domingo, 11 de setembro de 2011
Sodoma e Gomorra
Trabalhando perto do Mar Morto, alguns arqueólogos descobriram as cidades bíblicas, ao desenterrar dúzias de objetos antigos que revelavam o grau de perversão a que haviam chegado essas cidades decadentes. A espantosa descoberta revelou que as duas cidades foram destruídas exatamente como descreve a Bíblia.Nenhuma outra civilização chegou a tais extremos de perversão", declarou o chefe da equipe de arqueólogos, doutor Yehuda Peleg. Mesmo para esta época de pornografia desmedida, o que encontramos é incrivelmente obsceno Desapareceram violentamente Cobrindo o que resta dessas antigas cidades foram encontrados grandes depósitos de enxofre, o que coincide perfeitamente com a descrição da Bíblia, onde se lê que as duas cidades foram destruídas com uma chuva de enxofre em brasa.
Muitos tentam refutar e contestar os textos da bíblia. Alega que, na natureza em muitos lugares é encontrado enxofre. Como em Java, local dos vulcões, onde é extraído grandes pedaços de enxofre cristalino. Mas é importante analisar como o enxofre é encontrado na natureza, qual a sua composição e pureza. E então realmente comparar com amostras o enxofre encontrado nas cidades de Sodoma e Gomorra.
Na natureza, o enxofre puro em um vulcão, são na forma de pó de enxofre bem apertado. Nos vulcões são encontrados, enxofre cristalino de alta pureza de 99%. Enxofre, que foi encontrado em todos os lugares nas cinco cidades de Sodoma, Gomorra, Cebojim, Adma, Zoar, em pó fino compactado em uma esfera em uma cápsula queimado. O enxofre é encontrado com uma pureza de até 98%. Houve muitas análises de enxofre de amostras em todo o mundo. Todos os peritos que foram capazes de testar o enxofre indicou que as amostras são completamente original. Na natureza, o pó de enxofre tem 40/60% da máxima qualidade de pureza. Em nenhum lugar do mundo há pó de enxofre com a qualidade dos encontrados nas cinco antigas cidades.
Os depósitos de enxofre encontrados de todas as cinco cidades encontradas, eram enxofre na forma de pó, enxofre bem apertado em bolas, encerradas e queimadas ao redor do anel e incorporados em cinzas. Nas regiões vulcânicas em todo o mundo é mencionado enxofre cristalino. Desde o enxofre puro em Pompéia, nas Filipinas, etc. Em Sodoma, e não há o menor indício de erupções vulcânicas, e há cinzas e pó de enxofre de alta pureza. O enxofre encontrado em Sodoma e Gomorra, é um fenômeno único, que no mundo nunca foi encontrado Gostaria de sublinhar que estes resultados são únicos no mundo e prova conclusivamente que Sodoma e Gomorra foram encontrados! Em nenhum lugar neste mundo foi encontrado uma bola de poeira de enxofre bem pressionado dentro da cápsula, em torno do círculo e incorporado em cinzas. Só aqui em termos de Jordão, o Mar Morto, onde, segundo a Bíblia, este evento ocorreu.
Pode o site ser de origem vulcânica? Vamos dar uma olhada em Pompéia, cidade na província de Nápoles, que foi destruída por uma fúria vulcânica do vulcão Vesúvio. Quando as cinzas caíram sobre a cidade, tudo estava coberto de cinzas. Mas a cidade se manteve preservado. Uma vez removida as paredes de cinzas e pedras até os mosaicos coloridos e desenhos foram encontrados. Este é o resultado da atividade vulcânica. Esta não é o que aconteceu com Sodoma e Gomorra. As cidades foram destruídas e transformadas em cinzas. Isso é algo completamente diferente do que a atividade vulcânica. Não foi encontrado em ruínas em qualquer lugar no mundo. Os arqueólogos descobriram muitas cidades perdidas no mundo, mas ninguém foi revertida em cinzas.
O DILÚVIO CIENTIFICAMENTE COMPROVADO
Existem ainda hoje muitas evidências geológicas de que um Dilúvio teria atingido e devastado toda a Terra. Estas evidencias podem ser encontradas desde vales, á elevadas montanhas. Podemos apontar tais evidencias em registros fosseis, em plantas e no solo de praticamente todo o mundo. Um exemplo disso está no próprio Monte Ararate, palco de muitos acontecimentos bíblicos, onde podemos encontrar minas de cristais de sal, lava em almofada e amontoados de rochas sedimentares. Tais formações e características de solo só seriam possíveis de se formarem em baixo de muita quantidade de água.
Se levarmos em consideração que este Monte tem em torno de 5.200 metros de altura e tais formações são encontradas no seu cume e em toda a sua constituição. Logo só poderia ser coberto pelas águas de um dilúvio global.Encontramos também, incontáveis evidencias nas camadas de rochas de todo o planeta que apontam para um acontecimento catastrófico em grande escala, de forma rápida e extensa. Tais sinais de desordem e cataclismo só poderiam ser explicados por um grande dilúvio universal.
Uma outra prova também considerável, é o fato de grandes quantidades de vida marinha fossilizada ser encontrada em abundancia em muitas das maiores e mais altas cordilheiras de montanhas da Terra, e na maioria das vezes a enormes distancias de qualquer vestígios de água. Conchas, crustáceos, peixes e outros espécimes são achados em enormes quantidades e em altitudes muito acima do nível do mar, gerando grades controvérsias no meio cientifico.
epopéia de gilgamesh
Todos estes relatos são fruto de uma coincidência massiva ou, antes, representam uma História distorcida? Creio que a resposta é clara. Quem rejeita o dilúvio não rejeita apenas o relato bíblico, mas o relato de todos os outros povos de todo o mundo.
Deus vai voltar a julgar o mundo, tal como julgou o mundo de Noé. De que lado da porta estás tu?
“Pois eles de propósito ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste; pelas quais coisas pereceu o mundo de então, afogado em água” (II Pedro 3: 5-6)
Agora… para quem não acredita no Dilúvio bíblico, há uma pergunta que eu gostaria de colocar: por que razão todos os povos antigos e menos antigos se referem a uma catástrofe diluviana e não a outro tipo de destruição? Quer dizer… se o dilúvio é apenas um mito, por que motivo todos estes povos fazem referência a ele? Por que não há tradições de… sei lá… a terra ter sido destruída por fogo caído do céu ou os deuses terem enviado trovões que destruíram a humanidade ou outra coisa qualquer? Se os diferentes povos apenas procuravam uma história da carocinha, por que todos eles foram escolher um dilúvio catastrófico? Mais, se nunca houve um dilúvio, por quê fazer referência a um?
De acordo com a história bíblica, estas diferentes versões de um dilúvio são fáceis de explicar. A Bíblia diz-nos em Génesis 11 que Deus confundiu a língua dos homens. As pessoas começaram a falar mais idiomas, sendo que tiveram de se juntar por grupos e dispersar do local onde se encontravam.
O acontecimento do Dilúvio teria sido passado de geração em geração e quando, após Babel, os diferentes povos criavam a história das suas origens, a menção ao dilúvio foi algo que não faltou, já que sabiam que uma catástrofe do género tinha acontecido. Tendo perdido a comunicação com o resto da população e, por conseguinte, com aqueles que mais bem conheciam a história, as distorções em relação ao verdadeiro facto diluviano eram inevitáveis. E a quantidade de distorções varia de povo para povo.
Inglaterra
Os druidas conservavam a tradição de que o mundo tinha sido povoado de novo por um justo patriarca, que se salvara num possante navio de uma inundação enviada à Terra pelo Ser Supremo, em resultado da maldade do homem.
Índios americanos
Os índios americanos têm várias lendas segundo as quais uma, três ou oito pessoas se salvaram num barco acima do nível das águas, no cume de um alto monte.
Polinésia
Os polinésios têm histórias de um dilúvio onde 8 pessoas escaparam.
Mais tradições poderiam aqui ser mencionadas, como a dos persas, sírios, frígios, lituanos, esquimós, aborígenes, egípcios, etc.
Índia
A tradição hindu conta que Manu foi avisado de uma inundação, tendo construído um navio no qual só ele escapou.
China
A tradição chinesa diz que Fa-He, fundador da civilização, escapou com a esposa, três filhos e três filhas, de uma inundação resultante da rebelião do homem contra o Céu.
Ilhas Fiji
Os habitantes de Fiji contam que no Dilúvio só se salvaram 8 pessoas.
Perú
Os peruanos dizem que um homem e uma mulher se salvaram num caixão que ficou flutuando nas águas da inundação.
México
A tradição mexicana diz que um homem, sua mulher e filhos, dentro de um navio, foram salvos de um Dilúvio que cobriu a Terra.
Tradições de um dilúvio que varreu a terra abundam na literatura de vários povos antigos de todo o mundo.
Grécia
Os gregos antigos diziam que Deucalião fora avisado de que os deuses iam trazer uma inundação à Terra por causa da maldade dos seus habitantes. Por isso, Deucalião construiu uma arca para sobreviver à catástrofe. No final do dilúvio, essa arca teria pousado no Monte Parnaso.
Pedra Moabita ou Estela de Mesa
Pedra Moabita ou Estela de Mesa, é uma pedra de basalto, com uma inscrição sobre Mesa, Rei de Moabe. Este registra a conquista de Moabe por Omri, Rei de Israel Setentrional. Após a morte de Acab, filho de Omri, Mesa revolta-se depois de prestar vasalagem por 40 anos. Esta inscrição completa e confirma o relato bíblico em II Reis 3:4-27. A estela teria sido feita, aproximadamente, por volta de 830 a.C..
A estela foi adquirida em Jerusalém pelo missionário alemão F. A. Klein , em 1868. Encontrada em Díbon, a antiga capital do Reino de Moabe, a 4 milhas a Norte do Rio Árnon. Encontra-se no Museu do Louvre, em Paris. Com a excepção de algumas variações, mostra que a escrita dos moabitas era idêntica ao hebraico. Menciona o Tetragrama Sagrado no lado direito da estela, na linha 18. É um documento de grande importância e interessante relativo ao estudo da linguística hebraica, ou seja, a formação e evolução do alfabeto hebraico.
A Pedra Moabita confirma o nome de locais e de cidades moabitas mencionadas no texto bíblico: Atarote e Nebo (Números 32:34,38), Aroer, o Vale de Árnon, planalto de Medeba, Díbon (Josué 13:9), Bamote-Baal, Bet-Baal-Meon, Jaaz [em hebr. Yáhtsha] e Quiriataim (Josué 13:17-19), Bezer (Josué 20:8), Horonaim (Isaías 15:5), e Bet-Diblataim e Queriote (Jeremias 48:22,24).
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
O DILÚVIO É UM ACONTECIMENTO UNIVERSAL
O DILÚVIO É UM ACONTECIMENTO UNIVERSAL
Os "antropologistas" dizem que há mais de 270 narrativas do dilúvio em povos e culturas diferentes do mundo, e todas elas, coincidentemente, são no início destas civilizações.
Mas não é somente no Oriente Médio onde ficou persistente um dilúvio que assolou a terra. Com a exclusão das culturas africanas, exceto naturalmente a egípcia, que não costumam referirse ao dilúvio, todas as demais têm constância de que em um dado momento de sua história a água supôs um cataclismo que arrasou o planeta e com ele toda a humanidade. Das quatro vezes que segundo o calendário asteca terminou o mundo, uma foi por causa da água. Os índios americanos, os poucos que restam, pensam que o mundo fica velho e vai se gastando paulatinamente, até que as cordas que o sustentam são rompidas e se afunda irremissivelmente .no oceano que o rodeia, de onde voltará a surgir jovem e pujante.
Para a civilização ocidental, a história mais conhecida a respeito do dilúvio é a da Arca de Noé, segundo a tradição judaico-cristã.
O Dilúvio também é descrito em fontes americanas, asiáticas, sumérias, assírias, armênias, egípcias, persas, gregas e outras, de forma basicamente semelhante ao episódio bíblico, porém algumas civilizações se relata sobre inundações em vez de chuvas torrenciais: uma divindade decide limpar a Terra de uma humanidade corrupta, ou imperfeita, e escolhe um homem bom aos seus olhos para construir uma arca para abrigar sua criação enquanto durasse a inundação. Na mitologia judaica, Javé estava disposto a acabar com toda a humanidade, porém Noé foi agraciado por Ele, pois era um varão temente a seu Deus e não se deixou corromper. Após um certo período, a água baixa, a arca fica encalhada numa montanha, os animais repovoam o planeta e os descendentes de tal homem geram todos os povos do mundo.
Dilúvio Judaico
Segundo a Bíblia, Noé, seguindo as instruções divinas, constrói uma arca para a preservação da vida na Terra, na qual abriga um casal de cada espécie animal, bem como a ele e sua família, enquanto Deus, exercendo julgamento sobre os ante-diluvianos (povo de ações perversas), inundava toda a Terra com uma chuva que durararia quarenta dias e quarenta noites. Após alguns meses, quando as águas começaram a baixar, Noé enviou uma pomba, que lhe trouxe uma folha de oliveira. A partir daí, os descendentes de Noé teriam repovoado a Terra, dando origem a todos os povos conhecidos.
Na esfera cultural hebraica primitiva, o evento do Dilúvio contribuiu para o estabelecimento de uma identidade étnica entre os diferentes povos semíticos (todos descendentes de Sem, filho de Noé), bem como sua distinção dos outros povos ao seu redor (cananeus, descendentes de Canaã, neto de Noé, núbios ou cuxitas, descendentes de Cuxe, outro neto de Noé, etc.). No Antigo Testamento, Noé amaldiçoa Canaã e abençoa Sem, o que serviria mais tarde como uma das justificativas para a invasão e conquista da terra dos cananeus pelas Tribos de Israel
Após o período diluviano, procura-se até os dias de hoje os restos da Arca, que segundo alguns historiadores realmente encontra-se no Monte Ararat. Mas não existe como precisar a localização, já que a região é bem acidentada, e vasta.
Dilúvio Sumério
O mito sumério de Gilgamesh conta os feitos do rei da cidade de Uruk, Gilgamesh, que parte em uma jornada de aventuras em busca da imortalidade, nesta busca encontra as duas únicas pessoas imortais: Utanapistim e sua esposa, estes contam à Gilgamesh como conquistaram tal sorte, esta é a história do dilúvio. O casal recebeu o dom da imortalidade ao sobreviver ao dilúvio que consumiu a raça humana. Na tradição suméria, o homem foi dizimado por encomodar aos deuses. Segundo este mito, o deus Ea, por meio de um sonho, apareceu a Utanapistim e lhe revelou as pretensões dos deuses de exterminar os humanos através de um dilúvio. Ea pede a Utanapistim que renuncie aos bens materiais e conserve o coração puro. Utanapistim, então, reúne sua família e constrói a embarcação que lhe foi ordenada por Ea, estes ficam por sete dias debaixo do dilúvio que consome com os humanos. Aqui um techo de tal história:
"Eu percebi que havia grande silêncio, não havia um só ser humano vivo além de nós, no barco. Ao barro, ao lodo haviam retornado. A água se estendia plana como um telhado, então eu da janela chorei, pois as águas haviam encoberto o mundo todo. Em vão procurei por terra, somente consegui descobrir uma montanha, o Monte Nisir, onde encalhamos e ali ficamos por sete dias, retidos. Resolvi soltar uma pomba, que voou para longe, não encontrando local para pouso retornou (…) Então soltei um corvo, este voou para longe encontrou alimento e não retornou." (TAMEN, Pedro. Gilgamesh, Rei de Uruk. São Paulo: ed. Ars Poetica, 1992.)
Dilúvio Hindu
Nas escrituras védicas da Índia encontramos um rei chamado Svayambhuva Manu, que foi avisado sobre o dilúvio por uma encarnação de Vishnu(Matsya Avatar). Matsya arrastou o barco de Manu e lhe salvou da destruição.
Este aviso veio através de um peixe, que foi poupada da morte, que advertiu que se avizinhava um dilúvio de grandes proporções que destruiria a raça humana. Manu construiu uma nave e arrastou-a até o ponto mais alto, e foi assim que ele salvou-se da grande tragédia. Dessa forma ele, fez um sacrifício aos deuses, usando azeite e nata azeda, sobre as águas, de onde da mesma emergiu uma mulher conhecida pelo nome de Filha de Manu, com o qual se uniu e deu início à nova geração da raça humana.
Dilúvio Grego
A mitlogia grega relata a história de um grande dilúvio produzido por Poseidon, que por ordem de Zeus havia decidido pôr fim à existência humana, uma vez que estes haviam aceitado o fogo roubado por Prometeu do Monte Olimpo. Deucalião e sua esposa Pirra foram os únicos sobreviventes. Prometeu disse a seu filho Deucalião que construísse uma arca e nela introduzisse uma casal de cada animal, de forma análoga à Arca de Noé. Assim estes sobreviveram.
Ao terminar o dilúvio, a arca de Deucalião pousou sobre o Monte Parnaso, onde estava o Oráculo de Temis. Deucalião e Pirra entraram no templo, para que o oráculo lhes dissesse o que deviam fazer para voltar a povoar a Terra, e a deusa somente lhes disse:"Voltem aos ossos de suas mães" Deucalião e sua mulher adivinharam que o oráculo se referia às rochas.Destas formas, as pedras tocadas por Deucalião se converteram em homens, e as tocadas por Pirra em ninfas ou deusas menores, por que ainda não se havia criado a mulher.
Dilúvio Mapuche
Nas tradições do povo Mapuche igualmente existe uma lenda sobre uma inundação do lugar deste povo (ou do planeta). A lenda se refere à história das serpentes, chamadas Tentem Vilu e Caicai Vilu.
Dilúvio Pascuense
A tradição do povo da Ilha de Páscoa diz que seus ancestrais chegaram à ilha escapando da inundação de um mítico continente, ou ilha, chamado Hiva.
Dilúvio Maia
A mitologia do povo maia relata a existência de um dilúvio enviado pelo deus Huracán.
Segundo o Popol Vuh, livro que reúne relatos históricos e mitológicos do grupo étnico maia-quiché, os deuses, após terminarem a criação do mundo, da natureza e dos seres vivos, decidiram criar seres capazes de lhes exaltar e servir. São criados então os primeiros seres humanos, moldados em barro. Porém, esses seres de barro não eram resistentes ao clima e à chuva e logo se desfizeram em lama.
Então, os deuses criaram o segundo tipo de seres humanos, à partir de madeira. Essa segunda humanidade, ao contrário da primeira, prosperou e rapidamente se multiplicou em muitos povos e cidades (tudo indica que é nessa época da segunda humanidade que se passam as aventuras dos gêmeos heróis Hunahpú e Ixbalanqué contra os senhores de Xibalba). Mas esses seres feitos de madeira não agradaram aos deuses. Eles eram secos, não temiam aos deuses e não tinham sangue. Se tornaram arrogantes e não praticavam sacrifícios aos seus criadores. Então, os deuses decidem exterminar essa segunda humanidade através de um dilúvio. Ao contrário da maioria dos outros relatos conhecidos sobre dilúvios, nenhum indivíduo foi poupado.
Após a catástrofe, a matéria prima utilizada para moldar os novos seres humanos foi o milho. Foram criados quatro casais, que são considerados os oito primeiros índios quiché. Eles deram origem às três famílias fundadoras da Guatemala, pois um dos casais não deixou descendência.
Dilúvio Asteca
No manuscrito asteca denominado como Código borgia, há a história do mundo dividido em idades, das quais a última terminou com um grande dilúvio produzido pela deusa Chalchitlicue.
Dilúvio Inca
Na mitologia dos incas, Viracocha destruiu os gigantes com uma grande inundação, e duas pessoas repovoaram a Terra (Manco Capac e Mama Ocllo mais dois irmãos que sobreviveram. A religião é um forte elo de ligação entre as várias culturas andinas, sejam elas pré-incaicas ou incas. A imposição do Deus Sol é um forte elemento da crença e dominação através do mental, ou seja daquilo que permanece impregnado por gerações nas concepções e mentalidades destas culturas, adorando o Deus imposto e entendendo ser ele o mais importante. Pedro Sarmiento de Gamboa, cronista espanhol do século XVI, relata como os Incas narravam sua criação e as lendas que eram passadas através da oralidade de geração em geração, desde o surgimento de Viracocha e seus ensinamentos, procurando definir um homem que o venerasse e fosse pregador de seus conhecimentos. Em algumas tentativas de criar este homem, Viracocha acaba punindo-o com um grande dilúvio pela não obediência como comenta Gamboa(2001),: Mas como entre ellos naciesen vicios de soberbia y codicia, traspasaron el precepto del Viracocha Pachayachachi ,que cayendo por esta trasgresión en la indignación suya, los confundió y maldijo. Y luego fueron unos convertidos en piedras y otros en formas, a otros trago la tierra y otros el mar,y sobre todo les envió un diluvio general, al cual llaman uñu pachacuti , que quiere decir “agua que trastornó la tierra”. Y dicen que llovió sesenta días y sesenta noches, y que se anegó todo lo creado, y que solo quedaron algunas señales de los que se convierteron en piedras para memoria del hecho y para ejemplo a los venideros en los edificios de pucara que es sesenta leguas del Cuzco. (p. 40) A narração do dilúvio está presente entre muitos povos e culturas por todo o mundo. O início de tudo, ou seja, a criação, é um fator muito importante para estabelecer relações e explicações sobre o que não se conhece e o que não foi vivido. Assim, os mitos e lendas buscam criar uma ancestralidade, um ponto em comum que defina a origem e o começo do cosmos e tudo existente nele, ou seja, o conhecer de si mesmo, do próprio homem inserido na natureza, buscando sua sobrevivência e continuidade de sua existência e a harmonia com os elementos naturais e sobrenaturais.
