segunda-feira, 27 de outubro de 2014

DÍZIMO

O exemplo de Caim e Abel. (Gen 4.2-4)

A raiz da doutrina do dízimo é identificada ainda nos primórdios da criação. Após a queda do homem, começou um novo diálogo entre Deus e o homem. Caim e Abel, nossos primeiros irmãos, foram ensinados a que fossem leais ao criador e oferecessem, espontaneamente, ao Senhor alguma coisa do produto de seu trabalho, em gratidão pela sua bondade. (Gn 4.3,4).

O exemplo de Abraão. (Gn 14.18-24)

De fato a primeira menção específica do dízimo, no antigo testamento, ocorre quando Abraão trouxe a sua oferta ao senhor e a entregou ao "sacerdote do Deus altíssimo". Notemos que Abraão tornou-se agradecido a deus, por isso entregou seus dízimos ao sacerdote Melquisedeque.



O exemplo de Jacó (Gn 28.18-22)

Com a mesma característica de atitude de seu avô Abraão, o dízimo de Jacó era voluntário e expressava sua gratidão a Deus pelas bênçãos recebidas. Observasse que Jacó já havia recebido instruções acerca do dízimo através dos seus pais, Isaque e Rebeca. É um exemplo positivo para a família cristã, hoje, ensina os filhos a serem fiéis e agradecidos a Deus com seus dízimos e ofertas.



Lamentavelmente, como todas as doutrinas da Escritura, o dízimo também está sendo atacado, mesmo no seio da igreja, sendo tais ataques ajuntados a uma velada ou explícita resistência devido a eventuais erros que possam estar sendo cometidos em seu uso ou mesmo por injustificada suspeita do dizimo não está sendo bem administrado. Questionam-se os motivos dos que pedem o dizimo para a obra e muitas vezes alimentam-se sentimentos de que se está sendo enganado ou defraudado, como resultado perde-se a noção de uma sagrada reserva, e é prejudicado o avanço da obra de Deus.



Foi somente após a saída dos israelitas do Egito que o dízimo foi regulamentado para o sistema levítico. Ele era dado ao levita, devido a não ter “herança na terra”, isto é, ele vivia exclusivamente para o serviço religioso e isso lhe dava direito a todos os dízimos (Lv 27:30-34).



O dizimo, é anterior a Moisés e proclama o princípio de que Deus é o verdadeiro dono de tudo, e provedor de todo sustento.



A palavra dízimo não é usada de forma direta nas instruções à igreja sobre o assunto, no entanto é bom lembrar que a omissão não invalida a doutrina e nem o Novo Testamento se destinava a ser o instrumento único que vai estabelecer as doutrinas válidas da igreja. Uma doutrina não precisa ser repetida nos escritos neotestamentários para ser validada. Aliás, o Antigo Testamento eram as Escrituras usadas pelos apóstolos e na qual respaldavam seus ensinos. Encontramos, porém, no Novo Testamento, o ensino do dízimo abordado de outra forma, nos argumentos em favor de uma visão mais exaltada do ministério cristão e seu direito à justa remuneração. Como o dízimo existia, anterior a lei levítica, deve também perseverar após ela.



O dizimo sempre foi uma forma de reconhecimento da providencia e da soberania de Deus. Desde os primeiros homens na terra, desde os tempos de abel e caim havia uma consciencia da soberania e providencia de Deus. O dízimos é um reconhecimento da providencia de Deus independente de nossas forças e posses terrenas. O dizimo também é um ato profético, pôs fala de primícias, de dar o primeiro fruto de nosso trabalho (Êxodo 22:29,30/ 23:19/ 34:26/ Deut 26:2/ Prov 3:9). O dizimo sempre apontou pra Jesus Cristo, o primogênito de Deus que seria enviado ao mundo. Deus, antes dos tempos e dos séculos, preparou a sua prímicia, o seu primeiro e único filho para ser entrega em sacrifício pelo homem pecador.

O dizimo não foi instituido na lei, o dizimo sempre foi uma oferta voluntaria ao único e verdadeiro Deus, desde os primórdios dos tempos do homem. Independente da força física, sabedoria, e posse para adiquirir o sustento, o dízimo sempre foi um reconhecimento que Deus está provendo tudo. 

Embora o dizimo seja algo voluntario, assim como amar a Deus também é algo voluntario, é pecado não reconhecer a Deus como soberano e o Deus de providencia, assim como é pecado não amar a Deus. 

