Tiago 3:2/ 1Cor 2:6/ 2 Cor 13:11/ Felip 3:15/ Col 2:10/ 4:12/ Heb 5:14).
Nicodemos, um importante mestre de Israel, declarou a sua ignorância quanto a isso. “Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?”. Cristo maravilhou-se de que um mestre de Israel não conhecesse esta doutrina da regeneração. Estava nitidamente declarado nas promessas especificas do Velho Testamento, como também em outras passagens, que Deus haveria de circuncidar os corações do Seu povo, tirar-lhes o coração de pedra e dar-lhes um coração de carne (Ezeq 36:26/ 11:19). Em sua ignorância os mestres de Israel imaginavam que a regeneração significava apenas uma reforma de vida. De modo semelhante muitos hoje consideram a regeneração como nada mais que o esforço para se levar uma vida moral.
A regeneração e a doutrina da regeneração existiram no Velho Testamento. Os eleitos de Deus, de qualquer geração, nasceram de novo pelo Espírito Santo. Mas antes da vinda de Cristo, todas as coisas dessa natureza, estavam “desde o princípio do mundo, ocultas em Deus” (Ef.3:9).
A obra da regeneração não tem nada haver com os dons do Espírito Santo. As evidencias de um crente regenerado não estão nos dons do Espírito Santo que ele tem, mas nos frutos do Espírito Santo (Gal 5:22,24,25/ Efes 5:9/ Mateus 7:22,23/ Rom 11:29).
Regeneração é colocar na alma uma nova lei de vida que é verdadeira e espiritual, que é luz, santidade e justiça, que leva à destruição de tudo o que odeia a Deus e luta contra Ele. A regeneração produz uma milagrosa mudança interior do coração e da alma. “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura”. A regeneração não se dá só pelos sinais exteriores de uma mudança moral (Gal. 6:15).
A regeneração é um ato onipotente de criação. Um novo princípio ou lei é criado em nós pelo Espírito Santo (Sl.51:10; Ef.2:10). Esta nova criação não é um novo hábito formado em nós, mas uma nova capacidade e faculdade. É chamada, portanto, de “natureza divina” (2Pe. 1:4). Esta nova criação é o revestir de uma nova capacidade e faculdade criada em nós por Deus e que traz a Sua imagem (Ef.4:22-24).
A regeneração renova as nossas mentes. Ser renovado no espírito de nossas mentes significa que as nossas mentes possuem agora uma nova e salvadora luz sobrenatural que as capacita a pensarem e a agirem espiritualmente (Ef.4:23; Rm.12:2). O crente é renovado em “conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Cl.3:10).
Esta capacidade e faculdade nova produzida em nós pela regeneração é chamada de “novo homem”, porque envolve uma completa e total mudança da alma, de onde procede toda ação espiritual e moral (Ef.4:24). Este “novo homem” é contraposto ao “velho homem” (Ef.4:22,24). Este “velho homem” é a nossa natureza humana corrompida que tem a capacidade e faculdade de produzir pensamentos e atos malignos. O “novo homem” está capacitado e habilitado a produzir atos religiosos, espirituais e morais (Rm.6:6). Denomina-se de “novo homem” porque é uma “nova criação de Deus” (Ef.l:19; 4:24; Cl.2:12, 13; 2Ts.1:11).
Assim pois não podemos produzir boas obras aceitáveis a Deus sem que primeiro Ele produza esta nova criação em nós. Está dito que este “novo homem” é “criado segundo Deus à Sua imagem, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef.4:24).
Deus já nos tem dito como nos trata em Sua aliança (Ez.36:25-27; Jr.31:33; 32:39,40). Ele primeiro lava e limpa a nossa natureza; arranca o nosso coração de pedra e dá-nos um coração de carne; escreve as Suas leis em nossos corações e coloca o Seu Espírito em nós para nos capacitar a guardar essas leis. É isso o que significa regeneração. Que também é descrita como o santificar, o tornar santo todo nosso espírito, alma e corpo (lTs.5:23).
A CONSTANTE OBRA DO ESPÍRITO
“E o espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizarás com eles, e te mudarás em outro homem.”