Dilúvio Uro
O povo uro (ou uru), que habita próximo ao Lago Titicaca, crê numa lenda que diz que depois do dilúvio universal, foi neste lago onde se viram os primeiros raios do Sol.
Dilúvio Chinês:
Porém onde nos encontramos com uma figura sugestivamente paralela à de nosso bíblico Noé, é na China, onde a água sempre esteve em estreita relação com o nascimento da terra e o gênero humano. Foi o grande herói YÜ, o domador das águas, quem conseguiu que estas se retirassem para ornar, logrando assim que as terras ficassem aptas para o cultivo, contribuindo ao engrandecimento da população. Dos distintos relatos do dilúvio temos o de Fah-le, ocasionado pelo crescimento dos rios ao redor de 2.300 a.C. Mas a tradição mais extensa é a que tem a Nu-wah como protagonista, que se salvou junto com sua mulher, seus três filhos e as esposas destes em uma nave construída para eles e para dar capacidade e salvamento a um par de cada espécie animal que habitava a terra. Tão arraigada está a lenda de Nu-wah que hoje em dia é escrita a palavra "nave" em chinês, representada por uma barca com oito bocas dentro, aludindo aos oito navegantes que foram salvos da catástrofe. Também o Gênesis diz que Noé foi salvo juntamente com outras sete pessoas.
Os "antropologistas" dizem que há mais de 270 narrativas do dilúvio em povos e culturas diferentes do mundo, e todas elas, coincidentemente, são no início destas civilizações.
Mas não é somente no Oriente Médio onde ficou persistente um dilúvio que assolou a terra. Com a exclusão das culturas africanas, exceto naturalmente a egípcia, que não costumam referirse ao dilúvio, todas as demais têm constância de que em um dado momento de sua história a água supôs um cataclismo que arrasou o planeta e com ele toda a humanidade. Das quatro vezes que segundo o calendário asteca terminou o mundo, uma foi por causa da água. Os índios americanos, os poucos que restam, pensam que o mundo fica velho e vai se gastando paulatinamente, até que as cordas que o sustentam são rompidas e se afunda irremissivelmente .no oceano que o rodeia, de onde voltará a surgir jovem e pujante.
Para a civilização ocidental, a história mais conhecida a respeito do dilúvio é a da Arca de Noé, segundo a tradição judaico-cristã.
O Dilúvio também é descrito em fontes americanas, asiáticas, sumérias, assírias, armênias, egípcias, persas, gregas e outras, de forma basicamente semelhante ao episódio bíblico, porém algumas civilizações se relata sobre inundações em vez de chuvas torrenciais: uma divindade decide limpar a Terra de uma humanidade corrupta, ou imperfeita, e escolhe um homem bom aos seus olhos para construir uma arca para abrigar sua criação enquanto durasse a inundação. Na mitologia judaica, Javé estava disposto a acabar com toda a humanidade, porém Noé foi agraciado por Ele, pois era um varão temente a seu Deus e não se deixou corromper. Após um certo período, a água baixa, a arca fica encalhada numa montanha, os animais repovoam o planeta e os descendentes de tal homem geram todos os povos do mundo.
Dilúvio Judaico
Segundo a Bíblia, Noé, seguindo as instruções divinas, constrói uma arca para a preservação da vida na Terra, na qual abriga um casal de cada espécie animal, bem como a ele e sua família, enquanto Deus, exercendo julgamento sobre os ante-diluvianos (povo de ações perversas), inundava toda a Terra com uma chuva que durararia quarenta dias e quarenta noites. Após alguns meses, quando as águas começaram a baixar, Noé enviou uma pomba, que lhe trouxe uma folha de oliveira. A partir daí, os descendentes de Noé teriam repovoado a Terra, dando origem a todos os povos conhecidos.
Na esfera cultural hebraica primitiva, o evento do Dilúvio contribuiu para o estabelecimento de uma identidade étnica entre os diferentes povos semíticos (todos descendentes de Sem, filho de Noé), bem como sua distinção dos outros povos ao seu redor (cananeus, descendentes de Canaã, neto de Noé, núbios ou cuxitas, descendentes de Cuxe, outro neto de Noé, etc.). No Antigo Testamento, Noé amaldiçoa Canaã e abençoa Sem, o que serviria mais tarde como uma das justificativas para a invasão e conquista da terra dos cananeus pelas Tribos de Israel
Após o período diluviano, procura-se até os dias de hoje os restos da Arca, que segundo alguns historiadores realmente encontra-se no Monte Ararat. Mas não existe como precisar a localização, já que a região é bem acidentada, e vasta.
Dilúvio Sumério
O mito sumério de Gilgamesh conta os feitos do rei da cidade de Uruk, Gilgamesh, que parte em uma jornada de aventuras em busca da imortalidade, nesta busca encontra as duas únicas pessoas imortais: Utanapistim e sua esposa, estes contam à Gilgamesh como conquistaram tal sorte, esta é a história do dilúvio. O casal recebeu o dom da imortalidade ao sobreviver ao dilúvio que consumiu a raça humana. Na tradição suméria, o homem foi dizimado por encomodar aos deuses. Segundo este mito, o deus Ea, por meio de um sonho, apareceu a Utanapistim e lhe revelou as pretensões dos deuses de exterminar os humanos através de um dilúvio. Ea pede a Utanapistim que renuncie aos bens materiais e conserve o coração puro. Utanapistim, então, reúne sua família e constrói a embarcação que lhe foi ordenada por Ea, estes ficam por sete dias debaixo do dilúvio que consome com os humanos. Aqui um techo de tal história:
"Eu percebi que havia grande silêncio, não havia um só ser humano vivo além de nós, no barco. Ao barro, ao lodo haviam retornado. A água se estendia plana como um telhado, então eu da janela chorei, pois as águas haviam encoberto o mundo todo. Em vão procurei por terra, somente consegui descobrir uma montanha, o Monte Nisir, onde encalhamos e ali ficamos por sete dias, retidos. Resolvi soltar uma pomba, que voou para longe, não encontrando local para pouso retornou (…) Então soltei um corvo, este voou para longe encontrou alimento e não retornou." (TAMEN, Pedro. Gilgamesh, Rei de Uruk. São Paulo: ed. Ars Poetica, 1992.)
Dilúvio Hindu
Nas escrituras védicas da Índia encontramos um rei chamado Svayambhuva Manu, que foi avisado sobre o dilúvio por uma encarnação de Vishnu(Matsya Avatar). Matsya arrastou o barco de Manu e lhe salvou da destruição.
Este aviso veio através de um peixe, que foi poupada da morte, que advertiu que se avizinhava um dilúvio de grandes proporções que destruiria a raça humana. Manu construiu uma nave e arrastou-a até o ponto mais alto, e foi assim que ele salvou-se da grande tragédia. Dessa forma ele, fez um sacrifício aos deuses, usando azeite e nata azeda, sobre as águas, de onde da mesma emergiu uma mulher conhecida pelo nome de Filha de Manu, com o qual se uniu e deu início à nova geração da raça humana.
Dilúvio Grego
A mitlogia grega relata a história de um grande dilúvio produzido por Poseidon, que por ordem de Zeus havia decidido pôr fim à existência humana, uma vez que estes haviam aceitado o fogo roubado por Prometeu do Monte Olimpo. Deucalião e sua esposa Pirra foram os únicos sobreviventes. Prometeu disse a seu filho Deucalião que construísse uma arca e nela introduzisse uma casal de cada animal, de forma análoga à Arca de Noé. Assim estes sobreviveram.
Ao terminar o dilúvio, a arca de Deucalião pousou sobre o Monte Parnaso, onde estava o Oráculo de Temis. Deucalião e Pirra entraram no templo, para que o oráculo lhes dissesse o que deviam fazer para voltar a povoar a Terra, e a deusa somente lhes disse:"Voltem aos ossos de suas mães" Deucalião e sua mulher adivinharam que o oráculo se referia às rochas.Destas formas, as pedras tocadas por Deucalião se converteram em homens, e as tocadas por Pirra em ninfas ou deusas menores, por que ainda não se havia criado a mulher.
Dilúvio Mapuche
Nas tradições do povo Mapuche igualmente existe uma lenda sobre uma inundação do lugar deste povo (ou do planeta). A lenda se refere à história das serpentes, chamadas Tentem Vilu e Caicai Vilu.
Dilúvio Pascuense
A tradição do povo da Ilha de Páscoa diz que seus ancestrais chegaram à ilha escapando da inundação de um mítico continente, ou ilha, chamado Hiva.
Dilúvio Maia
A mitologia do povo maia relata a existência de um dilúvio enviado pelo deus Huracán.
Segundo o Popol Vuh, livro que reúne relatos históricos e mitológicos do grupo étnico maia-quiché, os deuses, após terminarem a criação do mundo, da natureza e dos seres vivos, decidiram criar seres capazes de lhes exaltar e servir. São criados então os primeiros seres humanos, moldados em barro. Porém, esses seres de barro não eram resistentes ao clima e à chuva e logo se desfizeram em lama.
Então, os deuses criaram o segundo tipo de seres humanos, à partir de madeira. Essa segunda humanidade, ao contrário da primeira, prosperou e rapidamente se multiplicou em muitos povos e cidades (tudo indica que é nessa época da segunda humanidade que se passam as aventuras dos gêmeos heróis Hunahpú e Ixbalanqué contra os senhores de Xibalba). Mas esses seres feitos de madeira não agradaram aos deuses. Eles eram secos, não temiam aos deuses e não tinham sangue. Se tornaram arrogantes e não praticavam sacrifícios aos seus criadores. Então, os deuses decidem exterminar essa segunda humanidade através de um dilúvio. Ao contrário da maioria dos outros relatos conhecidos sobre dilúvios, nenhum indivíduo foi poupado.
Após a catástrofe, a matéria prima utilizada para moldar os novos seres humanos foi o milho. Foram criados quatro casais, que são considerados os oito primeiros índios quiché. Eles deram origem às três famílias fundadoras da Guatemala, pois um dos casais não deixou descendência.
Dilúvio Asteca
No manuscrito asteca denominado como Código borgia, há a história do mundo dividido em idades, das quais a última terminou com um grande dilúvio produzido pela deusa Chalchitlicue.
Dilúvio Inca
Na mitologia dos incas, Viracocha destruiu os gigantes com uma grande inundação, e duas pessoas repovoaram a Terra (Manco Capac e Mama Ocllo mais dois irmãos que sobreviveram. A religião é um forte elo de ligação entre as várias culturas andinas, sejam elas pré-incaicas ou incas. A imposição do Deus Sol é um forte elemento da crença e dominação através do mental, ou seja daquilo que permanece impregnado por gerações nas concepções e mentalidades destas culturas, adorando o Deus imposto e entendendo ser ele o mais importante. Pedro Sarmiento de Gamboa, cronista espanhol do século XVI, relata como os Incas narravam sua criação e as lendas que eram passadas através da oralidade de geração em geração, desde o surgimento de Viracocha e seus ensinamentos, procurando definir um homem que o venerasse e fosse pregador de seus conhecimentos. Em algumas tentativas de criar este homem, Viracocha acaba punindo-o com um grande dilúvio pela não obediência como comenta Gamboa(2001),: Mas como entre ellos naciesen vicios de soberbia y codicia, traspasaron el precepto del Viracocha Pachayachachi ,que cayendo por esta trasgresión en la indignación suya, los confundió y maldijo. Y luego fueron unos convertidos en piedras y otros en formas, a otros trago la tierra y otros el mar,y sobre todo les envió un diluvio general, al cual llaman uñu pachacuti , que quiere decir “agua que trastornó la tierra”. Y dicen que llovió sesenta días y sesenta noches, y que se anegó todo lo creado, y que solo quedaron algunas señales de los que se convierteron en piedras para memoria del hecho y para ejemplo a los venideros en los edificios de pucara que es sesenta leguas del Cuzco. (p. 40) A narração do dilúvio está presente entre muitos povos e culturas por todo o mundo. O início de tudo, ou seja, a criação, é um fator muito importante para estabelecer relações e explicações sobre o que não se conhece e o que não foi vivido. Assim, os mitos e lendas buscam criar uma ancestralidade, um ponto em comum que defina a origem e o começo do cosmos e tudo existente nele, ou seja, o conhecer de si mesmo, do próprio homem inserido na natureza, buscando sua sobrevivência e continuidade de sua existência e a harmonia com os elementos naturais e sobrenaturais.
Dilúvio Uro
O povo uro (ou uru), que habita próximo ao Lago Titicaca, crê numa lenda que diz que depois do dilúvio universal, foi neste lago onde se viram os primeiros raios do Sol.
Dilúvio Chinês:
Porém onde nos encontramos com uma figura sugestivamente paralela à de nosso bíblico Noé, é na China, onde a água sempre esteve em estreita relação com o nascimento da terra e o gênero humano. Foi o grande herói YÜ, o domador das águas, quem conseguiu que estas se retirassem para ornar, logrando assim que as terras ficassem aptas para o cultivo, contribuindo ao engrandecimento da população. Dos distintos relatos do dilúvio temos o de Fah-le, ocasionado pelo crescimento dos rios ao redor de 2.300 a.C. Mas a tradição mais extensa é a que tem a Nu-wah como protagonista, que se salvou junto com sua mulher, seus três filhos e as esposas destes em uma nave construída para eles e para dar capacidade e salvamento a um par de cada espécie animal que habitava a terra. Tão arraigada está a lenda de Nu-wah que hoje em dia é escrita a palavra "nave" em chinês, representada por uma barca com oito bocas dentro, aludindo aos oito navegantes que foram salvos da catástrofe. Também o Gênesis diz que Noé foi salvo juntamente com outras sete pessoas.
As várias versões do dilúvio espalhadas pelo mundo
As várias versões do dilúvio espalhadas pelo mundo
Tradições de um dilúvio que varreu a terra abundam na literatura de vários povos de todo o mundo. Algumas delas[*1]:
Grécia
Os gregos antigos diziam que Deucalião fora avisado de que os deuses iam trazer uma inundação à Terra por causa da maldade dos seus habitantes. Por isso, Deucalião construiu uma arca para sobreviver à catástrofe. No final do dilúvio, essa arca teria pousado no Monte Parnaso.
Índia
A tradição hindu conta que Manu foi avisado de uma inundação, tendo construído um navio no qual só ele escapou.
China
A tradição chinesa diz que Fa-He, fundador da civilização, escapou com a esposa, três filhos e três filhas, de uma inundação resultante da rebelião do homem contra o Céu.
Ilhas Fiji
Os habitantes de Fiji contam que no Dilúvio só se salvaram 8 pessoas.
Perú
Os peruanos dizem que um homem e uma mulher se salvaram num caixão que ficou flutuando nas águas da inundação.
México
A tradição mexicana diz que um homem, sua mulher e filhos, dentro de um navio, foram salvos de um Dilúvio que cobriu a Terra.
Inglaterra
Os druidas conservavam a tradição de que o mundo tinha sido povoado de novo por um justo patriarca, que se salvara num possante navio de uma inundação enviada à Terra pelo Ser Supremo, em resultado da maldade do homem.
Índios americanos
Os índios americanos têm várias lendas segundo as quais uma, três ou oito pessoas se salvaram num barco acima do nível das águas, no cume de um alto monte.
Polinésia
Os polinésios têm histórias de um dilúvio onde 8 pessoas escaparam.
Mais tradições poderiam aqui ser mencionadas, como a dos persas, sírios, frígios, lituanos, esquimós, aborígenes, egípcios, etc.
De acordo com a história bíblica, estas diferentes versões de um dilúvio são fáceis de explicar. A Bíblia diz-nos em Génesis 11 que Deus confundiu a língua dos homens. As pessoas começaram a falar mais idiomas, sendo que tiveram de se juntar por grupos e dispersar do local onde se encontravam.
O acontecimento do Dilúvio teria sido passado de geração em geração e quando, após Babel, os diferentes povos criavam a história das suas origens, a menção ao dilúvio foi algo que não faltou, já que sabiam que uma catástrofe do género tinha acontecido. Tendo perdido a comunicação com o resto da população e, por conseguinte, com aqueles que mais bem conheciam a história, as distorções em relação ao verdadeiro facto diluviano eram inevitáveis. E a quantidade de distorções varia de povo para povo.
Agora… para quem não acredita no Dilúvio bíblico, há uma pergunta que eu gostaria de colocar: por que razão todos os povos antigos e menos antigos se referem a uma catástrofe diluviana e não a outro tipo de destruição? Quer dizer… se o dilúvio é apenas um mito, por que motivo todos estes povos fazem referência a ele? Por que não há tradições de… sei lá… a terra ter sido destruída por fogo caído do céu ou os deuses terem enviado trovões que destruíram a humanidade ou outra coisa qualquer? Se os diferentes povos apenas procuravam uma história da carocinha, por que todos eles foram escolher um dilúvio catastrófico? Mais, se nunca houve um dilúvio, por quê fazer referência a um?
Todos estes relatos são fruto de uma coincidência massiva ou, antes, representam uma História distorcida? Creio que a resposta é clara. Quem rejeita o dilúvio não rejeita apenas o relato bíblico, mas o relato de todos os outros povos de todo o mundo.
Deus vai voltar a julgar o mundo, tal como julgou o mundo de Noé. De que lado da porta estás tu?
“Pois eles de propósito ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste; pelas quais coisas pereceu o mundo de então, afogado em água” (II Pedro 3: 5-6)
Tradições de um dilúvio que varreu a terra abundam na literatura de vários povos de todo o mundo. Algumas delas[*1]:
Grécia
Os gregos antigos diziam que Deucalião fora avisado de que os deuses iam trazer uma inundação à Terra por causa da maldade dos seus habitantes. Por isso, Deucalião construiu uma arca para sobreviver à catástrofe. No final do dilúvio, essa arca teria pousado no Monte Parnaso.
Índia
A tradição hindu conta que Manu foi avisado de uma inundação, tendo construído um navio no qual só ele escapou.
China
A tradição chinesa diz que Fa-He, fundador da civilização, escapou com a esposa, três filhos e três filhas, de uma inundação resultante da rebelião do homem contra o Céu.
Ilhas Fiji
Os habitantes de Fiji contam que no Dilúvio só se salvaram 8 pessoas.
Perú
Os peruanos dizem que um homem e uma mulher se salvaram num caixão que ficou flutuando nas águas da inundação.
México
A tradição mexicana diz que um homem, sua mulher e filhos, dentro de um navio, foram salvos de um Dilúvio que cobriu a Terra.
Inglaterra
Os druidas conservavam a tradição de que o mundo tinha sido povoado de novo por um justo patriarca, que se salvara num possante navio de uma inundação enviada à Terra pelo Ser Supremo, em resultado da maldade do homem.
Índios americanos
Os índios americanos têm várias lendas segundo as quais uma, três ou oito pessoas se salvaram num barco acima do nível das águas, no cume de um alto monte.
Polinésia
Os polinésios têm histórias de um dilúvio onde 8 pessoas escaparam.
Mais tradições poderiam aqui ser mencionadas, como a dos persas, sírios, frígios, lituanos, esquimós, aborígenes, egípcios, etc.
De acordo com a história bíblica, estas diferentes versões de um dilúvio são fáceis de explicar. A Bíblia diz-nos em Génesis 11 que Deus confundiu a língua dos homens. As pessoas começaram a falar mais idiomas, sendo que tiveram de se juntar por grupos e dispersar do local onde se encontravam.
O acontecimento do Dilúvio teria sido passado de geração em geração e quando, após Babel, os diferentes povos criavam a história das suas origens, a menção ao dilúvio foi algo que não faltou, já que sabiam que uma catástrofe do género tinha acontecido. Tendo perdido a comunicação com o resto da população e, por conseguinte, com aqueles que mais bem conheciam a história, as distorções em relação ao verdadeiro facto diluviano eram inevitáveis. E a quantidade de distorções varia de povo para povo.