Na epístola aos Hebreus, capítulo sete, menciona-se a exclusividade dos levítas para recolher o dízimo dentro do sistema Mosáico. O autor de Hebreus aproveita a oportunidade para chamar a atenção de que em Abraão (antepassado dos levítas) Levi, havia dado os dízimos para um sacerdócio superior, instituído por Deus. Mequizedeque é representante do sacerdócio de Cristo, superior ao aarônico e levita. Aqui, mais uma vez, o dízimo é mencionado em sua anterioridade ao sistema levítico e é declarada a sua natureza sagrada e exclusiva para o ministério, servindo inclusive, para identificar a importância do ministério não levítico de Mequizedeque, pois que esse recebeu dízimos do próprio Abraão. Embora não seja o propósito direto da passagem em questão, somos levados a pensar, se, os dízimos dados a Mequizedeque, não apontam para o princípio da manutenção sacerdotal que passa por Moisés, chega ao NT e permanece até os dias atuais, lembrando que o atual ministério é uma extensão, na Terra, daquele que está sendo desenvolvido pelo Salvador no Santuário do Céu. Não é o ministério da igreja, por meio dos que “vivem do evangelho”, uma extensão do ministério salvador de Cristo (1 Pedro 2:5,9)?



O fariseu, estrito cumpridor da Lei, não esquecia seu dízimo, mesmo que fosse “do endro e do cominho” (Lc 18:12). Embora sua negligência da justiça, misericórdia e fé merecesse a reprovação de Jesus, o Salvador não deixou passar a oportunidade para reiterar o princípio da fidelidade nos dízimos: “fazei estas coisas sem omitir aquelas”. Ou seja, “não use o dízimo para negligenciar a misericórdia, não use a misericórdia para negligenciar o dízimo” (Lc 11:42; Mt 23:23). Uma advertência do próprio Salvador contra a religião unilateral, que se inclina para um só lado.



A defesa de Paulo para a remuneração dos ministros do evangelho, tem sua base argumentativa nos textos do AT que se referem às entradas que mantinham os sacerdotes (1Co 9:6-14). Segundo ele:

1) Havia apóstolos que não trabalhavam secularmente (v. 6).

2) Pagar ministros era uma prescrição da lei (v. 8 e 9), e esta o fazia pelo sistema de dízimos (Nm 18).

3) O verso 13, diga-se, é uma referência direta do dízimo. Pois baseia seu apelo para o pagamento de ministros da igreja no direito dos sacerdotes e levitas que tinham seu sustento garantido pelo dízimo, a principal de suas entradas. Afinal não eram os sacerdotes e levitas os únicos que se podiam achegar ao altar e prestar o serviço sagrado no Templo (Nm 18:20-26)?

4) Essa parte, devida aos sacerdotes, é um direito do qual já estavam fazendo uso (vv. 10 e 12).

5) O mesmo sistema deve ser usado para os ministros do evangelho (v. 14).

6) Um direito do qual Paulo abriu mão (1 Co 9:12, 15), entre os coríntios (2Co 11:7), mas por causa da contestação do seu apostolado (2Co 11:5, 6) e para não dar ocasião aos falsos apóstolos (2Co 11:8 a 13), no entanto usou desse direito aceitando salário de outras igrejas (2Co 11:8).

7) Esse é um direito tão natural, segundo o apóstolo, como de alguém que planta uma vinha (1Co 9:7; Dt 20:6) e dela cuida (Pv 27:18).

Além disso, pagar os pastores é justo, especialmente aos que servem na pregação e no ensino (1Tm 5:17-18). Deve ser feito de tal maneira que não desperte ganância (1Pe 5:2). Afinal, o objetivo é que o pastor, pago pela igreja, não se embarace com as coisas desta vida e assim, sirva bem à causa de Deus (2Tm 2:4).

Vê-se pois, que, mesmo antes de Moisés, o sistema de manutenção dos ministros de Deus era basicamente pelo dízimo; assim foi durante a teocracia em Israel para a manutenção dos levitas e sacerdotes do Templo de Jerusalém; a manutenção dos ministros do evangelho foi defendida por Paulo usando a linguagem e as idéias do sacerdócio levítico do AT; e, uma vez que a Bíblia não apresenta nenhum outro sistema, parece lógico concluir que esse é o plano que deve ser usado hoje em dia na igreja. Qualquer outro sistema assume a condição de uma criação meramente humana tentando substituir o plano de Deus.



Observemos Mateus 23.23 e Lucas 11.42 respectivamente transcritos a seguir:

“ Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé, deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas ” ( Mt 23.23 ).

“ Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda hortaliça, e desprezais o juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas e não deixar as outras ” ( Lc 11.42 ).

Neste caso, podemos claramente entender que ao finalizar Seu comentário, Jesus diz que eles deveriam continuar dando o dízimo e, inclusive, não se omitirem de praticar o restante da Lei.