(1Samuel 10:6)
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto”
(Salmos 51:10)
Os eleitos de Deus não eram regenerados de uma maneira no Velho Testamento e de outra completamente diferente, pelo Espírito Santo, no Novo Testamento. Todos eram regenerados de um mesmo modo pelo mesmo Espírito Santo. Aqueles que foram milagrosamente convertidos, como Paulo, ou que em suas conversões lhes foram concedidos dons miraculosos, como muitos dos cristãos primitivos, não foram regenerados de um modo diferente de nós mesmos, que também temos recebido esta graça e privilégio.
Os dons miraculosos do Espírito Santo nada tinham a ver com a Sua obra de regeneração. Não eram a comprovação de que alguém havia sido regenerado. Muitos dos que possuíram dons miraculosos jamais foram regenerados; outros que foram regenerados jamais possuíram dons miraculosos.
Jamais cairemos neste erro se considerarmos o seguinte:
A condição espiritual de todos os não-regenerados é exatamente a mesma (Sl.51:5;Jo.3:5, 36; Rm.3:19; 5:15-18; Ef.2:3; Tt.3:3,4).
Há variados níveis de malignidade nos não-regenerados, assim como há diversos níveis de santidade entre os regenerados. Todavia o estado de todos os não-regenerados -é o mesmo. Todos carecem de que se faça neles a mesma obra do Espírito Santo.
O estado a que os homens são trazidos pela regeneração é o mesmo. Nenhum é mais regenerado do que outro, contudo uns podem ser mais santificados que outros.
A graça e o poder pelos quais esta obra de regeneração é operada em nós são os mesmos. A verdade é que aqueles que desprezam o novo nascimento, fazem-no porque desprezam a nova vida. Aquele que odeia a idéia de viver para Deus, odeia a idéia de ser nascido de Deus.
Natureza da regeneração
Regeneração é o aspecto singular da religião do Novo Testamento. Nas religiões pagãs, reconhece-se universalmente a permanência do caráter. Embora essas religiões recomendem penitências e ritos, pelos quais a pessoa espera expiar os seus pecados, não há promessa de vida e de graça para transformar a sua natureza. A religião de Jesus Cristo é "a única religião no mundo que declara tomar a natureza decaída do homem e regenerá-la, colocando-a em contacto com a vida de Deus". Assim declara fazer, porque o Fundador do Cristianismo é Pessoa Viva e Divina, que vive para salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus. (Heb. 7:25.)
Não existe nenhuma analogia entre a religião cristã, e, digamos, o Budismo ou a religião maometana. De maneira nenhuma se pode dizer: "quem tem Buda tem a vida". (Vide 1João 5:12.) Buda pode ter algo em relação à moralidade. Pode estimular, causar impressão, ensinar, e guiar, mas nenhum elemento novo foi acrescido às almas que professam o Budismo. Tais religiões podem ser produtos do homem natural e moral. Mas o Cristianismo declara-se ser muito mais. Além das coisas de ordem natural e moral, o homem desfruta algo mais na Pessoa de Alguém mais, Jesus Cristo.
Antes que o homem possa ter uma vida que agrade a Deus, seja no presente ou na eternidade, sua natureza precisa passar por uma transformação tão radical, que seja realmente um segundo nascimento. O homem não pode transformar-se a si mesmo; essa transformação terá que vir de cima.
Jesus não tentou explicar o como do novo nascimento, mas explicou opor quê do assunto. "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido de Espírito é espírito." Carne e espírito pertencem a reinos diferentes, e um não pode produzir o outro. A natureza humana pode gerar a natureza humana, mas somente o Espírito Santo pode gerar a natureza espiritual. A natureza humana somente pode produzir a natureza humana; e nenhuma criatura poderá elevar-se acima de sua própria natureza. A vida espiritual não passa do pai ao filho pela geração natural; ela procede de Deus para o homem por meio da geração espiritual.
A natureza humana não pode elevar-se acima de si própria.
Estritamente falando, o homem não pode cooperar no ato de regeneração, que é um ato soberano de Deus; mas o homem pode tomar parte na preparação para o novo nascimento. Qual é essa preparação? Resposta: Arrependimento e fé.