Agora… para quem não acredita no Dilúvio bíblico, há uma pergunta que eu gostaria de colocar: por que razão todos os povos antigos e menos antigos se referem a uma catástrofe diluviana e não a outro tipo de destruição? Quer dizer… se o dilúvio é apenas um mito, por que motivo todos estes povos fazem referência a ele? Por que não há tradições de… sei lá… a terra ter sido destruída por fogo caído do céu ou os deuses terem enviado trovões que destruíram a humanidade ou outra coisa qualquer? Se os diferentes povos apenas procuravam uma história da carocinha, por que todos eles foram escolher um dilúvio catastrófico? Mais, se nunca houve um dilúvio, por quê fazer referência a um?
Todos estes relatos são fruto de uma coincidência massiva ou, antes, representam uma História distorcida? Creio que a resposta é clara. Quem rejeita o dilúvio não rejeita apenas o relato bíblico, mas o relato de todos os outros povos de todo o mundo.
Deus vai voltar a julgar o mundo, tal como julgou o mundo de Noé. De que lado da porta estás tu?
“Pois eles de propósito ignoram isto, que pela palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste; pelas quais coisas pereceu o mundo de então, afogado em água” (II Pedro 3: 5-6)
O selo de “Adão e Eva”
O selo de “Adão e Eva” foi descoberto na Mesopotâmia pelo arqueólogo George Smith, do Museu Britânico, e datado de 2200 a 2100 A.C.. A cena retratada no selo sugeria-lhe a história bíblica da tentação de Adão e Eva.
Um homem e uma mulher estão sentados ao pé de uma árvore. Uma serpente está atrás da mulher.
O Sinete e o Selo de Adão e Eva
O sinete de “Adão e Eva” foi descoberto em 1932 pelo Dr. Speiser, do Museu da Universidade da Pensilvânia, em Tepe Gawra, 19 quilómetros a norte de Nínive, antiga capital assíria [*1].
Ele datou este sinete de cerca de 3500 A.C. e declarou que o mesmo sugeria nitidamente a história de Adão e Eva: nus, um homem e uma mulher andavam sob um profundo abatimento e de coração quebrantado, seguidos por uma serpente.
Encontra-se hoje no Museu da Universidade, em Filadélfia.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
O que podemos aprender com os Gansos
Não sei se todos sabem, mas quando é inverno no hemisfério norte, milhares de aves migram (mudam-se) para o sul, para assim se livrarem do frio intenso.
Mas o espetáculo que realmente enche os nossos olhos, é a forma ordenada e organizada do voar dos Gansos. Claramente notamos a formação e o grasnar, um tipo de grito de cadência do Ganso que está na ponta da frente da formação v. essa e a formação... >.
Eles não voam fora da formação, não se desorganizam, não voam tipo, cada um para o seu lado, ... não! Eles obedecem a exata formação para desfrutarem assim os benefícios do trabalho em grupo.
A Ciência descobriu porque essas fabulosas aves voam desse jeito, o que é uma grande lição para o ser humano no que diz respeito ao valor da união. UNIÃO, ESSE É O NOSSO TEMA.
Temos de dar valor ao trabalho em equipe! Vamos à explicação lógica para esse vôo interessante.
O que se segue, é o resultado de estudos feitos na observação do vôo migratório desses pássaros na época da estação gelada no norte.
Quando cada pássaro bate a sua asa, produz um movimento no ar permitindo que o companheiro que vem atrás, não encontre a mesma proporção de ar, ou a mesma massa de ar, não há o mesmo choque, fazendo com que o viajante de trás se canse muito menos que o da frente.
Voando na formação v, o grupo de gansos aumenta em 70% a sua capacidade de alcance, ou seja, o seu poder de vôo em relação a um ganso voando solitariamente. Quando um Ganso sai da formação, imediatamente sente a resistência do ar, percebe então que fazer um vôo solo é muito mais difícil, porque perde-se o benefício do companheiro que vai adiante. Não precisa nem falar nada a respeito disso, não? Mas infelizmente muitos ainda não aprenderam que trabalhar em equipe é benefício para todos, sabemos com todas as cargas d água o porquê! Vanglória, soberba, e afins.
Mas o que acontece com o Ganso que está à frente de todos, o tipo de líder da gansada? É aqui que vemos mais uma coisa extraordinária acontecer; Quando o que comanda se cansa, passa para trás, para que outros tomem o seu lugar sem prejuízo para a jornada. Por outro lado, se um ganso se fere ou fica doente, outros dois gansos saem da formação e o seguem para ajudá-lo, entendo que de uma forma muito “civilizada”, PRESTAR ASSISTÊNCIA AO FERIDO OU DOENTE. O SURPREENDENTE É QUE NÃO DEIXAM O DOENTE ATÉ QUE SE RECUPERE OU MORRA!!! E NÓS É QUE SOMOS OS CIVILIZADOS, HEIN?
Esses gansos guardiães, não voltam ao seu grupo ou se unem a outro até que a missão seja cumprida. Não é extraordinário?
Essas aves nos mostram o valor de nos apoiarmos uns nos outros, e todos, em nosso caso, em Deus. Quando um grupo compartilha uma direção comum, e tem-se um sentimento de união, não só chega onde quer chegar, mas também o fazem mais rápido e saudável, sem gastar mais energia do que o necessário, pois essa energia pode e vai fazer falta para as próximas empreitadas.
Não podemos deixar de falar que se alguém vai na mesma direção, temos de ter a inteligência de formar um grupo, e assim vencermos mais facilmente as resistências. Sabemos que não é bem isso que acontece, e por mais que neguemos, não temos sido sábios o suficiente para alcançar a união necessária mesmo supostamente indo na mesma direção. Talvez por isso, muitos sejam chamados de PATOS, não sei se isso ofende, mas parece ser a intenção, num sentimento de que ser ganso é figuradamente falando, algo melhor.
Por outro lado, se fizermos o trabalho em equipe, obteremos melhores resultados porque dividimos as cargas mais pesadas, e nos ajudamos uns aos outros para seguir a jornada. Essas aves nos mostram o valor da disciplina, já que coisas desorganizadas, despreparadas, improvisadas, nos conduzem à derrota, e gostaria que se prendesse atenção a essas palavras, não basta ler, tem de digerir, extrair todas as fontes de fortalecimento e aplicar,... sem aplicação de nada adianta a leitura, o conhecimento, e outras coisas na vida, tanto a secular como a espiritual.
Na vida, não podemos ser EREMITÕES, E SIM SERES GREGÁRIOS, na vida espiritual, não há outra maneira de ser, ou somos unidos, ou somos derrotados.
Esses gansos nos deixam a lição de que quando uma pessoa se fere ou cai na estrada da vida, existem sim amigos que vêm com o oportuno apoio, não importa o que esteja acontecendo. Essas aves nos mostram o valor da amizade; quem diz ter Deus no coração tem a coragem de ver o irmão caído e deixá-lo morrer? Estamos na condição de servos ou não? Ou será que ainda não temos nem de longe a capacidade de amar o próximo e assumir a nossa responsabilidade como irmãos seja à altura e dos Gansos?
Tenho a impressão que o altruísmo faz parte da maneira natural de ser dos Gansos; será que eles são realmente seres irracionais, ou estamos perdendo algo aqui? Claro que são seres irracionais, mas possuem instinto; e nós mais do que isso; somos racionais, possuímos instinto, temos o conhecimento de Deus, supostamente temos amor,... meu Deus, o que está acontecendo conosco?...
A falta de união, a falta de sentimento de grupo, são golpes mortais na destruição da família, da igreja e de tudo que estaria suposto a seguir na mesma direção como um todo.
Tanto os gansos como também a Bíblia nos ensinam que e muito melhor dois do que um, pois é quase que matemático, quando um cai, o outro apóia.
Creio que Jesus não quer ver almas solitárias, fora da formação que vem quebrando as ondas de ventos e oposições, pois são presas fáceis de um adversário que é astuto e sabe que e primordial para ele quebrar a união, enfraquecer os flancos, assim fazer o seu ataque mortal; e quantos já morreram... Vamos pensar gente...
Jesus veio encher cada coração de sua presença, nos mostrar a direção e nos deixar o manual de como fazer, e se prestarmos atenção, formaremos um corpo através da igreja, onde pessoas poderão lutar juntas, ajudarem e serem ajudadas, socorrerem e serem socorridas com amor. Só assim venceremos os invernos da vida, navegando sempre juntos em busca de verões e primaveras, sabendo que unidos migraremos sempre para uma vida melhor até a eternidade, voando sempre na formação v, dos vitoriosos em Cristo.
....perseveremos unânimes em tudo, conforme Atos 2 a partir do verso 41 ...
sábado, 23 de abril de 2011
O Que Realmente Importa
Era uma vez o jovem que recebeu do rei a tarefa de levar uma mensagem e alguns diamantes a um outro rei de uma terra distante.
Recebeu também o melhor cavalo do reino para levá-lo na jornada.
- Cuida do mais importante e cumprirás a missão! - disse o soberano ao se despedir.
Assim, o jovem preparou o seu alforje,
escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada a cintura, sob as vestes. Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte. E não pensava sequer em falhar. Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e
valente rapaz, pronto para desposar a princesa. Aliás, esse era o seu sonho e parecia que a princesa correspondia às suas
esperanças.
Para cumprir rapidamente sua tarefa, por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria. Assim, exigia o máximo do animal.
Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento, não lhe aliviava da sela e nem da carga, tampouco se preocupava em dar-lhe de beber ou providenciar alguma ração.
- Assim, meu jovem, acabas perdendo o animal - disse alguém.
- Não me importo - respondeu ele - Tenho dinheiro. Se este morrer, compro outro. Nenhuma falta fará!
Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal não suportando mais os maus-tratos, caiu morto na estrada. O
jovem simplesmente o amaldiçoou e seguiu o caminho a pé. Acontece que nessa parte do país havia poucas fazendas e eram muito distantes umas das outras. Passadas algumas horas, ele se deu conta da falta que lhe fazia o animal. Estava exausto e sedento. Já havia deixado pelo caminho toda a tralha, com exceção das pedras, pois lembrava da recomendação do rei: "Cuida do mais importante!"
Seu passo se tornou curto e lento. As paradas, freqüentes e longas. Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota. Mais tarde, caiu exausto no pó da estrada,onde ficou desacordado. Para sua sorte, uma caravana de mercadores que seguia viagem para o seu reino, o encontrou e cuidou dele. Ao recobrar os sentidos, encontrou-se de volta em sua cidade. Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e com a maior desfaçatez, colocou toda a culpa do insucesso nas costas do cavalo "fraco e doente" que recebera.
- Porém, majestade, conforme me recomendaste, "cuida do mais importante", aqui estão as pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti. Não perdi uma sequer.
O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu, mostrando completa frieza diante de seus argumentos.
Abatido, o jovem deixou o palácio arrasado. Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei, que dizia:
"Ao meu irmão, rei da terra do Norte. O jovem que te envio e candidato a casar com minha filha. Esta jornada é uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo. Recomendei que cuidasse do mais importante. Faz-me, portanto, este grande favor e verifica o estado do cavalo. Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem aprecia a fidelidade e força de quem o auxilia na jornada. Se, porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um bom marido nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará importância à rainha nem àqueles que o servem".
Comparo esta estória com o ser humano que segue sua jornada na vida, tão preocupado com seu exterior, isto é, com os bens, que tudo guarda como se fosse tudo ouro, esquecendo de alimentar também a sua alma e o seu espírito com a alegria e o amor de Deus. Certamente não cumprirá a missão, já que não sabe guardar o que é mais importante . Se você tiver a oportunidade de conhecer pessoas assim , como conheci e conheço a muitos , verá que na intimidade têm mais problemas que você ou eu e são cercados de infelicidades .
Antes que seja tarde , preocupe-se em : será que estou no Caminho que me leva a Deus ?
Recebeu também o melhor cavalo do reino para levá-lo na jornada.
- Cuida do mais importante e cumprirás a missão! - disse o soberano ao se despedir.
Assim, o jovem preparou o seu alforje,
escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada a cintura, sob as vestes. Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte. E não pensava sequer em falhar. Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e
valente rapaz, pronto para desposar a princesa. Aliás, esse era o seu sonho e parecia que a princesa correspondia às suas
esperanças.
Para cumprir rapidamente sua tarefa, por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria. Assim, exigia o máximo do animal.
Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento, não lhe aliviava da sela e nem da carga, tampouco se preocupava em dar-lhe de beber ou providenciar alguma ração.
- Assim, meu jovem, acabas perdendo o animal - disse alguém.
- Não me importo - respondeu ele - Tenho dinheiro. Se este morrer, compro outro. Nenhuma falta fará!
Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal não suportando mais os maus-tratos, caiu morto na estrada. O
jovem simplesmente o amaldiçoou e seguiu o caminho a pé. Acontece que nessa parte do país havia poucas fazendas e eram muito distantes umas das outras. Passadas algumas horas, ele se deu conta da falta que lhe fazia o animal. Estava exausto e sedento. Já havia deixado pelo caminho toda a tralha, com exceção das pedras, pois lembrava da recomendação do rei: "Cuida do mais importante!"
Seu passo se tornou curto e lento. As paradas, freqüentes e longas. Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota. Mais tarde, caiu exausto no pó da estrada,onde ficou desacordado. Para sua sorte, uma caravana de mercadores que seguia viagem para o seu reino, o encontrou e cuidou dele. Ao recobrar os sentidos, encontrou-se de volta em sua cidade. Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e com a maior desfaçatez, colocou toda a culpa do insucesso nas costas do cavalo "fraco e doente" que recebera.
- Porém, majestade, conforme me recomendaste, "cuida do mais importante", aqui estão as pedras que me confiaste. Devolvo-as a ti. Não perdi uma sequer.
O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu, mostrando completa frieza diante de seus argumentos.
Abatido, o jovem deixou o palácio arrasado. Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei, que dizia:
"Ao meu irmão, rei da terra do Norte. O jovem que te envio e candidato a casar com minha filha. Esta jornada é uma prova. Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo. Recomendei que cuidasse do mais importante. Faz-me, portanto, este grande favor e verifica o estado do cavalo. Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem aprecia a fidelidade e força de quem o auxilia na jornada. Se, porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um bom marido nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará importância à rainha nem àqueles que o servem".
Comparo esta estória com o ser humano que segue sua jornada na vida, tão preocupado com seu exterior, isto é, com os bens, que tudo guarda como se fosse tudo ouro, esquecendo de alimentar também a sua alma e o seu espírito com a alegria e o amor de Deus. Certamente não cumprirá a missão, já que não sabe guardar o que é mais importante . Se você tiver a oportunidade de conhecer pessoas assim , como conheci e conheço a muitos , verá que na intimidade têm mais problemas que você ou eu e são cercados de infelicidades .
Antes que seja tarde , preocupe-se em : será que estou no Caminho que me leva a Deus ?
"Há homens que querem ser políticos, há políticos que querem ser reis, há reis que querem ser deuses, e Deus deixou a Sua glória e veio a Ser Homem."
"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Pelo que, também, Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;
Para que, ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,
E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai." [filipenses 2]
"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Pelo que, também, Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;
Para que, ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,
E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai." [filipenses 2]
domingo, 10 de abril de 2011
A Terra, Projetada Para Sustento da Vida:
A terra foi criada por um Mestre Designer inteligente para manutenção da vida.
A terra está posicionada à exata distância do sol de forma que nós recebemos a quantidade suficiente de calor para manutenção da vida. Os outros planetas de nosso sistema solar ou estão muito próximos do sol (muito calor) ou muito distantes (muito frio) para sustentar a vida.
Qualquer mudança no ritmo da rotação da terra tornaria a vida impossível. Por exemplo, se a terra girasse a um décimo de sua rotação atual, toda a vida vegetal seria queimada durante o dia ou seria congelada durante a noite.
As variações de temperatura mantêm-se dentro de um limite aceitável em virtude da órbita quase circular da terra em torno do sol.
As temperaturas extremas se tornam moderadas em virtude do vapor de água e do dióxido de carbono na atmosfera.
A lua gira ao redor da terra a uma distância de mais ou menos 384.000 mil quilômetros ocasionando as marés em nosso planeta. Se a lua fosse localizada a um quinto desta distância, os continentes seriam completamente submersos duas vezes por dia.
A espessura da crosta da terra e a profundidade dos oceanos parecem ter sido cuidadosamente projetados. Um aumento na espessura da crosta terrestre ou na profundidade dos mares de apenas alguns metros alteraria tão drasticamente a absorção do oxigênio livre e dióxido de carbono que a vida vegetal e animal não poderiam existir.
O eixo da terra está posicionado a 23.5 graus perpendicular ao plano de sua órbita. Este posicionamento, associado ao movimento da terra em torno do sol, provoca nossas estações, que são absolutamente essenciais para o cultivo dos alimentos.
A atmosfera da terra (camada de ozônio) serve como um escudo protetor da radiação letal dos raios ultravioletas, que poderiam de outra maneira destruir todo tipo de vida.
A atmosfera da terra também serve para protegê-la de aproximadamente 20 milhões de meteoros que entram em sua órbita cada dia com uma velocidade de mais ou menos de 48 km por segundo! Sem esta proteção crucial o perigo à vida seria imensurável.
A terra tem o tamanho físico perfeito e a massa exata para sustentar a vida, permitindo um equilíbrio cuidadoso entre as forças de gravitação (essenciais para controlar a água e a atmosfera) e a pressão atmosférica.
Os dois constituintes primários da atmosfera terrestre são o nitrogênio (78 por cento) e o oxigênio (20 por cento). Esta proporção delicada é essencial para todas as formas de vida.
O campo magnético da terra fornece uma proteção importante da nociva radiação cósmica.
A terra é singularmente abençoada com uma abundante provisão de água, que é uma substância chave de vida em virtude de suas propriedades físicas essenciais e extraordinárias.
"Tão numerosas combinações perfeitas e complexas de condições inter-relacionadas e fatores essenciais às delicadas formas de vida, sem sombra de dúvida apontam para um projeto inteligente e significativo. Crer que um sistema de suporte à vida tão intrinsecamente planejado é o resultado de uma mudança é algo absolutamente sem sentido. Certamente, um observador sincero e objetivo não terá outro recurso senão concluir que o sistema terra-sol foi cuidadosamente e sabiamente desenhado por Deus para o homem" - Huse, Scott M., O Colapso da evolução (Huse, Scott M., The Collapse of Evolution ).
"Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis," (Romanos 1:20).
A terra está posicionada à exata distância do sol de forma que nós recebemos a quantidade suficiente de calor para manutenção da vida. Os outros planetas de nosso sistema solar ou estão muito próximos do sol (muito calor) ou muito distantes (muito frio) para sustentar a vida.
Qualquer mudança no ritmo da rotação da terra tornaria a vida impossível. Por exemplo, se a terra girasse a um décimo de sua rotação atual, toda a vida vegetal seria queimada durante o dia ou seria congelada durante a noite.
As variações de temperatura mantêm-se dentro de um limite aceitável em virtude da órbita quase circular da terra em torno do sol.
As temperaturas extremas se tornam moderadas em virtude do vapor de água e do dióxido de carbono na atmosfera.
A lua gira ao redor da terra a uma distância de mais ou menos 384.000 mil quilômetros ocasionando as marés em nosso planeta. Se a lua fosse localizada a um quinto desta distância, os continentes seriam completamente submersos duas vezes por dia.
A espessura da crosta da terra e a profundidade dos oceanos parecem ter sido cuidadosamente projetados. Um aumento na espessura da crosta terrestre ou na profundidade dos mares de apenas alguns metros alteraria tão drasticamente a absorção do oxigênio livre e dióxido de carbono que a vida vegetal e animal não poderiam existir.
O eixo da terra está posicionado a 23.5 graus perpendicular ao plano de sua órbita. Este posicionamento, associado ao movimento da terra em torno do sol, provoca nossas estações, que são absolutamente essenciais para o cultivo dos alimentos.
A atmosfera da terra (camada de ozônio) serve como um escudo protetor da radiação letal dos raios ultravioletas, que poderiam de outra maneira destruir todo tipo de vida.
A atmosfera da terra também serve para protegê-la de aproximadamente 20 milhões de meteoros que entram em sua órbita cada dia com uma velocidade de mais ou menos de 48 km por segundo! Sem esta proteção crucial o perigo à vida seria imensurável.
A terra tem o tamanho físico perfeito e a massa exata para sustentar a vida, permitindo um equilíbrio cuidadoso entre as forças de gravitação (essenciais para controlar a água e a atmosfera) e a pressão atmosférica.
Os dois constituintes primários da atmosfera terrestre são o nitrogênio (78 por cento) e o oxigênio (20 por cento). Esta proporção delicada é essencial para todas as formas de vida.