Porém, devemos fazer a seguinte pergunta: A quem Jesus estava dirigindo Suas Palavras e qual o teor Destas Palavras? Jesus se dirigia aos escribas e fariseus. Esses homens, vivendo o judaísmo regido pela Lei, confiavam na sua própria justiça e capacidade, no que tange à guarda da Lei. Apresentavam-se a Jesus nas condições de salvos, justificando-se a si mesmos pela prática da Lei mosaica, e desconheciam Jesus como Salvador, confiando nas suas próprias obras de justiça.

Em Lucas 16.15, Jesus disse-lhes: “ Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação ”. 





Foi essa a cobrança que Jesus fez aos fariseus, que não fossem somente dizimistas, e que não desprezassem o mais importante da Lei:

“ O juízo, a misericórdia e a fé ” ( Mt 23.23 )

“ O juízo e o amor de Deus ” ( Lc 11.42 ) 



ABRAÃO E JACÓ



Gênesis 14:17-20: "E o rei de Sodoma saiu-lhe ao encontro (depois que voltou de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele) até ao Vale de Savé, que é o vale do rei. E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo."
Nesta passagem, somos ditos que Abraão deu um dízimo a Melquisedeque, presumivelmente como uma expressão de gratidão a Deus por capacitar-lhe e conceder-lhe resgatar seu sobrinho Ló, que tinha sido levado cativo.





Gênesis 28:20-22Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; E eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus; E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo.”



Jacó, nesta passagem, está fazendo um voto em resposta a uma visitação que recebeu de Deus, em um sonho. Neste sonho, Jacó viu uma escada alcançando o céu, com os anjos de Deus subindo e descendo por ela. No sonho, Deus estava de pé, acima da escada, e disse a Jacó "... Eu sou o SENHOR Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência; E a tua descendência será como o pó da terra, e estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua descendência serão benditas todas as famílias da terra; E eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra; porque não te deixarei, até que haja cumprido o que te tenho falado."  (v. 13-15). Em resposta, Jacó fez o voto que, se Deus guardasse Sua promessa, ele, por sua vez, daria a Deus um dízimo.



Estes   exemplos de dizimar  encontrados no Velho Testamento antes da Lei ser dada. Ambos são exemplos de algo voluntário. A pratica do dizimo era algo comum dos crentes desde o principio. 



 A prática do dízimo é anterior a lei mosaica – Gen 4:1-4 (Abel e Caim)/ 14:18-20 e 28:18-22. Cerca de duzentos e cinqüenta anos depois de Jacó em Betel, Deus orientou a Moisés instituir o dízimo na lei.
 Foi incorporada na lei mosaica - Lv 27.30.
 Foi ensinada pelos profetas - Ml 3.8-12



No Novo Testamento fica claro que o dízimo é o referencial mínimo para a contribuição. O dízimo era uma prática comum antes da Lei, durante a Lei e um modelo que pode ser observado por nós.



Jesus não determinou de forma direta a obrigatoriedade em dar-se “os dízimos” aos participantes da Nova Aliança, no entanto, este costume é citado algumas vezes no Novo Testamento. A igreja de Cristo precisa entender que os dízimos são uma forma de "oferta" agradável a Deus e necessário para suprir as necessidades da Obra, tanto na evangelização como na manutenção de templos.



Na  Lei Mosaica.
"A décima parte das colheitas, tanto dos cereais como das frutas, pertence a Deus, o SENHOR, e será dada a ele." Lv 27.30 e
"Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo." Dt 14.22





Em nosso dias, observamos o modelo deixado no Antigo Testamento, para ofertarmos a Deus, suprindo assim as necessidades da igreja na obra de evangelização e manutenção de templos e despesas com o sacerdócio. Deve-se entregá-lo no local definido por Deus, geralmente, a Igreja na qual congregamos e ou Ministérios envolvidos com a Obra do Pai.

É lamentável a constatação que o “dinheiro do Senhor” é usado por alguns líderes para a sua satisfação pessoal, bem como, aplicado em “situações” que não beneficiam a Obra do Senhor. Estes prestarão contas a Deus por suas ações pecaminosas.



Em nossos dias o ato de dizimar e ou ofertar estão desgastados; é visto pela sociedade como um meio de explorar a fé dos mais simples. Esta visão deturpada nasceu em decorrência dos exageros praticados por pregadores que não observam os princípios de Deus em suas vidas, e literalmente roubam os servos ao fazerem promessas mirabolantes de riquezas e prosperidades advindas da entrega do dízimo.



Dar Voluntariamente
"...vossas dádivas, e de todos os vossos votos, e de todas as vossas ofertas voluntárias que dareis ao SENHOR." Lv 23.38

O dizimar era uma obrigação de cada israelita, mas, o desejo de ofertar deveria nascer no interior do coração, marcado por gratidão e alegria, uma ação voluntária, através da qual o Eterno era adorado. Assim devemos agir, não constrangidos por uma obrigação, mas, com prazer e alegria, pois é do Senhor e é para o Senhor.
O fato do dízimo não ser citado no novo testamento pelos apóstolos como mandamento, não significa a abolição do dízimo.