O campo magnético da terra fornece uma proteção importante da nociva radiação cósmica.
A terra é singularmente abençoada com uma abundante provisão de água, que é uma substância chave de vida em virtude de suas propriedades físicas essenciais e extraordinárias.
"Tão numerosas combinações perfeitas e complexas de condições inter-relacionadas e fatores essenciais às delicadas formas de vida, sem sombra de dúvida apontam para um projeto inteligente e significativo. Crer que um sistema de suporte à vida tão intrinsecamente planejado é o resultado de uma mudança é algo absolutamente sem sentido. Certamente, um observador sincero e objetivo não terá outro recurso senão concluir que o sistema terra-sol foi cuidadosamente e sabiamente desenhado por Deus para o homem" - Huse, Scott M., O Colapso da evolução (Huse, Scott M., The Collapse of Evolution ).
"Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis," (Romanos 1:20).
A teoria da evolução e a ciência galileana
afirmar que Deus não é o Criador tendo como base o modelo da evolução é ferir as próprias bases da ciência e da lógica
por Michelson Borges
Em livro recentemente publicado em português, o presidente da Federação Mundial de Cientistas, Dr. Antônio Zichichi, faz afirmações bastante corajosas e pouco convencionais no mundo científico. Segundo ele, há flagrantes mistificações no edifício cultural moderno e que passam, muitas vezes, despercebidas do público em geral. Eis alguns exemplos:
Faz-se com que todos creiam que ciência e fé são inimigas. Que ciência e técnica são a mesma coisa. Que o cientificismo nasceu no coração da ciência. Que a lógica matemática descobriu tudo e que, se a matemática não descobre o "Teorema de Deus", é porque Deus não existe. Que a ciência descobriu tudo e que, se não descobre Deus, é porque Deus não existe. Que não existem problemas de nenhum tipo na evolução biológica, mas certezas científicas. Que somos filhos do caos, sendo ele a última fronteira da ciência.
Para Zichichi, a verdade é bem diferente. E a maneira de se provar a incoerência das mistificações acima consiste em compreender exatamente o que é ciência.
Foi Galileu Galilei quem lançou as bases da ciência experimental. A grandeza desse físico e astrônomo italiano, para quem "o Universo é um texto escrito em caracteres matemáticos", não reside tanto em suas extraordinárias descobertas astronômicas, mas na busca de verificar se o resultado de experiências era ou não contrário à validade de determinadas leis. Para Galileu, as teorias deveriam ser testadas e repetidas a fim de serem consideradas verdadeiras. Graças a ele, pôde-se fazer separação entre o imanente e o transcendente. Como dizia um dos pais da física moderna, Niels Bohr, resumindo o pensamento galileano, não existem teorias bonitas e teorias feias. Existem apenas teorias verdadeiras e teorias falsas.
Por isso, Zichichi afirma: "Nem a matemática nem a ciência podem descobrir Deus pelo simples fato de que estas duas conquistas do intelecto humano agem no imanente e jamais poderiam chegar ao Transcendente" (Por Que Acredito Naquele Que Fez o Mundo, pág. 16 – Editora Objetiva).
Uma teoria como a da evolução das espécies, com tantos "elos perdidos", desenvolvimentos milagrosos (olho, cérebro, DNA, etc.), extinções inexplicáveis e fenômenos irreproduzíveis não é ciência galileana. "Eis porque", diz Zichichi, "a teoria que deseja colocar o homem na mesma árvore genealógica dos símios está abaixo do nível mais baixo de credibilidade científica. ... Se o homem do nosso tempo tivesse uma cultura verdadeiramente moderna, deveria saber que a teoria evolucionista não faz parte da ciência galileana. Faltam-lhe os dois pilares que permitiriam a grande virada de 1600: a reprodução e o rigor. Em suma, discutir a existência de Deus, com base no que os evolucionistas descobriram até hoje, não tem nada a ver com a ciência. Com o obscurantismo moderno, sim"
Por mais que alguns queiram ignorar a realidade, especialmente no que diz respeito ao modelo da evolução, posto que não é fato científico confirmado, as premissas e a filosofia de vida dos pesquisadores influem diretamente em suas pesquisas. Bom exemplo é o do geólogo e pensador evolucionista da Universidade de Harvard, Stephen Jay Gould. Ele é marxista e autor da teoria do equilíbrio pontuado (evolução aos saltos), que é quase uma transposição literal da idéia da revolução para o mundo natural. Por isso mesmo, embora Gould faça bastante sucesso como escritor, grande parte da comunidade científica rejeita suas idéias "evolucionistas marxistas".
E a conclusão de José Luiz Goldfarb, presidente da Sociedade Brasileira de História da Ciência, é a de que "nenhum cientista entra no laboratório sem uma visão de mundo mais complexa. O fato de a ciência funcionar em bases experimentais não significa que o cientista não tenha crenças ou pressupostos sobre a realidade" (Época, 27/12/99).
Isso explica por que, entre os cientistas, há crentes e ateus (como entre a população em geral). Se a existência de Deus (ou Sua inexistência) fosse algo demonstrável nos domínios da ciência (galileana), só haveria um grupo de cientistas: crédulos ou incrédulos.
Para Zichichi, Deus transcende a lógica matemática e a ciência. Por isso, "é inconcebível que possa ser descoberto pela lógica matemática ou pela ciência. A lógica matemática pode descobrir tudo aquilo que faz parte da matemática. E a ciência, tudo que faz parte da ciência. ... O ateu, na verdade, diz: ‘Por amor à lógica, não posso aceitar a existência de Deus.’ Mas o rigor lógico não consegue demonstrar que Deus não existe" (Idem, págs. 159 e 162). Quando a "ciência" opta por excluir o conceito de um Criador, deixa claro, com isso, que não é uma busca aberta da verdade, como tantas vezes quer parecer ser.
Na verdade, tudo ficaria mais claro (e lógico) se as pessoas admitissem, como fez Galileu, que tanto a natureza quanto as Escrituras Sagradas são obra do mesmo Autor e, embora utilizem linguagem diferente (mas apontem para o amor e o poder de Deus), não estão em contradição para o observador atento. "Não sabemos o que e quanto desconhecemos", escreveu o zoólogo Dr. Ariel Roth. "A verdade precisa ser buscada, e devia fazer sentido em todos os campos. Devido a ser tão ampla, a verdade abrange toda a realidade; e nossos esforços para encontrá-la deveriam também ser amplos"
por Michelson Borges
Em livro recentemente publicado em português, o presidente da Federação Mundial de Cientistas, Dr. Antônio Zichichi, faz afirmações bastante corajosas e pouco convencionais no mundo científico. Segundo ele, há flagrantes mistificações no edifício cultural moderno e que passam, muitas vezes, despercebidas do público em geral. Eis alguns exemplos:
Faz-se com que todos creiam que ciência e fé são inimigas. Que ciência e técnica são a mesma coisa. Que o cientificismo nasceu no coração da ciência. Que a lógica matemática descobriu tudo e que, se a matemática não descobre o "Teorema de Deus", é porque Deus não existe. Que a ciência descobriu tudo e que, se não descobre Deus, é porque Deus não existe. Que não existem problemas de nenhum tipo na evolução biológica, mas certezas científicas. Que somos filhos do caos, sendo ele a última fronteira da ciência.
Para Zichichi, a verdade é bem diferente. E a maneira de se provar a incoerência das mistificações acima consiste em compreender exatamente o que é ciência.
Foi Galileu Galilei quem lançou as bases da ciência experimental. A grandeza desse físico e astrônomo italiano, para quem "o Universo é um texto escrito em caracteres matemáticos", não reside tanto em suas extraordinárias descobertas astronômicas, mas na busca de verificar se o resultado de experiências era ou não contrário à validade de determinadas leis. Para Galileu, as teorias deveriam ser testadas e repetidas a fim de serem consideradas verdadeiras. Graças a ele, pôde-se fazer separação entre o imanente e o transcendente. Como dizia um dos pais da física moderna, Niels Bohr, resumindo o pensamento galileano, não existem teorias bonitas e teorias feias. Existem apenas teorias verdadeiras e teorias falsas.
Por isso, Zichichi afirma: "Nem a matemática nem a ciência podem descobrir Deus pelo simples fato de que estas duas conquistas do intelecto humano agem no imanente e jamais poderiam chegar ao Transcendente" (Por Que Acredito Naquele Que Fez o Mundo, pág. 16 – Editora Objetiva).
Uma teoria como a da evolução das espécies, com tantos "elos perdidos", desenvolvimentos milagrosos (olho, cérebro, DNA, etc.), extinções inexplicáveis e fenômenos irreproduzíveis não é ciência galileana. "Eis porque", diz Zichichi, "a teoria que deseja colocar o homem na mesma árvore genealógica dos símios está abaixo do nível mais baixo de credibilidade científica. ... Se o homem do nosso tempo tivesse uma cultura verdadeiramente moderna, deveria saber que a teoria evolucionista não faz parte da ciência galileana. Faltam-lhe os dois pilares que permitiriam a grande virada de 1600: a reprodução e o rigor. Em suma, discutir a existência de Deus, com base no que os evolucionistas descobriram até hoje, não tem nada a ver com a ciência. Com o obscurantismo moderno, sim"
Por mais que alguns queiram ignorar a realidade, especialmente no que diz respeito ao modelo da evolução, posto que não é fato científico confirmado, as premissas e a filosofia de vida dos pesquisadores influem diretamente em suas pesquisas. Bom exemplo é o do geólogo e pensador evolucionista da Universidade de Harvard, Stephen Jay Gould. Ele é marxista e autor da teoria do equilíbrio pontuado (evolução aos saltos), que é quase uma transposição literal da idéia da revolução para o mundo natural. Por isso mesmo, embora Gould faça bastante sucesso como escritor, grande parte da comunidade científica rejeita suas idéias "evolucionistas marxistas".
E a conclusão de José Luiz Goldfarb, presidente da Sociedade Brasileira de História da Ciência, é a de que "nenhum cientista entra no laboratório sem uma visão de mundo mais complexa. O fato de a ciência funcionar em bases experimentais não significa que o cientista não tenha crenças ou pressupostos sobre a realidade" (Época, 27/12/99).
Isso explica por que, entre os cientistas, há crentes e ateus (como entre a população em geral). Se a existência de Deus (ou Sua inexistência) fosse algo demonstrável nos domínios da ciência (galileana), só haveria um grupo de cientistas: crédulos ou incrédulos.
Para Zichichi, Deus transcende a lógica matemática e a ciência. Por isso, "é inconcebível que possa ser descoberto pela lógica matemática ou pela ciência. A lógica matemática pode descobrir tudo aquilo que faz parte da matemática. E a ciência, tudo que faz parte da ciência. ... O ateu, na verdade, diz: ‘Por amor à lógica, não posso aceitar a existência de Deus.’ Mas o rigor lógico não consegue demonstrar que Deus não existe" (Idem, págs. 159 e 162). Quando a "ciência" opta por excluir o conceito de um Criador, deixa claro, com isso, que não é uma busca aberta da verdade, como tantas vezes quer parecer ser.
Na verdade, tudo ficaria mais claro (e lógico) se as pessoas admitissem, como fez Galileu, que tanto a natureza quanto as Escrituras Sagradas são obra do mesmo Autor e, embora utilizem linguagem diferente (mas apontem para o amor e o poder de Deus), não estão em contradição para o observador atento. "Não sabemos o que e quanto desconhecemos", escreveu o zoólogo Dr. Ariel Roth. "A verdade precisa ser buscada, e devia fazer sentido em todos os campos. Devido a ser tão ampla, a verdade abrange toda a realidade; e nossos esforços para encontrá-la deveriam também ser amplos"
Podemos Crer em Deus?
TUDO O QUE É PROJETADO TEM UM PROJETISTA
A maneira pela qual o corpo humano é constituído e funciona demanda a existência de um projetista. Os cientistas nos dizem que o cérebro é capaz de armazenar e relembrar de milhares de imagens mentais, de solucionar problemas, apreciar a beleza, compreender a si mesmo, e desejar desenvolver-se melhor. As descargas elétricas que se originam no cérebro controlam toda a atividade muscular de nosso corpo. Os computadores também funcionam através de impulsos elétricos. Contudo, foi necessária uma mente humana para inventar o computador, e um ser humano para construí-lo e dizer-lhe o que fazer. Não é de admirar que o salmista concluiu que o corpo humano fala em claro e bom som acerca de um maravilhoso Criador:
"Eu Te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção." Salmo 139:14 (A não ser quando indicado, todos os textos bíblicos da série DESCOBERTAS BÍBLICAS são da Nova Versão Internacional [NVI]).
Não precisamos ir muito longe para encontrarmos as "obras" de Deus. A complexa maneira pela qual são constituídos o cérebro humano e os outros órgãos de nosso corpo são "obras" de Deus, e apontam para um projetista infinitamente habilidoso.
Nenhuma bomba de pressão construída pelo homem pode se comparar ao coração humano. Nenhuma rede de computação pode se igualar ao sistema nervoso. Nenhum sistema televisivo é tão eficiente quanto a voz humana, o ouvido e o olho. Nenhum aparelho central de ar condicionado e sistema de aquecimento podem se comparar com o trabalho feito por nosso nariz, pulmões, e pele. A complexidade do corpo humano sugere que alguém o projetou, e esse Alguém é Deus.
O corpo humano é um sistema completo de órgãos - todos interligados, todos cuidadosamente preparados para tal. Os pulmões e o coração, nervos e músculos, todos executam tarefas extremamente complicadas que dependem de outras tarefas incrivelmente complicadas.
Se você marcasse dez moedas, de um a dez, colocasse-as em seu bolso, balançasse bastante o bolso, e então as tirasse, na sorte, e as colocasse de volta, uma a uma, na ordem numérica exata, qual a probabilidade, na sua opinião, de que isso pudesse ocorrer? Pela lei matemática, você tem apenas uma chance em dez bilhões de tentativas, para que consiga colocá-las de volta na ordem de um a dez.
Agora, considerem as chances de que um estômago, um cérebro, um coração, um fígado, as artérias, veias, rins, ouvidos, olhos, e dentes todos se desenvolvam juntos, e comecem a funcionar ao mesmo tempo.
Qual é a explicação mais razoável para a constituição do corpo humano?
"Então disse Deus: 'Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança… CRIOU DEUS O HOMEM À SUA IMAGEM,... homem e mulher os criou." Gênesis 1:26, 27
O primeiro homem e a primeira mulher não poderiam ter aparecido por acaso. A Bíblia afirma que Deus nos projetou à Sua imagem. Ele pensou em nós e nos trouxe à vida.
TUDO O QUE É FEITO TEM UM CRIADOR
As evidências a favor de Deus não são confinadas apenas ao nosso corpo; elas também estão espalhadas pelos céus. Deixe para trás as luzes da cidade, e olhe para cima, para um céu estrelado. Aquela nuvem a que chamamos Via Láctea na verdade é uma galáxia formada por bilhões de sóis brilhantes, parecidos com o nosso sol. Inclusive, nosso sol e seus planetas são apenas uma parte da Via Láctea. Nossa Via Láctea é apenas uma das aproximadamente cem bilhões de galáxias que podem ser vistas através dos telescópios gigantes da terra, e através do telescópio Hubble, da Nasa, que cruza o espaço.
Não é de admirar o salmista ter afirmado que as estrelas falam de um glorioso Criador:
"Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra de suas mãos." Salmo 19:1.
O que podemos razoavelmente concluir ao olhar para a complexidade e a vastidão do universo?
"No princípio criou Deus os céus e a terra." Gênesis 1:1.
"Ele é antes de todas as coisas, e nEle tudo subsiste." Colossenses 1:17.
Toda a criação testifica de Deus, o Projetista Mestre do Universo e Infinito Criador. Na simplicidade das palavras "No princípio, Deus..." encontramos a resposta para o mistério da vida. Há um Deus que criou tudo o que existe.
Muitas das maiores mentes científicas de hoje acreditam em Deus. Dr. Artur Compton, vencedor de um Prêmio Nobel de Física, comentando sobre esse verso das escrituras, certa vez disse:
"Para mim, a fé começa com a percepção de que há uma inteligência superior que deu vida ao universo e criou o homem. Não é difícil ter fé, pois não há dúvidas de que onde há ordem, deve haver uma inteligência divina. Um universo ordenado, em expansão testifica a verdade da mais gloriosa frase já dita: 'No princípio, Deus.' "
A Bíblia não busca provar a Deus - ela declara Sua existência. Dr. Artur Conklin, um renomado biólogo, escreveu certa vez: "A probabilidade de que a vida tenha se originado de um acidente é comparável à probabilidade de que um dicionário não abreviado tenha surgido à partir da explosão de uma gráfica."
Sabemos que os seres humanos não podem fazer algo à partir do nada. Construímos coisas, inventamos coisas, ajuntamos coisas, mas nunca demos vida a nada, nem mesmo um pequeno sapo ou uma simples flor. As coisas ao nosso redor clamam que Deus projetou, criou e sustém o universo. A única resposta acreditável para a origem do universo, desse mundo, e dos seres humanos é DEUS.
A maneira pela qual o corpo humano é constituído e funciona demanda a existência de um projetista. Os cientistas nos dizem que o cérebro é capaz de armazenar e relembrar de milhares de imagens mentais, de solucionar problemas, apreciar a beleza, compreender a si mesmo, e desejar desenvolver-se melhor. As descargas elétricas que se originam no cérebro controlam toda a atividade muscular de nosso corpo. Os computadores também funcionam através de impulsos elétricos. Contudo, foi necessária uma mente humana para inventar o computador, e um ser humano para construí-lo e dizer-lhe o que fazer. Não é de admirar que o salmista concluiu que o corpo humano fala em claro e bom som acerca de um maravilhoso Criador:
"Eu Te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção." Salmo 139:14 (A não ser quando indicado, todos os textos bíblicos da série DESCOBERTAS BÍBLICAS são da Nova Versão Internacional [NVI]).
Não precisamos ir muito longe para encontrarmos as "obras" de Deus. A complexa maneira pela qual são constituídos o cérebro humano e os outros órgãos de nosso corpo são "obras" de Deus, e apontam para um projetista infinitamente habilidoso.
Nenhuma bomba de pressão construída pelo homem pode se comparar ao coração humano. Nenhuma rede de computação pode se igualar ao sistema nervoso. Nenhum sistema televisivo é tão eficiente quanto a voz humana, o ouvido e o olho. Nenhum aparelho central de ar condicionado e sistema de aquecimento podem se comparar com o trabalho feito por nosso nariz, pulmões, e pele. A complexidade do corpo humano sugere que alguém o projetou, e esse Alguém é Deus.
O corpo humano é um sistema completo de órgãos - todos interligados, todos cuidadosamente preparados para tal. Os pulmões e o coração, nervos e músculos, todos executam tarefas extremamente complicadas que dependem de outras tarefas incrivelmente complicadas.
Se você marcasse dez moedas, de um a dez, colocasse-as em seu bolso, balançasse bastante o bolso, e então as tirasse, na sorte, e as colocasse de volta, uma a uma, na ordem numérica exata, qual a probabilidade, na sua opinião, de que isso pudesse ocorrer? Pela lei matemática, você tem apenas uma chance em dez bilhões de tentativas, para que consiga colocá-las de volta na ordem de um a dez.
Agora, considerem as chances de que um estômago, um cérebro, um coração, um fígado, as artérias, veias, rins, ouvidos, olhos, e dentes todos se desenvolvam juntos, e comecem a funcionar ao mesmo tempo.
Qual é a explicação mais razoável para a constituição do corpo humano?
"Então disse Deus: 'Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança… CRIOU DEUS O HOMEM À SUA IMAGEM,... homem e mulher os criou." Gênesis 1:26, 27
O primeiro homem e a primeira mulher não poderiam ter aparecido por acaso. A Bíblia afirma que Deus nos projetou à Sua imagem. Ele pensou em nós e nos trouxe à vida.
TUDO O QUE É FEITO TEM UM CRIADOR
As evidências a favor de Deus não são confinadas apenas ao nosso corpo; elas também estão espalhadas pelos céus. Deixe para trás as luzes da cidade, e olhe para cima, para um céu estrelado. Aquela nuvem a que chamamos Via Láctea na verdade é uma galáxia formada por bilhões de sóis brilhantes, parecidos com o nosso sol. Inclusive, nosso sol e seus planetas são apenas uma parte da Via Láctea. Nossa Via Láctea é apenas uma das aproximadamente cem bilhões de galáxias que podem ser vistas através dos telescópios gigantes da terra, e através do telescópio Hubble, da Nasa, que cruza o espaço.
Não é de admirar o salmista ter afirmado que as estrelas falam de um glorioso Criador:
"Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra de suas mãos." Salmo 19:1.
O que podemos razoavelmente concluir ao olhar para a complexidade e a vastidão do universo?
"No princípio criou Deus os céus e a terra." Gênesis 1:1.
"Ele é antes de todas as coisas, e nEle tudo subsiste." Colossenses 1:17.
Toda a criação testifica de Deus, o Projetista Mestre do Universo e Infinito Criador. Na simplicidade das palavras "No princípio, Deus..." encontramos a resposta para o mistério da vida. Há um Deus que criou tudo o que existe.
Muitas das maiores mentes científicas de hoje acreditam em Deus. Dr. Artur Compton, vencedor de um Prêmio Nobel de Física, comentando sobre esse verso das escrituras, certa vez disse:
"Para mim, a fé começa com a percepção de que há uma inteligência superior que deu vida ao universo e criou o homem. Não é difícil ter fé, pois não há dúvidas de que onde há ordem, deve haver uma inteligência divina. Um universo ordenado, em expansão testifica a verdade da mais gloriosa frase já dita: 'No princípio, Deus.' "
A Bíblia não busca provar a Deus - ela declara Sua existência. Dr. Artur Conklin, um renomado biólogo, escreveu certa vez: "A probabilidade de que a vida tenha se originado de um acidente é comparável à probabilidade de que um dicionário não abreviado tenha surgido à partir da explosão de uma gráfica."
Sabemos que os seres humanos não podem fazer algo à partir do nada. Construímos coisas, inventamos coisas, ajuntamos coisas, mas nunca demos vida a nada, nem mesmo um pequeno sapo ou uma simples flor. As coisas ao nosso redor clamam que Deus projetou, criou e sustém o universo. A única resposta acreditável para a origem do universo, desse mundo, e dos seres humanos é DEUS.
Será que Tudo É “a Vontade de Deus”?
As palavras do Novo Testamento para “vontade”, conforme usadas no contexto da “vontade de Deus”, podem significar uma de três coisas:
desejo, propósito ou permissão.
Tendo em vista esta variedade de conotações, é certamente correto dizer: TUDO QUE ACONTECE É A VONTADE DE DEUS.
ALGUMAS coisas acontecem porque Deus as intenciona e deseja, porém não tudo. É especialmente importante saber que a palavra “vontade” também pode significar “autorizar, permitir”. Quando compreendemos isso, podemos verdadeiramente dizer que TUDO O QUE ACONTECE É A VONTADE DE DEUS, mas não no mesmo sentido!
É claro que Deus decreta ou intenciona que algumas coisas aconteçam, principalmente coisas relacionadas à criação e à redenção. A cruz, por exemplo, foi pré-determinada (At 2.23). Porém, visto que Deus criou este mundo para ser habitado por criaturas com livre-arbítrio, a maioria das coisas que acontecem nele não são o propósito de Deus, mas sim PERMITIDAS por Ele. Deus deseja que nós, criaturas com livre-arbítrio, façamos muitas coisas que não fazemos (por exemplo, 2Pe 3.9) e Ele deseja que NÃO façamos muitas coisas que nós fazemos (especialmente cometer pecados). Assim, a Sua vontade, no sentido de “desejo”, nem sempre acontece. Porém, até mesmo nesses tipos de casos, o que quer que aconteça, acontece SOMENTE porque Deus PERMITE que aconteça.
Tg 4.13-15 identifica claramente esse aspecto da vontade divina: “Eia agora vós, que dizeis: Hoje ou amanhã iremos a tal cidade e lá passaremos um ano e contrataremos e lucraremos. ‘Portanto vocês não sabem como será a vossa vida amanhã. Vocês são apenas um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece’. Em vez disso, vocês deveriam dizer: ‘Se o Senhor quiser, viveremos e também faremos isto ou aquilo.’” Aqui, “se o Senhor quiser” significa “se o Senhor permitir” no mesmo sentido que At 18.21 e 1Co 4.19 (confira Rm 1.10; 15.32; 1Pe 4.19). O ponto é que Deus PODERIA EVITAR qualquer coisa que está prestes a acontecer se Ele optar por assim fazer e, às vezes, segundo a Sua vontade de propósito, ele faz justamente isso (Lc 12.20).
Porém, na maioria dos casos Ele deseja PERMITIR que isso aconteça de acordo com nossos próprios planos e escolhas, permitindo assim que as nossas escolhas livres determinem o nosso próprio destino. Ainda assim, mesmo quando Deus está PERMITINDO que tais coisas aconteçam como resultado de nossas próprias vontades, Ele está querendo que elas aconteçam no sentido que Ele está permitindo que elas aconteçam. Assim, até mesmo essas coisas são a vontade de Deus – porém NÃO no sentido que Ele está intencionando ou causando essas coisas. Elas são resultado da sua vontade permissiva apenas.
desejo, propósito ou permissão.
Tendo em vista esta variedade de conotações, é certamente correto dizer: TUDO QUE ACONTECE É A VONTADE DE DEUS.
ALGUMAS coisas acontecem porque Deus as intenciona e deseja, porém não tudo. É especialmente importante saber que a palavra “vontade” também pode significar “autorizar, permitir”. Quando compreendemos isso, podemos verdadeiramente dizer que TUDO O QUE ACONTECE É A VONTADE DE DEUS, mas não no mesmo sentido!
É claro que Deus decreta ou intenciona que algumas coisas aconteçam, principalmente coisas relacionadas à criação e à redenção. A cruz, por exemplo, foi pré-determinada (At 2.23). Porém, visto que Deus criou este mundo para ser habitado por criaturas com livre-arbítrio, a maioria das coisas que acontecem nele não são o propósito de Deus, mas sim PERMITIDAS por Ele. Deus deseja que nós, criaturas com livre-arbítrio, façamos muitas coisas que não fazemos (por exemplo, 2Pe 3.9) e Ele deseja que NÃO façamos muitas coisas que nós fazemos (especialmente cometer pecados). Assim, a Sua vontade, no sentido de “desejo”, nem sempre acontece. Porém, até mesmo nesses tipos de casos, o que quer que aconteça, acontece SOMENTE porque Deus PERMITE que aconteça.
Tg 4.13-15 identifica claramente esse aspecto da vontade divina: “Eia agora vós, que dizeis: Hoje ou amanhã iremos a tal cidade e lá passaremos um ano e contrataremos e lucraremos. ‘Portanto vocês não sabem como será a vossa vida amanhã. Vocês são apenas um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece’. Em vez disso, vocês deveriam dizer: ‘Se o Senhor quiser, viveremos e também faremos isto ou aquilo.’” Aqui, “se o Senhor quiser” significa “se o Senhor permitir” no mesmo sentido que At 18.21 e 1Co 4.19 (confira Rm 1.10; 15.32; 1Pe 4.19). O ponto é que Deus PODERIA EVITAR qualquer coisa que está prestes a acontecer se Ele optar por assim fazer e, às vezes, segundo a Sua vontade de propósito, ele faz justamente isso (Lc 12.20).
Porém, na maioria dos casos Ele deseja PERMITIR que isso aconteça de acordo com nossos próprios planos e escolhas, permitindo assim que as nossas escolhas livres determinem o nosso próprio destino. Ainda assim, mesmo quando Deus está PERMITINDO que tais coisas aconteçam como resultado de nossas próprias vontades, Ele está querendo que elas aconteçam no sentido que Ele está permitindo que elas aconteçam. Assim, até mesmo essas coisas são a vontade de Deus – porém NÃO no sentido que Ele está intencionando ou causando essas coisas. Elas são resultado da sua vontade permissiva apenas.
As pessoas que nunca ouviram o evangelho
O que acontece às pessoas que nunca tiveram a chance de ouvir a respeito de Jesus?
Todas as pessoas responderão a Deus, se “ouviram a Seu respeito” ou não. A Bíblia nos diz que Deus claramente Se revelou na natureza (Romanos 1:20) e nos corações das pessoas (Romanos 2:14,15 / Eclesiastes 3:11). O problema é que a raça humana é pecadora; todos nós rejeitamos este conhecimento de Deus e contra Ele nos rebelamos (Romanos 1:21-23). Longe da graça de Deus, Deus nos entregaria aos desejos pecaminosos de nossos corações, permitindo que descobríssemos quão inútil e miserável é a vida longe Dele. Isto é o que Ele faz com aqueles que O rejeitam (Romanos 1:24-32).
Na verdade, não é que algumas pessoas não tenham ouvido a respeito de Deus. Mas ao contrário, o problema é que elas rejeitaram o que ouviram e o que está claramente revelado na natureza. Deuteronômio 4:29 proclama: “Então dali buscarás ao SENHOR teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.” Este versículo ensina um princípio importante: todos que verdadeiramente buscarem a Deus O acharão. Se uma pessoa verdadeiramente deseja conhecer a Deus, Deus a ela Se fará conhecido.
O problema é: “Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus” (Romanos 3:11). As pessoas rejeitam o conhecimento de Deus que se faz presente na natureza e em seus próprios corações, e, ao invés, decidem adorar um “deus” de sua própria criação. É tolo debater a justiça de Deus em enviar alguém ao inferno por nunca ter tido a oportunidade de ouvir o Evangelho de Cristo. As pessoas são responsáveis perante Deus pelo que Ele a elas já revelou. A Bíblia diz que as pessoas rejeitam este conhecimento, e por isso Deus é justo em condená-las ao inferno.
Se tomarmos por base que aqueles que nunca ouviram o Evangelho serão agraciados com a misericórdia de Deus, vamos cair em um imenso problema. Se as pessoas que nunca ouviram o Evangelho forem salvas. devemos então nos certificar que ninguém ouça o Evangelho. A pior coisa que poderíamos então fazer seria compartilhar do Evangelho e a pessoa rejeitá-lo. Se isto acontecesse, a pessoa seria condenada. As pessoas que não ouviram o Evangelho devem ser condenadas, ou do contrário, não há motivo para o evangelismo. Por que correr o risco de que pessoas possivelmente rejeitem o Evangelho e se condenem, quando anteriormente já eram salvas porque nunca tinham ouvido o Evangelho?
Todas as pessoas responderão a Deus, se “ouviram a Seu respeito” ou não. A Bíblia nos diz que Deus claramente Se revelou na natureza (Romanos 1:20) e nos corações das pessoas (Romanos 2:14,15 / Eclesiastes 3:11). O problema é que a raça humana é pecadora; todos nós rejeitamos este conhecimento de Deus e contra Ele nos rebelamos (Romanos 1:21-23). Longe da graça de Deus, Deus nos entregaria aos desejos pecaminosos de nossos corações, permitindo que descobríssemos quão inútil e miserável é a vida longe Dele. Isto é o que Ele faz com aqueles que O rejeitam (Romanos 1:24-32).
Na verdade, não é que algumas pessoas não tenham ouvido a respeito de Deus. Mas ao contrário, o problema é que elas rejeitaram o que ouviram e o que está claramente revelado na natureza. Deuteronômio 4:29 proclama: “Então dali buscarás ao SENHOR teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.” Este versículo ensina um princípio importante: todos que verdadeiramente buscarem a Deus O acharão. Se uma pessoa verdadeiramente deseja conhecer a Deus, Deus a ela Se fará conhecido.
O problema é: “Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus” (Romanos 3:11). As pessoas rejeitam o conhecimento de Deus que se faz presente na natureza e em seus próprios corações, e, ao invés, decidem adorar um “deus” de sua própria criação. É tolo debater a justiça de Deus em enviar alguém ao inferno por nunca ter tido a oportunidade de ouvir o Evangelho de Cristo. As pessoas são responsáveis perante Deus pelo que Ele a elas já revelou. A Bíblia diz que as pessoas rejeitam este conhecimento, e por isso Deus é justo em condená-las ao inferno.
Se tomarmos por base que aqueles que nunca ouviram o Evangelho serão agraciados com a misericórdia de Deus, vamos cair em um imenso problema. Se as pessoas que nunca ouviram o Evangelho forem salvas. devemos então nos certificar que ninguém ouça o Evangelho. A pior coisa que poderíamos então fazer seria compartilhar do Evangelho e a pessoa rejeitá-lo. Se isto acontecesse, a pessoa seria condenada. As pessoas que não ouviram o Evangelho devem ser condenadas, ou do contrário, não há motivo para o evangelismo. Por que correr o risco de que pessoas possivelmente rejeitem o Evangelho e se condenem, quando anteriormente já eram salvas porque nunca tinham ouvido o Evangelho?
Esaú predestinado à condenação? Rm 9: 13
Romanos 9: 13 diz: "Como está escrito: amei a Jacó, mas rejeitei a Esaú". -
Em poucas palavras pretendo fazer uma ligeira exegese desse texto, levando em consideração o "contexto Aproximado" e o "Contexto Paralelo" atrelados a Romanos 9:13 em respeito as regras da Hemenêutica Sagrada.
Contexto Aproximado:
O Apóstolo Paulo trata no cap.9 de Romanos da problemática levantada na igreja em Roma: "Deus não pode condenar nenhum judeu por ter rejeitado Jesus como o Cristo, porque todos os judeus, como descendentes de Abraão, estão debaixo da promessa de salvação feita aos patriarcas".
Por isso, Paulo planejou desconstruir essa idéia de "predestinação Incondicional" para todos judeus ensinando aqui que os critérios estabelecidos por Deus são soberanos e não estão subjugados a essa falácia judaizante. Primeiramente, Paulo começa seu argumento afirmando que a promessa de Deus não falhou (v.6), e depois aclara que nem todos os que são descendentes de Abraão na carne são filhos (vs.7,8):
"Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência"(Rm 9:7,8). E em Gl 3:7 ele explica que os filhos de Abraão são os da FÉ.
Portanto, o que Paulo quer dizer nesse versículo 13 é que Esaú era tão descendente de Abraão quanto seu irmão Jacó, porém Deus o rejeitou. Então, o Apóstolo provou que essa tese de que todo descendente de Abraão tem que ser salvo independente de aceitarem a Jesus, não passa de falácia humana.
Contextos Paralelos:
Primeiro, o único texto do VT em que Paulo pode ter se baseado que fala que "Deus amou a Jacó e aborreceu a Esaú" encontra-se em Ml 1:2-4. Por esse contexto paralelo (Ml 1:2-4) encontramos um esclarecimento bombástico para a correta interpratação de Rm 9:13:
Que o Esaú que Deus ABORRECEU não se trata da "pessoa" dele, mas dos seus descendentes (que também eram descendentes de Abraão), pois Malaquias não usou essa frase referindo-se as pessoas de Jacó e de Esaú, mas dos seus descendentes; que são respectivamente os judeus (Jacó) e os edonitas (Esaú). Os edonitas já tinham feito muito mal a Israel, então Deus estava aborrecido com eles e prometeu destruí-los. Aqui além de revelar uma eleição corporativa, também ensina aos leitores que Deus, por causa da transgressão de Seus critérios soberanos, rejeitou os descendentes de Esaú que também eram CARNE de Abraão; não há predestinação Incondicional!
E depois, os contextos Paralelos revelam que a questão aqui não é eleição para salvação, mas para OBRA. Abraão e seus descendentes israelitas não foram escolhidos, à principio, para salvação, mas para OBRA. Quando Deus chamou Abraão jamais Ele disse que era pra salvá-lo, mas para formar uma grande nação (Gn 12:2). E essa nação (Israel) seria Luz para os gentios (Is 42:6; 49:6; At 13:47). Ou seja, atraves dela Deus revelaria Seu poder ao mundo, Sua Palavra e por ela viria o redentor ao mundo.
Portanto, jamais Paulo pretendeu defender em Rm 9:13 que Jacó foi predestinado incondicionalmente para a salvação eterna, e nem que Esaú foi predestinado Incondicionalmente para a perdição eterna. Muito pelo contrário, Paulo quis refutar a teoria judaizante do fatalismo incondicional para salvação dos descendentes de Abraão, apresentando a soberania divina em rejeitar para eleição pra obra e, ainda, aborrecer-se de Esaú e sua descendência porque não se adequaram aos critérios revelados por Deus (Hb 12:16,17).
Em poucas palavras pretendo fazer uma ligeira exegese desse texto, levando em consideração o "contexto Aproximado" e o "Contexto Paralelo" atrelados a Romanos 9:13 em respeito as regras da Hemenêutica Sagrada.
Contexto Aproximado:
O Apóstolo Paulo trata no cap.9 de Romanos da problemática levantada na igreja em Roma: "Deus não pode condenar nenhum judeu por ter rejeitado Jesus como o Cristo, porque todos os judeus, como descendentes de Abraão, estão debaixo da promessa de salvação feita aos patriarcas".
Por isso, Paulo planejou desconstruir essa idéia de "predestinação Incondicional" para todos judeus ensinando aqui que os critérios estabelecidos por Deus são soberanos e não estão subjugados a essa falácia judaizante. Primeiramente, Paulo começa seu argumento afirmando que a promessa de Deus não falhou (v.6), e depois aclara que nem todos os que são descendentes de Abraão na carne são filhos (vs.7,8):
"Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência"(Rm 9:7,8). E em Gl 3:7 ele explica que os filhos de Abraão são os da FÉ.
Portanto, o que Paulo quer dizer nesse versículo 13 é que Esaú era tão descendente de Abraão quanto seu irmão Jacó, porém Deus o rejeitou. Então, o Apóstolo provou que essa tese de que todo descendente de Abraão tem que ser salvo independente de aceitarem a Jesus, não passa de falácia humana.
Contextos Paralelos:
Primeiro, o único texto do VT em que Paulo pode ter se baseado que fala que "Deus amou a Jacó e aborreceu a Esaú" encontra-se em Ml 1:2-4. Por esse contexto paralelo (Ml 1:2-4) encontramos um esclarecimento bombástico para a correta interpratação de Rm 9:13:
Que o Esaú que Deus ABORRECEU não se trata da "pessoa" dele, mas dos seus descendentes (que também eram descendentes de Abraão), pois Malaquias não usou essa frase referindo-se as pessoas de Jacó e de Esaú, mas dos seus descendentes; que são respectivamente os judeus (Jacó) e os edonitas (Esaú). Os edonitas já tinham feito muito mal a Israel, então Deus estava aborrecido com eles e prometeu destruí-los. Aqui além de revelar uma eleição corporativa, também ensina aos leitores que Deus, por causa da transgressão de Seus critérios soberanos, rejeitou os descendentes de Esaú que também eram CARNE de Abraão; não há predestinação Incondicional!
E depois, os contextos Paralelos revelam que a questão aqui não é eleição para salvação, mas para OBRA. Abraão e seus descendentes israelitas não foram escolhidos, à principio, para salvação, mas para OBRA. Quando Deus chamou Abraão jamais Ele disse que era pra salvá-lo, mas para formar uma grande nação (Gn 12:2). E essa nação (Israel) seria Luz para os gentios (Is 42:6; 49:6; At 13:47). Ou seja, atraves dela Deus revelaria Seu poder ao mundo, Sua Palavra e por ela viria o redentor ao mundo.
Portanto, jamais Paulo pretendeu defender em Rm 9:13 que Jacó foi predestinado incondicionalmente para a salvação eterna, e nem que Esaú foi predestinado Incondicionalmente para a perdição eterna. Muito pelo contrário, Paulo quis refutar a teoria judaizante do fatalismo incondicional para salvação dos descendentes de Abraão, apresentando a soberania divina em rejeitar para eleição pra obra e, ainda, aborrecer-se de Esaú e sua descendência porque não se adequaram aos critérios revelados por Deus (Hb 12:16,17).
terça-feira, 5 de abril de 2011
Os Manuscritos do Mar Morto
Durante toda a Idade Média, por interesses principalmente políticos e econômicos, a Igreja foi aos poucos agasalhando em seu seio doutrinas e costumes absolutamente contrários ao espírito e ensinos de Jesus e dos apóstolos. Por essa razão, muitas pessoas passaram a temer que a Bíblia também tivesse sofrido alterações significativas. O receio era de que o texto do Antigo Testamento que temos hoje não fosse exatamente aquele no qual Jesus e os apóstolos basearam todos os seus ensinos; que não fosse mais a “Palavra de Deus” como originalmente havia sido escrita. Felizmente, a Arqueologia praticamente acabou com essa dúvida. E tudo graças a um menino!
Em 1947, vasculhando as cavernas do extremamente árido e inóspito lado ocidental do Mar Morto, em busca de uma ovelha perdida, um garoto beduíno encontrou grandes vasos de barro que continham antigos manuscritos escondidos ali. A partir de então, outros beduínos e arqueólogos encontraram, em onze cavernas da região, mais de 800 diferentes manuscritos, incluindo todos os livros do Antigo Testamento, com exceção dos livros de Ester e Neemias. De alguns livros da Bíblia foram encontrados apenas fragmentos; em outros casos, a maior parte do texto foi recuperada. O livro do profeta Isaías foi encontrado praticamente inteiro!