 O fato de Abraão reconhecer a propriedade divina sobre os seus bens levou-o a entregar o dizimo (Gn 14.22). Enquanto o crente não compreender essa verdade, terá dificuldade para ser fiel nas coisas de Deus.


Algumas correntes religiosas alegam que o dízimo é da lei. Para esses é importante lembrar que, ainda que fazia parte da mesma, contudo, não se tratava de imposto.  Onde encontramos no AT., qualquer relato do dizimo sendo cobrado por algum coletor de imposto?  Mesmo no período da lei, o dízimo tratava-se de um princípio e valor espiritual.



A finalidade do dízimo (Nm 18.20-32) Aqui se esclarece a finalidade e utilidade do dízimo – o sustento do sacerdócio. Primariamente essa é a finalidade do dízimo. A tribo de Levi não recebeu qualquer porção da terra, quando esta foi dividida. Deveriam ser sustentados pelas demais tribos, para que se dedicassem, inteiramente a ministração daquilo que é sagrado.

Outra finalidade importante no fato de dizimar, é a beneficência (Dt 14.22-29). Ele servia para o amparo dos necessitados: estrangeiros, órfão e viúva. Leiamos cuidadosamente a passagem que se encontra no capítulo 26 versículos 12-15.

Se no antigo testamento o dizimo era usado para beneficio do templo e dos ministros, e se tanto quanto no antigo testamento e novo testamento há ministros e templo, como se fará a manutenção da obra de Deus?



O silêncio do assunto no novo testamento não invalida o Dízimo.

O relativo silêncio sobre o tema do dízimo, pode ser entendido se considerarmos que o dízimo era algo que Jesus, Paulo e outros autores bíblicos consideravam sua prática um fato habitual e indiscutível. Tratava-se, portanto, de uma prática que não necessitava ser estabelecida.



Jesus não se opôs ao dízimo (Mt 5. 17,18; 23.23). Podemos classificar o dízimo como pertencente à lei moral, visto que partimos do princípio de que tudo que temos é de Deus. Ele é dono de todas as coisas. A lei cerimonial ficou circunscrita a Israel; referia-se a costumes, alimentação e etc. Hoje não temos nenhuma obrigação para com essa lei. 



PASSAGENS DIDÁCTICAS SOBRE A CONTRIBUIÇÃO NEOTESTAMENTÁRIA

I Coríntios 16:1,2, esta passagem não é necessariamente uma passagem de ensino da contribuição para o sustento da Igreja, do Culto, do Ministério; é antes, relativa à beneficência para os crentes pobres da Judeia, como aparece em outras escrituras. Contém, entretanto, elementos valiosíssimos para a teologia do dízimo, nomeadamente o princípio da proporcionalidade, que está na base do Dízimo, aqui não expresso mas subentendido, na frase “conforme a sua prosperidade”. Esta expressão não sustenta a prática de qualquer cristão contribuir com “qualquer coisa”.



AS CONCLUSÕES DA ASSEMBLEIA DE JERUSALÉM (Atos 15:22-30)

A Igreja vivia um período de transição, como se releva em Atos. Judaizantes que desceram de Jerusalém para Antioquia ensinavam que os gentios conversos deviam sujeitar-se à Circuncisão. Os Irmãos nascentes, com

Paulo e Barnabé, resolveram que estes dois e outros subissem à Igreja em Jerusalém. A Igreja decidiu por “pleno acordo”, recomendar-lhes, por epístola, que se abstivessem das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e das relações sexuais ilícitas.



O Dízimo como princípio da propriedade, providencia e soberania de Deus, permanente, nunca aparece revogado em qualquer Escritura.



McConoughy, erudito bíblico e histórico, diz que “Em todo o mundo pagão antigo se reconhecia à Divindade o direito à décima parte dos bens.” E no N.T. ele não é referido mais fortemente porque todos, Judeus e Gentios, o entregavam. Como prova disso está que nem Jesus nem os Apóstolos têm de repreender os Cristãos por faltarem na entrega dos Dízimos.



Referindo-se aos fariseus, Jesus disse aos discípulos: “Fazei, pois, e guardai tudo quanto eles vos disserem ...”, Mateus 23:1-3, o que incluía o Dízimo; Jesus não os censurou por darem os Dízimos: “Sem omitir aquelas” refere-se a dizimar a hortelã, o endro e o cominho; enquanto “devíeis, porém, fazer estas coisas”, refere-se “aos preceitos mais importantes da lei, a justiça, a misericórdia e a fé”, em Mateus 23:23; censurou, sim, por negligenciarem estes.