Apenas um dos rolos havia sido escrito em finas folhas de cobre. Todos os demais foram escritos em pergaminho (pele de animal especialmente preparada para essa finalidade). Assim, por terem utilizado material orgânico, esses livros bíblicos puderam ser submetidos ao processo de datação conhecido como Carbono 14. Outro método utilizado para determinar a época em que foram escritos foi a análise paleográfica (análise da forma da escrita, que em cada época tem características típicas). Surpreendentemente, constatou-se que os manuscritos haviam sido produzidos entre o século II a.C. e o século I d.C. – portanto, em dias anteriores e contemporâneos a Jesus! Judeus zelosos dessa época, provavelmente para salvar os livros sagrados de algum perigo iminente, devem tê-los escondido nas remotas e quase inacessíveis cavernas do Mar Morto. E – maior surpresa ainda! – quando comparados, constatou-se que os livros do Antigo Testamento que temos hoje são essencialmente idênticos aos textos que existiam nos dias de Jesus!
Jesus certa vez disse: “Vós examinais as Escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim” (João 5:39). Como é confortador saber que as Escrituras que temos hoje em nossas mãos são aquelas mesmas que Jesus lia e ensinava!
Em 1947, vasculhando as cavernas do extremamente árido e inóspito lado ocidental do Mar Morto, em busca de uma ovelha perdida, um garoto beduíno encontrou grandes vasos de barro que continham antigos manuscritos escondidos ali. A partir de então, outros beduínos e arqueólogos encontraram, em onze cavernas da região, mais de 800 diferentes manuscritos, incluindo todos os livros do Antigo Testamento, com exceção dos livros de Ester e Neemias. De alguns livros da Bíblia foram encontrados apenas fragmentos; em outros casos, a maior parte do texto foi recuperada. O livro do profeta Isaías foi encontrado praticamente inteiro!
Apenas um dos rolos havia sido escrito em finas folhas de cobre. Todos os demais foram escritos em pergaminho (pele de animal especialmente preparada para essa finalidade). Assim, por terem utilizado material orgânico, esses livros bíblicos puderam ser submetidos ao processo de datação conhecido como Carbono 14. Outro método utilizado para determinar a época em que foram escritos foi a análise paleográfica (análise da forma da escrita, que em cada época tem características típicas). Surpreendentemente, constatou-se que os manuscritos haviam sido produzidos entre o século II a.C. e o século I d.C. – portanto, em dias anteriores e contemporâneos a Jesus! Judeus zelosos dessa época, provavelmente para salvar os livros sagrados de algum perigo iminente, devem tê-los escondido nas remotas e quase inacessíveis cavernas do Mar Morto. E – maior surpresa ainda! – quando comparados, constatou-se que os livros do Antigo Testamento que temos hoje são essencialmente idênticos aos textos que existiam nos dias de Jesus!
Jesus certa vez disse: “Vós examinais as Escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim” (João 5:39). Como é confortador saber que as Escrituras que temos hoje em nossas mãos são aquelas mesmas que Jesus lia e ensinava!
O Novo Testamento é historicamente confiável
Recentemente foi questionada no blog www.michelsonborges.com a veracidade histórica do Novo Testamento (NT). Há muitos bons livros no mercado sobre isso, mas procurei reproduzir aqui, de forma resumida, as dez razões apresentadas no livro Não tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu (Vida), pelas quais sabemos que os autores do NT disseram a verdade.
1. Os autores do NT incluíram detalhes embaraçosos sobre si mesmos. A tendência da maioria dos autores é deixar de fora qualquer coisa que prejudique sua aparência. É o “princípio do embaraço”. Agora pense: Se você e seus amigos estivessem forjando uma história que você quisesse que fosse vista como verdadeira, vocês se mostrariam como covardes, tolos e apáticos, pessoas que foram advertidas e que duvidaram? É claro que não. Mas é exatamente isso que encontramos no NT. Se você fosse autor do NT, escreveria que um dos seus principais líderes foi chamado de “Satanás” por Jesus, negou o Senhor três vezes, escondeu-se durante a crucifixão e, mais tarde, foi repreendido numa questão teológica?
O que você acha que os autores do NT teriam feito se estivessem inventando uma história? Teriam deixado de lado a sua inaptidão, sua covardia, a repreensão que receberam, as negações e seus problemas teológicos, mostrando-se como cristãos ousados que se colocaram a favor de Jesus diante de tudo e que, de maneira confiante, marcharam até a tumba na manhã de domingo, bem diante dos guardas romanos, para encontrarem o Jesus ressurreto que os esperava para salvá-los por sua grande fé! Os homens que escreveram o NT também diriam que eles é que contaram às mulheres sobre o Jesus ressurreto, que eram as únicas que estavam escondendo-se por medo dos judeus. E, naturalmente, se a história fosse uma invenção, nenhum discípulo, em momento algum, teria sido retratado como alguém que duvida (especialmente depois de Jesus ter ressuscitado).
2. Os autores do NT incluíram detalhes embaraçosos e dizeres difíceis de Jesus. Os autores do NT também são honestos sobre Jesus. Eles não apenas registraram detalhes de uma auto-incriminação sobre si mesmos, mas também registraram detalhes embaraçosos sobre seu líder, Jesus, que parecem colocá-Lo numa situação bastante ruim. Exemplos: Jesus foi considerado “fora de Si” por Sua mãe e Seus irmãos, por quem também foi desacreditado; foi visto como enganador; foi abandonado por Seus seguidores e quase apedrejado certa ocasião; foi chamado de “beberrão” e de “endemoninhado”, além de “louco”. Finalmente, foi crucificado como malfeitor.
Entre as situações teologicamente “embaraçosas”, encontramos as seguintes: Ele amaldiçoa uma figueira (Mat. 21:18); Ele parece incapaz de realizar milagres em Sua cidade natal, exceto curar algumas pessoas doentes (Mar. 6:5); e parece indicar que o Pai é maior que Ele (João 14:28). Se os autores do NT queriam provar a todos que Jesus era Deus, então por que não eliminaram dizeres e situações complicados que parecem argumentar contra a Sua deidade? Os autores do NT foram extremamente precisos ao registrar exatamente aquilo que Jesus disse e fez.
3. Os autores do NT incluíram as exigências de Jesus. Se os autores do NT estavam inventando uma história, certamente não inventaram uma que tenha tornado a vida mais fácil para eles. Esse Jesus tinha alguns padrões bastante exigentes. O Sermão do Monte (Mateus 5), por exemplo, não parece ser uma invenção humana. São mandamentos difíceis de ser cumpridos pelos seres humanos e parecem ir na direção contrária dos interesses dos homens que os registraram. E certamente são contrários aos desejos de muitos hoje que desejam uma religião de espiritualidade sem exigências morais.
4. Os autores do NT fizeram clara distinção entre as palavras de Jesus e as deles. Embora não existam aspas ou travessão para indicar uma citação no grego do século I, os autores do NT distinguiram as palavras de Jesus de maneira bastante clara. Teria sido muito fácil para esses homens resolverem as disputas teológicas do primeiro século colocando palavras na boca de Jesus. E fariam isso também, caso estivessem inventando a “história do cristianismo”. Teria sido muito conveniente para esses autores terminar todo debate ou controvérsia em torno de questões como circuncisão, leis cerimoniais judaicas, falar em línguas, mulheres na igreja e assim por diante, simplesmente inventando citações de Jesus. Mas eles nunca fizeram isso. Mantiveram-se fiéis ao que Jesus disse e não disse.
5. Os autores do NT incluíram fatos relacionados à ressurreição de Jesus que eles não poderiam ter inventado. Eles registraram que Jesus foi sepultado por José de Arimatéia, um membro do Sinédrio – o conselho do governo jadaico que sentenciou Jesus à morte por blasfêmia. Esse não é um fato que poderiam ter inventado. Considerando a amargura que certos cristãos guardavam no coração contra as autoridades judaicas, por que eles colocariam um membro do Sinédrio de maneira tão positiva? E por que colocariam Jesus na sepultura de uma autoridade judaica? Se José não sepultou Jesus, essa história teria sido facilmente exposta como fraudulenta pelos inimigos judaicos do cristianismo. Mas os judeus nunca negaram a história e jamais se encontrou uma história alternativa para o sepultamento de Jesus.
Todos os quatro evangelhos dizem que as mulheres foram as primeiras testemunhas do túmulo vazio e as primeiras a saberem da ressurreição. Uma dessas mulheres era Maria Madalena, que Lucas admite ter sido uma mulher possuída por demônios (Luc. 8:2). Isso jamais teria sido inserido numa história inventada. Uma pessoa possessa por demônios já seria uma testemunha questionável, mas as mulheres em geral não eram sequer consideradas testemunhas confiáveis naquela cultura do século I. O fato é que o testemunho de uma mulher não tinha peso num tribunal. Desse modo, se você estivesse inventando uma história da ressurreição de Jesus no século I, evitaria o testemunho de mulheres e faria homens – os corajosos – serem os primeiros a descobrir o túmulo vazio e o Jesus ressurreto. Citar o testemunho de mulheres – especialmente de mulheres possuídas por demônios – seria um golpe fatal à tentativa de fazer uma mentira ser vista como verdade.
“Por que o Jesus ressurreto não apareceu aos fariseus?” é uma pergunta comum feita pelos céticos. A resposta pode ser porque não teria sido necessário. Isso é normalmente desprezado, mas muitos sacerdotes de Jerusalém tornaram-se cristãos. Lucas escreve: “Crescia rapidamente o número de discípulos em Jerusalém; também um grande número de sacerdotes obedecia à fé” (Atos 6:7). Se você está tentando fazer que uma mentira seja vista como verdade, não facilita as coisas para os seus inimigos, permitindo que exponham a sua história. A conversão dos fariseus e a de José de Arimatéia eram dois detalhes desnecessários que, se fossem falsos, teriam acabado com a “farsa” de Lucas.
Em Mateus 28:11-15, é exposta a versão judaica para o fato do túmulo vazio (a mentira do roubo do corpo de Jesus). Note que Mateus deixa bastante claro que seus leitores já sabiam sobre essa explicação dos judeus porque “essa versão se divulgou entre os judeus até o dia de hoje”. Isso significa que os leitores de Mateus (e certamente os próprios judeus) saberiam se ele estava ou não dizendo a verdade. Se Mateus estava inventando a história do túmulo vazio, por que daria a seus leitores uma maneira tão simples de expor suas mentiras? A única explicação plausível é que o túmulo deve ter realmente ficado vazio, e os inimigos judeus do cristianismo devem realmente ter espalhado essa explicação específica para o túmulo vazio (de fato, Justino Mártir e Tertuliano, escrevendo respectivamente nos anos 150 d.C. e 200 d.C., afirmam que as autoridades judaicas continuaram a propagar essa história do roubo durante todo o século II).
6. Os autores do NT incluíram em seus textos, pelo menos, 30 pessoas historicamente confirmadas. Não há maneira de os autores do NT terem seguido adiante escrevendo mentiras descaradas sobre Pilatos, Caifás, Festo, Félix e toda a linhagem de Herodes. Alguém os teria acusado por terem envolvido falsamente essas pessoas em acontecimentos que nunca ocorreram. Os autores do NT sabiam disso e não teriam incluído tantas pessoas reais de destaque numa ficção que tinha o objetivo de enganar.
7. Os autores do NT incluíram detalhes divergentes. Os críticos são rápidos em citar os relatos aparentemente contraditórios dos evangelhos como evidência de que não são dignos de confiança em informação precisa. Mateus diz, por exemplo, que havia um anjo no túmulo de Jesus, enquanto João menciona a presença de dois anjos. Não seria isso uma contradição que derrubaria a credibilidade desses relatos? Não, mas exatamente o oposto é verdadeiro: detalhes divergentes, na verdade, fortalecem a questão de que esses são relatos feitos por testemunhas oculares. Como? Primeiro, é preciso destacar que o relato dos anjos não é contraditório. Mateus não diz que havia apenas um anjo na sepultura. Os críticos precisam acrescentar uma palavra ao relato de Mateus para torná-lo contraditório ao de João. Mas por que Mateus mencionou apenas um anjo, se realmente havia dois ali? Pela mesma razão que dois repórteres de diferentes jornais cobrindo um mesmo fato optam por incluir detalhes diferentes em suas histórias. Duas testemunhas oculares independentes raramente vêem todos os mesmos detalhes e descrevem um fato exatamente com as mesmas palavras. Elas vão registrar o mesmo fato principal (Jesus ressuscitou dos mortos), mas podem diferir nos detalhes (quantos anjos havia no túmulo). De fato, quando um juiz ouve duas testemunhas que dão testemunho idêntico, palavra por palavra, o que corretamente presume? Conluio. As testemunhas se encontraram antecipadamente para que suas versões do fato concordassem.
À luz dos diversos detalhes divergentes do NT, está claro que os autores não se reuniram para harmonizar seus testemunhos. Isso significa que certamente não estavam tentando fazer uma mentira passar por verdade. Se estavam inventando a história do NT, teriam se reunido para certificar-se de que eram coerentes em todos os detalhes.
Ironicamente, não é o NT que é contraditório, mas sim os críticos. Por um lado, os críticos afirmam que os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) são por demais uniformes para serem fontes independentes. Por outro lado, afirmam que eles são muito divergentes para estarem contando a verdade. Desse modo, o que eles são? Muito uniformes ou muito divergentes? Na verdade, são a mistura perfeita de ambos: são tanto suficientemente uniformes e suficientemente divergentes (mas não tanto) exatamente porque são relatos de testemunhas oculares independentes dos mesmos fatos. Seria de esperar ver o mesmo fato importante e detalhes menores diferentes em manchetes de jornais independentes relatando o mesmo acontecimento.
Simon Greenleaf, professor de Direito da Universidade de Harvard que escreveu um estudo-padrão sobre o que constitui evidência legal, creditou sua conversão ao cristianismo ao seu cuidadoso exame das testemunhas do evangelho. Se alguém conhecia as características do depoimento genuíno de testemunhas oculares, essa pessoa era Greenleaf. Ele concluiu que os quatro evangelhos “seriam aceitos como provas em qualquer tribunal de justiça, sem a menor hesitação” (The Testimony of the Evangelists, págs. 9 e 10).
8. Os autores do NT desafiam seus leitores a conferir os fatos verificáveis, até mesmo fatos sobre milagres. Lucas diz isso a Teófilo (Luc. 1:1-4); Pedro diz que os apóstolos não seguiram fábulas engenhosamente inventadas, mas que foram testemunhas oculares da majestade de Cristo (II Ped. 1:16); Paulo faz uma ousada declaração a Festo e ao rei Agripa sobre o Cristo ressurreto (Atos 26) e reafirma um antigo credo que identificou mais de 500 testemunhas oculares do Cristo ressurreto (I Cor. 15). Além disso, Paulo faz uma afirmação aos cristãos de Corinto que nunca teria feito a não ser que estivesse dizendo a verdade. Em sua segunda carta aos corintios, ele declara que anteriormente realizara milagres entre eles (II Cor. 12:12). Por que Paulo diria isso a eles a não ser que realmente tivesse realizado os milagres? Ele teria destruído completamente sua credibilidade ao pedir que se lembrassem de milagres que nunca realizara diante deles.
9. Os autores do NT descrevem milagres da mesma forma que descrevem outros fatos históricos: por meio de um relato simples e sem retoques. Detalhes embelezados e extravagantes são fortes sinais de que um relato histórico tem elementos lendários. Note este trecho da narração da ressurreição no livro apócrifo Evangelho de Pedro: “...três homens que saíam do sepulcro, dois dos quais servindo de apoio a um terceiro, e uma cruz que ia atrás deles. E a cabeça dos dois primeiros chegava até o céu, enquanto a daquele que era conduzido por eles ultrapassava os céus. E ouviram uma voz vinda dos céus que dizia: ‘Pregaste para os que dormem?’ E da cruz fez-se ouvir uma resposta: ‘Sim’.”
Provavelmente seria assim que alguém teria escrito se estivesse inventando ou embelezando a história da ressurreição de Jesus. Mas os relatos da ressurreição de Jesus no NT não contêm nada semelhante a isso. Os evangelhos fornecem descrições triviais quase insípidas da ressurreição. Confira em Marcos 16:4-8, Lucas 24:2-8, João 20:1-12 e Mateus 28:2-7.
10. Os autores do NT abandonaram parte de suas crenças e práticas sagradas de longa data, adotaram novas crenças e práticas e não negaram seu testemunho sob perseguição ou ameaça de morte. E não são apenas os autores do NT que fazem isso. Milhares de judeus, dentre eles sacerdotes fariseus, converteram-se ao cristianismo e juntam-se aos apóstolos ao abandonarem o sistema de sacrifícios de animais prescrito por Moisés, ao aceitar Jesus como integrante da Divindade (o que era inaceitável naquela cultura estritamente monoteísta) e ao abandonar a idéia de um Messias conquistador terrestre.
Além disso, conforme observa Peter Kreeft, “por que os apóstolos mentiriam? ... se eles mentiram, qual foi sua motivação, o que eles obtiveram com isso? O que eles ganharam com tudo isso foi incompreensão, rejeição, perseguição, tortura e martírio. Que bela lista de prêmios!” Embora muitas pessoas venham a morrer por uma mentira que considerem verdade, nenhuma pessoa sã morrerá por aquilo que sabe que é uma mentira.
Conclusão de Norman Geisler e Frank Turek, autores de Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu: “Quando Jesus chegou, a maioria dos autores do NT era de judeus religiosos que consideravam o judaísmo a única religião verdadeira e que se consideravam o povo escolhido de Deus. Alguma coisa dramática deve ter acontecido para tirá-los do sono dogmático e levá-los a um novo sistema de crenças que não lhes prometia nada além de problemas na Terra. À luz de tudo isso, não temos fé suficiente para sermos céticos em relação ao Novo Testamento.”
1. Os autores do NT incluíram detalhes embaraçosos sobre si mesmos. A tendência da maioria dos autores é deixar de fora qualquer coisa que prejudique sua aparência. É o “princípio do embaraço”. Agora pense: Se você e seus amigos estivessem forjando uma história que você quisesse que fosse vista como verdadeira, vocês se mostrariam como covardes, tolos e apáticos, pessoas que foram advertidas e que duvidaram? É claro que não. Mas é exatamente isso que encontramos no NT. Se você fosse autor do NT, escreveria que um dos seus principais líderes foi chamado de “Satanás” por Jesus, negou o Senhor três vezes, escondeu-se durante a crucifixão e, mais tarde, foi repreendido numa questão teológica?
O que você acha que os autores do NT teriam feito se estivessem inventando uma história? Teriam deixado de lado a sua inaptidão, sua covardia, a repreensão que receberam, as negações e seus problemas teológicos, mostrando-se como cristãos ousados que se colocaram a favor de Jesus diante de tudo e que, de maneira confiante, marcharam até a tumba na manhã de domingo, bem diante dos guardas romanos, para encontrarem o Jesus ressurreto que os esperava para salvá-los por sua grande fé! Os homens que escreveram o NT também diriam que eles é que contaram às mulheres sobre o Jesus ressurreto, que eram as únicas que estavam escondendo-se por medo dos judeus. E, naturalmente, se a história fosse uma invenção, nenhum discípulo, em momento algum, teria sido retratado como alguém que duvida (especialmente depois de Jesus ter ressuscitado).
2. Os autores do NT incluíram detalhes embaraçosos e dizeres difíceis de Jesus. Os autores do NT também são honestos sobre Jesus. Eles não apenas registraram detalhes de uma auto-incriminação sobre si mesmos, mas também registraram detalhes embaraçosos sobre seu líder, Jesus, que parecem colocá-Lo numa situação bastante ruim. Exemplos: Jesus foi considerado “fora de Si” por Sua mãe e Seus irmãos, por quem também foi desacreditado; foi visto como enganador; foi abandonado por Seus seguidores e quase apedrejado certa ocasião; foi chamado de “beberrão” e de “endemoninhado”, além de “louco”. Finalmente, foi crucificado como malfeitor.
Entre as situações teologicamente “embaraçosas”, encontramos as seguintes: Ele amaldiçoa uma figueira (Mat. 21:18); Ele parece incapaz de realizar milagres em Sua cidade natal, exceto curar algumas pessoas doentes (Mar. 6:5); e parece indicar que o Pai é maior que Ele (João 14:28). Se os autores do NT queriam provar a todos que Jesus era Deus, então por que não eliminaram dizeres e situações complicados que parecem argumentar contra a Sua deidade? Os autores do NT foram extremamente precisos ao registrar exatamente aquilo que Jesus disse e fez.