Tratando do sustento do Ministério da Palavra na I Coríntios 9:4-14, Paulo usa uma porção de metáforas, muito expressivas e refere-se aos sacerdotes e levitas no v.13, os quais, claramente, eram sustentados pelos dízimos, apelando, inclusivamente, antes, à autoridade da Lei no v.8. Fica demonstrado inequivocamente que o Dízimo foi ensinado e praticado no N.T., e que os Cristãos Primitivos iam muito além do Dízimo; “Nenhum deles dizia que coisa alguma era sua própria ...”, Atos 4:32-35.

Não quero de modo algum, interpretar o Dízimo como uma lei, do tipo do V.T., para ser cumprida no espírito legalista. O que encontramos no N.T., nas referências que citei, são o ensino e a prática do Dízimo tal como outros ensinos.



O dízimo de Abrão: (Gênesis 14:18/20), o mesmo assunto está registrado em (Hebreus 7:4/6), os antidizimistas afirmam que o dízimo não é da dispensação cristã e, sim da Lei. Aqui o dízimo aparece uns 400 anos antes da lei, e sem mandamentos divino, se o dízimo apareceu, na história do povo de Deus, tanto tempo antes da lei, certamente, não é criação sua, e muito menos, sua exclusividade.



(Mateus 23:23) duas coisas importantes quero destacar nesta passagem. a primeira é a declaração de Jesus,

afirmando que a fé, a misericórdia e o juízo, também pertencem a lei. Ele diz precisamente, isto “Vós dizimais a hortelã, o endro e o cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo a misericórdia e a fé”.



Agora considere segunda, o Senhor Jesus não era antidizimista! do seu parecer observa-se, com clareza, que Ele era favorável ao Dízimo, tanto na vigência da lei, como no regime do evangelho.



A palavra dízimo não é usada de forma direta nas instruções à igreja sobre o assunto, no entanto é bom lembrar que a omissão não invalida a doutrina e nem o Novo Testamento se destinava a ser o instrumento único que vai estabelecer as doutrinas válidas da igreja. Uma doutrina não precisa ser repetida nos escritos neotestamentários para ser validada. Aliás, o Antigo Testamento eram as Escrituras usadas pelos apóstolos e na qual respaldavam seus ensinos.



Na epístola aos Hebreus, capítulo sete, menciona-se a exclusividade dos levitas para recolher o dízimo dentro do sistema Mosáico. O autor de Hebreus aproveita a oportunidade para chamar a atenção de que em Abraão (antepassado dos levítas) Levi, havia dado os dízimos para um sacerdócio superior, instituído por Deus.

Mequizedeque é representante do sacerdócio de Cristo, superior ao aarônico e levita. Aqui, mais uma vez, o dízimo é mencionado em sua anterioridade ao sistema levítico e é declarada a sua natureza sagrada e exclusiva para o ministério, servindo inclusive, para identificar a importância do ministério não levítico de Mequizedeque, pois que esse recebeu dízimos do próprio Abraão.



A defesa de Paulo para a remuneração dos ministros do evangelho, tem sua base argumentativa nos textos do AT que se referem às entradas que mantinham os sacerdotes (1Co 9:6-14). Segundo ele:



1) Havia apóstolos que não trabalhavam secularmente (v. 6).



2) Pagar ministros era uma prescrição da lei (v. 8 e 9), e esta o fazia pelo sistema de dízimos (Nm 18).



3) O verso 13, diga-se, é uma referência direta do dízimo. Pois baseia seu apelo para o pagamento de ministros da igreja no direito dos sacerdotes e levitas que tinham seu sustento garantido pelo dízimo, a principal de suas entradas. Afinal não eram os sacerdotes e levitas os únicos que se podiam achegar ao altar e prestar o serviço sagrado no Templo (Nm 18:20-26)?



4) Essa parte, devida aos sacerdotes, é um direito do qual já estavam fazendo uso (vv. 10 e 12).



5) O mesmo sistema deve ser usado para os ministros do evangelho (v. 14).



6) Um direito do qual Paulo abriu mão (1 Co 9:12, 15), entre os coríntios (2Co 11:7), mas por causa da contestação do seu apostolado (2Co 11:5, 6) e para não dar ocasião aos falsos apóstolos (2Co 11:8 a 13), no entanto usou desse direito aceitando salário de outras igrejas (2Co 11:8).



7) Esse é um direito tão natural, segundo o apóstolo, como de alguém que planta uma vinha (1Co 9:7; Dt 20:6) e dela cuida (Pv 27:18). Além disso, pagar os pastores é justo, especialmente aos que servem na pregação e no ensino (1Tm 5:17-18). Deve ser feito de tal maneira que não desperte ganância (1Pe 5:2). Afinal, o objetivo é que o pastor, pago pela igreja, não se embarace com as coisas desta vida e assim, sirva bem à causa de Deus (2Tm 2:4).



Vê-se pois, que, mesmo antes de Moisés, o sistema de manutenção dos ministros de Deus era basicamente pelo dízimo; assim foi durante a teocracia em Israel para a manutenção dos levitas e sacerdotes do Templo de Jerusalém; a manutenção dos ministros do evangelho foi defendida por Paulo usando a linguagem e as idéias do sacerdócio levítico do AT; e, uma vez que a Bíblia não apresenta nenhum outro sistema, parece lógico concluir que esse é o plano que deve ser usado hoje em dia na igreja. Qualquer outro sistema assume a condição de uma criação meramente humana tentando substituir o plano de Deus.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

BATISMO NAS ÁGUAS

“... porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”
Romanos 6:3-5






BATISMO NAS ÁGUAS

O Batismo: Uma Declaração ao Mundo Exterior de uma Transformação Interior

O Batismo nas águas simboliza o pacto entre Jesus e a pessoa que recebeu Jesus como Salvador. É uma manifestação pública da sua fé em Jesus. É feita diante de Deus dos anjos e dos homens.
O Batismo simboliza a nossa morte para o velho "EU", os caminhos errados, o pecado e o mundo.
O Batismo simboliza a ressurreição de uma nova vida com Deus.
O Batismo é um funeral - a morte do "EU".
O mergulhar nas águas quer dizer que morremos para nós próprios e para o mundo.
O sair das águas simboliza o ressuscitar - nascer de novo - para uma nova vida com Jesus. Romanos.6:3-4

Romanos 6:3-5 mostra o significado e o propósito doutrinal do batismo. O apóstolo inspirado escreve: “Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”. Esses versículos ensinam que o batismo é uma pública identificação com Cristo e com Sua morte por nós; é o nosso sepultamento com Ele. Descer às águas e ser imerso é entrar na “semelhança da sua morte”.

O batismo não dá nova vida, mas simplesmente é um ato que demonstra que a pessoa já a tem e que se propõe a andar nela. 1 Pedro 3:21 afirma que o batismo não remove a imundícia da carne, mas é a resposta de uma boa consciência diante de Deus, obtida pela ressurreição de Jesus Cristo. O que o batismo tipifica - a morte e a ressurreição de Cristo - é o que salva a alma; era isso a que Pedro se referia.

Se você já é salvo, mas ainda não foi batizado, exortamos a que faça isso, em obediência ao Salvador. Ele derramou seu sangue precioso por nós publicamente porque quis. Assim, por que relutar em se identificar publicamente com ele?

A primeira coisa que devemos fazer é definir a palavra "batizar". É uma transliteração da palavra grega “baptizo”, que significa mergulhar, ou imergir na água.

Batizar é imergir em água e era praticado de várias formas pelos judeus antes do tempo de Cristo. Quando João Batista apareceu em cena, pregando a mensagem "Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus", ele então exortava os que se arrependiam a se submeterem ao batismo e, desse modo, utilizava-o como um ritual público de identificação. Foi durante o ministério de João que Jesus Cristo veio até ele, e pediu para ser batizado. A reação inicial de João foi de choque! Por que o Messias requereria o batismo - e ainda mais pelas mãos de um de seus servos? "Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto ao rio Jordão, para ser batizado por ele. Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim? Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu." [Mateus 3:13-15]

As Escrituras não dizem quais foram as razões específicas por que o imaculado Filho de Deus sentiu a necessidade de ser batizado. Por muitos anos, os comentaristas debateram essa questão, mas somente nos ofereceram suas várias teorias. A melhor explicação parece ser que o Senhor fez isso como uma "obra de justiça" no início de seu ministério terreal, para identificar-se com aquele ministério. Ele estava se apresentando a Israel como o longamente aguardado Messias - aquele de quem João Batista tinha falado, exortando o povo a se arrepender de seus pecados, como um pré-requisito para a sua vinda. Quando a igreja veio à existência no Dia de Pentecostes, o batismo foi então usado para publicamente identificar os indivíduos salvos com Cristo. Ele também servia como um rito de admissão na igreja. A partir da pregação do apóstolo Pedro em Atos 2, vê-se que a necessidade do batismo foi imediatamente ensinada aos que foram salvos. Devido a essa utilização do batismo, parece que, em algum tempo anterior, o Senhor tinha instruído os apóstolos a fazerem isso.

Como outros assuntos encontrados na Bíblia, o batismo tem sido uma fonte de controvérsia e divisão entre os cristãos. Em Atos 2:37-38, lemos o seguinte:

"E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, homens irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo."