3. Os autores do NT incluíram as exigências de Jesus. Se os autores do NT estavam inventando uma história, certamente não inventaram uma que tenha tornado a vida mais fácil para eles. Esse Jesus tinha alguns padrões bastante exigentes. O Sermão do Monte (Mateus 5), por exemplo, não parece ser uma invenção humana. São mandamentos difíceis de ser cumpridos pelos seres humanos e parecem ir na direção contrária dos interesses dos homens que os registraram. E certamente são contrários aos desejos de muitos hoje que desejam uma religião de espiritualidade sem exigências morais.
4. Os autores do NT fizeram clara distinção entre as palavras de Jesus e as deles. Embora não existam aspas ou travessão para indicar uma citação no grego do século I, os autores do NT distinguiram as palavras de Jesus de maneira bastante clara. Teria sido muito fácil para esses homens resolverem as disputas teológicas do primeiro século colocando palavras na boca de Jesus. E fariam isso também, caso estivessem inventando a “história do cristianismo”. Teria sido muito conveniente para esses autores terminar todo debate ou controvérsia em torno de questões como circuncisão, leis cerimoniais judaicas, falar em línguas, mulheres na igreja e assim por diante, simplesmente inventando citações de Jesus. Mas eles nunca fizeram isso. Mantiveram-se fiéis ao que Jesus disse e não disse.
5. Os autores do NT incluíram fatos relacionados à ressurreição de Jesus que eles não poderiam ter inventado. Eles registraram que Jesus foi sepultado por José de Arimatéia, um membro do Sinédrio – o conselho do governo jadaico que sentenciou Jesus à morte por blasfêmia. Esse não é um fato que poderiam ter inventado. Considerando a amargura que certos cristãos guardavam no coração contra as autoridades judaicas, por que eles colocariam um membro do Sinédrio de maneira tão positiva? E por que colocariam Jesus na sepultura de uma autoridade judaica? Se José não sepultou Jesus, essa história teria sido facilmente exposta como fraudulenta pelos inimigos judaicos do cristianismo. Mas os judeus nunca negaram a história e jamais se encontrou uma história alternativa para o sepultamento de Jesus.
Todos os quatro evangelhos dizem que as mulheres foram as primeiras testemunhas do túmulo vazio e as primeiras a saberem da ressurreição. Uma dessas mulheres era Maria Madalena, que Lucas admite ter sido uma mulher possuída por demônios (Luc. 8:2). Isso jamais teria sido inserido numa história inventada. Uma pessoa possessa por demônios já seria uma testemunha questionável, mas as mulheres em geral não eram sequer consideradas testemunhas confiáveis naquela cultura do século I. O fato é que o testemunho de uma mulher não tinha peso num tribunal. Desse modo, se você estivesse inventando uma história da ressurreição de Jesus no século I, evitaria o testemunho de mulheres e faria homens – os corajosos – serem os primeiros a descobrir o túmulo vazio e o Jesus ressurreto. Citar o testemunho de mulheres – especialmente de mulheres possuídas por demônios – seria um golpe fatal à tentativa de fazer uma mentira ser vista como verdade.
“Por que o Jesus ressurreto não apareceu aos fariseus?” é uma pergunta comum feita pelos céticos. A resposta pode ser porque não teria sido necessário. Isso é normalmente desprezado, mas muitos sacerdotes de Jerusalém tornaram-se cristãos. Lucas escreve: “Crescia rapidamente o número de discípulos em Jerusalém; também um grande número de sacerdotes obedecia à fé” (Atos 6:7). Se você está tentando fazer que uma mentira seja vista como verdade, não facilita as coisas para os seus inimigos, permitindo que exponham a sua história. A conversão dos fariseus e a de José de Arimatéia eram dois detalhes desnecessários que, se fossem falsos, teriam acabado com a “farsa” de Lucas.
Em Mateus 28:11-15, é exposta a versão judaica para o fato do túmulo vazio (a mentira do roubo do corpo de Jesus). Note que Mateus deixa bastante claro que seus leitores já sabiam sobre essa explicação dos judeus porque “essa versão se divulgou entre os judeus até o dia de hoje”. Isso significa que os leitores de Mateus (e certamente os próprios judeus) saberiam se ele estava ou não dizendo a verdade. Se Mateus estava inventando a história do túmulo vazio, por que daria a seus leitores uma maneira tão simples de expor suas mentiras? A única explicação plausível é que o túmulo deve ter realmente ficado vazio, e os inimigos judeus do cristianismo devem realmente ter espalhado essa explicação específica para o túmulo vazio (de fato, Justino Mártir e Tertuliano, escrevendo respectivamente nos anos 150 d.C. e 200 d.C., afirmam que as autoridades judaicas continuaram a propagar essa história do roubo durante todo o século II).
6. Os autores do NT incluíram em seus textos, pelo menos, 30 pessoas historicamente confirmadas. Não há maneira de os autores do NT terem seguido adiante escrevendo mentiras descaradas sobre Pilatos, Caifás, Festo, Félix e toda a linhagem de Herodes. Alguém os teria acusado por terem envolvido falsamente essas pessoas em acontecimentos que nunca ocorreram. Os autores do NT sabiam disso e não teriam incluído tantas pessoas reais de destaque numa ficção que tinha o objetivo de enganar.
7. Os autores do NT incluíram detalhes divergentes. Os críticos são rápidos em citar os relatos aparentemente contraditórios dos evangelhos como evidência de que não são dignos de confiança em informação precisa. Mateus diz, por exemplo, que havia um anjo no túmulo de Jesus, enquanto João menciona a presença de dois anjos. Não seria isso uma contradição que derrubaria a credibilidade desses relatos? Não, mas exatamente o oposto é verdadeiro: detalhes divergentes, na verdade, fortalecem a questão de que esses são relatos feitos por testemunhas oculares. Como? Primeiro, é preciso destacar que o relato dos anjos não é contraditório. Mateus não diz que havia apenas um anjo na sepultura. Os críticos precisam acrescentar uma palavra ao relato de Mateus para torná-lo contraditório ao de João. Mas por que Mateus mencionou apenas um anjo, se realmente havia dois ali? Pela mesma razão que dois repórteres de diferentes jornais cobrindo um mesmo fato optam por incluir detalhes diferentes em suas histórias. Duas testemunhas oculares independentes raramente vêem todos os mesmos detalhes e descrevem um fato exatamente com as mesmas palavras. Elas vão registrar o mesmo fato principal (Jesus ressuscitou dos mortos), mas podem diferir nos detalhes (quantos anjos havia no túmulo). De fato, quando um juiz ouve duas testemunhas que dão testemunho idêntico, palavra por palavra, o que corretamente presume? Conluio. As testemunhas se encontraram antecipadamente para que suas versões do fato concordassem.
À luz dos diversos detalhes divergentes do NT, está claro que os autores não se reuniram para harmonizar seus testemunhos. Isso significa que certamente não estavam tentando fazer uma mentira passar por verdade. Se estavam inventando a história do NT, teriam se reunido para certificar-se de que eram coerentes em todos os detalhes.
Ironicamente, não é o NT que é contraditório, mas sim os críticos. Por um lado, os críticos afirmam que os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) são por demais uniformes para serem fontes independentes. Por outro lado, afirmam que eles são muito divergentes para estarem contando a verdade. Desse modo, o que eles são? Muito uniformes ou muito divergentes? Na verdade, são a mistura perfeita de ambos: são tanto suficientemente uniformes e suficientemente divergentes (mas não tanto) exatamente porque são relatos de testemunhas oculares independentes dos mesmos fatos. Seria de esperar ver o mesmo fato importante e detalhes menores diferentes em manchetes de jornais independentes relatando o mesmo acontecimento.
Simon Greenleaf, professor de Direito da Universidade de Harvard que escreveu um estudo-padrão sobre o que constitui evidência legal, creditou sua conversão ao cristianismo ao seu cuidadoso exame das testemunhas do evangelho. Se alguém conhecia as características do depoimento genuíno de testemunhas oculares, essa pessoa era Greenleaf. Ele concluiu que os quatro evangelhos “seriam aceitos como provas em qualquer tribunal de justiça, sem a menor hesitação” (The Testimony of the Evangelists, págs. 9 e 10).
8. Os autores do NT desafiam seus leitores a conferir os fatos verificáveis, até mesmo fatos sobre milagres. Lucas diz isso a Teófilo (Luc. 1:1-4); Pedro diz que os apóstolos não seguiram fábulas engenhosamente inventadas, mas que foram testemunhas oculares da majestade de Cristo (II Ped. 1:16); Paulo faz uma ousada declaração a Festo e ao rei Agripa sobre o Cristo ressurreto (Atos 26) e reafirma um antigo credo que identificou mais de 500 testemunhas oculares do Cristo ressurreto (I Cor. 15). Além disso, Paulo faz uma afirmação aos cristãos de Corinto que nunca teria feito a não ser que estivesse dizendo a verdade. Em sua segunda carta aos corintios, ele declara que anteriormente realizara milagres entre eles (II Cor. 12:12). Por que Paulo diria isso a eles a não ser que realmente tivesse realizado os milagres? Ele teria destruído completamente sua credibilidade ao pedir que se lembrassem de milagres que nunca realizara diante deles.
9. Os autores do NT descrevem milagres da mesma forma que descrevem outros fatos históricos: por meio de um relato simples e sem retoques. Detalhes embelezados e extravagantes são fortes sinais de que um relato histórico tem elementos lendários. Note este trecho da narração da ressurreição no livro apócrifo Evangelho de Pedro: “...três homens que saíam do sepulcro, dois dos quais servindo de apoio a um terceiro, e uma cruz que ia atrás deles. E a cabeça dos dois primeiros chegava até o céu, enquanto a daquele que era conduzido por eles ultrapassava os céus. E ouviram uma voz vinda dos céus que dizia: ‘Pregaste para os que dormem?’ E da cruz fez-se ouvir uma resposta: ‘Sim’.”
Provavelmente seria assim que alguém teria escrito se estivesse inventando ou embelezando a história da ressurreição de Jesus. Mas os relatos da ressurreição de Jesus no NT não contêm nada semelhante a isso. Os evangelhos fornecem descrições triviais quase insípidas da ressurreição. Confira em Marcos 16:4-8, Lucas 24:2-8, João 20:1-12 e Mateus 28:2-7.
10. Os autores do NT abandonaram parte de suas crenças e práticas sagradas de longa data, adotaram novas crenças e práticas e não negaram seu testemunho sob perseguição ou ameaça de morte. E não são apenas os autores do NT que fazem isso. Milhares de judeus, dentre eles sacerdotes fariseus, converteram-se ao cristianismo e juntam-se aos apóstolos ao abandonarem o sistema de sacrifícios de animais prescrito por Moisés, ao aceitar Jesus como integrante da Divindade (o que era inaceitável naquela cultura estritamente monoteísta) e ao abandonar a idéia de um Messias conquistador terrestre.
Além disso, conforme observa Peter Kreeft, “por que os apóstolos mentiriam? ... se eles mentiram, qual foi sua motivação, o que eles obtiveram com isso? O que eles ganharam com tudo isso foi incompreensão, rejeição, perseguição, tortura e martírio. Que bela lista de prêmios!” Embora muitas pessoas venham a morrer por uma mentira que considerem verdade, nenhuma pessoa sã morrerá por aquilo que sabe que é uma mentira.
Conclusão de Norman Geisler e Frank Turek, autores de Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu: “Quando Jesus chegou, a maioria dos autores do NT era de judeus religiosos que consideravam o judaísmo a única religião verdadeira e que se consideravam o povo escolhido de Deus. Alguma coisa dramática deve ter acontecido para tirá-los do sono dogmático e levá-los a um novo sistema de crenças que não lhes prometia nada além de problemas na Terra. À luz de tudo isso, não temos fé suficiente para sermos céticos em relação ao Novo Testamento.”
Sodoma: salgada demais para ser real?
São muitas as histórias do Antigo Testamento (AT) que soam mais como fábulas do que como realidade. Um exemplo disso é o relato da cidade de Sodoma, uma das cinco cidades da campina do Jordão que Ló escolheu para habitar (Gn 13:10-13). É importante notar que boa parte das vezes em que ela é mencionada no texto uma nota negativa a acompanha (Gn 13:13; 18:20; 19:5, etc.), e todas elas se referindo a problemas de comportamento moral e sexual. Isso é tão verdade que na língua portuguesa a palavra "sodomia" traz a idéia de aberração sexual. Essa palavra veio do nome Sodoma.
Os profetas que se levantaram ao longo da história do povo de Israel viam a história de Sodoma como real (Am 4:11), e também o próprio Jesus mencionou algo a respeito dela (Mt 10:15). Qual o valor de uma lenda numa sentença de juízo? Em outras palavras, que diferença faria a história dos três porquinhos na repreensão de um pai a seu filho de 25 anos?
Os autores bíblicos criam nessa narrativa. Mas será que só a Bíblia menciona uma cidade que foi destruída por causa do seu pecado? Os achados arqueológicos sugerem algo sobre esse tema? Há evidências de uma cidade chamada Sodoma fora das Escrituras? A resposta é sim, existe!
Em meados dos anos 1960, G. Pettinato e P. Matthiae foram os responsáveis pela descoberta da antiga cidade de Ebla (Tell Mardikh), a principal cidade síria do III milênio a.C. Como toda grande cidade do passado, Ebla possuía uma vasta biblioteca de aproximadamente 17 mil tabletes cuneiformes. Um desses tabletes foi publicado por Pettinato em 1976, e revelou algo surpreendente. A inscrição falava sobre cinco cidades: Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar. A mesma seqüência que aparece em Gênesis 14:2 e 8.
Ebla era um grande centro comercial, mantinha relações econômicas com diversas cidades do antigo Oriente Médio e foi destruída pelo rei Naramsin de Akkad, por volta de 2300 a.C. Assim, fica demonstrado que existia uma cidade chamada Sodoma no mesmo período em que a Bíblia a situa.
E quanto à sua localização geográfica? As Escrituras fornecem algumas pistas sobre sua posição. Em Gênesis 14:3, lemos que Sodoma estava no “vale de Sidim (que é o mar salgado)”, provavelmente o Mar Morto. Em 1924, William F. Albright e M. Kyle, grandes nomes da Arqueologia, visitaram uma região nessas proximidades chamada em árabe de Bab-Edh-Dhra. Ali eles encontraram vários restos de um santuário cananeu que datava de 2800-1800 a.C. Quarenta anos depois, Paul Lapp, juntamente com a sua equipe, realizou a primeira escavação e encontrou o cemitério da cidade que ficava a um quilômetro de distância do centro. Foi nessa época que Lapp e Albright relacionaram esse sítio arqueológico com a bíblica Sodoma e sugeriram a idéia de que o local era no passado grande centro religioso das cidades da planície. Um detalhe é bem sugestivo: na região da cidade foram encontradas várias camadas de cinza com alguns metros de espessura!
No cemitério, a evidência é mais impressionante ainda. Existia um estilo de sepultamento na cidade em que uma cova muito profunda era cavada e vários corpos eram ali depositados com os seus pertences (numa tumba foram colocadas 250 pessoas!); mas no período da destruição o estilo era outro. Uma casa mortuária era colocada sobre o corpo, mais ou menos como as capelinhas que vemos em alguns cemitérios atuais, mas logicamente bem menores. Todas essas casas mortuárias estavam queimadas e a primeira sugestão foi de que o fogo começou dentro e se espalhou para fora. Porém, estudos avançados foram feitos e constataram que o fogo começou no telhado que cedeu e se espalhou por dentro. Como explicar isso? Vulcão? Incêndio? Um conquistador colocou fogo no local? Nenhuma dessas respostas é satisfatória. Como um incêndio começaria num cemitério que ficava a um quilômetro da cidade? Por que um conquistador colocaria fogo num cemitério?
Avaliemos a situação: na cidade temos camadas de cinza e no cemitério cinza e marcas de fogo. Bryant Wood, arqueólogo cristão da atualidade, afirmou que a Arqueologia não tem respostas para esse fenômeno. Por outro lado, a Bíblia fornece a resposta: foi Deus quem destruiu essas cidades com fogo e enxofre (Gn 19:23-29).
Mas por que um Deus de amor (1Jo 4:8) destruiria uma cidade de forma tão violenta? A resposta pode ser encontrada em Judas 7. Ali lemos que Sodoma foi destruída por causa da sua prostituição. Em grego, a palavra é porneia, que deu origem ao nosso vocábulo "pornografia". A idéia básica de porneia é toda e qualquer relação sexual, dentro ou fora do casamento, não aprovada por Deus. Adultério, fornicação, masturbação é apenas uma pequena amostra de uma vasta lista de degradações. Quando olhamos para a triste história de Sodoma, vemos um Deus que é amor, mas também é justo. “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7). Que triste notícia para aqueles que querem continuar no pecado.
Os profetas que se levantaram ao longo da história do povo de Israel viam a história de Sodoma como real (Am 4:11), e também o próprio Jesus mencionou algo a respeito dela (Mt 10:15). Qual o valor de uma lenda numa sentença de juízo? Em outras palavras, que diferença faria a história dos três porquinhos na repreensão de um pai a seu filho de 25 anos?
Os autores bíblicos criam nessa narrativa. Mas será que só a Bíblia menciona uma cidade que foi destruída por causa do seu pecado? Os achados arqueológicos sugerem algo sobre esse tema? Há evidências de uma cidade chamada Sodoma fora das Escrituras? A resposta é sim, existe!
Em meados dos anos 1960, G. Pettinato e P. Matthiae foram os responsáveis pela descoberta da antiga cidade de Ebla (Tell Mardikh), a principal cidade síria do III milênio a.C. Como toda grande cidade do passado, Ebla possuía uma vasta biblioteca de aproximadamente 17 mil tabletes cuneiformes. Um desses tabletes foi publicado por Pettinato em 1976, e revelou algo surpreendente. A inscrição falava sobre cinco cidades: Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar. A mesma seqüência que aparece em Gênesis 14:2 e 8.
Ebla era um grande centro comercial, mantinha relações econômicas com diversas cidades do antigo Oriente Médio e foi destruída pelo rei Naramsin de Akkad, por volta de 2300 a.C. Assim, fica demonstrado que existia uma cidade chamada Sodoma no mesmo período em que a Bíblia a situa.
E quanto à sua localização geográfica? As Escrituras fornecem algumas pistas sobre sua posição. Em Gênesis 14:3, lemos que Sodoma estava no “vale de Sidim (que é o mar salgado)”, provavelmente o Mar Morto. Em 1924, William F. Albright e M. Kyle, grandes nomes da Arqueologia, visitaram uma região nessas proximidades chamada em árabe de Bab-Edh-Dhra. Ali eles encontraram vários restos de um santuário cananeu que datava de 2800-1800 a.C. Quarenta anos depois, Paul Lapp, juntamente com a sua equipe, realizou a primeira escavação e encontrou o cemitério da cidade que ficava a um quilômetro de distância do centro. Foi nessa época que Lapp e Albright relacionaram esse sítio arqueológico com a bíblica Sodoma e sugeriram a idéia de que o local era no passado grande centro religioso das cidades da planície. Um detalhe é bem sugestivo: na região da cidade foram encontradas várias camadas de cinza com alguns metros de espessura!
No cemitério, a evidência é mais impressionante ainda. Existia um estilo de sepultamento na cidade em que uma cova muito profunda era cavada e vários corpos eram ali depositados com os seus pertences (numa tumba foram colocadas 250 pessoas!); mas no período da destruição o estilo era outro. Uma casa mortuária era colocada sobre o corpo, mais ou menos como as capelinhas que vemos em alguns cemitérios atuais, mas logicamente bem menores. Todas essas casas mortuárias estavam queimadas e a primeira sugestão foi de que o fogo começou dentro e se espalhou para fora. Porém, estudos avançados foram feitos e constataram que o fogo começou no telhado que cedeu e se espalhou por dentro. Como explicar isso? Vulcão? Incêndio? Um conquistador colocou fogo no local? Nenhuma dessas respostas é satisfatória. Como um incêndio começaria num cemitério que ficava a um quilômetro da cidade? Por que um conquistador colocaria fogo num cemitério?
Avaliemos a situação: na cidade temos camadas de cinza e no cemitério cinza e marcas de fogo. Bryant Wood, arqueólogo cristão da atualidade, afirmou que a Arqueologia não tem respostas para esse fenômeno. Por outro lado, a Bíblia fornece a resposta: foi Deus quem destruiu essas cidades com fogo e enxofre (Gn 19:23-29).
Mas por que um Deus de amor (1Jo 4:8) destruiria uma cidade de forma tão violenta? A resposta pode ser encontrada em Judas 7. Ali lemos que Sodoma foi destruída por causa da sua prostituição. Em grego, a palavra é porneia, que deu origem ao nosso vocábulo "pornografia". A idéia básica de porneia é toda e qualquer relação sexual, dentro ou fora do casamento, não aprovada por Deus. Adultério, fornicação, masturbação é apenas uma pequena amostra de uma vasta lista de degradações. Quando olhamos para a triste história de Sodoma, vemos um Deus que é amor, mas também é justo. “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6:7). Que triste notícia para aqueles que querem continuar no pecado.