Aqui, vemos o resultado da pregação do evangelho em Pentecostes. Muitos daqueles que ouviram a mensagem foram convencidos e tocados pelo poder do Espírito Santo. Eles sabiam que eram culpados e imediatamente buscaram respostas para o que deveriam fazer. Em resposta às suas perguntas, foram instruídos a se arrependerem e serem batizados. A proximidade da ordem para o batismo e o fraseado do verso 38 foi em grande parte responsável pela doutrina da "regeneração pelo batismo" ter sido adotada e ensinada pela Igreja Católica Romana. Essa doutrina insiste que o batismo é uma parte necessária e integrante da salvação.
 A interpretação deles do verso 38, que diz "e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados" é que o batismo na verdade garante o perdão e a libertação dos pecados. Portanto, o batismo deve ser realizado tão logo alguém professe a fé em Cristo - pois se a morte ocorrer antes do batismo, a pessoa ainda estará em seus pecados. Embora essa interpretação seja certamente possível, dada a construção da frase, não se encaixa nas exigências da teologia sistemática, pois outras Escrituras provam que essa interpretação é inválida.

DEVEMOS BATIZAR CRIANÇAS?
Não! Porque o batismo nas águas é um ato de fé para ser feito após se ter nascido de novo. Como pode um bebê fazer uma decisão e quanto mais decisão de fé? Cada pessoa é responsável por si só diante de Deus.

Em nenhum lugar na Bíblia há qualquer registro definitivo sobre alguém que tenha sido batizado
a não ser os cristãos professos, e nunca há menção de crianças sendo batizadas. Algumas pessoas têm
admitido que bebês e crianças pequenas estavam incluídas nos batismos familiares em Atos 16:15 e 33,
mas o contexto das passagens não dá apoio a tal suposição. No tocante à casa de Lídia, os seus membros
são considerados como “irmãos” (v. 40); e quanto à casa do carcereiro, a Palavra do Senhor foi pregada a
todos e “com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus” (v. 34). Tais coisas não
poderiam ser ditas de crianças e bebês.
“Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (Marcos
10:14) é sempre citado quando o assunto é batismo de crianças, mas tal versículo não tem a menor relação
com o batismo. Não há nenhuma palavra sequer em todo o contexto que fale sobre batizá-las, e interpretar
a passagem desta forma é distorcer essa Escritura, o que significa ler algo que não está nela. Jesus pegou
aquelas criancinhas em Seus braços, colocou Suas mãos sobre elas e as abençoou; mas Ele não as batizou.

O BATISMO SALVA E REGENERA?
Não! Não é batismo em si que salva. Quem salva é só Jesus Cristo.
Em alguns círculos religiosos ensinam que uma pessoa só é salva depois de se batizar. Mas, então o que poderíamos pensar do ladrão que foi crucificado ao lado de Jesus? O próprio Jesus lhe disse que Ele estaria com Ele no paraíso naquele mesmo dia. Alguém pode dizer: "Mas ele não foi batizado! Não estaria por isso salvo? Claro que sim! Jesus salvou-o. Salvação consiste em dar a vida a Jesus, aceitá-Lo como Senhor e Salvador, isto é, nascer de novo. O batismo não regenera não dá nova vida.

Além da igreja Católica, há certos grupos luteranos e anglicanos, bem como seitas, como os "Testemunhas de Jeová" e Mórmons, que se baseiam numa teologia sacramentalista, segundo a qual o batismo é necessário por transmitir a salvação. Muitos chegam a dizer que "fora do batismo não há salvação".
Contudo, o batismo em si, como ato simbólico, não tem a virtude de transmitir a salvação, pelo seguinte motivo: Somos salvos pela graça de Deus e não por obras ou ritos externos (cf. Efésios 2.8,9).

O QUE ALGUNS ENSINAM
Alguns acreditam e ensinam que o batismo nas águas é o sacramento pelo qual o novo nascimento é concluído e a salvação eterna é recebida. Ainda dizem que: “O batismo opera o perdão dos pecados, livra da morte e do diabo e confere a salvação eterna a todos que crêem nisto”. É “o meio eterno, associado à Palavra de Deus, que oferece, comunica e sela o homem à graça que Cristo tem merecido”. Sem o batismo, dizem, a pessoa não pode alcançar o céu - mesmo uma inocente criança. Se uma pessoa é batizada, ela é regenerada, feito nova e recebida na comunhão do Deus trino, segundo este ensinamento.

UMA ORDENANÇA DIVINAMENTE INSTITUÍDA
O batismo é uma ordenança divinamente instituída, a qual cada verdadeiro filho de Deus tem de
se submeter. Esta é uma verdade estabelecida na Bíblia, conforme Mateus 28:19, é para “todas as
nações” e está relacionada com a promessa feita por Cristo de estar conosco “até a consumação do
século” (v. 20). Isto é o que realmente cremos e ensinamos. Mas a Escritura nunca ensina que o batismo é
uma ordenança salvadora, que proporciona a salvação eterna e o novo nascimento para a alma.


A ORDEM PARA BATIZAR
Em Mateus 28:19 o Senhor comissiona Seus discípulos para ir e fazer “discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as
coisas que vos tenho ordenado”.

Em Marcos 16:15-16 a ordem é claramente relacionada com a crença no evangelho: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado”. Os que crêem devem ser batizados, os que não crêem serão condenados, mesmo se forem batizados. A última frase do versículo mostra definitivamente que a salvação depende da e não do batismo.

A FÓRMULA DO BATISMO
Os cristãos em geral utilizam a forma trinitária de batizar alguém, fazendo-o como Jesus ordenou em Mateus 28.19b: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo".

Certos grupos ou denominações procuram utilizar outra fórmula, afirmando que os crentes devem ser batizados somente no nome de Jesus, baseados em alguns versículos bíblicos, tais como Atos 2.38, quando Pedro diz que as pessoas se arrependessem para serem batizadas "em nome de Jesus Cristo" e Atos 10.48, quando o apóstolo orientou que os da casa de Cornélio fossem "batizados em nome do Senhor"

Em Atos 8.16, vemos novos convertidos que "eram batizados em nome do Senhor Jesus"; em Atos 19.5, diz-se que "os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus".

Note-se que, nas quatro referências, não há uma fórmula, pois há diferença entre as duas primeiras e as duas últimas. Esses textos são invocados pelos unicistas para justificar o batismo "só no nome de Jesus". Deve-se notar, no entanto, que, naquelas ocasiões, não estava sendo ministrado o ato batismal em si, mas apenas uma determinação para que se realizasse o batismo dos recém convertidos, ou referência ao batismo já realizado.
Entendemos que a fórmula trinitária, ditada por Jesus, antes de se despedir dos seus discípulos, é a mais correta e adequada para a ministração do batismo.

REBATISMO
O termo rebatismo tem sido utilizado para significar, os que se voltam a batizar,
             
É verdade que há algumas igrejas protestantes, pentecostais e tradicionais e outras em que o crente já batizado é sujeito a nvo batismo para se tornar membro dessa igreja, pois não reconhecem o batismo efetuado noutras igrejas.
Na maior parte dos casos, trata-se de pessoas que foram batizadas nos seus primeiros anos de vida, por decisão de seus pais, na Igreja Católica ou no protestantismo tradicional. Muitos se submetem ao rebatismo por terem se batizados anteriormente sem o minimo conhecimento do que era batismo ou ao menos ser cristão. Foram batizados  por obediencia a ordem de seus pastores,  para serem membros da igreja que frequentam, sem ao menos terem se convertido.

QUEM DEVE SER BATIZADO
Em Atos 8:36-38 há uma pergunta sobre a condição para o batismo. A resposta é: O batismo é lícito a todo o que crê, isto é, que tem certeza da salvação. Em Marcos 16:16 Jesus diz: "Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado".

Aspersão, Imersão ou Derramamento?
Não é de hoje que esse tema tem sido motivo de debate no meio cristão, algumas denominações principalmente as igrejas tidas como reformada batizam por aspersão crianças e adultos e as igrejas Batistas e as Pentecostais batizam somente adultos e por imersão. Existe uma forma correta do cristão ser batizado ou tanto faz por aspersão ou por imersão sendo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo é o que importa?

Uma outra consideração diz respeito à forma do batismo: por aspersão, derramamento ou imersão. A maioria dos eruditos concorda que a palavra grega baptizo significa imergir.

Os dicionários e enciclopédias destituídos dos preconceitos do pensamento religioso declaram, por unanimidade, que etimologicamente “batizar” é uma transliteração do latim baptizare, e este do grego baptizein, que significa
“mergulhar”.

Uma boa maneira de determinar o significado de baptizo é analisar seu uso no Novo Testamento. Os contextos favorecem imersão como sendo seu significado. João não levava água até as pessoas; as pessoas iam ao rio Jordão para serem batizadas por ele (Mateus 3:6). Ele preferiu batizar onde havia muita água (João 3:23). No batismo descrito no Novo Testamento as pessoas iam até a água, desciam à água e saíam da água
(Mateus 3:16; Marcos 1:10; Atos 8:38, 39). Tal ação seria uma conveniência desnecessária se a aspersão ou o derramamento de água fossem classificados como batismo.

Paulo comparou o batismo com o sepultamento e a ressurreição de Jesus (Romanos 6:4; Colossenses 2:12). Nem a aspersão nem o derramamento de água representam o sepultamento e a ressurreição de Jesus.