Pentateuco: historicamente confiável?
Recentemente, a revista Aventuras na História publicou matéria sobre a Arca da Aliança com título “O último mistério”. Tiago Cordeiro, autor do artigo, em determinado momento afirma que “a Torah (Pentateuco) foi elaborada provavelmente entre os séculos VII e V a.C., muito tempo depois dos eventos narrados”. O assunto não pára por aí. Num curso de egiptologia numa renomada faculdade do Brasil, o professor disse que comparava o Antigo Testamento (AT) a uma brincadeira de telefone sem fio! Por outro lado, quando lemos esta porção bíblica, o Pentateuco, encontramos algumas informações históricas dignas confirmadas pela arqueologia e que ajudam a datá-la em determinado momento da história.
Vamos por partes. A língua em que foi escrito o pentateuco foi o hebraico. Algumas palavras usadas pelo seu autor são claramente egípcias. O termo "selo", por exemplo, que aparece em Gênesis 41:42 em hebraico é hotam, já em egípcio é hetem. A palavra hebraica, na passagem referida acima, para linho fino na língua do AT é shesh e em egípcio é shash. Não são apenas esses casos, existem outros mais. É importante mencionarmos que esse intercâmbio entre essas duas línguas não aparece nos outros livros do AT.
A evidência não para por aí. Diversos nomes mencionados na narrativa hebraica são claramente egípcios. O próprio nome Moisés é derivado do verbo egípcio mase (nascer). O nome Merari (Nm 3:17) vem da palavra egípcia mer, que significa amado. Hofni e Finéias também são nomes egípcios, sendo este último relacionado com um sacerdote no país dos faraós.
Somos levados a duas conclusões até agora: (1) o autor do pentateuco conhecia bem a língua egípcia e, segundo a tradição judaico-cristã, esse autor foi Moisés (cf. At 7:22; (2) os nomes egípcios entre o povo de Israel sugerem que eles, os israelitas, estiveram ali em algum período do passado. Se não fosse assim, como esses nomes surgiriam naquela nação? Curiosamente, o apogeu da língua egípcia se deu na metade do II milênio a.C., entre os séculos XVI e XIV a.C., não em torno dos séculos VII – V a.C. Se os cinco primeiro livros da Bíblia foram escritos nessa época, por que existe neles similaridade de nomes e palavras egípcias?
Diversos outros nomes importantes para o início da nação israelita são bem documentados em fontes arqueológicas. O nome Jacó, por exemplo, aparece em conexão com o nome de um chefe hykso (Ya‘qub-el), num texto do século XIII a.C. encontrado em Chagar-Bazar, na Alta Mesopotâmia. Já o nome Abraão, o pai dos patriarcas, surge entre os mais de 15 mil tabletes encontrados nas ruínas da antiga cidade de Ebla, na Síria. A grafia Aba-am-ra-am é muito próxima do hebraico ‘avraham. Os tabletes encontrados ali por Paolo Mathiae e G. Petinatto são datados seguramente entre 2500 e 2000 a.C.
O nome Terah, o mesmo nome do pai de Abraão, aparece em textos assírios do fim do III milênio a.C., com a grafia Til Turakhi. O nome de alguns dos filhos de Jacó, como por exemplo Benjamin, possui correspondente acadiano (binu-yamin, povos do sul) e é também atestado no início do II milêncio a.C. Já Aser e Issacar são encontrados numa lista egípcia do XVIII século a.C. De forma significativa, esses nomes diminuem sua freqüência ou desaparecem por volta dos séculos VII – V a.C. Isso é no mínimo intrigante!
Diante dessas evidências, somos levados a considerar alguns pontos: (1) Os nomes dos patriarcas bíblicos mencionados no livro de Gênesis são atestados em diversos documentos antigos, mas isso não prova que o Abraão e o Jacó bíblicos existiram; (2) esses nomes eram comuns na época em que o AT menciona a existência dessas pessoas, não nos séculos VII - V a.C. Se o AT é comparado ao telefone sem fio, pelo menos nesse ponto a brincadeira não funcionou e não teve graça, já que seu conteúdo chegou idêntico para nós!
Esse é o limite da arqueologia bíblica. Ela consegue recriar um pano de fundo histórico coerente com aquele que a Bíblia narra. Por outro lado, ela não prova a ocorrência de fatos que demandam fé. Uma pergunta porém não quer calar: Se o ambiente histórico do AT é digno de confiança, por que os eventos que relacionam o homem com seu Criador não seriam? Algo a ser pensar.
Vamos por partes. A língua em que foi escrito o pentateuco foi o hebraico. Algumas palavras usadas pelo seu autor são claramente egípcias. O termo "selo", por exemplo, que aparece em Gênesis 41:42 em hebraico é hotam, já em egípcio é hetem. A palavra hebraica, na passagem referida acima, para linho fino na língua do AT é shesh e em egípcio é shash. Não são apenas esses casos, existem outros mais. É importante mencionarmos que esse intercâmbio entre essas duas línguas não aparece nos outros livros do AT.
A evidência não para por aí. Diversos nomes mencionados na narrativa hebraica são claramente egípcios. O próprio nome Moisés é derivado do verbo egípcio mase (nascer). O nome Merari (Nm 3:17) vem da palavra egípcia mer, que significa amado. Hofni e Finéias também são nomes egípcios, sendo este último relacionado com um sacerdote no país dos faraós.
Somos levados a duas conclusões até agora: (1) o autor do pentateuco conhecia bem a língua egípcia e, segundo a tradição judaico-cristã, esse autor foi Moisés (cf. At 7:22; (2) os nomes egípcios entre o povo de Israel sugerem que eles, os israelitas, estiveram ali em algum período do passado. Se não fosse assim, como esses nomes surgiriam naquela nação? Curiosamente, o apogeu da língua egípcia se deu na metade do II milênio a.C., entre os séculos XVI e XIV a.C., não em torno dos séculos VII – V a.C. Se os cinco primeiro livros da Bíblia foram escritos nessa época, por que existe neles similaridade de nomes e palavras egípcias?
Diversos outros nomes importantes para o início da nação israelita são bem documentados em fontes arqueológicas. O nome Jacó, por exemplo, aparece em conexão com o nome de um chefe hykso (Ya‘qub-el), num texto do século XIII a.C. encontrado em Chagar-Bazar, na Alta Mesopotâmia. Já o nome Abraão, o pai dos patriarcas, surge entre os mais de 15 mil tabletes encontrados nas ruínas da antiga cidade de Ebla, na Síria. A grafia Aba-am-ra-am é muito próxima do hebraico ‘avraham. Os tabletes encontrados ali por Paolo Mathiae e G. Petinatto são datados seguramente entre 2500 e 2000 a.C.
O nome Terah, o mesmo nome do pai de Abraão, aparece em textos assírios do fim do III milênio a.C., com a grafia Til Turakhi. O nome de alguns dos filhos de Jacó, como por exemplo Benjamin, possui correspondente acadiano (binu-yamin, povos do sul) e é também atestado no início do II milêncio a.C. Já Aser e Issacar são encontrados numa lista egípcia do XVIII século a.C. De forma significativa, esses nomes diminuem sua freqüência ou desaparecem por volta dos séculos VII – V a.C. Isso é no mínimo intrigante!
Diante dessas evidências, somos levados a considerar alguns pontos: (1) Os nomes dos patriarcas bíblicos mencionados no livro de Gênesis são atestados em diversos documentos antigos, mas isso não prova que o Abraão e o Jacó bíblicos existiram; (2) esses nomes eram comuns na época em que o AT menciona a existência dessas pessoas, não nos séculos VII - V a.C. Se o AT é comparado ao telefone sem fio, pelo menos nesse ponto a brincadeira não funcionou e não teve graça, já que seu conteúdo chegou idêntico para nós!
Esse é o limite da arqueologia bíblica. Ela consegue recriar um pano de fundo histórico coerente com aquele que a Bíblia narra. Por outro lado, ela não prova a ocorrência de fatos que demandam fé. Uma pergunta porém não quer calar: Se o ambiente histórico do AT é digno de confiança, por que os eventos que relacionam o homem com seu Criador não seriam? Algo a ser pensar.
Laquis: a segunda mais importante
No ano 701 a.C., o exército assírio, o mais poderoso e terrível de sua época, invadiu a Palestina, dando início a um dos mais importantes acontecimentos da história bíblica (1 Crônicas 32:1-5, 30; 2 Reis 18:13-37; 2 Crônicas 32:6-19, 26; Miquéias 1:13-16; Isaías 36). Era um exército numeroso, forte, organizado e extremamente cruel. À sua frente ia o próprio rei Senaqueribe, que precisava saquear as riquezas de outras nações para sustentar a grandiosidade de seu império e o luxo de Nínive, sua capital. Por onde passavam, os assírios deixavam um rastro de destruição e milhares de cadáveres. Cidade após cidade, fortaleza após fortaleza foram sendo rendidas a seus pés, algumas destruídas, outras queimadas, todas dominadas. Por fim, Senaqueribe conquistou a segunda mais importante cidade da Palestina: Laquis.
Laquis era uma cidade tão importante que, ao voltar para Nínive, Senaqueribe mandou colocar na parede do salão principal de seu imenso palácio um grande painel em alto relevo comemorando essa conquista. Esse painel foi descoberto por arqueólogos, em meados do Século XIX, ao desenterrarem o fantástico palácio de Senaqueribe, que tinha nada menos que 80 grandes cômodos, ocupando uma área de 200 metros de largura por 210 metros de comprimento! Hoje, esse painel está exposto no Museu Britânico, em Londres.
Numa visão panorâmica, rica em detalhes, o painel retrata as cenas da batalha que conquistou Laquis. Uma rampa de terra, construída pelos assírios, facilita o acesso dos guerreiros aos muros que protegiam a cidade. O exército avança de modo ordenado: grupos de arqueiros, flanqueados pela infantaria, empurrando torres de madeira e carros com aríetes para derrubar os muros. Os suprimentos vêm logo atrás, carregados por camelos. Sobre os muros, os defensores de Laquis portam arcos e fundas para lançar pedras. Os muros da cidade, não resistindo ao ataque, se rompem lançando grandes pedras para todos os lados. Algumas cenas mostram seus habitantes sendo levados cativos, alguns torturados, seus bens saqueados, e o governador da cidade ajoelhado diante do rei assírio. Por fim, Senaqueribe ateou fogo à cidade. Escavações arqueológicas realizadas em Laquis revelaram uma camada de cinzas, dessa época, de cerca de 50 cm de espessura. Os arqueólogos encontraram uma vala comum com cerca de 1.500 esqueletos, principalmente de mulheres e crianças. Milhares de outras pessoas devem ter morrido nos combates.
A partir de Laquis, onde estabeleceu seu quartel general, o arrogante Senaqueribe enviou generais a Jerusalém com a mensagem: “Não sejam tolos! Rendam-se! Deus não poderá livrá-los das mãos do rei da Assíria!” (2 Reis 18:17-35). A resposta de Deus, por meio do profeta Isaías, veio pronta: “A quem afrontaste e blasfemaste? Contra o Santo de Israel! Portanto, assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade!” (2 Reis 19:20-34).
E, de fato, não entrou! Uma terrível praga dizimou o exército assírio e obrigou Senaqueribe a voltar para sua terra. Nas paredes de seu palácio, ele pôde comemorar a conquista apenas da segunda cidade mais importante, não da primeira!
Laquis era uma cidade tão importante que, ao voltar para Nínive, Senaqueribe mandou colocar na parede do salão principal de seu imenso palácio um grande painel em alto relevo comemorando essa conquista. Esse painel foi descoberto por arqueólogos, em meados do Século XIX, ao desenterrarem o fantástico palácio de Senaqueribe, que tinha nada menos que 80 grandes cômodos, ocupando uma área de 200 metros de largura por 210 metros de comprimento! Hoje, esse painel está exposto no Museu Britânico, em Londres.
Numa visão panorâmica, rica em detalhes, o painel retrata as cenas da batalha que conquistou Laquis. Uma rampa de terra, construída pelos assírios, facilita o acesso dos guerreiros aos muros que protegiam a cidade. O exército avança de modo ordenado: grupos de arqueiros, flanqueados pela infantaria, empurrando torres de madeira e carros com aríetes para derrubar os muros. Os suprimentos vêm logo atrás, carregados por camelos. Sobre os muros, os defensores de Laquis portam arcos e fundas para lançar pedras. Os muros da cidade, não resistindo ao ataque, se rompem lançando grandes pedras para todos os lados. Algumas cenas mostram seus habitantes sendo levados cativos, alguns torturados, seus bens saqueados, e o governador da cidade ajoelhado diante do rei assírio. Por fim, Senaqueribe ateou fogo à cidade. Escavações arqueológicas realizadas em Laquis revelaram uma camada de cinzas, dessa época, de cerca de 50 cm de espessura. Os arqueólogos encontraram uma vala comum com cerca de 1.500 esqueletos, principalmente de mulheres e crianças. Milhares de outras pessoas devem ter morrido nos combates.
A partir de Laquis, onde estabeleceu seu quartel general, o arrogante Senaqueribe enviou generais a Jerusalém com a mensagem: “Não sejam tolos! Rendam-se! Deus não poderá livrá-los das mãos do rei da Assíria!” (2 Reis 18:17-35). A resposta de Deus, por meio do profeta Isaías, veio pronta: “A quem afrontaste e blasfemaste? Contra o Santo de Israel! Portanto, assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade!” (2 Reis 19:20-34).
E, de fato, não entrou! Uma terrível praga dizimou o exército assírio e obrigou Senaqueribe a voltar para sua terra. Nas paredes de seu palácio, ele pôde comemorar a conquista apenas da segunda cidade mais importante, não da primeira!
A precisão da profecia bíblica
Sem dúvida, uma das maiores razões que temos para crer é o fato de Deus ter Se revelado numa coleção de livros especiais chamados Bíblia. Mas será que ela é mesmo confiável? Será que um livro tão antigo tem algo a dizer para as pessoas que vivem no século 21? Um dos aspectos surpreendentes da Bíblia são suas profecias perfeitamente cumpridas. Vamos dar apenas um exemplo entre tantos: a destruição anunciada da cidade de Tiro.
Tiro era uma importante cidade situada em uma ilha que hoje está ligada ao continente por meio de um aterro. No tempo de Ezequiel (séc. VI a.C.), ela era o mais importante porto fenício. Jamais havia sido dominada por um rei estrangeiro. Nem Senaqueribe ou Assurbanipal, os maiores conquistadores da Assíria, conseguiram, de fato, anexá-la ao seu vasto império. Dizem os historiadores que a posição geográfica de Tiro era o que a tornava uma fortaleza praticamente inexpugnável. Não é por menos que o nome Tiro significa “rocha” ou “muralha petrificada”.
Contrariando, no entanto, essa história de invencibilidade, o profeta Ezequiel revelou que Tiro seria capturada por um rei babilônico chamado Nabucodonosor (leia o capítulo 26, que foi escrito no ano 590 a.C.). Pelos registros históricos, isso se cumpriu quase literalmente. Quando a Babilônia tornou-se o grande opressor do Oriente Médio e Próximo, Tiro ainda resistiu por algum tempo aos ataques do exército inimigo. Mas o cerco prolongado logo fez com que a cidade acabasse caindo nas mãos de Nabucodonosor, que passou a ser o seu novo governante, em 574 a.C.
Há, porém, um detalhe intrigante na profecia. Se você ler os versos 4 e 5 do mesmo capítulo, notará que ali está escrito que a cidade seria completamente destruída. Seus muros e torres cairiam e os pescadores estenderiam suas redes para secar em cima dos escombros que haveriam de sobrar. Num lado, parece que essa parte do oráculo teria falhado, pois, embora Nabucodonosor tenha invadido a cidade, ele ainda a manteve como um importante porto durante o seu governo. E assim Tiro permaneceu ainda poderosa por mais uns 250 anos.
Até que surge em cena o império macedônico e com ele Alexandre, o Grande, que veio terminar o que Nabudocodonor havia começado. Construindo um aterro que ia do continente à ilha, Alexandre e seus homens atingiram os portões da cidade. O povo, no entanto, desdenhou do pequeno exército, confiando novamente na firmeza de seus muros e na segurança dos portões. Porém, não demorou muito para que os muros fossem destruídos e a cidade fosse completamente arrasada. O resultado disso? Os macedônios literalmente fizeram o que está escrito no verso 12. Roubaram as riquezas e mercadorias e ainda derrubaram as muralhas e casas luxuosas. O que sobrou de pedras e entulhos, eles jogaram no mar, aumentando ainda mais o aterro construído.
Até hoje existe esse aterro feito por Alexandre e seus homens, unindo a velha ilha ao continente. O local tornou-se uma desolada península que abriga pequenas vilas de pescadores. Aliás, para os habitantes da região a pesca ainda é uma das grandes fontes de renda. Por isso, é comum encontrar nas encostas do aterro, pescadores que ali põem suas redes para secar ao sol – exatamente como havia sido profetizado há mais de 2.500 anos!
Assim, fora as partes encrostadas no aterro, pouco ou quase nada existe da antiga Tiro. Até mesmo os arqueólogos têm dificuldades de escavar as ruínas do que sobrou da cidade, pois seus alicerces encontram-se há milênios soterrados embaixo de outras construções do período grego, romano, bizantino e atual. De fato, Ezequiel sabia o que estava dizendo! Pena que Tiro não deu importância à solene advertência.
Tiro era uma importante cidade situada em uma ilha que hoje está ligada ao continente por meio de um aterro. No tempo de Ezequiel (séc. VI a.C.), ela era o mais importante porto fenício. Jamais havia sido dominada por um rei estrangeiro. Nem Senaqueribe ou Assurbanipal, os maiores conquistadores da Assíria, conseguiram, de fato, anexá-la ao seu vasto império. Dizem os historiadores que a posição geográfica de Tiro era o que a tornava uma fortaleza praticamente inexpugnável. Não é por menos que o nome Tiro significa “rocha” ou “muralha petrificada”.
Contrariando, no entanto, essa história de invencibilidade, o profeta Ezequiel revelou que Tiro seria capturada por um rei babilônico chamado Nabucodonosor (leia o capítulo 26, que foi escrito no ano 590 a.C.). Pelos registros históricos, isso se cumpriu quase literalmente. Quando a Babilônia tornou-se o grande opressor do Oriente Médio e Próximo, Tiro ainda resistiu por algum tempo aos ataques do exército inimigo. Mas o cerco prolongado logo fez com que a cidade acabasse caindo nas mãos de Nabucodonosor, que passou a ser o seu novo governante, em 574 a.C.
Há, porém, um detalhe intrigante na profecia. Se você ler os versos 4 e 5 do mesmo capítulo, notará que ali está escrito que a cidade seria completamente destruída. Seus muros e torres cairiam e os pescadores estenderiam suas redes para secar em cima dos escombros que haveriam de sobrar. Num lado, parece que essa parte do oráculo teria falhado, pois, embora Nabucodonosor tenha invadido a cidade, ele ainda a manteve como um importante porto durante o seu governo. E assim Tiro permaneceu ainda poderosa por mais uns 250 anos.
Até que surge em cena o império macedônico e com ele Alexandre, o Grande, que veio terminar o que Nabudocodonor havia começado. Construindo um aterro que ia do continente à ilha, Alexandre e seus homens atingiram os portões da cidade. O povo, no entanto, desdenhou do pequeno exército, confiando novamente na firmeza de seus muros e na segurança dos portões. Porém, não demorou muito para que os muros fossem destruídos e a cidade fosse completamente arrasada. O resultado disso? Os macedônios literalmente fizeram o que está escrito no verso 12. Roubaram as riquezas e mercadorias e ainda derrubaram as muralhas e casas luxuosas. O que sobrou de pedras e entulhos, eles jogaram no mar, aumentando ainda mais o aterro construído.
Até hoje existe esse aterro feito por Alexandre e seus homens, unindo a velha ilha ao continente. O local tornou-se uma desolada península que abriga pequenas vilas de pescadores. Aliás, para os habitantes da região a pesca ainda é uma das grandes fontes de renda. Por isso, é comum encontrar nas encostas do aterro, pescadores que ali põem suas redes para secar ao sol – exatamente como havia sido profetizado há mais de 2.500 anos!
Assim, fora as partes encrostadas no aterro, pouco ou quase nada existe da antiga Tiro. Até mesmo os arqueólogos têm dificuldades de escavar as ruínas do que sobrou da cidade, pois seus alicerces encontram-se há milênios soterrados embaixo de outras construções do período grego, romano, bizantino e atual. De fato, Ezequiel sabia o que estava dizendo! Pena que Tiro não deu importância à solene advertência.
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